A Última Música escrita por Karol Montblanc


Capítulo 22
Através dos meus olhos


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Feliz ano novo pra todo mundo, muita saúde, muita felicidade, sonhos realizados e muito amor o/ o/ Demorei mas cheguei com o primeiro cap do ano uhuhuh lol O cap esta muitooo dramático sim, mas pra quebra um pouquinho gelo tem romance tambem. Aproveitem e espero que gostem.



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Há dois dias que não o via. Há dois dias que se mantinha enfornada em seu quarto, pensando e refletindo, relembrando a mesma cena de quando o deixou. Covarde! Seu interior gritava a todo momento, e ela, nem mesmo em pensamentos continha forças para contradizer.

– Sakura poderia abrir a porta – ignorou quem quer que fosse como todas as outras vezes. Continuou absorta esperando com que a pessoa logo desistisse – Saiba que não sairei daqui enquanto não abrir! – mais um blefe, com toda certeza em menos de uma hora se cansaria e iria embora – Eu estou falando serio. Sakura, abra quero conversar um pouco com você. Por favor, sei que esta me ouvindo. – derrotada a rosada levantou-se abrindo a porta violentamente.

– O que quer? – perguntou ríspida. Sua expressão tornou-se ainda mais dura quando avistou a figura encostada no batente de sua porta.

– Uau, para que tanto mal humor noivinha? – riu cruzando os braços – Nossa, sua cara esta terrivelmente horrível – comentou segurando mais um riso.

Não demorou muito para a porta ser fechada da mesma forma em que foi aberta. Com rapidez segurou-a adentrando em seguida.

– Vai embora Daysuke, será que não percebe o quanto sua presença é desagradável – pronunciou tão rude quanto poderia seria ser.

– Parece que se esqueceu do jantar em família que teremos hoje. Apronte-se, vou esperar la fora – ignorando totalmente o desprezo da Haruno virou-se seguindo em direção a porta.

– Eu não vou a lugar algum com você, muito menos irei pisar meus pés em um ninho de cobras. Suma da minha frente, suma da minha vida e leve a porcaria da sua família jun...

Em um instante o silencio predominou o pequeno quarto. A fúria no rosto do loiro era gritante, sua mão permanecia firmemente elevada em direção ao rosto que agora fitava o chão, a marca dos cinco dedos eram visíveis pela vermelhidão denunciando a agressão. Sakura expressava incredulidade, seus olhos marejaram sem sua permissão mas não deixou que uma só lagrima se derramasse.

– Já estou cheio de você. Perdi minha paciência. Garota mimada! – exaltou-se – De uma vez por todas vou lhe ensinar como deve tratar seu futuro marido – Daysuke a pegou pelo braço arrastando-a ate a cama jogando-a com brutalidade sobre a mesma. Ficou por cima prendendo os braços da rosada sobre a cabeça. Sakura se debatia tentando a todo custo soltar-se, já imaginava o que ele iria fazer. Estava em pânico.

– Por favor não! – gritou tentando empurrá-lo.

– Ahh! Agora você é Educada? – riu com sarcasmo – Hoje vou terminar o que comecei – sorriu engrandecendo-se ao ver o medo estampado nas esmeraldas.

Sem mais demora o loiro beijou-a a força machucando os finos lábios enquanto não era correspondido. Daysuke segurava os braços dela com uma de suas mãos, apalpando-a com a outra por todo o corpo. Ergueu a blusa que a rosada usava acariciando seus seios escondidos com o pequeno tecido do sutiã, sorriu passando a língua por seus lábios sedento para experimentar cada centímetro de seu brinquedinho.

– Não, me solta seu idiota. Me solta! – assim que sentiu as mãos dele em contato com sua pele, desesperou-se. Não poderia acontecer com ele, não com ele, com Daysuke não! Sua garganta poderia doer mas não superaria seu desespero de se ver longe dali, longe daquilo que estava prestes a acontecer. Então gritou, gritou a plenos pulmões.

– Pare de gritar – gritou mais alto, mas não o suficiente para calá-la. – Já disse para parar – com a mão livre desferiu mais um tapa em seu rosto, aquietando-a subitamente – Otimo, agora só abra essa maldita boca para gemer.

