Fear And Light escrita por Barbara Soares


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Imensas desculpas pela demora e por esse capítulo tão curto. É que começando a desanimar de escrever essa fic... mas prometo não parar e escrever mais frequentemente.... Pelas minhas contas, faltam pelo menos cinco capítulos ou mais, isso vai depender de vocês, se estiverem gostando da história, eu escrevo um pouco mais.



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Era domingo e Thalia estava em casa. Charlie estava no colo de Annabeth no sofá e Thalia e Percy faziam graça para ele. O seu rostinho estava sério apesar de todas as caretas que estava recebendo.

Charlie era muito paparicado. Principalmente pelas filhas de Afrodite que gostavam de apertar as suas bochechas.

Charlie desviou os olhos para os dois a sua frente e se virou para a janela. As grossas gotas de uma pesada chuva começavam a bater no vidro. Percy e Annabeth sempre repararam que o filho adorava água, o banho era à hora mais alegre para Charlie e consequentemente para todos a sua volta.


Charlie estendeu os braços para Percy. Ele o pegou dos braços da mãe e o levou até a janela. Ver a Chuva cair era uma coisa que sempre compartilhavam juntos. Quando se aproximaram da janela, ele levou sua pequena mão até o vidro. Seus olhos brilhavam ao ver a chuva do lado de fora. Agora seu rosto estava alegre e ele esboçava um lindo sorriso. Percy também sorriu ao ver o filho e lhe deu um beijo na bochecha.


Annabeth que observava os dois pelo sofá se levantou e foi até onde estavam. Percy percebeu que ela não estava sorrindo. Olhava para a chuva como se alguma coisa a preocupava e a entristecia. Thalia também a olhava com certa curiosidade, mas ninguém falava nada, só se ouvia os risos do pequeno Charlie.


Foi Percy que quebrou o silêncio a fim de retirar os sentimentos da esposa.


– Annabeth? – e estendeu o braço livre em sua direção. Ela se acomodou em seu peito em volta de seu braço – O que está te preocupando, minha sabidinha?


Ela o olhou nos olhos e deu um beijo em seu pescoço nas pontas dos pés.


– nada – ela disse e Percy percebeu que ela tinha se esforçado para dizer aquilo – Na verdade, nunca estive tão feliz, eu te amo. Amo vocês dois.


E deu um beijo também em Charlie que não tirava os olhos da janela.


Thalia ainda estava no sofá assistindo tudo aquilo. Sentia que a amiga estava aflita e não poderia a culpar. Eles sofriam a ameaça constante de monstros. Dois semideuses juntos mais Charlie deixavam o cheiro muito forte para o olfato dos monstros. Até Grouver já tinha confirmado aquilo.


Ela estava muito feliz pelos amigos terem conseguido formar uma família que tantos semideuses desejavam, mas não podia negar que sentia um pouco de inveja. Vendo aquele momento dos três, ela quase sentiu vontade de fazer parte de uma família como aquela. Sacudiu a cabeça afastando a idéia. Sua família agora eram as caçadoras e ela sentia desde sempre que era esse o seu destino. Era lá o lugar dela.


Ela decidiu ir embora, pois estava ficando muito tarde e tinha que voltar para o acampamento pela manhã. Levantou-se, foi até o afilhado e lhe deu um beijo no topo da cabeça.


– Tem certeza que vai sair nessa chuva? – Annabeth lhe disse, mas ela já estava decidida. Também iria a outro lugar antes do acampamento.


– Já enfrentei tempestades piores, Ann, e a maioria delas, eu tinha uma garotinha de sete anos comigo que agora estava mais velha do que eu.


Annabeth sorriu.


Elas de abraçaram e Annabeth a acompanhou até a porta. Pararam na soleira e ficaram em silêncio por um tempo. Nenhum das duas sabia o que dizer naquele momento. Thalia sabia que Annabeth tinha medo de despedidas, nunca se sabia qual delas seria a ultima, nem qual será a próxima vez que palavras poderiam ser trocadas de novo e naqueles tempos, nem mesmo Thalia sabia se voltaria viva.


