My Hero. My Light. escrita por Ankoku Mayoi


Capítulo 6
Quando se ganha alguma coisa você perde outra.


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que ia ter capítulo novo toda semana agora ♥ Então, cá está mais um pra vocês ♥
E POR FAVOR, leiam as notas finais :] acho que lá tem uma noticia que é do agrado de vocês hehehe ;]



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— Howard, fique quieto! Estou nervosa, droga! — exclamou a Grey irritada, massageando suas pálpebras. Ela – assim como seu avô – tinha se retirado da reserva cientifica mais cedo, não viriam junto de Ste... da cobaia. Já estavam no laboratório conversando com Howard, que não parava de falar sobre uma nova ideia que estava fixada em sua cabeça, alguma coisa haver com um reator... Déborah não se lembrava, nem ao menos prestara atenção às falas do Stark, estava nervosa demais para fazê-lo.

A hipótese de que Steve poderia morrer, assim como tinha acontecido com ela, martelava em sua mente, atormentando-a. Ela sabia que ele sentiria dor... ah, muita dor. Debby ainda se lembrava perfeitamente daquela ardência latente que parecia derreter seus ossos; daquela pressão em sua pele que dava a sensação de que poderia explodir a qualquer segundo. Déborah não gostava nem de relembrar. Não queria que Steve tivesse que passar por isso, não queria mesmo. Mas sabia que era melhor para ele.

— Wow, o que aconteceu para deixá-la assim? Tão estressada? — perguntou Howard, estreitando os olhos para a amiga. Recebendo apenas o silêncio de resposta ele continuou, só que dessa vez, sorrindo de escárnio: — Estive pensando... Que talvez a nossa cobaia tenha haver com isso. — ele sugeriu sutilmente, como se falasse sobre panelas de cozinha. A Grey somente arregalou os olhos, atônica.

O-o-quê? — ela gaguejou, com os olhos esbugalhados.

— Que talvez o motivo de tanto nervosismo seja um certo homem... Steven Rogers... — ele deduziu, fitando com atenção a reação da agente Grey, que para o Stark, era no mínimo, engraçada. — A nossa cobaia.

— Quê? NÃO! De onde você tirou isso, Stark?! — ela desviou do olhar de Howard, que mordeu o lábio para não gargalhar da cor levemente avermelhada que o rosto da Grey adquirira.

— Não adiante negar, Debby. Suas anotações te traem. — e logo após falar isso, ele soltou um riso inalado. — Você deveria prestar mais atenção no que escrevia nos seus cadernos quando era mais jovem, Debby. Eu realmente não acho que “dois coraçõezinhos” e o nome “Steve Rogers” sejam uma forma química de...

A Grey virou-se na direção do Stark, e o fuzilou com os olhos.

— Quem te deu autorização para mexer em minhas coisas, Stark? A fada madrinha? — Déborah o interrompeu sarcasticamente, fazendo o sorriso do Stark aumentar.

— Não... Foi a senhorita. — ele dá os ombros, e uma Déborah – bastante raivosa – vai em sua direção, e o puxa pela manga da camisa até a frente dos painéis.

— Fique quieto, Stark. Pelo amor Deus! — exclamou ela pela segunda vez, tentando não falar muito alto. Déborah não queria atrair a atenção das várias outras pessoas que também estavam presentes. Howard somente revirou os olhos, adorando a sensação de ver Debby nervosa, chegando até a estar um tanto desesperada. A Grey, notando isso, o fuzila novamente com um olhar nada amigável por alguns segundos antes de voltar ao normal, agora adotando uma expressão curiosa e até mesmo meio atormentada. — Falou sério? — Howard franziu o cenho, enquanto verificava a temperatura do lugar, não entendo o que a Grey queria dizer. Déborah, notando isso, explicou: — Quando disse que descobriu isso por causa dos coraçõezinhos e do nome dele? Nas minhas antigas anotações? — perguntou, fitando-o ansiosa. Ela não queria ter acreditar que por causa daquilo, um pequeno erro infantil, Howard tinha descoberto uma coisa tão importante para ela.

