A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 56
Parte IV - Capítulo 56 - A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Rélou, pipou! Rau ar iu? <----- ignorem
Estou aqui,depois de aparatar 7 vezes para conseguir chegar em casa, postando mais um capitulo! YEEES! Quem ai está ansioso(a) pro próximo capitulod e TWD? *-----* I AM!
Sooo, espero que gostem do capitulo!



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Capitulo 56

A Verdade

             - Não, não está dando certo. O sangramento não diminui! – as vozes desesperadas pareciam vir de todos os lugares, sempre falando algo ruim.

             Continuei andando pelo corredor. Não seria de grande ajuda, principalmente quando já havia umas dez pessoas tentando ajudar. Enquanto isso, tentava resolver meus próprios problemas, no momento enigmas. Três dias? Mas Jamie havia dito, na primeira vez que acordei, que tinha dormido apenas por uma hora. E depois que tinha dormido apenas algumas horas até o anoitecer. Porque mentiria sobre isso? O que ganharia?

             Andei distraidamente para fora do bloco chegando ao pátio gramado, onde Rick, Daryl, Reed e Matt ainda conversavam com os prisioneiros. Pareciam discutir sobre algo, então fui ver o que estava acontecendo. Estava afim de xingar alguém, gritar, colocar tudo para fora.

             - Meu bloco é o C. – o mal encarado de cabelos cumpridos falou.

             - Não é mais. – Rick falou no seu típico policial autoritário de ser.

             - Vocês podem pegar a A, ou a D... – ele continuou como se Rick não tivesse dito nada.

             - Cara, você é surdo? – me intrometi – Não. Vamos. Sair. Não vi seu nome lá pra tomar posse daquele bloco.

             - Cala a boca, pirralha.

             - Não fale assim com uma pirralha que pode apontar uma arma para você. – Matt sorriu com falsa complacência.

             - Não vamos sair. – Rick ignorou a ultima parte da conversa, colocando a mão discretamente no coldre da arma – Mas podemos ajudá-los a limpar outro bloco, e é só isso. Mas queremos uma coisa em troca.

             - O que? – o homem estreitou os olhos.

             - Vocês sobreviveram durante todo esse tempo. Estavam num refeitório. Com certeza tinham comida. E ainda devem ter. Queremos a metade.

             - Aquela comida já está acabando, cara.

             - Metade da comida por um bloco de celas limpo para vocês. Justo, não?

             Tudo bem, aquilo já estava ficando chato. Já sabia como aquilo acabaria. Ele os ajudaria a limpar outro bloco, pegariam a comida e passaríamos a ter presidiários como vizinhos. Nada contra eles, mas o outro do cabelo grande, mal encarado, ainda iria ser um problema. Ele tinha o típico olhar brilhante que assassinos costumam ter.

             Voltei para o bloco e Carl abriu novamente a grade para mim. Sentei na cama, mas estava completamente enérgica. Comecei batendo o pé no chão, e então estalando os dedos e depois olhando para todos os lado procurando algo em que me concentrar. Não deu certo, a hiperatividade não me deixou. Precisava falar com Jamie e tirar a história a limpo, acabar com isso, mas ele não me diria nada se eu simplesmente chegasse nele e perguntasse se havia mentido.

             Não queria fica na cela – que dividiria com Kalem -, nem ajudar a limpar outro bloco muito menos me enfiar no tumulto da cela abaixo da minha. Todos tentavam ajudar Herschel de alguma maneira, e aquilo estava uma confusão de pessoas entrando e saindo, correndo, falando alto... Mais uma para empacar ali não ajudaria muito, sem contar que não fazia a mínima do que fazer. Nunca fui muito boa em cuidar de ferimentos. Ainda sim, desci e fiquei escorada na parede oposta observando o movimento, esperando que alguém me desse algo para fazer.

             Pouco tempo depois, a grade foi novamente aberta e Rick entrou com os outros carregando enormes sacos e caixas.

