Fear And Light escrita por Barbara Soares


Capítulo 11
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! acho que vcs já perceberam que adoro os desenhos da burdge-bug né? Bom vendo alguns desses desenhos tive a idéia para esse bonus. A imagem ta no fim do capítulo. Não vale olhar antes de ler! Só lembrando que ela acontece antes da historia que estou escrevendo, ok?



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Tirei minhas coisas do carro e o tranquei. O ar em Nova York estava bastante seco e quente, coisa que estranhei logo que me levantei.


Finalmente seria a ultima obra no Olimpo e eu iria verificar se tudo tinha ficado dentro da ordem. Era difícil explicar a sensação de ver tudo pronto, principalmente, pois aquilo foi o que eu mesmo planejei, mas posso te dizer que era uma sensação muito boa.


Eu não esperava que a reforma demorasse tanto tempo, o que fez eu me ocupar durante vários anos. Isso atrapalhou um pouco meu desempenho na faculdade, mas nada grave, a reforma do Olimpo era sem dúvidas o melhor projeto que eu poderia ter em toda a minha vida.


Atravessei a rua movimentada e entrei no hall do grande Empire State. Quando recebi o meu novo cargo de arquiteta chefe do Olimpo, eu ganhei livre acesso ao prédio e ao elevador, o que me deu certos privilégios que Percy sempre invejou.


Atravessei o grande salão e abanei a mão para Larry, o porteiro que controlava o elevador. Ele estava no seu telefone como sempre, mas quando me viu, colocou o fone no gancho e abanou a mão para mim.


– Annabeth!! Parabéns heim!! - ele gritou do outro lado do balcão.


Normalmente Larry não faz essas coisas, ele sempre abana a mão de volta ao me ver e nunca larga o telefone em hipótese alguma. De princípio eu estranhei esse comportamento, mas logo deduzi que ele devia estar me parabenizando pelo fim da obra. Eu nunca soube realmente se Larry já tinha ido ou não no Olimpo, pelo que me lembro ele sempre esteve no comando do elevador. Então simplesmente agradeci e peguei o elevador para o 600° andar.


Subi no elevador onde ainda tocava as mesmas musicas desde uns dez anos atrás. Marquei mentalmente para lembrar de pedir a Larry para mudar as músicas.


Quando o elevado abriu, e a imagem do Olimpo apareceu, percebi que tudo estava com sempre: Espíritos vagando pelas ruas, deuses menores tocando na varanda de seus templos, criaturas sagradas em seus espaços de proteção e o sol iluminando a estátua de Zeus.


Percorri o caminho até a última obra: um templo em homenagem a Héstia. Peguei minhas anotações na bolsa e comecei a conferir o trabalho feito. O prédio era simples, mas de uma arquitetura magnífica: feito de granito branco, teto em forma de triangulo e colunas esculpidas com imagens de mitos antigos.


Estava tudo perfeito, exatamente como eu havia orientado. Virei-me e observei toda a praça principal que eu havia planejado e construído por nove anos. Os templos, as casas, os monumentos, as fontes... Tudo havia sido pensado especialmente para durar séculos. Foram lembrados de todos os deuses, incluindo os menores e principalmente todos os seres que haviam ajudado na reforma.


Fiquei olhando o resultado por um grande tempo, até que vi Lupy, um espírito dos ventos vindo em minha direção. Ela havia me ajudado bastante com a projeção das janelas e redomas e tinha se tornado uma grande amiga.


– Annabeth! ahh!! - ela chegou mais perto - está tudo muito lindo!!


Eu sorri


– É, está lindo! E parece que acabamos.


– Sim - ela disse, sorrindo também - eu também já estou sabendo, parabéns!!


Ela também? Eu já estava começando a ficar muito nervosa com isso, naquele momento eu tinha certeza que não tinha nada a ver com a reforma do Olimpo e pior: tinha alguma coisa que eu ainda não estava sabendo. Todos esses pensamentos me levaram a uma única pessoa: Percy


– Mais parabéns por quê? - Eu perguntei.


Ela fez uma careta.


–Ops... - ela disse e se dissolveu na brisa gelada.


Fiquei realmente muito nervosa, odiava quando as pessoas estavam escondendo algo de mim. Caminhei todo o caminho de volta até o elevador e sai do prédio sem ao menos me despedir de Larry.


Entrei no meu carro decidida a ir ao acampamento esvaziar a cabeça. Era o melhor lugar para ir quando eu estava nervosa. O cheiro do campo, dos morangos e a bagunça de campistas espalhados pelas áreas de treinamento sempre me lembrava os tempos em que eu mesmo era campista. E ainda, era sexta, e Percy estaria treinando os heróis e eu estava mais do que necessitando do meu namorado naquela hora.


