My Hero. My Light. escrita por Ankoku Mayoi


Capítulo 4
Agentes cumprem as ordens que lhe são mandadas.


Notas iniciais do capítulo

Surpresos? (... ou não?) Eu também auheuahuehahuhea ;]
Como a att do FFOBS não saiu (buábuábuá) eu vim atualizar a daqui *o*
É uma pena... que o site lá esteja com problemas D:
Enfim, espero que gostem!



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Déborah Grey estava se preparando para ir para a reserva, quero dizer, se preparando psicologicamente. Esse período seria um tempo bastante promissor, e ela teria que estar preparada para isso. Afinal, ela iria sozinha para lá. Abraham havia lhe dito que Howard não iria acompanhá-la, e, ela não sabia se isso seria uma coisa boa ou ruim. Somente eles dois que iriam ir, ela e seu avô. Bem, Déborah ainda não tinha descoberto o por que de seu avô querer levá-la, mas cogitava hipótese de que ele estava querendo criar uma aproximação entre ela e Steve. Ou então, era uma ordem do Coronel Phillips.



E ela queria realmente acreditar que a segunda opção era a correta.


E enquanto ainda pensava como poderia aceitado participar disso, sabendo o quê seu avô estava planejando ela ouviu duas batidas em sua porta, ao mesmo tempo em que a resposta se clareava em sua mente.

“Eu sou uma agente, e agentes cumprem as ordens que lhe são mandadas.”

— Está pronta? — Erskine apareceu na fresca da porta de seu quarto, olhando-a por cima dos óculos redondos.

— Sim. — confirma, dando um longo suspiro antes de segui-lo em direção ao carro que os esperava em frente à casa.

(...)

— Recrutas sentido! — exclama a Agente Peggy Carter, dando um fim as conversas que ainda perambulavam entre os soldados, que, no mesmo momento em que ouviram a voz da Agente, ficam em posição sentido. — Senhores, eu sou a Agente Carter, eu irei supervisionar toda a operação desta divisão. — ela os explica duramente andando em linha reta, fitando os rostos de seus futuros soldados.

— Que palavreado de rainha. — um recruta a interrompe, chamando a atenção da Agente. — Achei que estava me alistando no exército americano.

— Qual o seu nome, soldado? — pergunta Carter, parando de andar e fitando-o seriamente.

— Gilmore Hodge, vossa majestade. — ele respondeu, claramente demonstrando deboche ao denominar a Agente de “vossa majestade”.

— Um passo a frente, Hodge. — e assim ele faz, sorrindo de lado para a Agente, que ainda o encarava séria. — Coloque o pé direito na frente. — ordena.

— Vamos lutar? Conheço uns movimentos que você ia gostar. — ele fala mandando um olhar malicioso para Peggy, e logo depois pisca para a mesma. Todavia, antes que pudesse falar mais alguma coisa, um soco certeiro acerta seu rosto, dado pela Carter. Gesto que chamou muito a atenção de Steve, que já não estava acreditando na cretinidade do outro recruta.

— Agente Carter. — o Coronel Phillips aparece, descendo de um carro do exército, sendo acompanhado por Déborah e Abraham Erskine.

— Coronel Phillips. — Peggy responde ao cumprimento, virando-se para seu superior como se nada tivesse acontecido.

— Vejo que está começando a treinar os candidatos, isso é bom. — Phillips para ao lado da Carter, enquanto Debby e Abraham ficam um pouco mais afastados. — Levante logo daí e fique em posição de sentido na fila até te darem uma ordem. — ordena ao Hodge em tom duro, que ainda estava caído no chão.

— Sim, senhor. — responde-o, levantando-se de queixo erguido, tentando parecer superior.

Todos estavam muito concentrados, esperando o “discurso” do coronel começar. Menos Déborah que fitava, sem piscar uma única vez, o soldado Steve Rogers. Ela pensava em como ele deveria estar se sentindo neste momento. Vestindo o uniforme de soldado; tendo que atender aos comandos da Agente Carter e do Coronel Phillips – coisa que ela não suportava; sendo um alistado pra o exército. O sonho de consumo dele.

Ah, ele deveria estar se sentindo completo.

