Eu... Você... Nós. escrita por Isa Shimizu


Capítulo 28
Isis, digo, mãe?


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu ia postar ontem, mas não deu porque a internet caiu!!
Espero que gostem!!
Eu tentei fazer um "pressentimento" no final, mas eu acho que não ficou lá essas coisa, mas eu tentei u-u
Bjs!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273915/chapter/28

"Irônico mesmo é você ir dormir para esquecer a pessoa e sonhar com ela" - créditos à Priscila, minha amiga que postou a frase no facebook

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Pov. Eduardo.

Chego em casa e me surpreendo com a imagem que vejo, meu pai sentado no sofá assistindo um jogo de futebol com um pote de batatas onduladas na mesa, uma imagem que há muitos anos não via.

– Pai? Você em casa? – falo.

– Tenho que estar né? – fala com indiferença.

– Como assim? – falo confuso.

– Sua mãe vem nos visitar. – Essa agora! Nada contra minha mãe, mas não a vejo há uns 10 anos então isso me trás certo nervosismo.

– Hum. – falo como se fosse indiferente.

Vou a geladeira, pego uma lata de refrigerante e um pacote de biscoito recheado e vou em direção ao meu quarto.

– Aonde pensa que vai? – fala meu pai.

– Assistir televisão. – falo já tocando a maçaneta.

– Tá! Só não tranque a porta! – fala.

Entro em meu quarto, fecho a porta e, ignorando a ordem de meu pai, tranco a porta. Deito na minha cama, coloco a televisão em um volume audível e como meu biscoito. Termino meu lanche e começo a lembrar de Gabriela. “Por que quando te vejo meu coração dispara? Por que é quase impossível controlar a vontade que tenho de beija-la?” penso, uma vontade de chorar me percorre “droga! Estou parecendo um viado, chorando atoa.” começo a chorar ao lembrar-me de Gabriela e por ela ter escolhido o Caio ao invés de mim, fico um tempo assim até que pego no sono. Acordo com meu pai batendo na porta e gritando: "- Abre essa merda dessa porta, o que foi que eu falei com você?" abro a porta e vejo meu pai com feições em um misto de raiva e seriedade.

– Que foi? – falo sonolento.

– O que eu falei sobre trancar a porta? – fala rígido.

– Sei lá. – falo dando de ombros.

– Sorte a sua que sua mãe está aqui, se não eu ia te cobrir de porrada por não me obedecer. – fala em um sussurro audível.

– Tá. – “Finalmente uma coisa boa na visita da Isis.” Penso.

Passo pelo meu pai e vou em direção a cozinha sem me importar com nada.

– Não vai cumprimentar sua mãe? – uma voz feminina ecoa na sala. Olho para o sofá de onde veio a voz e reconheço-a, era a minha mãe mesmo, um pouco mais velha, mas não havia mudado nada.

– Oi Isis. – depois de anos não iria suportar chama-la de mãe novamente.

– Isis? – fala surpresa com meu cumprimento.

– Não é o seu nome? – falo em dúvida.

– Sim, mas você tem que me chamar de mãe! Seu pai não te deu educação? – fala se exaltando e se levantando do sofá.

– Sim, ele me deu educação, mas eu aprendi com quem usar! – falo frio, não queria, mas não conseguia parar.

– Já vi que meu filho já é um homem. – fala com voz chorosa, mas não vi nenhuma lágrima.

– As coisas mudam Isis. – falo virando e indo para a cozinha.

– Jorge! – fala na tentativa de que meu pai tome partido.

– Não posso fazer nada! – fala indo para seu quarto. – Se resolvam vocês dois aí. – fala fechando a porta do quarto.

– Homem imprestável. – fala emburrada. Eu amava o meu pai e não ia deixar que ela viesse falar assim dele.

– Dobre sua língua ao falar de meu pai. – falo ameaçadoramente.

– O que vai fazer? – fala me encarando. Não tinha medo dela, ela e eu não temos mais relação nenhuma de mãe e filho, eu a enxergava como uma mulher qualquer... – Você é igual a ele. – fala me tirando de meus pensamentos.

– Tá. – falo dando de ombros.

– Só um simples tá? – fala em indignação.

– é. – falo dando de ombros.

– Você é um fraco! – fala me deixando irritado.

– Fraco? – falo me alterando. – Só estou me controlando para não perder o resto de paciência que tenho.

– Você é igual ao seu pai, um merda na vida mesmo. – fala com veneno, perdi a paciência que eu tinha e, principalmente, perdi o resto de consideração que tinha por ela.

– Mas que inferno você veio fazer aqui então? Se eu sou um merda na vida foi por sua culpa, você que foi embora sem explicação, você que me deixou sozinho nessa merda de vida! E agora vem me dar lição de moral? Não preciso de você, sobrevivi até aqui sem você, posso sobreviver à vida toda sem você! – falo completamente alterado. Ela fica muda, não emitiu qualquer tipo de som... Agora sim eu vi as lágrimas em seus olhos. – E-eu não... Queria gritar com você e dizer essas coisas... – falo arrependido do que disse.

– Você tem toda razão meu filho. – fala sentando no sofá novamente. – Eu errei como mãe. – fala deixando lágrimas escapar. Eu não sabia o que falar, o que fazer, o que sentir, se eu iria esfregar na cara seu erro ou se ia tentar consola-la. – Você tem todo o direito de sentir raiva de mim. – fala pondo as mãos no rosto e desabando.

– Não sinto raiva de você. – falo sentando ao seu lado e deixando meus pensamentos me guiarem. – Só não achei justo você vir e nos destratar.

– Desculpa meu filho. – fala tirando suas mãos do rosto e olhado para mim com seu rosto molhado de lágrimas. – Eu não queria dizer aquelas coisas para você. – fala tocando meu ombro.

– Não ligo para as coisas que disse de mim, ligo pelo que disse de meu pai! – falo sério, aquela situação não me agradava, eu queria sair dali o mais rápido possível.

– Não sabia que seu amor por ele era tão grande assim. – fala tentando se acalmar.

– Ele pode ser agressivo, me bater, mas ele foi o único que permaneceu ao meu lado quando você se foi, ele foi minha família desde então, ele deu duro para me criar e não admito que alguém venha aqui e fale mal dele sem saber o que ele passou. – falo sem poder controlar minhas palavras.

– Eu peço desculpas a você e... – fala alto para que meu pai possa ouvir. – peço desculpas ao seu pai também. Eu queria me redimir com você Edu, me perdoa? – fala com lágrimas nos olhos.

– Não preciso perdoa-la, não guardo magoas de você. – falo indo para a cozinha.

– Vamos retomar o tempo perdido? – propõe enquanto eu volto para a sala com um copo d’água nas mãos.

– Que seja. – falo esticando a mão para entregara água para Isis, mas sinto um aperto no peito, não sabia o que era, mas era forte, que me fez largar o copo, que se quebrou em pequenos pedaços, e por a mão no peito, era como se alguma coisa ruim acontecesse, com alguém que amo, automaticamente veio a imagem de Gabriela chorando...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amo muito tudo isso :p
Obrigada a DudaStyles pelo comentário e pelas palavras que me incentivaram a escrever a continuação, obrigada mesmo pelo review!
E por último, mas não menos importante, obrigada à NairAlvez pelo review!
Os review me incentivam a escrever, obrigada mesmo pelo carinho povin.
Tô clichê hoje, reparem não...