A Última Chance escrita por BailarinaDePorcelana


Capítulo 10
Parte I - Capítulo 10 - Sentidos


Notas iniciais do capítulo

Entããããooo... Não to muito orgulhosa desse capitulo, mas prometo que no próximo vou melhorar, ok? Aproveite e boa leitura.



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Capitulo 10

Sentidos

           Acordei mais uma vez com o sol penetrando a janela e cegando meus olhos, e eu não sabia se havia passado um dia, dois, ou mais, ou se ainda era o mesmo dia...

           Levantei-me da cama cambaleando sentindo todos os ossos do meu corpo protestarem. Abri a porta do quarto com a visão um pouco turva e apoiando na parede – apenas por precaução – e fui em direção ás escadas rezando para não cair dela ou tropeçar em meus próprios pés.

           Desci lentamente tomando cuidado para não haver acidentes e quando me virei em direção á sala, ouvi vários clicks de uma vez só. Arregalei os olhos assustada olhando para Ethan, Rick, T-Dog, Glenn, Maggie e até Lori, que mantinham armas apontadas para mim. Olhei em volta procurando algo que poderia ser um alvo que não fosse eu, mas não encontrei nada. O alvo realmente era eu.

           - Porque estão apontando essas armas para mim? – perguntei, a voz saindo esganiçada pelo susto e rouca – uma combinação não muito legal.

           Todos abaixaram as armas e pareciam confusos, apesar de aliviados.

           - Eu pensei que não passasse de dois dias para se transformar. – Glenn murmurou, mas foi alto o bastante para eu escutar.

           - E porque eu me transformaria? – perguntei, fingindo não saber sobre o que eles estava falando. – Eu nem fui mordida!

           - Mas você foi arranhada. – Falou Rick me encarando.

           - Eu não... – tentei falar, mas não consegui terminar.

           - Não tente negar. Você não se machucou sozinha, e sabe disso. – falou Ethan com aquela irritante voz contida. Encarei-o por alguns segundos.

           - Prove. – falei olhando em seus olhos e esperando alguma atitude sua, o que não aconteceu.

           Herschel veio até mim e colocou as costas de sua mão gelada em minha testa, e contou por alguns segundos.

           - Ela pode estar dizendo a verdade. – ele declarou. – A febre abaixou muito, ouso até dizer que a temperatura está normal.

           Olhei para Ethan com uma cara de “eu te disse” e tentei conter o desejo de dizer em voz alta.

           - Mas isso é impossível. Eu já encontrei alguns zumbis que não tinham sinal de mordidas, mas de arranhões. – resmungou Rick, me olhando dos pés á cabeça. – Não acho que nessa regra possa haver exceções, assim como não há quanto á mordidas.

           - Eu não sou anormal. – resmunguei cruzando os braços. – E já disse que não fui arranhada por um deles!

           A imagem de Daryl fazendo sinal para não contar sobre os zumbis veio á minha mente, e eu me apeguei a isso quando senti a culpa por estar mentindo começou a me tomar. Mas qual é! Eu já fizera isso tantas vezes! Porque logo agora estava fraquejando?

           - Isso é o que você diz. E eu não acredito em você.

           Quando ia responder Ethan – uma resposta que na verdade não seria muito legal com todos os palavrões que desejava falar -, Maggie se pronunciou.

           - Então pergunte a Daryl, se desconfia dele. Eles não estavam juntos?

           Sorri de lado confrontando meu primo para que ele fizesse isso, e ele simplesmente se virou, saindo de casa. Provavelmente estava nervoso demais para continuar olhando para mim. Não querendo continuar ali com aquele clima horrível, subi indo para o quarto de Gael. Desde a noite que sai não via ela, e queria saber se estava bem.

           Entrei em seu quarto esperando vê-la deitada como na maioria das vezes, mas ela estava desenhando no chão juntamente com Kalem, e na janela estava Carl, olhando para fora.

           - Hey, crianças! – falei, fazendo Gael levantar-se correndo e vir me abraçar. Peguei-a no colo e dei vários beijos em suas bochechas, enquanto ela ria.

           Coloquei-a de volta no chão e passei a mão pelos cabelos de Kalem – que abriu seu lindo sorriso com covinhas – e parei ao lado de Carl.

           - Algum problema?

           Ele apenas balançou a cabeça negativamente. Eu sabia que era mentira. Ele só não queria contar a mim. Mas porque me surpreender? Ele me conhecia há apenas poucos dias. Coloquei uma mão em seu ombro.

           - Tem certeza? – insisti.

           -Tenho. – ele respondeu e dessa vez resolvi parar de insistir.

           Suspirei e me levantei. Quando me virei, Lori estava parada na porta, olhando preocupada para o filho.

           - Ele está tão diferente... Ele era uma criança tão boa, e agora está assim.

           - Acho que o Carl só precisa passar um tempo com outras crianças. Sabe, não precisar de preocupar, esquecer um pouco o que há lá fora. – falei afagando seu ombro. Estava saindo, mas quando passei ao seu lado, Lori segurou meu braço.

           - Eu sei que esses arranhões foram feitos por zumbis. Não sei porque não se transformou num deles, e nem me importo, só quero que meu marido e meu filho fiquem seguros.

           Olhei bem em seus olhos e vi ali um desespero mudo, que devia estar ali há muito tempo escondido.

           Sem responder, sai do quarto e fui para o quintal. Tinha uns assuntos a resolver com certas pessoas. Fui em direção aos fundos da casa, onde Daryl deixava sua moto – da qual eu tinha uma pequena inveja – e fui andando tentando não fazer barulho. Cheguei perto, encontrando-o encostado na moto bebendo uma garrafa de whisky que já estava na metade. Ele já tinha bebido tudo aquilo?

           - Já está bêbado? – perguntei, e ele virou a cabeça em minha direção lentamente, e depois voltou a encarar o céu.

           - Não o bastante. Volte mais tarde, e com outra garrafa. Talvez eu fique bêbado.

           - Então acho que não vai se importar de dividir essa comigo, não é? – perguntei sentando ao seu lado, estendendo a mão.

           - E você tem idade para beber? – ele perguntou com a voz entediada.

           - Isso nunca foi um problema. – resmunguei e tomei a garrafa bebendo um grande gole e sentindo o líquido descer como brasa, o que fora intensificado pela dor na garganta. Bebi mais um gole, sentindo novamente.

           - Cuidado, assim é você que vai ficar bêbada. – Daryl resmungou ainda com a voz entediada e olhando para o céu.

           - Porque? – perguntei observando seu rosto.

           - Eu preciso te explicar como as pessoas ficam bêbadas? – ele perguntou grosseiramente, me fazendo encolher um pouco.

           - Porque me ajudou? – perguntei, atraindo sua atenção.

           Seus olhos encaravam os meus e por um segundo vi aquele muro de apatia demonstrar realmente alguma emoção, só não sabia qual era.

           Mas eu iria descobrir.         


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Notas finais do capítulo

Deixe sua opinião! É só um minutinho e não vai te matar! Isso ajuda a melhorar a história, tanto criticas como elogios, então deixem um comentário!
Aviso: provavelmente não vou poder postar amanhã, apesar de já começar a escrever, mas pelo menos provavelmente o capitulo erá maior e mais interessante!
Beijoooos



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