Ela só conseguiu sair de seus pensamentos quando sentiu duas cutucadas em seus ombros. Déborah já estava preparando seu melhor olhar mortal para jogar no ser que a tinha atrapalhado. Mas quando virou sua cabeça e deu de cara com seu avô, que lhe mandava claramente um olhar de “Você estava o fitando com um olhar de boba apaixonada, Debby” ela virou-se de uma vez só para o Phillips e começou a prestar atenção no que ele falava.

— O General Patton disse que guerras se lutam com armar, mas são vencidas com homens. Nós vamos vencer essa guerra porque temos os melhores homens. — Phillips fala firmemente e para ao final da fila, e encara o Rogers, que fitava o nada a sua frente. O coronel volta seu olhar rapidamente para o Dr. Erskine e a Agente Grey, que lhe devolvem o olhar como se o incentivassem a continuar a falar. — E porque vão ficar melhores, muito melhores. — quando o General passa novamente de frente a Steve, o mesmo ergue levemente a sua sobrancelha, notando que a última frase dita pelo seu superior fora completamente direcionada a ele. — A reserva estratégica cientifica é o esforço aliado composto pelas melhores mentes do mundo limpo. A nossa meta é criar o melhor exército da história; mas todo exército se começa com homens. No final desta semana, escolheremos este homem. Ele será primeiro, de uma nova raça de super soldados. E eles vão escoltar pessoalmente Adolfo Hitler, aos portões do inferno. Entendido?

— Sim, senhor. — eles responderam em couro, alto e claro. Como verdadeiros recrutas sempre devem fazer.

— Agente Grey, Dr. Erskine, me acompanhem.

(...)

— Como disse, Coronel?! — exclama Déborah atônica — Eu irei treiná-los... Com a Agente Carter? — fala as duas últimas palavras em um tom levemente desacreditado, que não foi notado por Abraham nem pelo Phillips.

— Isso mesmo. — ele confirma, não parando de mexer nos papéis que segurava. O Coronel sabia muito bem que a Agente Grey não ia muito com a cara da Agente Carter. As desavenças – pelo que ele lembrava –, começam há alguns anos, quando Déborah voltou de sua primeira – e única grande e complexa – missão, com grande êxito.

“A missão da Grey não tinha sido planejada, e aconteceu no mesmo ano em que o Dr. Erskine tinha sido sequestrado e chantageado por Schmidt. Na verdade, Déborah que se intrometeu. Apesar de ser somente uma adolescente entrando na fase adulta, ela foi à procura do avô, sozinha pela Europa. E por mais incrível que pareça, o achou. Não da maneira que queria, mas de toda maneira, o achou;

Para tentar descobrir o paradeiro do avô, Debby se infiltrou na H.I.D.R.A, mesmo com pouca experiência, já que quando fugiu da reserva de treinamento, ainda não tinha aprendido nem três quartos do que deveria. Mas, pelo visto, já era o bastante.

Ela virou, como podemos dizer... Uma capanga ou pré-agente da H.I.D.R.A, com ninguém surpreendemente suspeitando de nada. Todos a viam como “a garota que está vendo o verdadeiro poder desde cedo”, principalmente Schmidt, que logo depois de uns cinco meses, chamou-a para participar diretamente do projeto do soro (que ainda não estava concluído), para a surpresa de Déborah, que soube no mesmo momento, que realmente estava espionando muitíssimo bem. E assim foi. Mas quando o soro estava sendo ingerido no Schmidt, Déborah e o Dr. Erskine fugiram sem a ajuda de ninguém – fato que até hoje surpreende o Phillips e a outros agentes –, levando junto deles diversas informações sobre a H.I.D.R.A. Das quais eram deveras sigilosas e valorosas para o exército e governo americano.”

Desde sua volta, Déborah Grey foi consagrada como uma grande agente. Começou depois de um tempo a ser mais reconhecida como uma cientista, ou engenheira mecânica que tinha acabado de cursar sua faculdade recentemente. À propósito, só tinha entrado para a faculdade por insistência de seu avô, e também, obviamente de Howard Stark. Quem mais a obrigaria a entrar no ramo de engenharia mecânica?

Pois bem, todo esse “sucesso” que a Agente Grey teve, e todo esse reconhecimento, causou revolta em outros Agentes. Como exemplo cito Peggy Carter, que pensava que a Agente Grey era somente uma garotinha boba, que tinha conseguido um único prestigio na vida, e já estava se achando a mais potente e inteligente; ela já tinha matado, massacrado, pelo seu país; E Déborah, “somente por ter conseguido ter saído viva da base do inimigo, com apenas algumas informações, ganhou todo esse reconhecimento”, como sempre Peggy mesma cita.