O engenheiro mecânico se virou na direção da mulher e com um sorriso, assentiu. Para logo depois completar: — Ah! E tinha umas declarações também. Deixe-me lembrar... — ele finge pensar em alguma coisa que supostamente havia se esquecido. — “Aqueles olhos... aqueles olhos profund....” — ele tentou imitar a voz da Agente Grey, em um tom poético, falhando miseravelmente. Mas ganhando um olhar feio de Déborah.

— Eu não escrevi isso! — a morena afirmou indignada, batendo o pé no chão. Ela tinha plena certeza que nunca tinha escrito algo assim – ou achava que tinha. Ela era apenas uma criança (certo, talvez não tão criança assim) quando fez sua primeira anotação. Déborah ainda não acreditava como poderia ter entregado aquele pequeno caderno branco nas mãos de Howard. Deveria ter dado uma olhada antes. — Você é um fuxiqueiro. — ela falou, dando-se por vencida e sentando-se ao lado do Stark para observar como estavam indo as coisas. No mesmo momento em que se sentou, pequenas caixas entram no laboratório, trazidas por alguns soldados. Howard olhou rapidamente naquela direção; ele sabia o que estava dentro das caixas.

Era o soro.

— Mas... bem — Déborah começou, meio sem jeito, não fitando o rosto de Howard, que tinha voltado sua atenção para a Grey ao ouvir sua voz hesitante. — Como descobriu... ahn... que o Ste... Sr. Rogers seria a nossa cobaia? — ela perguntou em fim, tratando de não fitar o sorriso que ela tinha plena certeza que estava se alastrando pelo rosto do amigo.

— Debby, Debby, Debby... Também trabalho nesse projeto, é óbvio que devo saber o perfil de todos que estão envolvidos. — ele explicou cordialmente, fitando Déborah com um sorriso torto.

— Preferia que não soubesse. — murmura a mulher para si mesma, para Howard não escutar suas palavras.

Ela pensava em como o destino estava agindo a seu respeito. Primeiro seu avô descobria seu segredo, e agora, ninguém menos que Howard Stark também tinha conhecimento deste. “Talvez estivesse na hora de se aposentar.” riu de seu próprio pensamento, fazendo Howard lhe mandar um olhar de “Você está ficando maluca, Srta. Grey.”

[...]

Brooklyn, um bairro que para alguns podia ser considerado perigoso e pobre, mas que para outros, poderia ser chamado de lar. E Steve não poderia negar que ficou um tanto surpreso, ao reconhecer a entrada de seu bairro pela janela do veículo em que estava junto da Agente Carter.

— Conheço esse bairro... — começou Steve, prestando atenção nas imagens depois da janela. — Eu levei uma surra naquele beco. — contou ele, apontando rapidamente para um beco. — Naquele estacionamento... — Peggy abre mais os olhos levemente, impressionada — e atrás daquele restaurante. — Steve adicionou, voltando seu olhar para as próprias mãos.

— Você tinha alguma coisa contra fugir? — indagou a Agente, sem alterar sua postura reta, e não fitando rosto do rapaz pequeno que estava ao seu lado.

Steve balança a cabeça negativamente – gesto que não foi visto pela Carter – antes de falar:

— Se começar a fugir nunca mais te deixarão parar. Você se defende, resiste... Não podem te dizer não pra sempre. — ele vislumbrou rapidamente a paisagem da janela, antes de voltar a fitar as próprias mãos.

— Eu sei um pouco como é isso. — começou Peggy, mantendo seu olhar no nada a sua frente, chamando a atenção do loiro. — De darem com a porta no seu busto. — explicou a Agente, olhando rapidamente para o soldado. Voltando logo depois a encarar o nada, como se estivesse lembrando alguns momentos que tinha passado.

