POV. Meredith

   -Mary... Eu...

-Peter, não acredito que te vi fazer isso! –arranquei a bolsa que ele segurava e devolvi para a mulher que a pegou e saiu correndo. –Peter, não precisamos roubar as pessoas para sobreviver! Temos dinheiro, temos um mercadinho que está nos ajudando.

-Meredith, você acha que aquele mercado vai nos ajudar para sempre? Já viu as contas que o pai trás todo o dia para casa? Já viu os numeros que ele tem que pagar.

-Não precisamos roubar para conseguir pagar contas!

-Você não entende né Meredith. Nossos pais estão pensando em te tirar do Elite.

-Porque me tirariam? Eu sou bolsista lá!

-Acha mesmo que nossos pais querem você perto de gente rica, vendo que eles podem ter tudo e você nada!

-Eu tenho uma coisa que muita gente rica nao deve ter... Dignidade e felicidade, não preciso de dinheiro para isso. –falei. –Eles sabem que você está roubando?

-Não, e eles nem precisam saber né... Eles acham que o dinheiro que ganho é do meu trabalho como pintor.

-Você está mentindo ainda por cima! Espero que você esteje envolvido só com roubo, mas nao vou deixar isso passar, vou contar para nossos pais.

-Nem pense em fazer isso. –disse segurando meu pulso.

-Me larga Peter! O que mais você anda roubando em? –pergunto enfiado minhas mãos dentro de seus bolsos e sentindo varias coisas na minha mão.

Olhei e havia vários cartoes de crédito, notas de cem dólares, relogios e etc.

-Que vergonha eu tenho de ser sua irmã.

-Não me importo com que você sente, eu quero manter essa familia saudável.

-Para isso precisa roubar?! Se prepara Peter, você vai receber um belo sermão quando voltar para casa. –falei e virei as costas para ele e fui correndo para casa.

   Ao chegar em casa fui falar com meus pais na mesma hora.

-Pai, mãe... Vocês não vão acreditar... –comecei mas parei quando vi um policial sentado na sala.

-Filha... –disse minha mãe. –Precisamos falar com você.

-O que houve?

-Seu irmão anda roubando e ele foi pego no flagra, mas conseguiu fugir. –começou meu pai. –Querem prendê-lo.

-O que?! Prendê-lo?

-Isso não é o pior, hoje veio o dono da casa e disse que se a gente não pagar o aluguel até terça feira, que é melhor arranjarmos um novo lugar para morar...

                                                      ***

POV. Thomas

   No domingo, eu fiquei ligando o dia inteiro para Meredith, mas ninguem atendia.

Resolvi ir eu mesmo na casa dela.

-Mãe, pai, tô saindo. –avisei. Enquanto saía, baguncei o cabelo de meu irmão e peguei meu carro na garagem.

Cheguei na casa dela em quarenta minutos, o carro da policia estava parado na frente de sua casa. Do nada a porta se abre e seu irmão saí algemado e carregado pela policia, Meredith surgi logo atrás chorando junto com seus pais.

Saí do carro e fui em sua direção.

-Hey Mary o que houve?

-Houve tudo Thomas! Minha vida deu um nó que será dificil retirar! –disse me abraçando.

-Ok, agora me explica o que houve.

-Meu irmão estava roubando para ajudar a pagar  o aluguel atrasado, mas ele acabou sendo pego e preso e agora o dono da casa disse que se não pagarmos até terça a gente vai ser despejado.

-Nossa.

-Não vou poder ir na viagem, o dinheiro que tenho eu vou usar para tentar pagar a fiança de Peter e um pouco do aluguel.

-Quanto vocês estão devendo?

-Mil dólares.

-Eu... eu vou pagar. –falei e ela me encarou.

-O que? Não, nem pensar Thomas! Você não vai se envolver com meus problemas.

-Meredith, eu quero e eu preciso ajudar! Qualquer pessoa faria isso!

-Não, Thomas não faz isso.

-Já está feito. Mas tarde eu vou no banco e faço uma tranferencia para a conta de seu pai. E deixe seu dinheiro guardado, você vai viajar comigo para o Havaí. Eu pago também a fiança de seu irmão.

-Oh Thomas. Obrigada! –disse me abraçando mais forte.

-Mas porque você nao atendeu o telefone nem ontem e nem hoje.

-Eu não queria atender. Não queria falar com ninguem.

-Tudo bem. Agora tente se acalmar, vai tudo dar certo.

                                                      ***

    Depois que saí da casa de Meredith, fui até o banco mais proximo.

Fiz uma tranferencia de trinta mil dólares para a conta do pai dela.

Espero que esse dinheiro ajude.

Depois do banco fui para casa.

Ao chegar, fui para cozinha e olhei a empregada trabalhando.

-Hey! –chamei e a mulher olhou para mim.

-Sim senhor Williams?

-Coloque naquele copo verde minha bebida favorita. –falei e ela assentiu.

Uns segundos depois o copo estava em minha frente e bebi tudo em um gole.

-Mais um por favor. –falei. Ela pegou a garrafa de leite e colocou no meu copo. Eu amava leite.

-Você se acalma bebendo leite? –pergunta.

-Sim, leite é bom. Por isso eu continuo forte assim. –falei rindo.

-Thomas! O que você está bebendo? –pergunta meu irmão.

-Leite, você quer?

-Ah sim, mas pode ser leite quente?

-Você que decidi baixinho. –falei e ele sorriu.

-Quando a Meredith vai vir aqui de novo?

-Não sei, ela está passando por uns problemas familiares.

-Thomas! –escuto a voz do meu pai.

-Fala.

-Eu vi que você fez uma tranferencia de trinta mil da sua conta!

-Ops...

-O que você fez com trinta mil garoto?

-Pai, olha a minha namorada está com problemas familiares, o irmão dela foi preso e ela está prester a ser despejada, então eu fiz dei trinta mil para o pai dela.

-Thomas, você faz ideia do que é trinta mil?

-Um monte de notas juntas que formam trinta mil? –digo sem graça.

-Thomas, não quero que isso se repita de novo!

-Ok.