Liguei o rádio do carro e entrei na avenida principal. O trânsito estava tranqüilo o que me fez relaxar um pouco. Os projetos e a faculdade estavam realmente acabando comigo e pela primeira vez me vi desejando furiosamente um fim de semana no acampamento.


A grande avenida acabou e eu entrei na estrada de terra que dava ao acampamento. Ali, quase ninguém percebia que no meio das árvores havia um caminho gasto de terra batida. A verdade é que poucos humanos simplesmente percebiam o que se passava ao seu redor e isso ajudava muito a névoa. Os mortais simplesmente viam o que seria o mais natural para eles.


Percorri a trilha que eu conhecia como a palma da minha mão e depois de quase meio quilometro, pude avistar a colina onde ficava o grande dragão guardando o Velocino de Ouro. Subir aquela colina me trazia muitas lembranças. De quando Thalia virou pinheiro ou quando subíamos até ali para guardar as fronteiras quando a arvore foi envenenada. Também me trazia lembranças boas como o primeiro verão depois da luta dos titãs, o primeiro verão de Percy e eu juntos. Subir me transportava para as épocas de campista, e isso era bom.


Chegando ao topo pude ver toda a extensão do acampamento. O clima estava bem quente e havia pessoas por todos os lados. Os campistas estavam treinando por todas as partes, com lanças, espadas, flechas e alguns sobrevoando em pégasus. Percorri os olhos por todos. Percy não estava ali em nenhum lugar, pelo menos não treinando os campistas.


Decidi ir até a casa grande, e procurar por ele ou por Quíron quem sabe. Andei por todo o caminho até o centro do acampamento. Estava perto dos estábulos quando avistei Leo junto com os filhos de hefesto que estava organizando as armas no depósito. Quando me viu, ele veio correndo até mim.


– Oi Annabeth – ele disse ao parar, arfando – Percy me pediu para falar para você que ele esta no lago te esperando.


– No lago? – eu revirei os olhos – Estou indo para lá. Você sabe o que ele quer?


Leo me olhou nervoso e percebi que mentia.


– Não.


Então para evitar que eu ficasse olhando para ele muito tempo, ele voltou para a barraca de armas e começou a dar ordens para os campistas que estavam polindo as armaduras. Fiquei parada algum tempo e decidi ir ao lago. Falaria com Percy sobre essa história de ficar escondendo coisas de mim, eu realmente não gostava nada disso.


Passei pelo caminho que ia direto ao lago e avistei Percy sentado no deque. Ele estava olhando para o horizonte e não notou que eu estava me aproximando. Fui até ele pronta para falar tudo o que eu estava sentindo.


– Percy Jackson! Você sabe que eu não gosto que esconda nada de mim.


Ele então se virou e eu vi que estava sorrindo. Isso me irritou mais ainda. Ele estava se divertindo com tudo isso. Fiz a cara mais feia que consegui.


Ele se levantou, parou na minha frente e pegou minha mão. Ainda sorrindo.


– Olha Annabeth, faz um bom tempo que estamos juntos – ele começou e eu só esperei pra ver o que ele iria dizer em sua defesa – E você sabe muito bem que eu não tenho criatividade e essas coisas.


– Percy, eu passei o dia todo com as pessoas escondendo coisas de mim, não precisamos falar agora como você tem criatividade.


– É por isso que tive que pedir umas idéias – ele disse


Eu ainda estava estourando de raiva, mas aquilo me deu um pouco de curiosidade, porque ele andou pedindo sugestões pra Leo, espíritos dos ventos e até para o porteiro do Olimpo?


– Do que está falando? – eu disse.


Então, ele ajoelhou em minha frente e meu sangue gelou. Colocou as mãos no bolso e tirou uma caixinha de veludo preto.


Naquele momento você poderia dizer que fiquei radiante, mas eu fiquei em choque. Meu rosto com certeza tinha uma expressão horrorosa de espanto por que Percy começou a rir. Eu estava bravo com ele, não estava? Acho que não mais.


Ele abriu a caixa que tinha nas mãos e num piscar de olhos, o anel rodopiou e caiu no fundo do lago. Soltei uma risada e Percy torceu a cara. Escutei risadas no fundo da floresta que indicou que estávamos sendo observados.


– Isso era um pedido de casamento, cabeça de alga? – eu disse.


Naquele momento a minha raiva tinha desaparecido completamente.


Ele se levantou e fez outra careta, eu ri de novo.


– Acho que era – ele disse.


Então eu joguei meus braços ao seu redor e o abracei, ele pegou em minha cintura e me apertou contra si. Senti os olhos sobre nós.


– Então eu aceito – eu disse.


E o beijei não me importando com os campistas e com todo o resto do acampamento festejando no meio da floresta.


Eu iria casar com Percy e o mundo inteiro soube antes de mim.




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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? comentem!!



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