— Não sei por que iria querer entrar para o exército sendo uma moça bonita. — a frase saiu da boca de Steve, antes que o mesmo se desse conta disso. — Uma bonita mulher... — tentou concertar, atraindo a atenção de Peggy — Uma Agente... — emendou ele, um pouco nervoso. — Não! Uma moça... você é bonita mas.. ahn... — Steve tentou novamente, sem sucesso. Fazendo com que Peggy tirasse uma conclusão:

— Você não tem ideia de como falar com uma mulher, não é? — ela perguntou, já sabendo a resposta por si só, o fitando com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

— Acho que essa foi a conversa mais longa que já tive com uma. — Steve respondeu, sorrindo levemente divertido, achando graça de sua própria situação. Peggy somente voltou a encarar sua própria frente, também sorrindo, não tanto quanto Steve, mas de qualquer maneira, sorrindo. — As mulheres não andam muito fazendo fila pra dançar com um sujeito do meu tamanho. — ele volta a encarar as mãos por mínimos segundos.

— Já deve ter dançado. — afirmou a Carter.

— Bom, convidar uma mulher pra dançar sempre me apavorou. — confessou o Rogers, não fitando o rosto da Agente, que estava com a cabeça virada em sua direção. — E nos últimos anos... Parou de importar tanto. — o loiro voltou seu olhar para sua própria frente. — Resolvi esperar.

— Pelo quê?

— Pela parceira certa. — e, ao Steve respondê-la, um sorriso escapa da boca sempre vermelha de Peggy, enquanto a mesma voltava a fitar sua frente.

[...]

— Ele chegou. — Déborah sussurrou para si mesma ao ver Steve descer as escadas que o levariam até o chão do laboratório, e sem ao menos a própria moça notar, suas mãos começam a suar.

— Você quis dizer que eles chegaram, não foi Srta. Grey? — o Stark se aproxima da morena, que estava debruçada sobre os painéis, usando um jaleco branco. — Ou por acaso não percebeu que a Agente Carter está ao lado do seu... — ele começou de um jeito sarcástico, fitando o rosto inexpressivo da amiga que encarava um rapaz que Howard não tinha se dado o trabalho de fitar diretamente, sem piscar. Ao observar aquilo, ele volta sua atenção para o mesmo local que a amiga fitava, e, ao observando melhor o loiro, arregalou levemente os olhos. — Espere, é aquele cara? — ele chiou surpreso, fazendo o olhar de Déborah encontrar-se com o seu.

Ao ver a garota abaixar a cabeça, e fitar os próprios pés por alguns segundos. Howard não resiste e ri levemente.

— Sério? Não está brincando comigo, Agente Grey? — divertidamente ele perguntou. E logo depois, observou Debby não mudar de posição, ou começar a ameaçá-lo, ações que eram as quais ele esperava. Mas sim, continuar encarando os próprios pés, parecendo estar nervosa.

— Cale a boca, Howard. — Débora murmurou um tanto quanto seca, se afastando rapidamente do Stark sem levantar o olhar para encará-lo. Fazendo o mesmo dar de ombros, e ir em direção a um doutor que o chamava, pertos dos tubos de gás.

Déborah vai em direção a seu avô, com o olhar ainda preso em seus próprios sapatos. Abraham estava parado segurando alguns papéis, ao lado da cápsula – onde Steve iria ficar durante o processo – cumprimentando Steve a Agente Carter. Debby, ao se dar conta daquilo, muda rapidamente de direção.

Contudo, o Dr. Erskine já tinha a notado ali.