Debby não aguentava as alfinetadas da Agente Carter, não era uma pessoa de levar porcarias para casa, e afinal, ela não tinha feito nada para Peggy, e ela ainda a tratava dessa maneira. Debby não a entendia, nem tinha conhecimento de seus motivos, mas também era orgulhosa demais para ir perguntar o que havia feito para ser tratada daquela maneira.

Bem, era óbvio que Debby se orgulhava de seu feito, mas também não era para tanto, de ficar se gabando, na verdade, ela nem tocava mais no assunto. E naquela época seu único objetivo era conseguir salvar seu avô, e até hoje, ela mesma não sabe como obteve sucesso quanto a isso.

— Afinal, você ainda é uma Agente, não é Srta. Grey? — indaga Phillips, não fitando nenhum dos dois seres presentes ali, com um sorriso mínimo ocupando o canto de sua boca.

A Grey ainda estava surpresa com a proposta, quero dizer, ordem do Coronel. Há apenas alguns poucos anos, três ou dois, que foi quando começou a se envolver com o projeto super soldado, que não ficava “ativa” como Agente, na verdade. Nem mesmo depois de ser a primeira a suprir o soro, ela voltou à “ação”. E agora, o Coronel Phillips a informa isso.

Ela olha primeiramente para seu avô, pedindo ajuda; bem, digamos que ela não gostaria de ficar exposta aos recrutas, ou melhor, a um único recruta em especial: Um pequeno, de cabelos loiros, olhos azulados... Déborah balança a cabeça para afastar esses tais pensamentos, e ao fazer isso ouve a voz de Abraham, tentando ajudá-la; mas não pelo mesmo motivo que se passava na cabeça por sua cabeça.

— Acho totalmente desnecessário a entrada de Deborah no treinamento, Coronel Phillips. A Agente Carter tem autoridade suficiente para...

— Como não, Dr. Erskine? — Phillips se volta um pouco irritado para Abraham, o interrompendo. — Nosso governo gastou milhões com o primeiro projeto do soro, que caso não se lembre, foi injetado na Srta. Grey. — ele olha rapidamente na direção de Déborah, que devolve o olhar feroz; ela não tinha medo do Coronel. — E tenho plena certeza que obtivemos sucesso, não do jeito que esperávamos mas... De todo modo, conseguimos. — ele lança olhares acusadores em direção a Déborah, que encolhe levemente os ombros, sentindo-se levemente desconfortável com a situação. — E se realmente tivemos sucesso, acho que devamos usar isso a nosso favor, doutor.

Abraham, diante do discurso do Phillips (que era seu superior), não tem escolha a não ser ficar calado e mandar um olhar sério a sua neta, como se lamentasse.

Déborah vira-se de costas para os dois homens, voltando sua atenção para a janela, de onde poderia ter uma ótima visão de toda a reserva; de onde estava poderia ver os soldados em treinamento fazendo suas tarefas; querendo concluir seu sonho; querendo servir a seu país, com louvor; e foi aí que ela pensou: quem era ela para destruir os sonhos de alguém, por uma causa egoísta?

E com esse pensamento, que ela tomou sua decisão, ou melhor, ela respondeu a ordem:

— Sim. — concorda finalmente quebrando o silêncio que tinha se instalado, com firmeza presente em sua voz, virando-se em direção dos homens com um olhar decidido. — Eu ainda sou uma Agente. E agentes cumprem as ordens que lhe são mandadas, Coronel. — com uma expressão séria, ela encontra com o olhar de seu avô, que embora estivesse preocupado, estava apoiando a ideia da neta, pensando principalmente na aproximação que poderia vir a acontecer entre ela e o senhor Rogers.

— Neste caso... Seja bem-vinda de volta à ativa, Agente Grey. Espero que não tenha perdido a manha.

(...)

— Soldados, sentido! — exclama Peggy firme, dando fim ao pequeno barulho que se alastrara entre os recrutas, que estavam em fila reta, de frente a mesma.

