My Hero. My Light. escrita por Ankoku Mayoi


Capítulo 5
Porque o homem fraco reconhece o valor da força.


Notas iniciais do capítulo

Eu fui rápida, eu sei haha
É que me aconteceu uma revolta [eu acho que boa] e eu decidi que vou voltar a postar as atts toda semana :]
Bem, eu já atualizei essa semana, mas... Bem, quero agradá-los (sim, vocês leitores) ♥
A Taaci não tá betando esses capítulos, como vocês podem ver, porque eles ainda não foram postados no FFOBS D: lá ainda continua com problema... Enfim, eu tô atualizando mesmo assim háhohe ;]
Espero que gostem, e até as notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/274183/chapter/5

— Mais rápido, senhoritas, vamos! A minha vó tem mais energia! — exclama Peggy, vendo os recrutas fazerem flexões. — Que Deus a tenha. — murmura para si mesma, em tom baixo. — Vamos!

— Não está pensando em escolher o Rogers, está? — indaga o coronel ao Dr. Erskine.

Os dois homens e Déborah vinham um pouco mais à frente, podendo ver a agente Carter comandar as atividades de hoje, para o desgosto da Grey que estava adorando as tarefas que lhe foram passadas; bem, realmente era bom voltar a trabalhar, mesmo tendo a agente Carter a seu lado.

— Não estava apenas pensando nisso, ele é a escolha óbvia. — Abraham o responde, mostrando claramente seu sotaque russo ao proferir tais palavras, sendo apoiado pela neta, que balançou a cabeça em concordância antes de falar, tentando mostrar sua opinião:

— Exato, concordo com senhor. — porém ela só foi ignorada pelos mais velhos.

— Quando você trouxe um asmático de quarenta quilos pra minha base, eu deixei passar; achei que ele poderia ser útil a você como um gero.— o coronel diz, enquanto eles três caminhavam em direção de onde a agente Carter estava. — Nunca pensei que fosse escolhê-lo. — eles chegam a seu destino, e o avô e a neta se apoiam em um caminhão que ali tinha. — Se enfiar uma agulha no braço dele vai atravessar. — adiciona, fitando o Rogers de longe.

— Vamos, meninas! — exclama Peggy, referindo-se aos recrutas que treinava no momento.

— Olha só! — o coronel fala, ainda olhando para o Rogers, que no momento fazia polichinelos. — Dá vontade de chorar. — Déborah faz uma cara carrancuda.

— Eu procuro qualidades além das físicas. — explica-se Abraham, fitando o Phillips por cima de suas lentes redondas.

— Exatamente. — Déborah concorda animada tirando a carranca da cara, sendo – mais uma vez – ignorada pelos dois homens. Notando isso, solta um baixo muxoxo de reclamação, que também não chamou a atenção de ambos.

— Sabe quanto tempo demorou para remontar essa projeto...?

— Sei, sei.

— A humilhação que passei na primeira vez com aquele senador-sei-lá-o-nome-dele por causa da Déborah? — o tom do coronel ela levemente intimidador, não dando importância ao fato de ter sido interrompido pelo Erskine.

EI! — a Grey tenta se defender, fazendo cara de ofendida. Mas sendo plenamente ignorada de novo pelo avô e pelo coronel.

— O Brandt, eu sei. Estou ciente do seu empenho.

— Então me faz um favor: Hodge passou em todos os testes, ele é grande, rápido e obedece, é um soldado. — conclui Chester, crente em seus princípios.

É um brigão! — intervém Déborah, chamando pela primeira vez a atenção dos mais velhos. — E bem, um brutamontes também. — adiciona inocentemente, depois de pensar um pouco, sendo totalmente apoiada pelo avô.

— Não se ganha à guerra com gentiliza, doutores. — o coronel fala francamente, indo para frente da traseira do caminhão do exército e de lá de dentro, tirando uma granada falsa. — Se ganha à guerra... Com coragem. — e então, o Phillips joga a granada no meio dos recrutas — Granada! — e eles todos correm assustados, feito cordeirinhos medrosos.

Bem, todos menos um.

Déborah arregala os olhos ao ver a granada ser jogada lá, e quase desmaia ao ver o seu Steve se jogar por cima da mesma e gritar:

AFASTE-SE! PRA ATRÁS! — ele berra encolhido por cima da granada falsa.