(PLAY)_ Lifehouse - Broken

– Eu te odeio – murmurou baixo. Daysuke não ouviu, pois seus olhos voltaram-se para os médios seios, retirou o sutiã sem delicadeza alguma expondo-os, sua boca salivou aproximando-se aos poucos – Eu... te...odeio – repetiu um pouco mais alto chamando a atenção do Hashitaka -O relógio quebrado é um conforto.Ele me ajuda a dormir de noite.Talvez ele consiga fazer o amanhã parar de roubar todo o meu tempo.E eu ainda estou aqui esperando.Mas eu ainda tenho minhas dúvidas – fechou os olhos iniciando uma canção. O loiro a observava confuso, seus olhos seguiam o caminho em que as lagrimas percorriam - Eu estou machucada ao máximo.Como você já percebeu.

– Sakura... – assustou-se quando sua voz soou como uma suplica.

Eu estou caindo aos pedaços.Mal consigo respirar. Com um coração partido que ainda bate – seus soluços se tornaram mais altos amedrontando agora o Hashitaka - Na dor existe cicatrização?.Em seu nome.Eu encontro significado.Então eu estou esperando – continuou a cantar com sofreguidão, como um pedido para que seu amado viesse, lhe salvasse, lhe confrontasse, dizendo: o quão errada esta, que nem mesmo se ela lhe pedisse a deixaria - Estou esperando .Estou esperando.Mal estou esperando por você.

Daysuke afastou-se entendendo claramente que não era com ele que ela queria estar, que não era por ele que ela chamava quando sentia-se com medo. Este simples fato o fez refletir sobre seu futuro casamento e sua longa vida de casado.

– Sakura abra os olhos! - ordenou perturbado com seus próprios pensamentos.

A Haruno continuava a cantar como se estivesse em transe, suas mãos sobre seu peito apertavam-se tentando conter uma dor que não poderia ser vista.

Sua cabeça latejava, passou uma de suas mãos sobre o cabelo nervosamente. O loiro suspirou pesadamente, abriu a porta atrás de si sem olhar para trás.

– Lave este rosto e apronte-se logo. Te espero lá em baixo. – era tudo o que conseguia dizer, logo fechou a porta deixando-a sozinha com sua própria dor.

As fechaduras quebradas foram um sinal

De que você entrou em minha cabeça

Eu tentei ao máximo ser reservado

Mas ao invés disso sou como um livro aberto

E eu ainda vejo o seu reflexo

Dentro de meus olhos

Eles procuram um propósito

Eles ainda procuram por vida

* *

Determinado era a palavra exata para descrever como estava se sentindo. O moreno terminou de arrumar-se dando uma ultima olhada no espelho de seu mais novo quarto. Claro que imaginou em um futuro bem distante juntar o suficiente para comprar uma casa melhor para sua família, mas jamais conseguiria algo como aquela mansão. Agora cada um de seus irmãos e sua mãe tinha seu próprio quarto, uma sala e cozinha enorme que somente existiam em mansões milionárias.

– Filho? Vai sair? – perguntou Mikoto adentrando ao quarto cautelosamente – Acho que nunca irei me acostumar a tudo isso – suspirou franzindo o cenho ao ver um vaso muito caro em sua opinião, sobre o criado mudo cheio de formar abstratas da qual ela nem ao menos se interessaria saber.

– Relaxa mãe. Vou sair sim, cuide-se e de boa noite as meninas – pronunciou pegando seu casaco logo caminhando ate a porta depositando um beijo na testa de sua mãe.

– Itachi me prometa que não deixara esta...esta mordomia subir a cabeça, meu filho – implorou preocupada. Antes não tinham tantas roupas, alimentos que nem ao menos sonhavam que um dia poderiam ter sobre a mesa em fartura ou ate mesmo tanto conforto.

– Fica tranqüila dona Mikoto, nada disso irá afetar quem eu sou – a morena soltou um suspiro aliviada, para então esboçar um lindo sorriso.

– Divirta-se meu filho, se cuide e não volte muito tarde. – O jovem Uchiha apenas acenou positivamente, despediu-se seguindo em direção ao seu objetivo daquela noite.

Em pouco mais de 2h Itachi chegou a frente da mansão Haruno. O Uchiha respirou fundo para então tocar a campainha, em poucos minutos os grandes portões da mansão foram abertas.

