Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 39
Um novo começo... Ou não...


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls and boys! I'm back!
Voltei!! Sentiram saudades? Desculpem pela demora, sei que devo ter perdido alguns leitores, mas... Agradeço a compreensão e a paciência de meus leitores. ;)
Bom, este capítulo foi escrito pelo meu melhor amigo Patrick, eu quero agradecer a ele por este capítulo incrível, obrigada mesmo P! (não sou uma pessoa de muitas palavras, desculpa P... :/ ) Espero que gostem.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273915/chapter/39

Pov. Eduardo.

Vejo Caio e Gabi indo em passos rápidos para a casa dele, ligo para o meu pai e logo em seguida para a polícia, explico tudo o que estava acontecendo e dou o endereço da casa de Caio, que Gabriela tinha me dado enquanto estávamos pondo o plano em ordem, desligo o celular e corro rumo a casa do “infeliz”. Chego à casa dele rapidamente e a polícia ainda não estava lá, ouço gritos da Gabriela vindo da casa dele, meu coração doía em saber que a minha namorada estava nas mãos dele, e ainda mais ouvir ela gritar de dor, minha vontade era de entrar lá e matar aquele desgraçado. Vejo o carro da polícia se aproximar e arrombo a porta, ele estava em cima do MEU amor, penetrando-a sem a mínima piedade, ele rugia como um animal, Gabriela estava chorando muito e com as mãos no rosto, ela disse:

– Tira ele de mim, por favor, não aguento mais! - A polícia adentra a casa e pega ele em flagrante, já eu estava em estado de choque, a vagina e coxas dela estavam cheias de sangue, como alguém consegue ser tão cruel? Por que ele quer logo a MINHA Gabriela? Corro pra abraça- la, ela chorava demais, digo a ela em um sussurro:

– Você foi muito forte amor.

–Você me pertence Gabriela! Você é minha, o que acabamos de fazer prova isso! – Disse Caio rindo histericamente como um louco sendo contido pelos policiais, parece que no mundo de loucuras dele, o que eles acabaram de fazer foi com o consentimento de Gabriela. -Nós vamos ter uma família e ser felizes! Você vai ver... – Diz ele sendo arrastado pra fora da casa.

O choro dela ainda não cessou. Levo Gabriela pra um dos quartos, ajudo-a a se vestir e levo-a para o hospital para fazer os devidos exames que irão servir como prova de que Caio a estuprou, sei como tudo isso deve ter sido humilhante pra ela, mas é preciso. Tudo já estava resolvido, bom, espero eu que esteja.

– Vou te levar pra casa. – digo enquanto estávamos sentados no banco do hospital, eu a abraçava como se fosse a ultima coisa que eu ia fazer. Tê-la em meus braços é algo que me faz sentir bem, protegê-la me faz bem.

– Pra sua casa. – diz bebendo um copo de água que eu havia dado a ela para que se acalme.

– Não quer ir pra sua casa? – digo olhando pra ela preocupado.

– Não. – diz fria, mas ao mesmo tempo triste, ela afunda o rosto no meu peito.

– Posso perguntar uma coisa? – digo segurando em seu queixo e olhando em seus olhos.

– Pergunta.

– Sua mãe sabe o que aconteceu? – digo, ela olha pra mim com os olhos cheios de lágrimas.

– Não. – ela derrama algumas lágrimas, foi a pior sensação do mundo, me senti totalmente impotente ao vê-la chorar.

– Hum. – digo sério, abraço ela e dou um beijo em sua testa. – Vamos pra minha casa então? – digo já me levantando e tentando mudar um pouco o clima.

– Sim, não quero que minha mãe me veja neste estado. – diz se levantando também.

– E como ficam as suas roupas? Não tem roupas de mulher lá em casa não. – digo olhando suas roupas sujas.

– Tenho uma roupa reserva na mochila. - diz apontando para a mochila em cima do banco. Pego a mochila e ponho em meu ombro esquerdo, pois no meu ombro direito estava a minha mochila.

– É por isso que está tão pesada. – digo rindo. Ela dá um sorriso pequeno, mas ele logo desaparece, afinal não da pra sorrir depois de ter passado pelo o que ela passou, eu percebi que em alguns momentos ela tremia e falava sozinha.

– Pronta pra ir? – digo sério, minha tentativa de mudar o clima não estava fazendo efeito.

– Pronta.

Fomos direto para minha casa, sem conversas, sem olhares, como se fossemos simples colegas de escola, ela chorava baixinho, eu a envolvi com meu braço e a trouxe pra perto de mim e ela encostou a cabeça em meu peito, eu senti naquele momento que a missão da minha vida seria defendê-la. Chegamos à minha casa, abro a porta e olho para o meu pai, Gabriela estava um pouco atrás de mim, meio escondida.

– Pai, essa é a Gabriela. – digo convidando Gabi para entrar, ela meio sem graça, sai de trás de mim e encara meu pai.

– Oi Gabriela, é um prazer conhecê-la. – diz meu pai em frente à Gabi e estendendo a mão.

– O prazer é todo meu, desculpa não estar apresentável. – diz tentando sorrir e apertando a mão de meu pai.

– Tudo bem. – diz ele após soltar a mão dela e sentando no sofá.

– O banheiro é logo ali... – digo, após dar a mochila de Gabriela, apontando para a porta.

– Obrigada. – diz baixinho, quase que eu não ouço. Sento no sofá ao lado do meu pai, após Gabriela entrar no banheiro.

– Deu certo. – digo em sussurro e logo após dando um sorriso de alivio.

– Ainda bem... – diz meu pai dando um suspiro.

– Eu sei que tudo isso foi por um bem maior, mas eu tive medo, medo de que ela se machucasse ou pior... – Digo eu com a voz embargada, meu pai se aproxima de mim e passa os braços pelo meu ombro me abraçando de lado.

– Cuide dessa garota, da pra ver que ela gosta muito de você e tudo isso que você esta sentindo se chama amor! Ok?

– Ok! – Digo eu rindo.

*Pov. Gabriela.

Adentro o banheiro, tranco a porta e começo a me despir. O dia estava tão estranho, cinza, sem cor... Entro no box, ligo o chuveiro, a água estava morna, pego o sabonete rapidamente, eu queria, precisava, me limpar, eu sentia nojo de mim mesma, nojo de me tocar, parecia que o cheiro de Caio estava impregnado em mim, eu fechava os olhos e via seu rosto, totalmente deformado pela loucura, não queria mais lembrar de Caio, não queria mais ter problemas, as lagrimas caiam se juntando a água que logo se tingiu de vermelho ao passar por minhas coxas, será que não se pode ter uma vida normal? Uma vida sem um trauma a cada dia? É pedir muito?

– Quando tudo isso vai passar? – Digo em meio a lagrimas, eu senti que algo dentro de mim estava mudando, mas estou em duvida se é pra melhor...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Frase: "- Eu descobri do pior jeito, que nada é o que parece." - Slipknot.
Obrigada à: Daday e Samantha Alagan pelos comentários no capítulo "Namoros e planos." e muito obrigada Patrick por ter escrito esse capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu... Você... Nós." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.