Segundos passam e a granada não vem a explodir, fazendo a maioria ali presente encarar o loiro que ainda mantinha-se no chão, com um olhar admirado.

— Tudo bem, era uma granada falsa. — o Sargento Loster se pronuncia, fazendo Steve se erguer do chão lentamente.

— Isso foi um teste? — indaga, fazendo os músculos de Debby relaxam ao ouvir a voz do Rogers. E então ela volta sua atenção para os rostos de seu avô e do Phillips, e manda um olhar desdenhoso em direção ao último, que de resposta lhe fitou duramente, antes de dizer:

— Continua magrelo. — e ele saiu, passando pelo meio dos doutores, que deram sorrisos idênticos quando se fitaram, e em seguida voltaram seus olhares em direção a Steve, orgulhosos.

***

— Senhor Stark... Está tudo bem? — indagou Thomas Gregory, ao observar seu chefe pousar suas mãos na mesa de ferro brutamente, amassando alguns papéis que estavam a sua frente.

Estavam na gigantesca Indrustrias Stark, empresa que pertencia a Howard. O mesmo parecia nervoso, e até mesmo frustrado. Na verdade, ele parecia não saber o que fazer. E bem, isso era uma coisa bem difícil de se ver, já que o Stark era bastante conhecido por sua mania de improvisar. Estavam há horas fazendo projetos para novas armas, que seriam deveras úteis para a guerra que acontecia no momento.

— Não, não está tudo bem, caro Thomas. — respondeu ele seriamente, passando a mão por seus cabelos negros rapidamente. — Veja. — ele apontou para uma imagem imprimida no papel, e logo depois para uma pequena anotação feita a baixo. — Os nazistas possuem armas bastante desenvolvidas para o nível de tecnologia que temos conhecimento que eles tem. — admitiu, pegando um lápis e começando a fazer alguns rabiscos em um papel branco. — Mas de alguns meses pra cá, as coisas estão mudando. Não tenho mais certeza de nada.

— O senhor teme que nossas armas e planos de ataque não sejam suficientes? — Thomas pergunta, surpreso ao chegar a esta conclusão. O Stark demorou alguns segundos para respondê-lo, ainda sem tirar sua atenção do papel branco.

— Nós temos que dar um jeito nisso, ou perderemos essa guerra. — foi somente isso que Howard disse, não admitindo que suas armas poderiam ser vencidas por as de outro qualquer nazistazinho. — E isso não seria nada bom para os negócios! — adicionou, sorrindo torto ao olhar rapidamente para o Gregory, que somente deu de ombros, antes de voltar sua atenção para o que estava fazendo.

***

Já era noite por toda a base, o céu estava escuro e sem nuvens; a lua cheia brilhava e, dessa vez, não vinha empunhada junto de estrelas. Alguns soldados já haviam sido retirados da base estratégica cientifica, afinal, na tarde daquele dia, o Dr. Erskine tinha declarado quem era o seu escolhido. Para a surpresa dos candidatos – e até para o próprio escolhido –, quem iria amanhã ser o primeiro supersoldado, seria o pequeno rapaz chamado Steve Rogers.

Este mesmo rapaz, que nesse momento, estava sentado em sua cama na base lendo um dos livros que havia sido lhe entregado quando tinha chegado àquela reserva. Só foi despertado de sua leitura, quando ouvi duas batidas na porta, e vendo de lá, o Dr. Erskine.

— Posso entrar?

— Pode. — assentiu.

— Ainda acordado? — o mais velho pergunta, entrando completamente no aposento, com uma garrafa de bebida e dois copos entre as mãos.

— Acho que estou nervoso, só isso. — Steve se explica, observando o doutor ir em direção da cama – depois te der depositado os copos que carregava em cima de um baú –, que ficava a sua frente, e dar uma pequena risada.

— Eu também. — conta Abraham sentando-se na cama, e começando a fitar o loiro.

— Posso fazer uma pergunta? — indaga Steve, demonstrando-se estar um pouco curioso. Colocando o livro que antes lia sobre sua cama, a seu lado.

— Só uma? — Abraham estranha; ele achava que o Rogers teria várias perguntas a fazer, não somente uma.