– Itachi? O que faz aqui? – a voz suave da mulher a sua frente fizeram seu coração bombear feito louco.

– E-eu...- o jovem martirizou-se por gaguejar daquela forma – Eu vim convidá-la para sair – a loira piscou algumas vezes surpresa.

– Itachi eu...- respirou fundo tentando inutilmente acalmar seu coração – Já lhe disse que entre nos só haverá uma bela amizade, eu gosto muito de você – curvou seus lábios forçando-os a um sorriso - Por isso, volte para casa e tome cuidado as ruas logo estarão escuras e...

– Agora esta falando como minha mãe – cortou-a – Aya...eu não estou brincando – declarou firme.

– Eu também não Itachi – rebateu sem alterar nem mesmo uma oitava de sua voz.

– Me de uma chance – pediu aproximando-se – Uma chance, hoje, é tudo que lhe peço – seus olhos permaneciam firmes direcionados as safiras.

– Acho melhor você voltar para casa – dês de quando demonstrava incerteza? Es uma mulher feita e ele apenas um adolescente como poderia mexer tanto assim consigo?

– Por favor – suplicou em um sussurrou ao pé de seu ouvido, um arrepio percorreu pelo corpo feminino descompassando seu frágil coração – Por favor Aya – com toda certeza aquilo era um jogo muito baixo.

– Tu-tudo bem – estranhou sua própria voz rouca.

– Estarei esperando aqui – como uma criança que acabara de ganhar um doce, Itachi sorriu afastando-se o suficiente.

Ainda um pouco receosa Aya voltou ate a mansão. Ao chegar na porta subiu rapidamente as escadarias entrando em seguida em seu quarto, trancou a porta e enfim pode gritar e saltar de alegria como uma verdadeira adolescente.

– Ceus, eu preciso me acalmar...Não! eu preciso de uma roupa...Oh! céus eu nunca...nunca fui a um encontro, o que vou vestir? – desesperada seria pouco para seu estado, a loira jogou todo seu guarda roupa sobre a cama e passou a procurar por algo que fosse adequado aquele momento.

Meia hora havia se passado e nem mesmo um vestido a bela governanta havia encontrado. Aquilo estava sendo deprimente, pela primeira vez um homem a chamava para sair e nem mesmo uma roupa ela tinha, somente ternos, calças sociais, saias longas e o resto não era melhor nem comentar.

– Melhor descer e avisá-lo para ir embora – murmurou para si mesma pondo-se de pé. Estava tão decepcionada que nem ao menos viu algumas peças de roupas em seu caminho, acabando por tropeçar e ir ao chão – Ai, mas o que...o que é isso? – seus olhos rapidamente brilharam com uma pontada de esperança – Um vestido! Oh, esta tão velho. Mas não importa – direcionou seus olhos ao relógio levando-se em um pulo – Estou atrasa, que desastre – em caminhou-se para o banheiro tomando um banho rápido, vestiu-se e perfumou-se. Não via necessidade em passar maquiagem, além de já ter passado da idade nunca soube nem ao menos para que servia tantos itens.

O Uchiha a esperava com ansiedade. Não estava nem um pouco se importando com que os outros pensariam, sua prioridade sempre seria a felicidade, como sua mãe mesmo dizia. Ouviu os portões se abrirem novamente e mais uma vez não pode evitar que seu coração acelerasse. Na verdade quando a viu vestida tão elegantemente e um sorriso tímido mais completamente encantador, seu coração saltou, deu piruetas, imaginando talvez que a qualquer segundo o mesmo fosse sair pela boca.

– Linda – murmurou hipnotizado.

– Desculpe a demora, não estava conseguindo encontrar algo adequado – sorriu sem graça.

– Mais adequado do que isso matar-me-ia com um enfarte – sorriu galanteador. Esticou uma de suas mãos oferecendo-as a Aya – Vamos?

Um pouco receosa entrelaçou sua mão ao braço do moreno. Juntos caminharam pela cidade que aos poucos se iluminava.

Em poucos minutos adentraram a um restaurante, nada luxuoso, tudo era muito simples. Mesas ao ar livre enfeitadas com toalhas de tons suaves com um pequeno arranjo de flores, um pequeno palco improvisado com uma musica lenta era tocada ao vivo, um pouco mais distante das mesas encontrava-se um local pequeno de onde sempre surgia garçons trazendo com tranqüilidade o pedido dos clientes.