— Dra. Grey, venha aqui um minuto, sim? — Abraham a chamou, fitando a neta desafiadamente por cima de seus óculos de lentes redondas. A mulher suspirou resignada, criando coragem aos poucos, enquanto caminhava naquela direção; ela já conseguia até sentir o coração batendo ardentemente em seu peito, parecendo uma bomba prestes a explodir; as mãos suadas, que estavam até ficando um tanto molhadas pelo nervosismo; a respiração que, quanto mais ela se aproximava de seu destino, acelerava e falhava. Déborah se esforçava, com todas as suas forças para não demostrar o que estava sentindo. Só não sabia se estava obtendo sucesso. Quando ela chegou, exatamente, ao lado de seu avô, o mesmo sorriu para ela antes de virar-se – forçando a neta a fazer o mesmo, discretamente – de frente para Steve. — Quero que conheçam minha neta, Dra. Déborah Grey. — o Erskine apresenta, fazendo Déborah encarar os próprios pés rapidamente, antes fitar o loiro que a encarava surpreso, e dizer:

— Olá, Sr. Rogers. — ela acena rapidamente na direção do pequeno, sem jeito e com um sorriso tímido preso nos lábios. O mesmo franze o cenho, não entendendo muito bem o que se passava, como Peggy, que pensava a mesma coisa. Eles nunca tinham visto a Agente Grey – como era conhecida por Steve –, agir daquela maneira, mesmo pelos poucos momentos em que tinham a visto. Ela sempre tinha aquela postura de autoridade, e mandona, sarcástica e até irônica. Todavia, Peggy era a que estava mais surpresa, mesmo não estando diretamente participando da conversa. Nunca, em toda a sua vida, pensava em ver Déborah agir da maneira que estava vendo, e, por isso, ergueu sua sobrancelha na direção da Grey, que evitava olhar para a Carter.

Steve estava um tanto surpreso, imaginava que quando fosse, por acaso, encontrar a Agente Grey novamente, ela agiria como Peggy quando eles saíram da base, sempre com postura reta, olhar superior, e maneira séria de ser. Muito ao contrário do que estava sendo no momento. Steve, percebendo que ainda não tinha se apresentado – pelo menos, formalmente – estendeu sua mão em direção à mulher de olhos verdes, e apresentou-se:

— Sou Steve Rogers. — Déborah, não podendo recusar o aperto de mão, deixa sua própria mão se enganchar na do rapaz, e teve que se segurar rapidamente com sua outra mão no avô – que estava ainda ao seu lado – para não cair.

A mão de Steve era quente, pequena, mas morna. Macia e leve. Por isso, a garota teve que se segurar – literalmente – para não cair, ao sentir suas pernas amolecerem como gelo, quando passa muito tempo ao sol. E ficar fitando intensamente aqueles olhos azuis cristalinos não estava ajudando muito a garota a retomar o controle de seu corpo. Não estava ajudando mesmo. Ah, ela poderia se perder ali, que ela nunca mais iria querer que alguém fosse procurá-la, poderia passar a eternidade ali, dentro daqueles olhos que mostravam determinação, coragem, timidez...

Steve também não tinha conseguido resistir, quando fora notar, já era tarde demais; seu olhar estava preso no dela, como se uma conexão invisível tivesse sido criada. Os olhos verdes tempestuosos de Déborah Grey, que não eram confusos como uma tempestade, eles não mostravam seriedade como os de Peggy, mas sim doçura, timidez e até... Admiração, e outra coisa também, que Steve não conseguiu entender compreender o que era.

Abraham notando a troca de olhares que acontecia entre a neta e Steve pigarreou levemente, com um sorriso tentando escapar de seus lábios. E, ao fazer isso, quebra a conexão entre os dois que tinha sido criada durante os poucos segundos, e Déborah, notando isso, corou levemente enquanto soltava lentamente sua mão da de Steve.

— Não sabia que era uma doutora, Agente Grey. — comentou Steve, tentando esquecer o acontecido de segundos atrás.

