E se não estivéssemos juntos? escrita por Bia Vieira


Capítulo 8
Embarcando... e desabando.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tô precisando de Idealizadores com criatividade pro meu rpg, tem gente querendo outra edição mas esses Idealizadores atuais abandonaram o rpg por falta de criatividade. Quem quiser, me adiciona e me chama pelo chat que eu vejo se você tem o potencial pra ser um(a) idealizador(a).
Preciso de idealizadores!! Essa edição tá quase acabando!!
http://surviveinthegames.tumblr.com/



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Chegou o dia do passeio... yey.

Mesmo que eu não pagasse pra ir, Phoebe iria me obrigar a ir e ia fazer os dramas de sempre "você vai me deixar sozinha?" "você tá de graça por causa do Cato" "tá se escondendo por causa de um garoto?"... pra evitar isso, eu disse que iria.

Os pontos positivos do passeio: não tem aula, você pode ir com a roupa que quiser e pode dormir em paz... a não ser que passem pasta de dente na sua cara.

Todos estavam de short ou bermuda, só eu de calça jeans. Todo mundo com blusa sem manga e essa foi a única coisa incomum que eu tinha com o resto. Estava com um rabo de cavalo e uma blusa rosa por escolha da Phoebe, ela diz que o rosa combina com a cor dos meus olhos verdes escuros. Discordo.

- Vamos subindo, alunos do primeiro ano! - avisou a professora Vinch que guiaria a turma no passeio.

Subi e me sentei no fundão, com Phoebe. Ela tagarelava enquanto eu fingia ouvir, mas na verdade estava com fones ouvindo música, ela sabia que eu estava ouvindo música mas não parava. Chegou a um momento em que ela percebeu que eu não estava ouvindo mesmo e parou de falar e se levantou indo lá pra trás.

- Já volto.

Me estiquei um pouco e olhei pra trás. É, como eu imaginava, garotos zoando quem estava dormindo, algumas garotas de fogo com outros garotos, um ou dois estavam como eu, na deles e um deles era quem eu menos imaginava, o Cato. Não fiz nada, o deixei lá sentado ao lado de um garoto que tava dormindo. Cato estava com uma cara de paisagem olhando fixamente pra janela... até pensando - algo que há uns meses atrás eu achava que Cato não conseguia - ele é lindo.

Não, Clove!

Uma voz ecoou na minha cabeça. Eu desvio o olhar dele e volto pro meu canto. Me viro, e ao fechar os olhos caio no sono profundo. Não me importo que aprontem comigo, sabem que se fizerem isso eu vou me vingar.

Eu estava nos braços dele outra vez, eu estava no topo do penhasco novamente, a grama ainda era o verde de sempre e ele me olhava com os olhos azuis mais penetrantes do mundo. 

"Cato" pronunciei fraca. 

Raiva, ódio, angústia, eu sentia o que ele sentia.

Um berro, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Abri os olhos desesperada e quando vi, ainda não tínhamos chegado... mas algo chegou perto de mim.

- Por que sempre que nos encontramos, é logo depois de você acordar? - o loiro pergunta.

- Cato, me deixa em paz... sai daqui.

- Só quero me justificar e eu nunca faço isso, não com qualquer uma.

- Tá bom, Cato, sai daqui, não quero ouvir nada!

- Não quis dizer qu-

- SAI! - elevo o tom de voz, Cato não está mais esperançoso.

- Está cometendo um grande erro.

- Consigo viver com isso. Agora sai. - digo com o mesmo tom de voz.

Cato sai de lá e ouço um "uuuh", um coro praticamente. Ele não deve ter gostado disso.

Ao chegar no nosso destino, saímos do ônibus, Cato passou por mim com rapidez e raiva, dava pra perceber. Eu o irritei.

Não prestei atenção em absolutamente nada do passeio. Não ligo pro ano em que a Capital descobriu isso ou o quanto a paisagem era linda, eu só ligava para o Cato, agora nós trocamos de lugares, eu estava o procurando e ele fugindo. Agora sei o quanto eu fui idiota.

A última montanha que visitamos, foi a mais alta de todo o distrito. Ficamos um bom tempo observando e quando todos iam comer, chamei o Cato para o topo da montanha. Ele recusou de primeira mas eu insisti umas 4 vezes e ele percebeu que seria inútil negar. Ele foi até o topo comigo.

- Eu fui muito grosseira com você. - disse começando a andar de um lado pro outro.

- Pois é.

- Eu estou meio atordoada com tudo isso, é difícil de absorver.

- Porque? Você é uma esponja?

 O lancei um olhar furioso mas continuei falando.

- Você mesmo entende o que aconteceu comigo e por isso eu fiquei tão desesperada.

- Vai ter um dia em que eu vou poder dizer o que você quer ouvir, mas agora eu não posso... não tenho certeza. - ele disse.

- Eu sei.

- Só sei que - parei e me virei ra ele, ele caminhava na minha direção - eu adoro essa garota vingativa, fria, com personalidade forte. Uma lutadora de qualidade, chega até os meus ombros mas não é melhor que eu justo por causa da altura.

Rio com ele um pouco, saudades dessas bobeiras.

- Eu realmente gosto de você, Clove, mas sabe que você não foi a única a ficar mal nisso tudo.

- Eu sei e...

- Acho que já tá na hora. - ele passa os braços pela minha cintura.

- Na hora de? ... - pergunto.

- Eu te..

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - berro

Tropecei em alguma pedra e agora estou na beira da morte. Meu único apoio é as pedras, sem elas eu estaria morta... mas estou na beira disso.

- CATO! CATO! - berro.

- CLOVE! - ele berra de volta.

- ME AJUDA! - grito.

Ele não está tão longe mas é perigoso, há poucas rochas largas pra ele se apoiar.

- Faz o seguinte, - ele fala um pouco alto - vai tentando escalar!

- Não dá! Eu vou cair.

- Confia em mim!

- Não dá, Cato! Eu vou cair!

Vejo Cato descendo um pouco, ele está de joelhos, provavelmente, ele estende a mão e eu tento agarrá-la, porém não consigo e acabo quase caindo.

- Cato, por favor, chama alguém pra te ajudar.

- Eu mesmo vou te ajudar.

Estou completamente insegura. Se ele me ajudar, nós dois podemos desabar e morrer. Tento não olhar pra baixo pra não piorar a situação. Estou escorregando pois minhas mãos estão suadas. Poucos dedos agarrados as pedras e elas estão caindo. 

É o fim. Eu não posso ser salva.


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Notas finais do capítulo

Dopada, trancada num porão, contaminada por um vírus, quase morta pela mãe e agora desabando de um penhasco... é eu amo a Clove :D
Recomendem a fanfic e deixem comentários :D



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