Quase que como ignorando a última fala do Erskine, Steve transforma em palavras a dúvida que desde a tarde, rondava sua cabeça:

— Por que eu? — passaram-se alguns segundos silenciosos, antes de Abraham se pronunciar:

— Creio que seja a única pergunta que importa. — suspirou ao falar calmamente, fitando a garrafa que estava apoiada em seu joelho. — Isto é de Ausbérgue, minha cidade. — conta referindo-se a sua bebida, e logo depois dando uma pausa. — Muitos esquecem que o primeiro país que os nazistas invadiram foi o deles. Depois da última guerra, eles... O meu povo, eles se sentiram fracos, e pequenos, e aí Hitler apareceu com os desfiles, grandes espetáculos, bandeiras, e os... — ele ajeita seus óculos de lentes redondas, decidindo não revelar ao pequeno loiro algumas coisas, e voltando a continuar a contar, ocultando o que seria o certo de falar a seguir: — E ouviu falar de mim. Do meu trabalho, ele me encontrou e ele disse: “você”; ele disse: “você vai nós fortalecer”. — ele aponta para Steve, como se estivesse representando a cena. — Bom, eu não me interessei. — ele coloca a garrafa no chão, e volta a fitar o loiro. — Aí ele mandou o chefe da H.I.D.R.A, a divisão de pesquisa dele, um cientista brilhante chamado Johann Schmidt. Bom, Schmidt pertence ao circulo interno. Ele é ambicioso; ele e Hitler compartilham de uma paixão pelas forças ocultas e o mito teutônico. Hitler usa essas fantasias para inspirar os seguidores, mas para Schmidt isso não é fantasia, para ele, é real. Ele se convenceu de que a um grande poder oculto na terra, deixado aqui pelos deuses, esperando ser apanhando por um homem superior. Quando ele ouviu falar da minha fórmula e do que ele pode fazer, ele não resiste; Schmidt precisa se tornar um homem superior.

— E o tornou mais forte? — pergunta Steve, prestando atenção a narrativa do doutor.

— Sim. — Abraham assente, balançando levemente a cabeça positivamente — Mas... ouve outros... efeitos. O soro não estava pronto, e mais importante, o homem... O soro amplia tudo que a lá dentro, então, o bom, se torna ótimo; e o mal, se torna pior. — explica, parando por alguns segundos e vendo o Rogers desviar do olhar — Por isso você foi escolhido. — o Erskine responde finalmente a pergunta, fazendo Steve voltar a encará-lo. — Porque o homem forte, que sempre conheceu o poder, pode perder o respeito por esse poder. Mas o homem fraco conhece o valor da força e conhece... A compaixão.

— Obrigado... Eu acho. — Steve agradece, mostrando ao mais velho um pequeno sorriso, que é correspondido por Abraham com prontidão.

— Pegue, pegue... — pede Abraham, apontando para os copos de vidro que havia deixa no pequeno baú, que ficava em frente à cama de Steve. O loiro o faz, enquanto o Erskine trazia de volta a garrafa para seu colo. — Mas o que quer que aconteça amanhã, quero me prometa uma coisa...

“Trate bem a minha neta” pensa ele rapidamente, com divertimento, enquanto derramava pequenas doses da bebida nos copos.

— ...que vai continuar sendo quem é. Não o soldado perfeito, mas... — ele aponta para o peito de Steve — um homem bom.

— Aos homens pequenos. — Steve levanta seu copo, um pouco tímido.

Sua fala fez com que o Erskine risse levemente.

E quando o loiro estava com o copo a centímetros de sua boca, Abraham o para, tomando o copo das mãos do rapaz. — NÃO, NÃO! ESPERE! O que estou fazendo?! Amanhã você tem procedimento, nada de líquido. — o Erskine derrama o líquido da bebida que antes era do Rogers, em seu próprio copo.

— Bom, beberemos depois. — conclui Steve, fitando os copos que estavam entre as mãos de Abraham.

— Não, eu não tenho procedimento amanhã. Beber depois?! Bebo agora. — exclama o doutor, tomando tudo de uma só vez, fazendo assim, Steve sorrir.

[...]

