No outro dia de manhã, acordamos bem cedo, nos despedimos de todos. Quando fui abraçar Junior, ele me entregou um envelope, com uma provável carta. Carta. Lembrei da que eu recebi a algum tempo atrás da minha suposta "mãe".

– Eu irei te visitar - ele disse no meu ouvido durante o abraço. Junior era um cara legal. Dei um sorriso para ele e anotei em um papel meu celular (que por sinal, eu esqueci em casa, e Adriano devia ter me ligado durante esse meio tempo). - e só abra a carta quando estiver em casa.

– Tá. - respondi

Entramos no carro, todo mundo quieto. Até metade do caminho ninguém não havia dito nada. Absolutamente nada. Paramos em um posto para comprar um pacote de bolacha e ir ao banheiro.

Quando voltamos para o carro, continuamos normalmente. Porém, no caminho, Rafael começou a ir muito rápido. Muito mesmo. Me virei - no banco traseiro -, e vi um carro. Ele estava chegando muito perto do nosso carro.

Rafa acelerava cada vez mais o carro, e olhava no retrovisor. Claro, porque um carro preto seguindo em alta velocidade é muito normal para todos estarem quietos.

– O que esta acontecendo? - gritei.

Ninguém respondeu.

– Quem são aquelas pessoas? - gritei novamente.

– Paola, não fique desesperada. Se algo acontecer, estaremos aqui.

Olhei novamente para o carro e um braço estava saindo pela janela. Na mão? uma arma.