— Déborah. — a palavra escapa da boca da Erskine fazendo Steve franzir o cenho em confusão. — Me chame só de Déborah, ou Debby. — ela pediu, sorrindo calmamente e quase desmaiando ao observar o loiro lhe sorrir de volta. — Ah, bem, creio que agora já sabe. Lá na base não são muitos que tem conhecimento disso. — ela falou, respondendo a pergunta indireta que ele tinha lhe mandado. E, antes que Steve pudesse falar mais alguma coisa, um flash se faz ali, vindo da câmera de um fotografo que tinha sido contratado pelo senador.

— Por favor, agora não. — pediu Abraham, levemente irritado. E ao ver o fotografo sair de sua vista, ele voltou-se para Steve. — Está pronto? — ele perguntou, fazendo Déborah fechar os punhos, claramente nervosa.

— Ahram. — o soldado volta também sua atenção para o Erskine ao murmurar, ao mesmo tempo em que seu olhar parava na cápsula em que ficaria deitado.

— Ótimo — confirmou Abraham sério. — Tire a camisa, a gravata, e o chapéu. — mandou. — Debby... — ele virou-se para neta rapidamente, e ela entende o que ele quer dizer.

— Sim, eu já estou indo. — E então ela se afastou, indo em direção a algumas máquinas que ficavam no fundo da sala.

O Rogers, ao terminar de fazer o que tinha sido lhe mandado deitou-se na cápsula, nervoso. Logo o Erskine apareceu ao seu lado, e perguntou:

— Confortável?

— É meio grande. — respondeu Steve, entre um suspiro nervoso e um riso, fazendo Abraham lhe acompanhar.

— Guardou o Xinepsu pra mim? — indagou o Rogers tentando quebrar um pouco da tensão, entretanto, isso é feito por outra pessoa, que novamente se aproximou – desta vez por vontade própria – e parou do outro lado da cápsula.

— Não, desculpe, Sr. Rogers. — Déborah se pronunciou divertidamente, fazendo com que os olhares dos dois se concentrem nela. — Eu escondi a garrafa do Dr. Erskine. Ele já está caducando, não quero meu avô para um abrigo! — brincou, rindo logo em seguida, sendo acompanhada pelos dois.

— Sr. Stark — chamou Abraham. — Como estão os níveis? — e ao perguntar isso, Howard apareceu ao seu lado.

— Os níveis estão a cem por cento. — Era apalpável a animação do Stark.

— Ótimo.— falou Abraham, afastando-se enquanto ajeitava seu óculos no nariz.

— Talvez deixemos meio Brooklyn às escuras, mas estamos prontos... Mais do que nunca. — continuou Howard, como se ignorasse a fala do Erskine, encarando a cobaia meticulosamente. E ao final da frase, ele lançou um olhar rápido na direção da Grey, como se fosse uma indireta para ela, e Déborah, entendendo isto, o fuzilou demoradamente até ele sair de perto da cápsula, e voltar para perto dos painéis.

— Agente Carter, não acha que ficaria mais à vontade na cabine? — Abraham perguntou quando aproximou-se de novo para a Carter, que até então, tinha sido ignorada.

— Ah, sim. Claro, desculpe. — concordou Peggy, um pouco avoada, indo em direção às escadas. Steve acompanha o trajeto feito pela Carter com os olhos, e encontra as orbes castanhas da mesma, quando ela virou-se rapidamente em sua direção.

Déborah notando aquela cena, sem sequer pensar direito, chama a atenção do loiro, para quebrar os olhares, enquanto Abraham começava uma pequena explicação por um microfone, para as pessoas que estavam acomodadas na cabine.

