POV. Katherine

  Acordei novamente uma hora da tarde com minha mãe me balançando.

-Acorde garota!

-Já estou... –bocejei e me levantei preguiçosamente.

-O almoço está pronto, onde Matt está?

-Ele foi embora cedo porque os pais dele estão aqui em Dallas e ele quer ficar um tempo com a família. –falei colocando um vestido.

-Kathe, enquanto esfria um pouco o arroz, você pode ir ao novo bar que abriu e comprar
uma coca cola? –pergunta e assinto.  Peguei dez dólares da minha carteira e saí de casa.

O novo bar estava bastante cheio e me arrependi de ter vindo de vestido curto, abri a geladeira e peguei uma coca de dois litros, fui até o caixa e uma mulher colocou a garrafa dentro de uma sacola.

-Deu três e noventa. –falou e entreguei a nota de dez dólares a ela.

-Você é a Katherine? –pergunta um homem atrás de mim.

-Sim, eu te conheço? –pergunto enquanto pegava o troco.

-Não, eu sou neto do senhor Walter dono do mercado...

-Sei quem é.

-Então, ele pediu para deixar a chave do mercado com você.

-Por quê?

-Ele está no hospital e quer alguém tome conta do mercado. –disse e o encarei perplexa.

-Porque ele está no hospital?

-Ele está muito velho e tem um monte de problemas, acho que é a diabete. –falou e suspirei.

-Ok, a minha mãe abre a loja nos dias de semana. –falei e o homem agradeceu.

Corri para casa e cheguei nela toda afobada.

-O que houve Kathe? –pergunta minha mãe.

-Você sabia que o Walter está no hospital? –falei sentando na cadeira.

-Oh! Mas como vai ficar o mercado? Ele o construiu com as próprias mãos.

-O neto dele me deu a chave da loja, você pode abri-la durante a semana? –pergunto.

-Ok, mas no final de semana você toma conta. –falou e assenti.

-Olá filha! Que bom ver a família toda reunida! –escutei e me virei vendo meu pai sorrindo para mim. Fiquei parada, totalmente sem ação, ele se sentou ao lado da minha mãe ainda sorrindo para mim.

-O que está fazendo aqui? –pergunto tentando manter a calma.

-Ora, quero ficar mais tempo com a minha filha. –falou e suspirei. –Você cantou muito
bem.

-Você viu minha apresentação?!

-É claro! Você e seu namorado foram ótimos. –disse e olhei para minha mãe que simplesmente desviou o olhar.

-Mãe... –chamei e ela suspirou.

-Querida, eu e seu pai voltamos. –falou e o mundo rodou a minha volta.

-Ele vai morar junto com a gente?

-É claro! Ele é seu pai!

-Ele não vai morar aqui! Mãe, você esqueceu as pensões atrasadas que ele está nos
devendo? –perguntei aumentando o tom de voz e ela me olhou irritada.

-A gente não precisa de pensão Kathe. O dinheiro que temos tem como construir uma
faculdade e ainda fazer várias casas com vários quartos. –ela disse e me levantei.

-Ok, se você quiser a confiança da sua filha de volta, vai ter que lutar muito. –falei para meu pai.

-O que você quer? Que eu aumente sua mesada para mil dólares? Um novo celular? –perguntou sarcasticamente e eu revirei os olhos.

-Confiança não se compra. –falei e saí da cozinha indo para o meu quarto.

                                                  ***

POV. Meredith

    Eu e Thomas resolvemos almoçar em um restaurante brasileiro, pois ele disse que eu amaria, e ele tem razão. A comida é ótima!

-Thomas, quantos anos você tem?

-Tenho dezessete e você?

-Dezessete também.

-Vocês vão quere sobremesa? –pergunta o garçom, neguei mas Thomas pediu uma banana
split.

-Você é um poço sem fundo! –falo e ele ri.

-Eu como bem. –disse segurando minha mão.

-O que você vai falar para o seu irmão?

-Não sei, eu nunca fiz nada para conquistar uma garota, eu só olhava para elas e as
garotas faziam o que eu queria. –disse e sorri ao perceber que ele falou tudo no passado.

-Menos eu. Eu não caí aos seus pés. –falei e ele assentiu se ajeitando quando o garçom
chegou com a sobremesa.

-Delicia! –falou comendo um pedaço da banana com três bolas de sorvete de chocolate. –Tem certeza que não quer?

-Tenho. –falei rindo. Thomas parecia uma criança enquanto comia, conseguia se sujar todo.

Ele terminou de comer e fechou os olhos.

-Estou explodindo...

-Consegui dirigir?

-Sim, acho que não vou vomitar. –falou enquanto pagava a conta. Andamos abraçados
pela cidade vendo as novas modas do inverno.

-Amanhã sai o resultado de quem ganhou a competição.

-E sai o boletim também. –falei e ele fez uma careta e sorri encostando minha cabeça em seu ombro.

-É melhor que passe de ano, não quero namorar garoto burro.

-Por você eu até estudo. –disse beijando minha nuca e minha orelha.

-Que bom que estou fazendo bem a você. –falei apertando sua mão.

-Você só me faz bem. –falou e me beijou.