Oh, muitíssimo obrigada, Agente Carter... — uma voz feminina atrás da Carter – não conhecida pelos soldados – se faz soar, fazendo Peggy semicerrar os olhos, reconhecendo a pessoa que lhe importunava. Para ela, era fácil descobrir de quem era a voz; eram poucos os que a desafiam desse jeito, falando em tom sarcástico e falsamente doce. — ... Por ter parado a bagunça por mim. — completa falsamente simpática, fitando as costas da Agente Carter com as mãos presas em cintura. Os recrutas nem se atreveram a mandar um olhar naquela direção, já haviam visto do que as agentes daquele lugar eram capazes.

— O que faz aqui, Agente Grey? — pergunta Peggy em um tom rude, ainda sem se virar. E Déborah, notando isso, vai à passos pesados em direção a frente da Carter tentando não pensar que Steve estava tão perto de si. Peggy escuta o pequeno barulho que as botas de Debby faziam, enquanto a mesma caminhava em sua direção.

— Ora, Agente Carter, o Coronel não lhe informou? — Déborah fica frente a frente a Peggy, lhe encarando profundamente, com um sorriso torto ocupando seus lábios. Ao chegar à visão dos soldados, alguns deles não puderam conter seus olhos arregalados diante da mulher que estava as suas frentes. Brilhantes cabelos castanhos que iam até abaixo de seus ombros; As grandes orbes verdes profundas, que fitavam quase como se desafiassem a Agente Carter; os lábios escuros, que portavam um sorriso torto, que, com certeza, estava irritando deveras a Carter. E seu nome? Isso eles ansiavam descobrir, pois a curiosidade começava a corroê-los, afinal, ela estava enfrentando a Agente Carter, e isso era no mínimo, bastante curioso. — Iremos trabalhar juntas agora. — informa Debby, achando a situação um tanto quanto irônica. E não esperando resposta alguma da Carter, ela vira-se em direção aos recrutas, com um olhar intimidador. — Soldados, meu nome é Déborah Erskine Grey — o Rogers, que até então estava quieto em seu canto como todos outros soldados – admirando a ousadia Agente Grey –, franze o cenho ao escutar um nome familiar sair da boca escura. — Mas como diz a burocracia do governo, vocês devem me chamar somente por Agente Grey. Eu, juntamente da Agente Carter, iremos supervisionar as atividades dessa divisão a partir de agora. — Déborah começa a passar em frente de cada soldado, os olhando seriamente, e tentando não gaguejar ao passar de frente à Steve. — Qualquer ação desrespe...

— Agora teremos que lidar com uma princesinha tentando comandar por aqui. — Hodge interrompe-a arrogante com uma expressão de profundo acomodamento, fazendo ela vira-se em sua direção lentamente, com uma expressão nada amigável. Na verdade, assustadora.

— Oh, você deve ser o Hodge, não é? Ouvi falar de você. — e sem esperar uma resposta do soldado, Déborah o chuta sem fazer força alguma, mas fazendo o recruta voar por alguns metros, e cair pelo chão arenoso gemendo pela dor que ocupava seus órgãos. Os outros recrutas assustados com a ação inesperada – e mais feroz que a da Agente Carter tinha tido – de Déborah, param de fitá-la no mesmo momento, direcionando seus olhares para o “nada” que ficava as suas frentes. — Bem, como eu ia dizendo antes de me interromperem: qualquer ação desrespeitosa terá de resposta, consequências. — Déborah manda um olhar nada discreto em direção do Hodge que ainda estava caído no chão, pela segunda vez desde que chegou a reserva. E logo depois manda um olhar rápido em direção a Peggy, que estava com uma expressão fechada e apática, mas a Grey sabia que Peggy Carter estava se roendo de raiva, mas não podia fazer nada, pela presença – discreta, mas que ela sabia que Peggy tinha notado – do Coronel. — Consequências essas, que não serão ditadas pelo Coronel Phillips, mas sim por mim e pela Agente Carter, fui clara? — termina de um jeito autoritário, que intimidou demasiadamente os soldados.

— Sim, Agente. — responderam eles com vigor, fazendo um sorriso determinado aparecer no rosto da Grey, ao mesmo tempo em que ela pensava pulando de felicidade internamente:

“Meu deus... Eu consegui.”

(...)

— Isso mesmo que a senhorita ouviu, Agente Carter. — começa o Coronel Chester Phillips. — Você e a Agente Grey que irão supervisionar e também, em algumas ocasiões, treinar os soldados desta divisão. E não quero ter conhecimento de discussões ocasionais entre as duas. — termina, lançando um olhar severo em direção a elas.

