Novo Amanhecer escrita por Raquelzinha


Capítulo 5
Bella III


Notas iniciais do capítulo

Um companheiro muito especial e muito significativo!!!



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Dois dias depois daquela noite, Charlie me acordou muito cedo, misterioso me colocou em seu carro e se dirigiu para a cidade vizinha, há dias ele dava telefonemas misteriosos e cheguei a pensar que seria apresentada a sua “amiguinha”, aquela que ele saia para encontrar e ainda não me apresentara.

- Onde estamos indo? – perguntei várias vezes e recebi sempre a mesma resposta:

- É surpresa, não posso falar.

- Surpresa! – pensava intrigada.

Esse comportamento não combinava com Charlie, com certeza era influência de alguém, e eu sabia exatamente quem era esse alguém, apesar de ainda não conhecer. Mas, como ultimamente tudo estava parecendo diferente, apenas aceitei a mudança tentando conter a curiosidade, tentando aproveitar o passeio e a presença de meu pai. A paisagem que passava  pela janela me trazia uma certa tranqüilidade e chegou até a me distrair por algum tempo.

Quando finalmente chegamos a entrada da cidade, tentei mais uma vez saber o que Charlie pretendia, mas a resposta  rápida foi:

- Logo você saberá.

Minha imaginação corria solta, mas nem em meus mais mirabolantes sonhos imaginaria onde meu pai me levou.

- Uma loja de animais!- falei olhando para a vitrine enorme por onde se podia ver uma porção de filhotes de cães de várias raças.

- Vamos escolher um amigo para você, a tenho visto tão tristonha, suspirando pelos cantos, então a... pensei num animal para lhe fazer companhia. – falou sério e meu pensamento de que aquilo tudo não passava de brincadeira foi por água abaixo, porém, confirmava o fato de que a ideia não partira dele, fingi não perceber o que meu pai falara e perguntei:

- Um cachorro? – eu ainda não acreditava no que via e ouvia, Charlie já passara pela porta da loja e com a mão estendida me chamava:

- O animal que você quiser. Agora venha!

Isso é um sonho, só pode ser, de onde meu pai tirou essa idéia de que eu preciso de um animal de estimação? Nunca pensei nisso!

Receosa, entrei na loja enquanto Charlie conversava muito tranquilamente com um rapaz, deveria ser com ele que meu pai trocara telefonemas misteriosos, tudo bem planejado, constatei. O garoto muito magro me olhava sorridente achando que eu já estava babando por aqueles cãezinhos fofos. Desviei a atenção do olhar risonho do garoto e, tentando não parecer nervosa me aproximei do cercado que vira da calçada, os pequenos me olhavam e sacudiam o rabo  como quem diz:

- Me escolhe, me escolhe!

Eram lindos mesmo, muito fofos, mas não me senti inclinada a adotar nenhum deles.

- E então? – Charlie parecia muito ansioso, mas eu não conseguia me decidir por um, eram fofinhos, mas eu não os queria comigo.

Desviei o olhar sorrindo fazendo um gesto pedindo que ele tivesse paciência e me dirigi para uma prateleira onde descansava uma porção de pequenos aquários.

 - Um peixe poderia ser boa idéia, não daria muito trabalho e Charlie ficaria feliz. – pensei, mas não, eu não queria um peixe.

O rapaz me informou que também tinham pássaros, eles estavam em outro lugar, num viveiro grande no fundo da loja, recusei rápido o convite para vê-los, tentando não ser indelicada. Voltei a observar os peixes achando que afinal teria que ser um deles quando um latido forte chamou minha atenção. Me voltei para o cercado e encarei os pequenos filhotes, nenhum deles parecia capaz de tê-lo emitido, e só então reparei de onde viera o som, do outro lado de uma prateleira alta que dividia o ambiente, fiz o contorno e me deparei com outro cercado, nele havia filhotes maiores.

- Estes, tem a mesma idade dos outros ali da frente, mas são de outra raça e serão cães grandes, não muito adequados para companhia. – o vendedor me esclareceu.

Eles eram realmente maiores, uns cinco ou seis filhotes se aglomeravam a um canto do cercado, enquanto outro, de pelo fofo e avermelhado rosnava irritado mantendo seus companheiros confinados num pequeno espaço. Caminhei lentamente até eles sem tirar os olhos do cãozinho metido que ao perceber minha aproximação se virou e me encarou, seus olhos espertos pareciam me examinar.