Era uma época difícil para as caçadoras, elas receberam mais uma missão da deusa Artemis: proteger as florestas e os animais. Tudo havia mudado depois da morte de Pan e cada vez mais as coisas se tornavam perigosas, não só para caçadoras, mas também para semideuses que enfrentavam cada dia mais monstros perigosos.


– Se cuide – ela disse finalmente.


– Sim, cuide do meu afilhado e de Percy – depois de um último abraço, Thalia se afastou da porta e desceu o elevador. Levantou o capuz da jaqueta de couro se preparando para sair na fria chuva de Nova York.


–-------------


Annabeth estava balançando Charlie havia quase uma hora e aqueles olhinhos ainda não tinham se fechado. Ele havia crescido muito rápido e era um bebê de quatro meses saudável e esperto. Todos haviam se apaixonado por ele desde quando Annabeth o trouxe para casa.


Ele olhava a chuva do lado de fora da janela como se estivesse hipnotizado. Para Charlie toda a diversão do mundo estava na água. Os banhos eram brincadeira e os dias chuvosos eram os mais alegres.


Ela havia começado a ficar angustiada, dali a alguns dias, estaria voltando para o trabalho e teria que deixar Charlie com Percy que estava de férias. Não que ela se preocupava se seu filho ficaria bem sozinho com o pai por algumas horas, o problema era se separar dele, ela sentia que alguma coisa estava acontecendo e não se sentia confortável.


Essa preocupação veio quando ela estava com Charlie sozinha em casa. Percy havia saído e ela decidiu adiantar seu trabalho. Colocou Charlie dormindo no berço e sentou-se na poltrona com seu notebook. Estava tão concentrava nas contas e desenhos na tela do notebook que não percebeu que Charlie estava acordado brincando com seu Poseidon de pelúcia. Ela levantou e foi até o berço.


– Charlie, você não devia estar dormindo? – seus olhos se viraram para ela.


De repente ele simplesmente espirrou, e as paredes do quarto tremeram. Ela gostaria muito de ter sido apenas uma impressão dela e não um pequeno abalo sísmico feito por um espirro do seu filho.


Ela afastou as lembranças e continuou balançando Charlie em seus braços. Charlie era só um bebê, não podia fazer nada como terremotos. Annabeth decidiu que aquilo fora uma sensação ou uma coincidência.


Finalmente Charlie dormiu e ela o colocou em seu berço. Voltou para seu quarto e deitou ao lado de Percy. Dormiu quase imediatamente com o cansaço que estava.


Mas nada durou muito tempo, ou pelo menos, Annabeth achava que havia se passado minutos quando escutou pela babá eletrônica o choro de Charlie. Olhou no relógio, quatro da manhã. Tirou o braço de Percy que estava ao seu redor e começou a se levantar, não queria o acordar, mas quando olhou para ele, ele estava de olhos abertos.


Aproximou-se de Annabeth e lhe deu um beijo na testa.


– Eu vou agora – ele disse. – descanse ok?


Percy se levantou e foi até o corredor, esfregou um pouco a cara para tentar enxergar o caminho pela casa escura. Esse garoto gosta de gritar, pensou. Percy tinha certeza que poderia ouvir o choro de Charlie do outro lado da rua.


Caminhando pelo corredor, ele se pegou distraído e acabou não notando que os gritos frenéticos do filho haviam parado. Colocou a mão nos bolsos, mas se lembrou que estava de pijamas e deixara contracorrente em cima da mesa de cabeceira. Apressou-se até o fim do corredor onde a porta estava aberta e olhou para dentro do quarto.

Ao lado do berço do filho, estava seu pai, sorrindo para Charlie. Quando Percy consegui pensar em alguma coisa para dizer como: hã?, Poseidon o olhou com a sua melhor cara de preocupado e em questão de segundos desapareceu numa fina brisa que corria pela janela aberta.


Percy se aproximou do berço. Charlie está de olhos aberto observando o teto, mas não gritava nem chorava. Percy o pegou no colo e o abraçou de um jeito protetor, sentindo sua pela extremamente quente e seu cheiro de água salgada.


Deuses aparecendo em casa era tão ruim quanto monstros, disso Percy tinha certeza.



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Notas finais do capítulo

e esse foi o capítulo 10, espero que gostem... comentem por favor...



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