— Com todo respeito coronel, mas porque veio a escolher justo a Agente Grey para... Trabalhar comigo? Ela está desativada há anos, não vejo um por que claro para sua ordem. — Peggy se faz ouvida, falando em seu tom típico autoritário e sério.

— Primeiramente, você não tem autoridade suficiente para questionar minhas ordens, Agente Carter. — Phillips fala em tom duro virando-se completamente em direção a Peggy, que ainda manteve sua expressão apática ao ouvir a resposta do superior; muito diferente de Déborah, que fez uma cara vitoriosa, e mandou um olhar desdenhoso as costas da Carter.

O coronel, vendo que a Peggy não se pronunciaria mais, continua o que iria falar:

— Muito bem, agora vou explicar mais detalhadamente as coisas por aqui; Agente Grey, você poderá mostrá-los as táticas de lutas que você... Bem, as que você sabe; — a Agente Carter vira-se em direção a Déborah com sua sobrancelha esquerda levemente arqueada, como se duvidasse que a de olhos verdes soubesse algo sobre golpes e lutas. — Agente Carter, você ficará encarregada de fazer anotações sobre o desenvolvimento de cada um dos recrutas, claro que com algumas observações da Srta. Grey; vocês irão fazer isso com a ajuda do Sargento Loster; Quero que observe-os atentamente, suas ações, atitudes. Tudo; no final da semana, teremos que ter um escolhido. E essa é a missão de vocês. Trazer a mim, e ao doutor Erskine, o soldado mais qualificado para o projeto que irá se realizar. Fui entendido?

— Sim, senhor. — o respondem ao mesmo tempo, trocando olhares nada amigáveis.

***

Um apito.

— Não acho que o Feelins tenha... — falava Déborah, fitando a pasta que estava entre os braços da Agente Carter, aberta. O primeiro dia de atividades e testes tinha começado há algumas horas, e todos já estavam de pé, inclusive os soldados, que já estavam cumprindo a atividade que a eles tinha sido dada. As duas Agentes não tinha se... Alterado mais nenhuma vez, nem com elas mesma, nem com os recrutas; Elas estavam realmente se esforçando para não descumprirem as ordens do Coronel. Estavam ali, acompanhadas do Sargento Loster, que no momento, acabara de interromper Debby:

ROGERS, SAIA DAÍ! — berra Loster em plenos pulmões, fazendo Déborah dar um pulinho de susto, por dois motivos: O berro realmente havia sido muito alto. Segundo, ele tinha berrado o nome Rogers, e qualquer coisa que tinha haver com esse sobrenome a deixava curiosa. E ao direcionar seu olhar a rede da qual os soldados subiam ela deparasse com a cena de Steve pendurado de cabeça pra baixo; a situação era realmente cômica, mas ela não riu. E quando voltou a prestar atenção nas anotações que ela e que a Agente Carter faziam, se depara com a Peggy lhe fitando desdenhosamente, por causa do pulinho que tinha dado.

— Ah, fique quieta, Carter!

(...)

ROGERS, TIRE O RIFLE DA LAMA! — berra o sargento, indo em direção ao campo de arame, chamando atenção de Peggy e Debby, que olham em direção ao Rogers.

(...)

— Olha o passo, moças! Corram! Corram! Vamos! Ritmo dobrado! — eram as ordens dadas pelo Loster, enquanto os soldados faziam uma corrida/caminhada, em filas retas. Um pouco mais a frente, estavam Déborah e Peggy, novamente fazendo anotações. Mas dessa vez as duas estavam sentadas em um veículo, de costas para um almirante de uma bandeira. Ao ouvirem a voz do Sargento, viram em direção dos soldados, observando a cena. — Vamos lá! Depressa, depressa! Correndo! Vão! — um pouco separado das filas em perfeita ordem, a Grey observa Steve disfarçadamente, vendo o quanto ele parecia estar cansado. — Esquadrão, um! — E eles param, ainda sem sair da ordem da fileira. — Essa bandeira quer dizer que estamos no meio do caminho, o primeiro a trazê-la pra mim, volta de carona com a Agente Grey e Agente Carter. — todos os soldados em estavam nas filas correm em direção à bandeira, desfazendo-as, parecendo um monte de animais carnívoros, correndo atrás de sua presa; ação que fez a Grey revirar os olhos.