— Steve... — o nome do loiro escapou dos lábios vermelhos da mulher antes que a mesma notasse. E quando percebeu, já era tarde demais. Já tinha chamado a atenção do Rogers, que agora a encava intensamente; não pelo fato dela tê-lo chamado, mas sim pelo fato dela ter chamado seu nome, daquele jeito tão... Carinhoso e cuidadoso, que fez a nuca do rapaz se arrepiar. — Olha... Você vai sentir uma dor... totalmente latente e insuportável. — ela começou, fechando os olhos fortemente para afastar tais lembranças, contudo, Steve continuava fitando-a, prestando atenção em suas palavras. — Vai ser como se todos os seus ossos estivessem derretendo; como se você estivesse sendo jogado em um mar de lava, e sua pele estivesse sendo arrancada e outra estivesse sendo colocado no lugar dela. — Déborah abre os olhos de repente, sentindo a mão de Steve inconsequentemente segurar a sua.

Seu olhar crava no do rapaz, que até agora não parecia notar que tinha segurado a mão da mulher.

...Hoje, nós não damos outro passo em direção à aniquilação, mas o primeiro passo a caminho da paz...

A voz de Abraham era soada pelo microfone, parecia estar longe para os dois.

— Como sabe disso? — perguntou Steve.

— Eu já passei por isso. — Déborah revelou, não pensando no peso que de suas palavras. Sua fala fez Steve arregalar os olhos, e inconsequente apertar mais a mão da garota, que sentiu seus joelhos tremerem, e seu coração acelerar radicalmente. — E bem, não sei o que me fez ficar viva — ela conseguiu parar de fitá-lo por alguns segundos, olhando para os próprios pés.

— ...Acho que foi o que eu pensei... — Déborah pensou alto.

— E em que você pensou, Déborah? — ele indagou a fitando intensamente, e Debby pensou que não ia mais conseguir manter-se de pé ao ouvir seu nome sair da boca do loiro.

...A cobaia será saturada com raios vita.

— Pensei na razão que me faz querer ainda estar aqui. Pensei naquilo que ainda me faz querer lutar; — Debby respondeu, devolvendo o olhar intenso que o loiro lhe mandava. — Boa sorte. — ela desejou antes de se afastar do Rogers, que ficou encarando a moça sumir de sua de visão.

Após Déborah se distanciar, o avô da mesma se aproximou de Steve enquanto uma mulher de jaleco e luvas brancas lhe injetava uma injeção.

— Até que não doeu. — comentou Steve, olhando para o Erskine.

— Isso foi penicilina. — ao responde-lhe isso, Steve encarou o doutor um pouco assustado, e o Erskine somente deu de ombros, sabendo que aquilo era necessário. — Infusão de soro iniciando... Começando em... Cinco...

Quatro...

Três...

Dois...

Um.

E mais uma vez, depois de meses, as mesmas alavancas são acionadas.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá:
Eu não gostei desse capítulo não! uaheuhahha Mas o próximo é um dos que eu mais gostei até agora ♥
Vamos direto para a tal noticia logo: Sabe, eu publiquei aqui no meu perfil do Nyah!Fanfiction um GRANDE (tipo, GIGANTESCO) spoiler de My Hero. My Light. pra quem ainda não viu *o* Junto da música da Lana Del Rey *o* quando vocês virem "Blue Jeans..." é a parte do spoiler okay?
Enfim, esse capítulo não teve gif porque o tal não queria carregar ó___ó quase esfolava ele de raiva Ó_Ó uahuehaheuae me desculpem por isso D:
Olhem, eu não sou muito de ficar mais incomodando vocês pedindo por review, mas gente, TÁ IMORAL ISSO! D: Falem comigo, mas que coisa! Me sinto quase que completamente falando sozinha aqui D: E isso NÃO N Ã O N.Ã.O é nada legal ou inspirador pra mim :/ poxa gente.
Mas voltando a esse capítulo... O quê vocês acharam? O que eu tenho que melhorar? Quais foram meus erros? Fiz algo sem sentido? O que eu posso fazer para melhor MHL? Quero saber nos mínimos detalhes a opinião de vocês TODAS *O*
Obrigada de novo, eu adoro meeesmo todas vocês! *o*
Até a próxima semana! [espero eu...]