             - O que é isso? – Carol perguntou, limpando as mãos cheias de sangue.

             - Comida. A maioria enlatados, mas também tem algumas outras coisas aqui.

             - E ainda tem muito mais de onde veio essa parte. – Daryl falou colocando o que carregava no chão.

             - Como está Herschel? – Rick perguntou.

             - A hemorragia diminuiu um pouco, mas ainda sim está sangrando muito.

             - Tudo bem. Nós voltamos logo para ajudar.

             - Vão mesmo ajudar com o outro bloco? – perguntei.

             - Claro, foi o acordo que fizemos. – Rick falou.

             - Acho que eles deviam limpar o próprio bloco. Limpamos esse sozinhos, porque não podem fazer o mesmo? Mas ninguém me escuta. – Reed revirou os olhos.

             - Eu não concordo, eles precisam de ajuda. Mas não confio naquele psicopata... Tomas, não é?

             - Também não confio nele, mas estaremos preparados caso tente alguma coisa. – Daryl respondeu.

             - Vamos acabar com isso logo. – Reed saiu a passos largos levando Ethan (que nem tinha visto por lá) com ele.

             - Onde está Matt? – Rick perguntou.

             - Com certeza consolando a Beth, se é que me entendem. – Lola se aproximou revirando os olhos.

             - Como assim consolando? – perguntei.

             - Ótimo, mais uma lerda. Já não basta a Savannah! – bufou irritada – Eles estão se agarrando, se pegando, se beijando, se engolindo, se comendo... O termo que preferir. Entendeu agora?

             Olhei irritada para a garota, que saia pisando duro até a ultima cela do corredor, onde desapareceu e logo voltou puxando Matt pela gola da blusa. Segurei o riso ao ver a cara de desnorteado e seu cabelo todo desarrumado.

             - Agora vão logo resolver isso. – Lola voltou para a cela onde os outros tentavam ajudar Herschel.

             Eu ri e fui atrás de Lola até a cela, e estava tudo realmente uma confusão. Fiquei ali na porta esperando ter algo no que ajudar, mas a situação parecia já ter melhorado.

             - Finalmente. Está parando de sangrar. – Maggie murmurou entre o choro, mas sua expressão não era tão esperançosa. Ela saiu dali a passos largos, sem ligar para Glenn que a chamava.

             - Precisam de alguma coisa? – perguntei.

             - Na verdade, seria muito útil se pudesse procurar a enfermaria. – Lori falou.

             Sai da cela e andei até a grade, mas Carl não estava mais ali. Voltei á cela e ele também não estava. Olhei uma por uma á procura do garoto e nada. Onde Carl havia se enfiado com as chaves do lugar? Estava descendo as escadas para perguntar se alguém tinha visto-o quando vi ele entrando na cela.

             - Onde encontrou essas coisas? – Lori perguntou.

             - Na enfermaria. – respondeu entregando um rolo de gaze para Carol.

             - Você foi sozinho? – Lori perguntou.

             - Eu estava com ele. – intervi colocando uma mão sobre o ombro de Carl.

             - Você não... – começou confuso, mas o interrompi apertando seu ombro advertindo-o para que se calasse.

             - Tudo bem. – Lori falou parecendo um pouco desconfiada – Obrigada, querido.   

             Puxei ele discretamente pela blusa para fora da cela.

             - Você é maluco? Como sai assim sem avisar ninguém? Se você morresse quem saberia onde estava?

             - Eu só fui pegar as coisas que Herschel precisava. E só tinha dois zumbis! – reclamou irritado.

             - Ainda bem que só tinham dois, não é?! Não estou te proibindo de ir a lugar nenhum, mas da próxima vez avise pelo menos para mim, ou não vou te acobertar novamente.

             - Tudo bem. – revirou os olhos.