Itachi escolheu uma mesa próxima ao palco, um dos garçons aproximou-se entregando-lhes o cardápio, não demorando muito para fazerem seus pedidos.

– Então gostou daqui? – perguntou Itachi observando-a cautelosamente, gostava de observá-la e não se cansaria nunca deste ato.

– Muito, não sabia que existia um restaurante assim – sorriu, seus olhos direcionaram-se ao moreno percebendo que nem por um segundo ele parava de fita-la, este a deixou envergonhada pois não via nada em si mesma que pudesse chamar a atenção de um jovem como Itachi – Poderia parar de melhor assim – desviou-se seus olhos tentando acalmar inutilmente seu coração.

– Não posso, esta muito mais linda esta noite – Itachi colocou suas mãos sobre as dela que se encontravam na mesa, chamando-lhe a atenção – Tenho vontade de enche-la de beijos – declarou com tanta sinceridade que Aya chegou a assustar-se, não havia nem um pingo de malicia em suas palavras, o que a surpreendeu.

– Itachi, pare por favor – tentou repreende-lo, como uma adolescente inexperiente. Sentia raiva de si mesma por estar agindo tão ingenuamente. Não deveria estar envergonhada por um simples comentário, porém aquela pequena frase havia mexido com seu intimo.

Quando pensou em abrir a boca novamente os pedidos chegaram. Comeram em silencio apreciado a bela vista da praia ao longe, a suavidade da musica e a calmaria que esses complementos lhe traziam naquele momento, pelo menos era assim que Aya pensava.

Ambos terminaram de comer e o silencio que antes a acalmava agora tornara-se perturbador.

– Quer dançar? – nem ela mesma acreditava no que estava fazendo, por que não, não é?

– Eu não sei dançar – respondeu sincero.

– Eu também não – riu de si mesma – Mas prometo não pisar em seus pés.

(PLAY)_ Lifehouse – You and Me

Que dia é hoje e de que mês?

Este relógio nunca pareceu tão vivo!

Eu não posso prosseguir

E eu não posso desistir

Tenho perdido tempo demais

O moreno admirou-a rir tão lindamente, sorriu também por fazê-la se sentir bem e por estar se sentindo maravilhosamente bem naquele instante. Sua mãe sempre tentara lhe dizer com palavras, aquela sensação de fazer quem se ama se sentir feliz, lhe fazendo feliz também. Talvez aquilo, seja amor.

– Tudo bem, vamos – levantou-se entrelaçando as mãos da loira, seguiram ate a pista ao lado do palco. Desajeitado o Uchiha colocou suas mãos sobre a cintura de Aya, a mesma levou seus braços ao pescoço do moreno. Calmamente davam passos receosos para lá e para cá sem sair do lugar, mas não importava, nada mais importava quando ele perdeu-se nas belas safiras e ela na imensidão obscura.

Naquele momento não existia mais ninguém, tudo que ambos viam era um ao outro. A musica melódica ao fundo contribuía perfeitamente, talvez dando-lhes ate um pouco mais de coragem para aproveitarem cada segundo daquelas incríveis sensações.

Porque somos você e eu e todas as pessoas

Com nada para fazer

Nada para perder

E somos você e eu e todas as pessoas

E eu não sei por quê

Não consigo tirar meus olhos de você

Um beijo. Tudo se iniciou com um simples toque. Seus lábios se tocaram suavemente, criando mais expectativas, ansiedade. Seus lábios se entreabriram cautelosamente, um turbilhão de sensações inundou o corpo de ambos. Assim como estar a beira de um precipício, sem ter idéia do que lhe espera, somente ter em si a ânsia de compreender o desconhecido. Eles finalmente se entregaram aquele beijo, cheio de sentimentos.

Carinhosamente Aya acariciou delicadamente o rosto daquele que aos poucos estava conquistando seu coração. Seus olhos não desgrudavam das orbitas negras que se encontravam escondidas através das pálpebras. Um sorriso preencheu seus lábios.

– Gosto de você – sussurrou próximo aos lábios dela.

– Eu também gosto muito de você Itachi – mal pode terminar sua frase pois seus lábios foram capturados novamente pelo moreno.

