Fear And Light escrita por Barbara Soares


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

O meu maior capítulo até agora!!!! foi tão fácil escreve-lo! a historia está fluindo melhor agora, espero que gostem.



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Pela segunda vez aquela noite, Annabeth acordou. Abriu seus olhos para o escuro. Estava em uma sala onde apenas uma luz vermelha irradiava de um canto na parede. Precisou de um tempo para perceber que ainda estava no hospital e que Percy continuava dormindo ao seu lado na poltrona de veludo vermelho.

Ela sentiu quase todos os seus músculos doloridos, mas uma felicidade irradiava dela como se ela brilhasse. Sua vida estava perfeita agora: Conseguira sobreviver até a maturidade, trabalhava no que mais gostava e havia criado uma família linda com a pessoa que amava

Tentou levantar o pescoço e seu músculo queimou, fazia tempo que não se sentia tão cansada, mas mesmo assim conseguiu enxergar o relógio em seu criado. Eram duas da manhã, não tinha dormido nem três horas desde que a enfermeira lhe trouxe Charlie para amamentar. Ele era tão pequeno em seus braços, mas se encaixava perfeitamente como se aquele lugar tivesse sido feito para ele.  Annabeth ficou observando quando seus pequenos olhinhos verde-mar se fechavam e ela acreditava que podia ficar olhando-o por horas.

As poucas mechas que lhe cobriam a cabeça eram de um loiro escuro e seu nariz era fino igual ao dela. A boca era uma linha fina que se parecia muito com a de Percy. A perfeita mistura de nos dois, pensou.

Enquanto Charlie dormia em seus braços, ela se lembrava dos fatos que aconteceram há poucas horas.

Annabeth aprendera com o tempo a não confiar muito nas pessoas que aparentemente são bondosas, mas aquela mulher era simpática e sorridente. Ela teve certeza de aquela enfermeira de seus 50 anos, era uma mortal. Principalmente quando ela não percebeu que a mãe de Annabeth estava com uma roupa estranha ao lado de sua cama: uma túnica longa até os pés roxa, e uma coroa de louros dourada na cabeça, além de vários colares no pescoço.

Atena tinha simplesmente surgido ao seu lado enquanto ela estava amamentando.  Percy estava sentado em sua cama, observando e com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

Quando a deusa surgiu sem ao menos explicar, a expressão no rosto de seu marido mudou completamente.

- Vou tomar um café – ele disse e se levantando –  Já volto.

Era obvio que Percy só saiu do quarto por causa de Atena, além do mais, Percy odeia café.  Ela acompanhou seus passos até a soleira da porta.

Quando a porta bateu, Atena sentou-se ao lado de Annabeth na Cama.

Sua expressão estava serena e calma como sempre se lembrava, mesmo na guerra dos titãs, a mãe sempre lhe passava um ar de confiança e controle, coisa que normalmente Annabeth tentava imitar, mas às vezes sem sucesso.

Annabeth queria lhe falar alguma coisa, queria dizer como estava feliz com a visita, mas essa não era a verdade. Apesar de ter um grande apresso pela mãe, os deuses sempre traziam desconfiança para Annabeth e a visita de Atena nunca trazia bons presságios.

O silencio reinou no quarto até que a enfermeira baixinha e magrinha entrou no quarto. Ela mal percebeu a mulher sentada em sua cama.

- Vou levá-lo para você descansar um pouco querida, amanha você já esta em casa – ela disse e tomou Charlie de seus braços – Fale para seu marido dormir um pouco também, ele é mais agitado que meus sobrinhos.

Annabeth riu, quebrando um pouco a tensão no quarto. Ela havia acabado de descobrir que Percy também estava nervoso com a visita da deusa. A enfermeira saiu do quarto deixando as duas sozinhas novamente.

- A criança é linda – Atena começou ainda com o semblante indiferente – Parabéns.

Annabeth então olhou para os olhos de sua mãe. Assim como os seus, era de um cinza escuro como uma nuvem de tempestade e pareciam tão profundo quanto. Atena então deu um sorriso cansado que Annabeth nunca havia visto na deusa.

- Se parece muito com Percy. – Annabeth disse.

- Sim – Atena disse – Se parece com Percy.

E mais uma vez houve um silêncio perturbador no quarto.

- Eu não tenho muito tempo – Atena disse olhando pela janela do quarto, onde pequenas gotas começaram a cair no vidro – Vim lhe trazer um presente.

Ela estendeu uma caixa vermelha e Annabeth a pegou. Abriu-a e tirou de dentro um pequeno objeto feito em cerâmica. Ele tinha um cordão longo e em sua ponta uma pequena escultura em forma de mão, no centro um olho grego.

Annabeth sabia que aquele objeto e o olho grego na cultura popular eram para afastar o mau olhado, mas não sabia realmente como iria usá-lo.

- Obrigada – ela disse.

- Pendure em um lugar de sua casa. Ajuda a afastar um pouco os monstros – Atena disse – eu sei que essa é a sua maior preocupação agora.

Realmente os monstros era a grande preocupação de Annabeth, pois Charlie era só um bebê indefeso. Ela sabia que podiam morar na cidade no acampamento júpiter, mas ela nunca se sentiu confortável naquele lugar. Era um abrigo romano, e ela era grega, as duas coisas nunca combinaram muito.

Naquele momento ela percebeu que a mãe realmente dera um presente valioso, eram poucos os objetos que afastavam os monstros, um deles Annabeth conhecia muito bem – Aegis, o terrível escudo de thalia.

A deusa olhou mais uma vez para a janela e se levantou.

- Preciso ir – ela disse – Adeus Annabeth, mande lembranças para Percy.

Annabeth sabia que ela falara isso apenas por educação, pois a deusa odiava Percy, principalmente por ser um filho de Poseidon.

Atena afastou-se e em um piscar de olhos sumiu do quarto, deixando Annabeth sozinha com seu presente inesperado.

*********

Percy passou pelo corredor branco e brilhante terrivelmente perturbado, o que será que Atena estava fazendo ali?

Entrou na sala de espera a fim de beber mais um pouco de café, estava vazia como esperava a àquela hora da noite. Pegou uma xícara e foi até a porta do hospital para tomar algum ar.

Passou por algumas cadeiras de rodas e enfermeiras apressadas até conseguir enxergar a porta. A frente do hospital era totalmente de vidro o que possibilitava a Percy a visão do lado de fora.

Na rua escura, Percy podia ver que os poucos carros que passavam pela grande avenida, paravam e o motorista colocava a cabeça para fora da janela olhando para o céu.

Isso era realmente muito estranho, pois dificilmente algum cidadão da perigosa Nova York em plena madrugada, pararia seu carro para ver coisas no céu, mas nada mais surpreendia Percy.

Ele se aproximou mais da porta e observou o céu. Da calçada ele podia avistar  o topo do Empire State com todos o seu poder e diante dele, vários raios iluminavam o seu topo onde abrigava a morada dos deus. O céu estava negro e o rugido dos trovões balançava a cidade e arrepiava os pelos da nuca de Percy.

O Olimpo estava agitado e Percy sentia medo de saber o motivo.


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