Entrelaçados A Uma Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 5
*X* Ponto de sensibilidade *X*


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado!
Beijos!



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Ainda imóvel na sala, sendo abraçado por uma garota que não parava de chorar, Sasuke maneou a cabeça, observando ao seu redor, e tinha certeza absoluta que não havia entrado numa casa vizinha.
Abaixando a cabeça com certo receio, ele conseguiu enxergar a cabeleira rosa encostada em seu peito, e as pequenas mãos pálidas agarradas à sua camisa.


–Três anos dormindo... – apertou as mãos contra o peito dele, inundando a camisa branca com suas lágrimas. –Tem ideia de como é confuso acordar e perceber que sua vida de antes não existe mais?


Sasuke quis lhe responder, mas percebeu que ela não queria alguém ao seu lado para dá respostas, porém, que a escutasse.


–Eu não pude olhar na cara de Sasori e dizer que ele é um imbecil! – ela sorriu. –Com que cara vou procurá-lo para relembrar o passado? – indagou. –Só Deus sabe se ele está vivo. Quem me garante que ele não morreu como meus pais? – ao mencionar os pais, Sakura voltou a chorar. –O que mais dói é... é saber que eles morreram por minha culpa, porque queriam espairecer; queriam esquecer a dor de ver a filha desacordada numa cama!


Foi então que Sasuke percebeu que ela era a garota que Itachi comentou; que moraria com eles.


–Mas eu juro – levantou a cabeça, olhando nos olhos de Sasuke que se surpreendeu com o gesto repentino dela. -, eu não consigo controlar o que eu sinto. Por mais que eu tente, não consigo manipular minhas emoções.


Ele viu os olhos dela enxerem-se de água, como o fundo verde de uma piscina natural, e não sabia ao certo se estava sendo atraído por eles ou por toda aquela fragilidade que exalava dela.


–Preciso me acalmar ou perderei os sentidos.


–Vou buscar água. – disse ele segurando-a pelos ombros, sentindo-a tremer. –Fique aí!


Depois de berrar a ordem, Sasuke chegou à cozinha. Abriu a geladeira apressadamente, pegando uma garrafinha de água mineral e um copo na pia. Correu até a sala e assustou-se por não vê a garota. Sem ter alternativa Sasuke procurou por ela, até chegou a abrir a porta da sala e olhar ligeiramente a rua, mas não a viu em nenhum canto. Um pouco mais calmo, sentou-se em uma poltrona, perto da lareira, pensando onde ela poderia ter ido.


–Mas é claro!


Sasuke correu pela escada e, só quando estava no topo dela, diminuiu os passos. Tudo mergulhado no silêncio, mas ele sabia que seus pais estavam em casa; provavelmente descansavam no quarto. Seguiu pelo corredor, passando pelo quarto dos pais, logo à frente era o quarto de Itachi, ao lado o seu, e ao fundo o quarto da garota.
Ficou parado à porta, escutando soluços entre murmúrios. Segurou a maçaneta, inseguro do que faria em seguida, mas não teve coragem suficiente de entrar.


–O que estou fazendo? – perguntou-se, tirando a mão da maçaneta.


Definitivamente ele não entraria ali, nem se preocuparia com uma garota desconhecida. Decidido ele voltou, mas, quando chegou ao meio do corredor, ouviu a última porta sendo aberta. Não queria olhar para trás, pois não fazia parte da sua natureza comover-se com pessoas desconhecidas, mas ainda que tentasse negar, se sentia preocupado.
Derrotado, Sasuke virou-se, e encontrou-a de pé à porta. O cabelo longo repousava no ombro direito, e às vezes ela prendia, atrás da orelha, os poucos fios que caíam no seu rosto pequeno. Quando ela olhava-o seus olhos fixavam nele, e todo aquele verde intenso, puro, desarmava-o.


–Trouxe água. – disse ele, indo até ela. –Por que fugiu da sala? – mesmo sabendo que ela poderia não lhe responder, achou que deveria perguntar.