- Esse aí é muito agitado, não deixa os outros em paz, está sempre fazendo bagunça. – o rapaz me esclareceu e cheguei a conclusão de que ele era um péssimo vendedor.

- Foi você quem latiu? – perguntei sorrindo, me aproximando mais e ele sacudiu a cauda abrindo a boca e agitando as orelhas.

Num impulso irresistível, estendi as mãos para pegá-lo e fui advertida:

- Ele morde! – mas contrariando o comentário, o pequeno não só se deixou pegar como se acomodou em meus braços e então falei algo que jamais esperei dizer:

- Quero este!

Charlie sorriu satisfeito e pediu ao vendedor:

- Veja tudo o que vamos precisar para levar este rapaz para casa.

O vendedor, que pelo crachá se chamava Adam foi muito rápido neste momento e nos mostrou as coisas das quais precisaríamos, mudando minha primeira ideia sobre ele. Jamais imaginei que um animal tão pequeno precisasse de tantas coisas, ração, coleira, almofada, xampu, sabonete, pratos para ração e para água, etc, etc, etc.

Observei a carinha sapeca dele e perguntei:

- Você realmente precisa de tudo isso? – o pequeno pareceu sorrir e fez um som leve, isso é minha imaginação pensei, ainda não entendendo o que estava fazendo.

Ele  tinha vacinas para fazer e era necessário nome para a documentação.

- Ele precisa de registro. – Charlie me disse sério. – Já pensou num nome?

Ergui o cão e o encarei pensando.

- Sunshine! – falei decidida. – Esse será o nome dele, meu pequeno raio de sol.

Charlie sorriu como se tivesse aprovado o nome, e pouco mais de meia hora depois saíamos da loja totalmente carregados.

Me acomodei no banco do carro e o coloquei sobre minhas pernas, o pequeno se enroscou ali e logo adormeceu, e eu, fui o trajeto todo acariciando seu pelo macio e me sentindo menos triste.

Já em casa, apesar das reclamações de Charlie, levei Sunshine direto para meu quarto, coloquei seu cercado perto da janela, jornais como forro, um prato com água, e uma almofada macia, mas, apesar de todo o cuidado que tive com seu cantinho, o pequeno passou a maior parte do tempo no meu colo enquanto eu estudava.

A noite, depois de um banho o coloquei sobre a cama, me recostei  nas almofadas e observei seu pelo macio e avermelhado sorrindo, ele se aproximou lentamente com o olhar mais safado do mundo me fazendo rir, se encostou em mim e deitou a cabeça em meu braço, fiquei quieta ali e acabei adormecendo.

Quando Edward chegou, já era muito tarde, Sunshine o atacou furioso, acordei assustada com os latidos e vi meu vampiro parado perto da janela com um olhar irritado, apontou para o cão e perguntou:

- Quem é esse?

- Presente de Charlie. – falei sorrindo.

- Presente de Grego, tire ele daí.

- Eu adorei! – fui sincera – Jamais imaginei que gostaria tanto!

Confessei enquanto segurava o pequeno no colo tentando acalmá-lo, mas foi inútil, toda vez que Edward se aproximava da cama ele rosnava furioso, não tive outra alternativa que não fosse colocá-lo no cercado.

Arrumei a almofada e voltei para a cama onde meu amor já se acomodara. Antes de deitar dei ao cão um último olhar, ele me observava tristonho e pidão, ameaçou um choro, mas ao me ouvir ralhar parou e foi para a almofada, me acomodei nos braços de Edward e ainda ouvi seus gemidos baixos antes de adormecer.


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Notas finais do capítulo

Eu adoro esse cão!!! Pq será??? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Gente, preciso agradecer a Vavá, a Angel, e a Clea por relerem esta fic, vcs já a acompanharam e mesmo assim estão aqui tendo a paciência d reler. MUITO OBRIGADA GURIAS!!!
Ao meu amigo Igor pela linda recomendação da fic!!! Fiquei emocionada com suas palavras gentis meu querido!!!
E Carlinha seja bem vinda, espero q curta!!!
bjsssssssssssssss