The Story Of Us escrita por ChloePark


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

maus gente pela demora... tava tendo um monte de prova e apresentação no colégio e fiz esse um pouquinho maior para compensar o tempo.... e vejo se ainda posto o terceiro hoje..
espero que gostem... :))



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Já no avião eu voltei a ler a carta deixada por Santy.

“Madrid, 9 de outubro de 2006. Já se faziam um mês que eu estava na Espanha estudando espanhol e estava regressando ao meu país. Estava pontualmente na estação de trem de Chamartín. Fazia frio, muito frio. Eu arrastava minha maleta pesada cheia de presentes que comprei para minha família e amigos.

As filas das bilheterias estavam muito grandes e se movimentavam bem devagar. Pelos autofalantes uma mulher falava informações sem parar. Eu não entendo nada. Em Espanha –pelo menos é o que eu penso- as pessoas falam e falam pelos cotovelos. E assim fica meio difícil entender o que eles dizem e para piorar eles gritam quando falam.

Eu entrei na fila que me parecia ser a mais curta e a que andava mais rapidamente. Dentro da minha cabeça eu ia formulando as frases que eu falaria. ‘Buenos dias’ ou ‘Buenas tardes’ pensei os espanhóis só dizem ‘Buenas tardes’ depois de comer e eles almoçam somente depois das três então era melhor eu dizer ‘Buenos días’ porque eu não sabia se o homem já tinha almoçado ou não. Também vou dizer ‘por favor’, depois ‘quiero’, ‘es necesario’, ‘me gusta’ isso foi bem mais difícil... por que em espanhol eles tem tantos verbos para dizer a mesma coisa? Logo eu peso em como dizer bilhete ‘billete?’ ou ‘ticket’ acho que aqui pode-se dizer ticket. São tantas as coisas que se passam em minha mente que nem me dou conta de que sou a próxima. Quando me aproximo da cabine o homem do outro lado pergunta o que eu quero eu respondo gaguejando e ele percebe que eu sou uma estrangeira, digo ‘buenos dias’ e ele me corrige dizendo que já havia almoçado. Ao descobrir que não falo quase nada de espanhol e por isso começa a gritar em espanhol para ver se eu entendia o que ele dizia. No entanto, ele falava rápido demais parecia que cuspia as palavras de tão rápidas que elas saiam da boca do homem careca.

Felizmente a mulher que estava atrás de mim intervém e fala para o homem da bilheteria. ‘Ela é apenas uma estrangeira você não tem que gritar com ela apenas falar mais devagar, ela não é surda’ o anjo que interveio se virou eu não podia me lembrar de ter visto antes algum ser mais bonito do que ela, minhas pernas tremeram e eu achei estranho nunca havia me sentido assim por nenhum homem antes que dirá por uma mulher. Logo o anjo se virou para mim e perguntou carinhosamente ‘Eu falo inglês. Você quer uma passagem de trem para onde?’ Eu respondi ‘Para Paris. Pode ser na primeira classe e perto da janela. ’

A mulher atendeu a meu pedido e logo me deu o tiquete paguei-lhe o que lhe devia e agradeci sai andando pela estação e quando achei um banco me sentei. Nunca, jamais eu esperava vê-la novamente. Alguma coisa dentro de mim me dizia para procurá-la, mas outra dizia para eu apenas esperar o trem e não correr o risco de me perder naquele enorme lugar.

E foi sentada no banco aguardando dar as 2 horas que faltavam para eu embarcar que eu te vi entrando num café. Se não me falha a memória ele chamava café Fallero.

Enquanto lia ia recriando mentalmente tudo o que se passara. Já se passara tanto tempo e Santy lembrava com tantos detalhes o que havia acontecido...

A linda mulher, cujo nome até agora era desconhecido sentou-se numa mesa. Logo um garçom levou-lhe um cardápio e ela fez seu pedido. Não conseguia parar de olhá-la ela era linda. Seu sorriso fazia me sentir como se tivesse borboletas em meu estomago. A maneira como ela se movia me fazia sentir como se estivesse em um espetáculo de balé. Logo seu pedido chegou se não me engano era um café e uma empanada.

Ri baixinho, a pessoa do meu lado no avião olhou-me como se eu estivesse louca. Ignorei. Eu já estava com as lembranças acesas em minha cabeça  me lembrei que não era um café que eu havia pedido e sim um chá de camomila e não era uma empanada e sim um quiche.

Eu ficava em duvida de ir ou não falar com ela, mas se eu fosse sobre o que conversaríamos. Eu não sabia nada sobre ela nem ela sabia nada sobre mim. Fui acordada de meus devaneios quando eu ouvi sendo anunciado o embarque no trem que eu tomaria. Eu estava numa viagem pela Europa que meu pai fez questão de me dar. Por estar fazendo medicina. Levantei-me a contragosto queria observar mais a loira que tanto me intrigava. Bufei, peguei minha mala e fui.

Uma lagrima caiu sozinha de meu olho ela nunca havia me contado essa parte da história.


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Notas finais do capítulo

reviews? thx



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