–Tem uma fotografia dos meus pais lá. – respondeu, pegando a garrafinha que ele oferecia. –Obrigada.


Depois de tomar um bom gole d’água, ela respirou demoradamente, sendo encarada pelo garoto que se mostrava paciente.


–Você deve ser a garota que meus pais trouxeram.


–E você deve ser o filho caçula.


Sasuke levantou uma das sobrancelhas, perguntando-se o porquê de ela o achar com cara de filho caçula. Percebendo que ele não gostou muito da observação, Sakura tratou de se explicar.


–Sua mãe e eu passamos um bom tempo falando sobre vocês, na verdade eu quis saber como seus filhos eram. Ela me disse que você tem um visual meio relaxado, diferente do filho mais velho.


–Minha mãe acha que minhas roupas me deixam com cara de delinquente.


Ainda que fosse um sorriso tímido, quase forçado, ela sorriu para ele, exibindo a beleza que havia naquele rosto triste.


–Desculpa por ter me jogado em cima de você daquele jeito, eu estava muito confusa.


–Tudo bem. – ele encostou-se à parede, de frente para ela, e enfiou as mãos nos bolsos da calça. –Você ainda não me disse seu nome.


–Sakura. – encabulada, jogou o cabelo para trás, como se tentasse se acostumar com seu tamanho. –Posso te pedir um favor? – Sasuke balançou a cabeça. –Não diga nada a seus pais, não quero preocupá-los.


–Você passou mal...


–Não se preocupe, foi um mal estar passageiro. – disse ela confiante, mas ele não parecia está convencido.


–Você estava desacordada há três anos, não é? – sem saber o que dizer, Sakura abaixou a cabeça. –Estou perguntando por que pode não ser um simples mal estar.


–Estou bem. – Sasuke não sabia onde havia errado, mas sentiu que ela estava um pouco alterada. –Vai acontecer de novo.


–Você quer ajuda? – perguntou aproximando-se mais dela.


–Sakura! – ao sair do quarto Mikoto viu a cena. –Está se sentindo bem?


–De novo não...


Em um abrir e fechar de olhos, ela desmaiou.


–Droga! – Sasuke segurou-a antes que ela fosse ao chão. –Chame um médico! – gritou carregando-a até a cama onde a deitou.


Mikoto ficara no quarto, aguardando a médica que a ignorava completamente enquanto examinava Sakura, ainda desacordada. A Uchiha dava voltas e mais voltas no cômodo, preocupada com o que a médica diria.


–Você disse que ela tem Tetai... – guardou o estetoscópio, voltando à atenção para Mikoto. –Infelizmente eu não posso dizer se ela vai acordar hoje, mas garanto que ela está com saúde.


–Como está com saúde, Tsunade?


–O Tetai não é uma doença maligna, mas é um caso raro de alteração no cérebro do portador. Suas emoções quando exageradas, afetam uma pequena parte do cérebro, permitindo que a pessoa durma exageradamente, ou podemos dizer que ela entra em coma.


–Ela não pode dormir mais, não pode! – segurou a mão de Sakura, apertando-a com carinho. –Faz alguns dias que ela acordou de um sono de três anos.


–Três anos? – apesar de já ter ouvido falar na doença, a médica não deixou de se impressionar. –Eu já vi casos de pessoas que acordaram em uma hora. – percebendo que Mikoto estava abalada demais para acompanhar seu raciocínio, ela começou a arrumar suas coisas. –Se ela não acordar no prazo de três horas, ligue-me imediatamente.


–E se ela não acordar?


–Nesse caso, devemos interná-la.


Mikoto saiu do quarto, mas deixara a porta aberta. O marido e os filhos aguardavam-na no corredor, já impacientes.


–E então, Mikoto? – sabendo o que poderia acontecer, Fugaku adiantou-se.


–Ela está dormindo. Não sabemos até quando ela vai dormir.


–Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? – perguntou Itachi, ainda com os livros da faculdade em mãos.


–Eu te explico tudo, mas tenho que tomar um pouco de chá antes.


Itachi acompanhou o pai até a cozinha, ansioso por não ser mais a única pessoa atordoada naquela casa.


–Mãe – chamou Sasuke, despertando Mikoto que observava o quarto onde Sakura estava. -, é assim que viveremos agora?


–Não seja insensível com ela, por favor.


–Eu não estou sendo, mas não sei se posso me acostumar a uma pessoa que viverá desmaiando por causa de suas emoções.


–Todos nós temos que nos acostumar com muitas coisas na vida. – percebendo que ele não estava muito interessado na lógica dela, Mikoto acariciou seu rosto. –Não tente fingir que tê-la aqui é desagradável, pois eu sei que você gostou dela.


–Você está assistindo muita novela. – Mikoto achou graça.


–Ela é linda, não é?


–Vou descansar um pouco.


Mesmo mudando de assunto, Mikoto não precisou ter resposta.



Sentado em uma cadeira, de frente à janela, Sasuke tentava se concentrar na melodia do seu violão, porém não estava suficientemente inspirado para tocar.

–Posso entrar? – perguntou Itachi.


–Entra – levantou-se jogando o violão em cima da cama, depois pegou uma toalha e a deixou no pescoço, seu cabelo ainda estava molhado.


–Não é esquisito?


–O quê?


–Isso tudo acontecendo. – sentou-se.


–Por mim tanto faz. – deu de ombros vestindo uma das camisetas espalhadas na cama. –Será que você pode me dá cobertura essa noite?


–Vai sair?


–Vou jogar com Naruto.


–Como você pode sair para se divertir enquanto uma garota está desmaiada logo ali? – apontou para o quarto ao lado.


–Eu não tenho nada haver com essa história. Ok? – pegou o relógio e o pôs no pulso. –Eu tenho meu estilo de vida e ninguém vai mudar isso.


–Sasuke...


–O que você diria se alguém lhe dissesse que você não pode mais namorar a Shizune? – percebendo onde o irmão queria chegar, Itachi resolveu não questioná-lo. –Ninguém gosta que sua vida seja bagunçada.


–Sabe o que eu quero? – indagou Itachi, levantando-se. –Que você cresça. – Itachi saiu deixando a porta aberta.



Sentindo-se pesado com a camiseta já ensopada de suor, Sasuke a tirou jogando-a em um canto da quadra. Naruto gritou apressando-o, preparando-se para receber a bola.


–Rápido, Sasuke! – gritou o loiro, cruzando a quadra.


–Para de gritar! – mesmo furioso Sasuke passou a bola para Naruto, que não conseguiu pegar. –Presta atenção!


–Tente pegar a bola de um gigante! – rebateu se posicionando.


–Aprenda!


O gigante que Naruto se referia era Juugo, rival de quadra.
Passando pelo time adversário, Juugo encontrou-se com Sasuke, esperando-o em posição de defesa. Ciente que ele tentaria enganá-lo com seus truques, Sasuke esperou ele dá o primeiro passo e, quando Juugo tentou lançar a bola, Sasuke levantou o braço roubando-a para si. Passou pelos adversários ouvindo seus aliados pedindo a bola, mas estava confiante demais que seria cesta, por isso não pecou ao lançá-la. Naruto vibrou com a jogada final, porém ainda achava que ele também poderia ter feito o ponto final.


–Valeu!Valeu! – Juugo cumprimentou Sasuke. –Estava inspirado hoje.


–Na verdade eu tenho que me superar todos os dias para te enfrentar. – com um sorriso amistoso, Sasuke foi até Naruto, que se encontrava caído no meio da quadra. –O que faz aí?


–Foi o primeiro jogo que cansei tanto.


–Quantas tigelas de Lámen você comeu antes de vir para cá?


–Duas – respondeu duvidoso. -, não, acho que foram três. Será que foram quatro e eu não percebi?