             - Ótimo. E não revire os olhos para mim mocinho. Sua mãe ia arrancar sua pele, e eu a salvei, não seja ingrato.

             Carl voltou para a cela e eu fui ver o que tinha nas caixas e sacos de alimento que haviam trazido. Latas de milho, feijão, ervilhas, sopa enlatada, entre outros legumes em conserva e cereais. Duraria para no máximo alguns poucos dias com tantas pessoas ali, se não dividíssemos direito.

             As horas se arrastaram, e depois de um tempo os que tinham ido ajudar a limpar o outro bloco voltaram, e com uma cara nada boa.

             - O que aconteceu? – perguntei puxando Ethan pela manga da blusa

             - Três dos caras morreram. Um deles, o tal Tomas, matou quando foi arranhado, e depois ele tentou matar Rick, e ele o matou. O outro, Andrew, tentou nos atacar depois que Rick matou Tomas, e ele acabou atacado por zumbis. – falou passando a mão pela testa irritado. Suas roupas tinham respingos de sangue e parecia muito cansado – Já falou com Jamie?

             - Ainda não.

             - É melhor tirar logo essa história a limpo. Vai saber o que ele fez com você enquanto estava desacordada?!

             - Não seria nada que não já tivéssemos feitos comigo consciente. – dei de ombros enquanto meu primo erguia a sobrancelha, indignado, e eu gargalhei.

             - Droga, essa imagem nunca mais vai sair da minha mente.

             - Ah, o Kalem pode dormir com você hoje?

             - Eu tinha outros planos, sabe... Que não devem incluir crianças. – me olhou sugestivamente.

             - Adie só um pouco, por favor! A Savannah não vai fugi de você só por causa de uma noite.

             - Ok, mas vai ficar me devendo essa. Aliás, porque isso?

             Ri baixo e fui ajudar a levar os alimentos para outro lugar, sem responder á pergunta de Ethan. Peguei uma caixa com enlatados, mas ela estava muito pesada. Cambaleei um pouco quando a tirei do chão e uma mão impediu que eu caísse, me segurando na base das costas.

             - Tome cuidado. Acho melhor levar uma mais leve. – Daryl tirou a caixa das minhas mãos e me deu outra mais leve, levando ele mesmo a pesada.

             Levamos as caixas e os sacos e voltamos para a parte principal do bloco, o silêncio deixando uma tensão no ar. Quando terminamos já estava escuro. Avisei que iria para minha cela porque minha cabeça estava estourando de tanta dor e reparei na falta de alguém ali, mas não identifiquei quem. Fui para minha cela – no segundo andar – mas antes passei na que ficava ao lado na minha.

             - Jamie? – o chamei. Ele se sentou na cama e me olhou curioso – Só vim ver se estava tudo bem. Não te vi o dia inteiro.

             - Ah, sim. Está tudo bem sim. – sorriu forçadamente.

             - Ok. Eu vou... – pigarreei e prendi um pouco o fôlego sentindo as bochechas ficando quentes – Para minha cela.

             - Hum... Boa noite. – falou meio sem jeito e olhando para mim de um jeito estranho.

             Sorri e fui para a minha cela. Sentei no colchão tomando cuidado para não bater a cabeça na cama de cima e tirei lentamente a blusa que usava. Logo depois o peso na cama foi mudado com um baixo rangido, e mãos acariciaram meus ombros tão levemente quanto uma pena faria. Fechei os olhos sentindo a respiração quente em meu pescoço que me fez arrepiar e os lábios que faziam uma leve trilha de beijos, a mão descendo a alça do sutiã.

             - Você ainda é minha? – Jamie perguntou em meu ouvido.