“Era tão mais fácil eles desmontarem os parafusos do pilar.” pensa ela, inconformada com a pouca inteligência dos recrutas, que ainda tentavam a todo custo, subir no pilar acinzentado.

— Se não conseguirem vão ter um problema com o exército... Vai lá, Hodge! Vamos, chegue até lá! — e o Hodge caí, ação que fez as duas Agentes prenderem a risada, afinal, elas duas compartilhavam a mesma opinião em alguma coisa (por mais incrível que pareça): que Hodge, era um selvagem e brutamontes, extremamente machista. — Ninguém pega essa bandeira há dezessete anos! — o Sargento, vendo que nenhum de seus recrutas iria conseguir pegar a bandeira, diz: — Agora em formação. Vamos, em formação. Andem, voltem à formação. Corram, corram! Vamos! — os soldados o obedecem, voltando a ficar em fila. Menos – como Debby observava sozinha, já que Peggy tinha voltado a fitar as anotações – Steve, que ainda não tinha tentado pegar a bandeira; o Rogers se aproxima e fica frente a frente ao pilar, e o encara de cima a baixo. — ROGERS, EU DISSE FORMAÇÃO! — berra – novamente – Loster, escancarando sua boca, porém Steve somente se abaixou e tirou o parafuso que mantinha o pilar de pé, fazendo o mesmo ir ao chão.

Todos voltam sua atenção para o loiro, que começa a caminhar calmamente em direção à bandeira, e a pega, fazendo um sorriso orgulho ocupar o rosto de Debby.

— Obrigado, senhor. — Steve entrega a bandeira ao sargento, com ainda olhares atônicos sobre si. Ele pula por cima do veículo em que o motorista, Debby e Peggy estavam sentados, e ajeita seu capacete, que estava lhe caindo sobre os olhos, e manda um pequeno sorriso pra as duas Agentes, que corresponderam ao mesmo, mesmo sendo de maneiras diferentes. Peggy, confiante e desafiadora; E Debby orgulhosa e doce, internamente radiante por ter visto Steve sorrir.

— Bom trabalho. — a frase escapa pelos lábios da Grey, que se esforça ao máximo para não demonstrar sua vergonha diante do olhar interrogativo de Peggy, e do tímido de Steve.

— Obrigado.

(...)

— Sr. Dowen, dois passos à frente. — Déborah se pronuncia autoritária, fitando o rosto de nenhum soldado em especial. O recruta a obedeceu. — O comportamento de cada um de vocês em uma guerra não deve ser somente brutal, também deve-se usar a cabeça, soldados. E vai ser isso que eu vou observar e testar em cada um de vocês. Temos que fazer certas habilidades que cada um de vocês têem se desenvolverem. E aqui, faremos isso. Eu espero. — seu olhar cruza com o do Hodge, que parecia estar achando a situação totalmente engraçada. A Agente Grey ergue uma de suas sobrancelhas, antes de pedir: — Dowen, mostre-me o primeiro golpe que você daria em um inimigo. — o soldado hesita, mas tenta dar uma rasteira junto de um soco na Agente, que facilmente pula por cima da rasteira, aproveitando o espaço de tempo e dando um chute certeiro na cara do soldado, antes mesmo que o soco chegasse perto de si. — Alguém mais se candidata? — pergunta em tom levemente divertido, sem deixar de ser autoritária. Fica satisfeita ao ver o Hodge se encolher levemente, mas ao perceber que o Rogers ia falar algo, arregala os olhos minimamente e ordena:

— Duplas; golpes que seu adversário não esperam de maneira alguma, gracinhas. Com rapidez e força, e para quem tiver conhecimento, artes maciais, fui clara? — foi direta e firme. — E não, vocês não podem fazer dupla de três. — adiciona duramente, antes que alguém lhe fizesse essa pergunta de novo. É, acreditem. Já a tinha perguntado isso.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Sim, sim... Acho que deu para vocês perceberem uma mudança na personalidade da Debby quando se trata do lado "Agente" dela :] ele será mais trabalhado, espero eu *o* Ah, e esse capítulo ainda não foi betado pela Taaci D: enfim
Qualquer coisa, erro, dúvida, crítica construtiva, sugestão, é só entrar em contado comigo ^----^
Até a próxima *o*