–Você é uma figura. - também exausto, Sasuke sentou ao lado dele. –E seu encontro?


–A garota cancelou na última hora. Que azar o meu!Parece que ela voltou com o namorado.


–Você precisa de uma garota que te leve a sério.


–Do que você está falando? – levantou-se. –As garotas me levam a sério! - Sasuke deu de ombros. –O que aconteceu para você não tocar no nome da Ino hoje? – ele não sabia disfarçar o interesse.


–Eu disse que não vou pensar mais nela todo o tempo; só estou cumprindo minha palavra. Além do mais... – ele pensou várias vezes se falaria a Naruto que teria uma garota como hóspede, mas decidiu não dizer nada, sendo que seria perturbado no primeiro momento.


–Além do mais o quê?


–Não é nada.


–Eu sei que você está escondendo algo. – acusou-o.


Sasuke suspirou, dando pouca importância à euforia dele, e a novidade de ter mais um membro na família.


–Tem uma garota na minha casa.


–Na sua cama?


–Eu disse na minha casa!


–Poderia está na sua cama. Qual é o problema de ser malicioso a esse ponto?


–Por que não se trata de uma garota comum, mas uma garota diferente.


–Quando um cara diz que uma garota é diferente, ele está de quatro por ela.


–Também pode significar que ela é estranha. - se lembrou de Sakura e os terríveis minutos que passara com ela. –Pode significar também que ela é tão bonita que chega a ser diferente. – aqueles olhos verdes não saíam de sua memória, e o jeito cativante de ela prender o cabelo atrás da orelha. –Posso dizer que nunca conheci uma garota tão diferente como ela.


–Então ela é bonita? – indagou Naruto pensativo, chamando a atenção de Sasuke. –O quanto?


–Não vou falar dela com você.


–O quanto? – insistiu.


–Não vou dizer.


–O quanto?


–Você quer parar?


–O quanto?


–Mais que Ino! - Naruto sorriu satisfeito.


–Cor da pele, cabelo, olhos, rosto, e altura.


Sasuke o olhou com cara de quem o mataria, mas não podia fugir da brincadeira que ele mesmo havia criado.


–Branca, rosa, verde, bonito, e baixa.


Naruto sorriu satisfeito.


–Peito, barriga, pernas, e bunda.


Sasuke suspirou, Naruto riu incentivando-o a falar.


–Ela não tem tantas curvas como Ino e Karin, mas é uma garota muito bonita. Na verdade, ela parece uma garota colegial do primeiro ano.


–Quantos anos têm?


–Não sei ao certo se temos a mesma idade. Mas, provavelmente, ela deve ser mais velha que nós.


–Já deveria ser uma garota pomposa.


–Isso é de menos. O fato é que ela dormiu durante três anos, e seu corpo conservou a mesma idade que ela tinha quando tudo aconteceu. – pela expressão atordoada de Naruto, Sasuke deduziu que ele procurava assimilar suas palavras. –Ela tem Tetai. Eu nunca ouvi falar nessa doença, mas parece que ela deixa o portador dormir como se tivesse em coma.


–E não há cura?


–Diz à médica que não.


Depois de ficarem em silêncio por um bom tempo, Naruto resolveu questionar o amigo.


–O que você sentiu quando a conheceu?


A pergunta pegou Sasuke de surpresa, pois nem mesmo ele havia indagado aquilo a si mesmo.


–Foi estranho abrir a porta de casa e encontrar uma garota desconhecida chorando. Mas, quando ela me abraçou, parecia que eu já a conhecia antes. – olharam-se. –O mais estranho nisso tudo, foi perceber que ela foi à única garota que me abraçou de verdade.


–Isso seria comum se você estivesse falando de Ino.


–E é isso que me intriga. – observou um ponto imaginário na quadra, recebendo informações de velhas lembranças.








