Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 40
Um novo visual.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273915/chapter/40

Saio do banho, o que me anima é saber que Caio ficará atrás das grades. Ponho a roupa que tinha na minha mochila, uma calça jeans preta com uma camisa branca com o símbolo do super homem e uma bota marrom com fivelas. Utilizo um pente que havia no banheiro, provavelmente de Edu, para pentear meu cabelo. Eu queria mudar, me sentir bem, recomeçar, já não estava mais satisfeita com o que via no espelho. Procuro em volta e vejo uma gilete na pia, sem perder tempo, pego a gilete e uma tesoura que tinha na minha mochila e começo a cortar meu cabelo, arrisco fazer um corte Chanel. Pego meu estojo de maquiagem e faço uma maquiagem meio pesada, olhos bem marcados e boca bem amostra. Coloco meus acessórios e já estava de bem comigo mesma (Roupas:http://www.polyvore.com/cgi/set?id=100887825&.locale=pt-br. Cabelo:http://s1277.photobucket.com/user/IsabellaASSantos/media/corte-de-cabelo-chanel-assimeacutetrico-com-franja_zps40b1e342.jpg.html?sort=3&o=1), só faltava fazer algumas coisas... Só que serão feitas na volta pra casa. Arrumo as coisas, jogo o cabelo fora e saio do banheiro. Eduardo me olha atentamente e boquiaberto, assim como seu pai.

– O-o q-que você fez no cabelo? – diz Eduardo se levantando do sofá e chegando mais perto de mim.

– Cortei pra mudar um pouco o visual. – disse séria.

– Fi-ficou tão linda! – diz com um brilho no olhar me fazendo ficar vermelha de vergonha.

– O-obrigada... Meu amor... – digo ficando mais vermelha.

– Ficou realmente muito bonita... Gabriela, certo? – diz o pai de Edu. Olho para ele e pergunto:

– Certo... Desculpa perguntar, mas... Pode me dizer o seu nome? – o pai de Edu solta uma gargalhada e diz.

– Desculpe, esqueci-me de dizer o meu nome. É Jorge. – diz sorrindo.

– Foi um prazer conhece-lo Jorge. – digo sorrindo.

– Gabi, como você cortou seu cabelo? Quando? Onde? - pergunta Edu.

– No banheiro... Usei a sua gilete... E uma tesoura que tinha no estojo. - digo envergonhada. - Desculpa usar sem permissão, eu compro outro depois.

– Não tem problema, tem vários espalhados pelo banheiro. - diz ele sorrindo e passando a mão em meus cabelos ainda molhados.

– Mô tenho que ir, vou pra casa. – digo olhando para Edu.

– Tá, eu te levo em casa. – diz empolgado.

– Não! – digo um pouco exaltada... – Q-quer dizer... Não precisa amor. – tento concertar.

– Tá bom... – diz meio envergonhado. – desculpa. – diz de cabeça baixa.

– Pelo o quê? – digo sem entender. Será que ele achou que eu estava brava com ele?

– Acho que exagerei um pouco... – diz ainda de cabeça baixa.

– Desculpa amor, é que eu prefiro ir sozinha para casa. – digo levantando a cabeça dele de encontro a minha. Nós nos beijamos, um beijo calmo, mas cheio de amor.

Saio da casa de Eduardo e ando algumas quadras para fazer uma ligação.

– Thiago! – digo após ele atender ao telefone.

– Fala prima! – diz com voz sonolenta, provavelmente, estava dormindo.

– Tem como você me fazer um favor?

– Fazer o quê, prima?

– Quero que vá comigo em um lugar, como você já tem 18 então pode me dar autorização para que eu possa fazer uma coisa.

– Que coisa? – diz, aparenta surpresa.

– Uma coisa, você vai saber no caminho pra lá. – digo sem paciência.

– Espera, você fica toda estranha de uns tempos pra cá, mal fala comigo e quer que eu faça um favor? – diz indignado.

– É. – digo curta.

– Tem preço.

– No caminha a gente combina, vem me buscar, me encontra na rua ********* Tá? Beijos.

– Beijos. – diz desligando o telefone. Depois de uns 20 ou 30 minutos chega. – Diz pra que precisa de minha autorização.

– Quero furar o septo e pra isso preciso de alguém maior de idade que se responsabilize por mim, já que sou menor de idade. – digo, com as mãos nos bolsos, parada na frente dele.

– Não sei não... Seu pai já não vai com a minha cara e se descobrir que dei autorização pra algo do tipo ele vai fazer confusão. – diz nervoso.

– Relaxa, não conto pra ninguém que você me deu autorização, tá? – digo tentando tranquiliza-lo.

– Tá. Agora o que ganho em troca? – diz com um sorriso de dar medo.

– O que pretende pedir? – digo.

– Quero que você me conte o que aconteceu com você, sem rodeios e sem mentiras. – dita as regras.

– Não, peça outra coisa, por favor. – digo nervosa.

– Ou é isso ou nada feito. – diz firme. Suspiro.

– Tá.

– Ah, e eu sei quando está mentindo ou falando a verdade então nem tente mentir. - diz sério. – vamos para um lugar tranquilo pra você me contar. – diz já andando.

– Ei, vamos primeiro fazer o furo. – digo tentando mudar o rumo.

– Não, até que me conte tudo. – diz sem parar de andar. Sigo-o, tentando acompanhar o ritmo de seus passos rápidos. Sentamos no balanço de um parquinho perto dali e eu contei tudo o que me aconteceu, em detalhes. – E por que não contou isso antes Gabriela? – diz se levantando do balanço, exaltado.

– Porque não! – digo segurando o choro, aquele era um assunto delicado, que mexia muito comigo.

– Tem que dizer isso a seus pais! – fala alto, quase gritando.

– Não! Já resolvi as coisas! Não conta pra ninguém! Por favor, Thiago! – digo deixando lágrimas escaparem.

– Não chora, está bem? – diz se sentando novamente. – Não conto nada. – diz olhando para mim e secando minhas lágrimas.

– Tá... Vamos? – digo, com voz chorosa, olhando para ele.

– Vamos.

Andamos um pouco mais, não demora muito desde o parque até o estúdio de tatoo e piercing, uns 5 minutos de caminhada. Resolvemos tudo com o profissional que iria furar meu septo, ele pôs as luvas, limpou o local onde iria furar, pegou o cateter e começou a furar. No começo a dor foi fraca, mas quando começou a perfurar a cartilagem a dor ficou forte, como se o nariz todo estivesse doendo. Finalmente ele acabou de furar, pôs o piercing e disse:

– Pronto, acabou. Nem doeu né? – diz o profissional rindo tentando me fazer esquecer a dor.

– Imagina, nem um pouco. – digo rindo também.

Paguei e eu e meu primo fomos para casa. No caminho de volta, sinto uma tontura, tudo estava girando até que tudo se apaga...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu... Você... Nós." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.