Acordo em um quarto estranho, com paredes pretas e um desenho de caveira branca, provavelmente pintada à mão. Olho em direção a porta e vejo Edu olhando para mim e mordendo o lábio inferior, que, sejamos sinceros, estava muito lindo fazendo isso. Olho para o meu corpo, vai que fizemos algo e eu não lembro, eu estava com a minha roupa normal, tudo normal, mas... Como eu fui parar no quarto se eu estava na sala? Bom, estou deduzindo que eu dormi e o Edu me carregou até aqui, sabe? Tipo, mãe que leva sua filha pra cama a noite? Pois é. Eduardo se aproxima de mim e quanto mais ele se aproxima mais o meu coração acelerava, ele senta ao meu lado da cama e abre um sorriso que me fez derreter, passou a mão em meu rosto e pôs o meu cabelo atrás da minha orelha. Ele foi aproximando seu rosto do meu devagar, sua respiração pesada se misturava com a minha calma, nossos olhos se fecharam e nossos lábios se encostaram, começamos um beijo calmo e cheio de amor. Nosso beijo foi esquentando mais e mais, ele tirou a minha blusa e eu a dele, voltamos a nos beijar, mas dessa vez foi um beijo mais quente, ele passa a mão pelas minhas costas, provavelmente, procurando o fecho do meu sutien, eu parei o beijo e sorri. Ele, com olhar confuso, sorri e, depois, me olha com uma cara de quem pergunta: “O que foi?”, eu, envergonhada, apontei para o fecho na frente. Abri o sutien na frente dele que me olhava admirando cada detalhe. Eu queria aquilo, eu necessitava daquilo, e seria com ele! Voltamos a nos beijar novamente, ele me deita na cama e passa a mão pelo meu corpo, primeiro seios, depois curvas, dá uma pegada firme na minha coxa e começa a beijar meu pescoço enquanto eu passava a mão nas suas costas e a outra mão em seus cabelos. Ele foi beijando cada parte do meu corpo, até chegar ao meu short, abriu a mesma e começou a tira-la junto com a calcinha. Eu estava coberta por vergonha, porém eu tentava me encorajar e engolir a vergonha de uma vez. Ele se ajeita por cima de mim e nos beijamos novamente, um beijo de tirar o fôlego, ele foi levando a sua mão até minha vagina e começa a fazer movimentos que me levaram a loucura, o toque dele era completamente diferente do de Caio, não queria pensar nisso, mas era meio impossível não comparar. Ele, percebendo que eu estava distante, disse:

– O que foi? – diz ainda por cima de mim e com um sorriso safado.

– ... – fiz completo silêncio, não podia dizer que eu estava comparando-o com Caio.

– Ei... – diz em tom de quem já entendeu tudo. – Não vou ser igual a ele. – diz com um sorriso lindo e compreensivo. “Bom, eu acho que ele não percebeu a comparação, então... Melhor deixar quieto” penso. – Sabe por que eu não vou ser igual a ele? – respondo que não com a cabeça e ele continua. – Porque eu te amo... – diz envergonhado, meu coração já estava a mil. Eu não sabia como retribuir, se dizia “eu também”, se respondia ele com um beijo, não consegui raciocinar direito. – Eu sei, eu te peguei de surpresa e com certeza você deve estar confusa não é? – diz saindo de cima de mim e sentando-se a cama.

– E-eu... E-eu nã-não... – Tento responder, mas as palavras simplesmente não saíram.

– Nã-não precisa dizer nada. – diz coçando a cabeça e completamente vermelho de vergonha.

– E-eu não... – ele me olha com um sorriso sem graça. Tiro coragem de onde não tenho para falar tais palavras. – Eu não sei por que, não sei como, mas você foi, e é uma das poucas pessoas em que confio. Você tem esse seu jeitinho de ser que me atrai, você tem esse sorriso que me derrete... No início eu achei que era só amizade, mas aos poucos eu fui me apaixonando mais por você e agora eu... Acho que... Amo você. – falo completamente envergonhada, ele abre um sorriso de orelha a orelha e diz:

– Poxa! – suspiro, provavelmente de alivio. – Achei que ia dizer que não me ama. – dá um sorriso sem graça e se aproxima de mim. – Posso perguntar uma coisa? – diz se afastando e, completamente vermelho de vergonha, abaixa a cabeça.

– Pode. – falo também envergonhada.

– Você... Quer... – levanta a cabeça e olha em meus olhos. – Namorar... – Se aproxima de mim. – Comigo? – diz já colando seu rosto no meu, eu penso: “Porque não me beija logo?”.

– Sim. – digo já encostando meus lábios no dele.

Começamos um beijo calmo, nossas línguas se entrelaçam em completa harmonia, era como se fossemos um só.