             Sem responder, me virei e o empurrei para se deitar, colocando uma perna em cada lado do seu corpo. Puxei sua camiseta e ele ergueu os braços, me ajudando a retirá-la. Me inclinei sobre seus lábios os beijando o mais leve possível, e Jamie puxou meu corpo para o dele pela base das minhas costas. Como um choque percorrendo pelo corpo, em minha mente veio o momento mais cedo quando Daryl impedira que eu caísse me segurando bem naquele ponto.  Mas as mãos de Jamie, apesar de serem firmes e confiantes, não tinham a mesma maneira. Faltava alguma coisa ali.

             Aprofundei o beijo tentando tirar aquilo da minha cabeça e empurrei meu quadril contra o dele, sentindo sua excitação.

             - Posso te perguntar uma coisa? – sussurrei em seu ouvido.

             - Claro. - respondeu com a voz arrastada.

             - Você ainda me ama?

             - Sim.

             - Então faria qualquer coisa por mim? – mordisquei o lóbulo de sua orelha, e o senti estremecer sob mim, me fazendo sorrir em satisfação.

             - Sim.

             - É só me responder de sinceramente.  – distribui mais alguns beijos em seu pescoço e ombros – Porque mentiu para mim?

             Senti seu corpo enrijecer, tenso, e levantei a cabeça para olhar em seus olhos. Jamie parecia se sentir traído, mas nada mais justo. Foi ele quem começou com as mentiras.

             - Você me fez vir aqui pra isso? – perguntou magoado.

             - Também. – menti, me sentando e ele fez o mesmo – E não vou pedir desculpas.

             - Sobre o que acha que menti?

             - Eu sei que não fiquei só um dia naquela casa com você, como disse. Foram três. Porque não me contou?

             - Não queria preocupar você. Foi uma emergência.

             - Que emergência?

             Suspirando, Jamie me puxou, passando os braços por meus ombros num abraço. Meio sem jeito, passei os braços por sua cintura retribuindo o abraço. Mas não era um abraço como imaginei; ele começou a fazer desenhos em minhas costas, linhas, e por onde seus dedos frios passavam minha pele ardia como se estivesse pegando fogo.

             - Essa emergência.

             Jamie me soltou e passei meus próprios dedos sobre as costas – com dificuldade -, sentindo marcas fundas de cortes ali.

             - O que aconteceu comigo? – perguntei confusa.

             - Tinham zumbis na casa. Na verdade só um. Bem no porão. Você estava jogada no colchão, virada para a parede. O bicho com certeza não era inteligente porque cortava seu casaco para chegar á pele, e ele conseguiu te arranhar bastante antes de eu chegar lá. Mas você estava pálida, parecia doente. Pensei que tivesse sido mordida. Mas te levei para aquela casa para cuidar de você, e ficou desacordada por dois dias, só acordou no terceiro.

             - Me desculpe. – pedi envergonhada por ter desconfiado dele.

             - Pensei que não fosse pedir desculpas. – sorriu de lado, me fazendo sorrir também.

             - Cala a boca. – bati de leve em seu ombro – Mas o que me surpreendi é eu não ter sentido esses cortes antes... Espera, é por isso que trocou minha roupa?

             - Também. – falou malicioso.

             - Droga, você não mudou nada!

             O abracei e ele me puxou para deitar em seu colo, onde acabei adormecendo.


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Notas finais do capítulo

Fics que recomendo (e que devia ter colocado aqui antes):
http://fanfiction.com.br/historia/345788/Fim_Da_Linha/
http://fanfiction.com.br/historia/320466/Ainda_Ha_Uma_Esperanca
E ai, quem desconfiava do Jamie agora confia? u_u Ele nom é bad! Até descobrir sobre o caso da Delilah com o Daryl MUAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA ~bad bitch~
Então, semideuses, bruxos, walkers, tributos, narnianos, imortais, vampiros, alquimistas, drakis, sereias, anjos, almas, etc etc e etc... espero que tenham gostado do capitulo e não esqueçam dos reviews!
No próximo capitulo terá uma surpresinha nas notas finais, então não deixem de ler, ok?
Beijos e até o próximo capitulo ♥