Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu
Notas iniciais do capítulo
Hey Girls and boys! I'm back!
Voltei!! Sentiram saudades? Desculpem pela demora, sei que devo ter perdido alguns leitores, mas... Agradeço a compreensão e a paciência de meus leitores. ;)
Bom, este capítulo foi escrito pelo meu melhor amigo Patrick, eu quero agradecer a ele por este capítulo incrível, obrigada mesmo P! (não sou uma pessoa de muitas palavras, desculpa P... :/ ) Espero que gostem.
Enjoy!
Pov. Eduardo.
Vejo Caio e Gabi indo em passos rápidos para a casa dele, ligo para o meu pai e logo em seguida para a polícia, explico tudo o que estava acontecendo e dou o endereço da casa de Caio, que Gabriela tinha me dado enquanto estávamos pondo o plano em ordem, desligo o celular e corro rumo a casa do “infeliz”. Chego à casa dele rapidamente e a polícia ainda não estava lá, ouço gritos da Gabriela vindo da casa dele, meu coração doía em saber que a minha namorada estava nas mãos dele, e ainda mais ouvir ela gritar de dor, minha vontade era de entrar lá e matar aquele desgraçado. Vejo o carro da polícia se aproximar e arrombo a porta, ele estava em cima do MEU amor, penetrando-a sem a mínima piedade, ele rugia como um animal, Gabriela estava chorando muito e com as mãos no rosto, ela disse:
– Tira ele de mim, por favor, não aguento mais! - A polícia adentra a casa e pega ele em flagrante, já eu estava em estado de choque, a vagina e coxas dela estavam cheias de sangue, como alguém consegue ser tão cruel? Por que ele quer logo a MINHA Gabriela? Corro pra abraça- la, ela chorava demais, digo a ela em um sussurro:
– Você foi muito forte amor.
–Você me pertence Gabriela! Você é minha, o que acabamos de fazer prova isso! – Disse Caio rindo histericamente como um louco sendo contido pelos policiais, parece que no mundo de loucuras dele, o que eles acabaram de fazer foi com o consentimento de Gabriela. -Nós vamos ter uma família e ser felizes! Você vai ver... – Diz ele sendo arrastado pra fora da casa.
O choro dela ainda não cessou. Levo Gabriela pra um dos quartos, ajudo-a a se vestir e levo-a para o hospital para fazer os devidos exames que irão servir como prova de que Caio a estuprou, sei como tudo isso deve ter sido humilhante pra ela, mas é preciso. Tudo já estava resolvido, bom, espero eu que esteja.
– Vou te levar pra casa. – digo enquanto estávamos sentados no banco do hospital, eu a abraçava como se fosse a ultima coisa que eu ia fazer. Tê-la em meus braços é algo que me faz sentir bem, protegê-la me faz bem.
– Pra sua casa. – diz bebendo um copo de água que eu havia dado a ela para que se acalme.
– Não quer ir pra sua casa? – digo olhando pra ela preocupado.
– Não. – diz fria, mas ao mesmo tempo triste, ela afunda o rosto no meu peito.
– Posso perguntar uma coisa? – digo segurando em seu queixo e olhando em seus olhos.
– Pergunta.
– Sua mãe sabe o que aconteceu? – digo, ela olha pra mim com os olhos cheios de lágrimas.
– Não. – ela derrama algumas lágrimas, foi a pior sensação do mundo, me senti totalmente impotente ao vê-la chorar.
– Hum. – digo sério, abraço ela e dou um beijo em sua testa. – Vamos pra minha casa então? – digo já me levantando e tentando mudar um pouco o clima.
– Sim, não quero que minha mãe me veja neste estado. – diz se levantando também.
– E como ficam as suas roupas? Não tem roupas de mulher lá em casa não. – digo olhando suas roupas sujas.
– Tenho uma roupa reserva na mochila. - diz apontando para a mochila em cima do banco. Pego a mochila e ponho em meu ombro esquerdo, pois no meu ombro direito estava a minha mochila.
– É por isso que está tão pesada. – digo rindo. Ela dá um sorriso pequeno, mas ele logo desaparece, afinal não da pra sorrir depois de ter passado pelo o que ela passou, eu percebi que em alguns momentos ela tremia e falava sozinha.
– Pronta pra ir? – digo sério, minha tentativa de mudar o clima não estava fazendo efeito.
– Pronta.
Fomos direto para minha casa, sem conversas, sem olhares, como se fossemos simples colegas de escola, ela chorava baixinho, eu a envolvi com meu braço e a trouxe pra perto de mim e ela encostou a cabeça em meu peito, eu senti naquele momento que a missão da minha vida seria defendê-la. Chegamos à minha casa, abro a porta e olho para o meu pai, Gabriela estava um pouco atrás de mim, meio escondida.
– Pai, essa é a Gabriela. – digo convidando Gabi para entrar, ela meio sem graça, sai de trás de mim e encara meu pai.
– Oi Gabriela, é um prazer conhecê-la. – diz meu pai em frente à Gabi e estendendo a mão.
– O prazer é todo meu, desculpa não estar apresentável. – diz tentando sorrir e apertando a mão de meu pai.
– Tudo bem. – diz ele após soltar a mão dela e sentando no sofá.
– O banheiro é logo ali... – digo, após dar a mochila de Gabriela, apontando para a porta.
– Obrigada. – diz baixinho, quase que eu não ouço. Sento no sofá ao lado do meu pai, após Gabriela entrar no banheiro.
– Deu certo. – digo em sussurro e logo após dando um sorriso de alivio.
– Ainda bem... – diz meu pai dando um suspiro.
– Eu sei que tudo isso foi por um bem maior, mas eu tive medo, medo de que ela se machucasse ou pior... – Digo eu com a voz embargada, meu pai se aproxima de mim e passa os braços pelo meu ombro me abraçando de lado.
– Cuide dessa garota, da pra ver que ela gosta muito de você e tudo isso que você esta sentindo se chama amor! Ok?
– Ok! – Digo eu rindo.
*Pov. Gabriela.
Adentro o banheiro, tranco a porta e começo a me despir. O dia estava tão estranho, cinza, sem cor... Entro no box, ligo o chuveiro, a água estava morna, pego o sabonete rapidamente, eu queria, precisava, me limpar, eu sentia nojo de mim mesma, nojo de me tocar, parecia que o cheiro de Caio estava impregnado em mim, eu fechava os olhos e via seu rosto, totalmente deformado pela loucura, não queria mais lembrar de Caio, não queria mais ter problemas, as lagrimas caiam se juntando a água que logo se tingiu de vermelho ao passar por minhas coxas, será que não se pode ter uma vida normal? Uma vida sem um trauma a cada dia? É pedir muito?
– Quando tudo isso vai passar? – Digo em meio a lagrimas, eu senti que algo dentro de mim estava mudando, mas estou em duvida se é pra melhor...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Frase: "- Eu descobri do pior jeito, que nada é o que parece." - Slipknot.
Obrigada à: Daday e Samantha Alagan pelos comentários no capítulo "Namoros e planos." e muito obrigada Patrick por ter escrito esse capítulo.