Sentia que havia algo a mais, algo muito mais forte do que um simples gostar. Talvez, somente talvez estivesse se apaixonando.

Todas as coisas que quero dizer

Não estão saindo direito

Eu estou tropeçando nas palavras

Você deixou minha mente girando

Eu não sei pra onde ir daqui

* *

Olhando para o teto, não tinha idéia de quanto tempo o fitava. Estava perdido em seus pensamentos e muito confuso. Não sabia como deveria agir muito menos o que deveria fazer. A única coisa eu tinha certeza era que a sua rosada estava agindo estranhamente e algo estava acontecendo.

– Sasuke-kun? – seus olhos desviaram sem muito interesse para a ruiva em sua porta – Oh! Esta enfurnado aqui dês de ontem, não faz bem a saúde.

– Estou bem – pronunciou voltando seus olhos para o teto, não tinha vontade alguma de conversar.

– Não é o que parece. Venha vamos tomar um ar – Karin segurou em uma de suas mãos o puxando, tão rápido quanto a pegou logo o moreno se desvencilhou.

– Estou bem aqui. Pode ir se quiser, quero ficar sozinho – disse tranquilamente. A ruiva franziu o cenho reprovando-o.

(PLAY)_ Demi Lovato – Fix Heart

É provavelmente o melhor para você

Eu só quero o melhor para você

E se eu não for o melhor, então você está preso

– É por causa dela não é? – pronunciou com a voz carregada de ódio – Não vale a pena Sasuke. Ficar aqui se remoendo, acabando consigo mesmo por causa de uma garota mimadinha. – seus olhos faiscavam de raiva, em uma atitude inútil de controlar-se apertava fortemente a unhas contra a palma das mãos.

– Karin – chamou-a. Ignorando-o a ruiva jogava todas as suas frustrações.

– Esqueça-a. Esqueça ela Sasuke e fique comigo – aproximou-se tocando o rosto do Uchiha – Prometo fazer todos os seus dias felizes, e divertidos. Só basta você escolher a mim.

– Karin, eu não quero ser rude com você. Então vou pedir só mais uma vez, deixe me ficar sozinho – por fora Sasuke transparecia uma calma sobrenatural, mas por dentro o garoto encontrava-se uma pilha de nervosos a ponto de explodir.

– Eu te amo! –gritou a plenos pulmões – Eu te amo Sasuke e não vou sair daqui enquanto não tiver uma resposta! – declarou firme surpreendendo-o, porém seus olhos marejados denunciavam seu nervosismo.

Eu tento aproximar os laços

E acabei unindo feridas

Como se você jogasse sal nos meus cortes

– Eu não amo você Karin – a ruiva respirou fundo segurando com todas as suas forças as lagrimas que se formavam – Eu nunca poderei ser feliz contigo, porque eu... – as primeiras lagrimas iniciaram seu caminho pelo rosto de Karin, seus olhos se fecharam por breves minutos sabendo o que viria a seguir – Porque eu amo a Sakura, sempre a amarei. Independente de suas atitudes e ações... – os olhos negros se encontravam perdidos na paisagem do anoitecer pela janela, mas era possível ver claramente o brilho que seus olhos adquiriam e o leve curva de seus lábios o denunciando – Eu a amo. Amo a Sakura.

Karin mordeu fortemente seu lábio inferior travando em sua garganta seus soluços. Seu rosto encontrava-se banhado por suas lagrimas. Naquele instante a adolescente famosa e amada por todos conheceu um sentimento ainda desconhecido por si, a dor de não ser correspondida. Ouvir aquela declaração do moreno lhe doeu como nunca.Sem ter mais forças para continuar ouvindo-o a ruiva abriu a porta a batendo com força, e correu, tudo que mais almejava era encontrar um lugar, um lugar da qual seria palco de toda sua dor, que ali pudesse despejar suas lagrimas e gritar, gritar ate que não sentisse mais nada.

E os meus band-aids acabaram de acabar

Eu não sei nem por onde começar

Pois não se pode fazer curativo nesse ferimento

Nunca se pode consertar um coração, na verdade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?? Digam meus pequenos e lindos leitores, vocês gostariam que mudasse alguma coisa? Acrescentar ou melhorar algo? Ou esta bom do jeito que esta?

Comentem, deixem recomendações hehe a autora fica feliz ^^

Beijos ate a próxima o/



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