POV. Thomas

Que calor infernal! Pensei enquanto estava andando com meus pais e meu irmão mais novo de nove anos por Copacabana. Meu pai estava pensando em vir para o Brasil desde o inicio do ano, ele é viciado neste país só porque
uma vez fomos jantar em um restaurante brasileiro e ele viciou na comida.

-Pai, quando vamos ao pão-de-açucar? –perguntou Josh meu irmão.

-Amanhã de manhã, hoje vamos só conhecer a cidade.
–falou meu pai.

-As meninas daqui do Brasil são lindas! –falou minha
mãe e sorri, eu não podia negar, as garotas daqui realmente são lindas, o corpo totalmente escultural e a pele dourada do Sol, se eu não estivesse namorando eu ficaria com alguma brasileira, quem se candidata?

Mas a Kathe até que era parecida com uma brasileira,
só que ela tinha a pele mais branquinha.

-Estou com fome! –reclamei enquanto passávamos por
uma pizzaria.

-Calma, a mulher do hotel falou que tem uma churrascaria aqui por perto. –disse meu pai e suspirei.

-Quando vamos visitar uma favela? –perguntei e minha
mãe me olhou irritada.

-Filho, não vamos visitar esses lugares perigosos! –ela falou e revirei os olhos.

Percebi que toda hora passava pessoas carregando algo em um copo e verde na mão e elas pareciam beber com vontade. O que será aquilo?

Chegamos a tal churrascaria e entramos, escolhemos
um lugar para se sentar que ficava perto da areia da praia.

-Mãe, enquanto esperamos a carne chegar, podemos ir
ao mar? –perguntou Josh.

-Podem, mas não vão para o fundo! –falou minha mãe e tirei minha camisa e resolvi ir de bermuda mesmo.

Sai correndo pela praia deixando meu irmão para trás
e meus pés bateram na água.

-Caramba! –gritei, a água era muito gelada! Bem que
falaram que a água de Copacabana era a mais fria, mesmo assim mergulhei fundo.

-Thomas! –chamou Josh e fechei a cara. Que garoto
chato!

-Que foi pirralho? –perguntei enquanto voltava para
a areia.

-Olha que mulher bonita! –ele falou e sorri, por mais que eu odiasse meu irmão ele era igualzinho a mim, sabia reconhecer uma mulher bonita. Olhei na direção que ele apontava e vi uma garota de biquíni branco que chamava atenção a cor dourada de seu corpo e ela estava deitada de bruços, me dando uma bela visão de seu corpo. Ela olhou na nossa direção e acenei para ela.

-Thomas, você não deveria ficar dando em cima de outra menina, você não namora uma lá da sua escola? –ele perguntou.

-Cala boca. –falei. –Vem, vamos logo para a nossa mesa antes que a mãe comece a gritar pela gente. –falei e fomos para o restaurante.

-Ah, que bom que chegaram o garçom falou que a comida vai chegar daqui a pouco. –falou minha mãe toda sorridente.

-Descobri o nome daquela coisa que as pessoas ficam
bebendo aqui, se chama caipirinha. –disse meu pai que parecia um verdadeiro turista, bermuda e camiseta colorida com um fio que sustentava a câmera fotográfica em seu pescoço.

-Desde quando as pessoas bebem uma pessoa caipira?
–perguntou meu irmão e comecei a rir descontroladamente. Parecia que eu tinha engolido o chip da Tim e estava rindo sem fronteiras.

-Não é esse tipo que você está pensando. –falei a ele. O garçom chegou com uma travessa borbulhante cheia de carne, minha boca se encheu de água na hora.

-Parece delicioso! –falou minha mãe batendo palmas e
revirei os olhos. Peguei a maior carne que tinha na travessa e comecei a comer, era estranho, pois era muito salgado, não tinha o molho que usávamos nos Estados Unidos, mas eu não podia negar que era muito boa essa carne!

-Que coisa boa! –exclamou Josh e ri.

-Até que enfim você falou algo que preste! –falei e minha mãe me olhou irritada.

-Isso é jeito de falar com seu irmão?

-Ah mãe, ele já é um homem! –falei implicando com Josh.

-Te odeio! –ele falou me dando a língua.

-Cala boca. –falei e meu pai suspirou, já vi que essa viagem ia ser muito engraçada!