O Doutor Abraham Erskine acabara de sair do quartel onde o escolhido estava, depois de mais alguns minutos de conversa. Agora ele poderia dizer que tinha plena certeza, Steve Rogers era um bom homem, corajoso, determinado, que sabe dar valor. Não entendia o porquê de sua neta não tê-lo revelado que era ele. “Tanto tempo perdido” pensava pesaroso.

Assim que pôs os pés para fora do cômodo, sentiu um cheiro característico, que ele conhecia bastante bem. E não pode controlar o riso inalado ao pensar na situação que agora se encontrava.

— Déborah... Pode aparecer. Sei que está aí. — pede com o tom de voz levemente divertido, e vendo em menos de dez segundos, sua neta aparecer de dentro de algumas árvores, soltando alguns muxoxos, que foram plenamente ouvidos pelos Erskine.

— Maldito perfume! — branda, ficando frente a frente com o avô, que lhe encarava com uma sobrancelha arqueada. — Por que o senhor me deu ele mesmo, hein? — pergunta como uma criança emburrada, cruzando os braços na altura do peito. O Erskine solta outro riso antes de perguntar:

— O que a senhorita estava fazendo aí? — Déborah arregala os olhos com a pergunta. — Não me diga que estava querendo espiar a minha conversa com o senhor Rogers, Debby... — finge ralhar, deixando a neta desconcertada, não percebendo a brincadeira.

O-o-quê? E-eu não es-estava espiando n-não. Que isso, vô! Eu não faria isso. — responde gaguejando, e agradecendo internamente por estar de noite, pois tinha certeza que suas bochechas estavam coradas, podia perceber isso pela quentura que sentia no local.

— Ah... então o que fazia ali, minha neta? — É, Abraham adorava ver sua neta sem jeito. Fazia-o lembrar do tempo em que Debby era só uma criança pequena.

— E-eu? Bem, eu estava... estava... Vigiando os soldados. — tenta arrumar uma desculpa, com sucesso — É, é isso! Estava vigiando os quarteis, pra ver se algum deles iria tentar se encontrar com alguma moça! — respondeu rapidamente, com um sorriso nervoso crescendo pelos lábios.

— Debby, na reserva só existem duas mulheres presentes: Você e a Agente Carter. — Abraham avisa, com um olhar de “você foi pega no flagra, minha neta.”

O nervosismo some do corpo de Déborah, ao mesmo tempo em que um sorriso inocente se prendia em seus lábios.

AHÁ! Eu sempre soube que a Agente Carter não era moça de futuro, vovô! Ela vai ali nos matinhos com recrutas e...

Déborah! — O Erskine a repreende duramente, fazendo a morena se calar rapidamente.

— Certo, certo. — ela diz, levantando as duas mãos para o alto, em um ato de rendição. — Mas se o Howard tivesse aqui, ele iria concordar comigo. — ela sussurra para si mesma – para o avô não ouvir –, de cabeça baixa. Não deixando Abraham ter a visão do sorriso maroto que agora, estava presente em seus lábios. — Oh, não acredito que falei isso. Meu Deus. O Howard está me corrompendo! Já estou até comentando... essas coisas... — Déborah começa a falar de repente, chocada. — O senhor está ouvindo, vô! Estou passando tempo demais na companhia do Stark, tô até falando coisas sem sentido! — reclama para Abraham, que não ouviu uma palavra da neta enquanto caminhava em direção ao lugar onde dormiria.

— O quê?

— Nada. — diz a morena, revirando os olhos pela falta de atenção do avô. — Oh, céus, tenho que controlar a boca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pra quem acompanhava a fic antes, quando eu estava a postando pela primeira vez, deve ter notado que eu adicionei umas coisinhas... E, reescrevendo esse capítulo hoje, gente, uma ideia completamente fodástica me surgiu *o* E acho que vocês notaram... os mais observadores... hehehe Já dá pra notar nesse capítulo uma leve suspeita (muito leve >mesmo<), uma pequenina pista... de algo grandioso auheuhauehuahhae ;] Que, porém, só será abordado talvez no final de MHL, ou na continuação-ainda-sem-nome-preciso-encontrar-um ^---^
Qualquer dúvida, sugestão, crítica construtiva, ideia que vocês tiverem, é só entrar em contado comigo ♥
Muito obrigada a todos *o*
Até a próxima!