X*X*X*X*X*X*X







Sentindo-se atordoada, Sakura sentou na cama esfregando os olhos. Quando conseguiu olhar as coisas e soube distingui-las, espantou-se ao ver Mikoto sentada em uma poltrona, com a cabeça jogada para trás.


–Senhora Uchiha? – sacudiu-a pelo ombro. –Senhora Uchiha.


–O que aconteceu? – a pergunta saiu com preocupação, sinal de alguém que velava o sono de outro. –Oh, meu Deus! – ela pulou na cama abraçando Sakura, deixando seu pulmão respirar livremente. –Você acordou!


–Então dormi de novo.


A constatação foi negativa, percebeu Mikoto.


–Você está com fome?


Mikoto afastou-se para vê-la, tentando reverter à situação que causara. Com o semblante de alguém experiente, Sakura não escondeu a decepção que causara nela, principalmente nas pessoas que a acolheram. Conhecia aquela euforia, e isso sempre acontecia em seu quarto, na sua cama, quando ela dormia e sua mãe esperava-a acordar.


–Eu dormi de novo, não é?


–Foi – não fazia sentido mentir para alguém como ela, tão dona de sua realidade. -, mas não pense nisso, já passou.


–Não vai passar, nunca. – suspirou. –Sabe de uma coisa?Eu decidi que não vou me casar, e não terei filhos.


–Não diga isso.


–É melhor assim. Já imaginou como meu marido ficaria se eu dormisse tanto tempo? – prendeu o cabelo em um rabo de cavalo. –E meus filhos?Como cresceriam ao meu lado?


–Não faça essas perguntas com tanta naturalidade assim, me deprime. – ajudou-a a tirar o vestido. –Vou encher a banheira.


–Obrigada, mas vou tomar banho de chuveiro.


–Tudo bem. Enquanto isso irei vê o que posso pedir para o jantar. Algo em especial no cardápio? – perguntou a Sakura, deixando-a pensativa.


–Sopa de frutos do mar.


–Eu não demoro.


Mikoto voltou ao quarto, e encontrou Sakura terminando de se arrumar. Não havia dúvidas de que ela estava feliz, por algum motivo em especial, sinal disso era o capricho que escolhera o vestido. Esse era lilás, tinha um pouco de decote, realçava a cintura e dava ar de mais idade.


–Que bom encontrá-la assim.


–Eu gosto de me arrumar. – percebendo que tinha dificuldade em prender o cabelo, Mikoto convenceu-a a deixar solto.


Chegaram à sala de jantar juntas, surpreendendo pai e filho que as aguardava fazia um bom tempo.


–Sakura, por favor, não me assuste mais. – ela sorriu balançando a cabeça.


–Itachi, essa é Sakura.


Itachi levantou-se e a cumprimentou.


–Bem-vinda, Sakura.


–Obrigada. - achou Itachi muito diferente de Sasuke, pelas roupas formais e o jeito de ele se comportar, tranquilo e extremamente educado. Além disso, a beleza era tão presente quanto suas qualidades.


Disfarçadamente ela olhou para os lados, parecia querer encontrar alguém.


–Acho que Sasuke dormiu, é bom eu ir chamá-lo.


–Não é preciso, mãe. – disse Itachi impedindo-a de subir. –Sasuke foi à casa de Naruto, parece que ele esqueceu o caderno aqui.


–Ele foi vadiar de novo. – ao dizer isso Fugaku lançou um olhar reprovador para Itachi. –Não tente encobrir os erros do seu irmão, você não tem mais dezessete anos.


Lançado ao pai um olhar na mesma altura, Itachi disse:


–O senhor sabe muito bem que não tenho mais essa idade meu pai. Esqueceu quem me ensinou a ser homem?


Sakura encolheu os ombros, visivelmente constrangida por assisti-los. Ao perceber que eles começavam a passar dos limites, Mikoto resolveu interferir.


–Vamos agradecer. – Mikoto mudou de assunto rapidamente, entristecida, pela falta de comunicação entre o marido e os filhos.






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