Novo Amanhecer escrita por Raquelzinha


Capítulo 45
Simples como respirar! IX


Notas iniciais do capítulo

Mais um...



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Bella

Com o nascimento de Mary nossa vida ficou ainda mais corrida e eu decidi ficar mais tempo em casa, estou agora com um turno a menos no trabalho,o que tem facilitado minha vida, os garotos estão crescidos, e tomam conta da irmã, é muito engraçado ver dois marmanjos, pq John está quase da altura de Jacob e Gabriel juntos com uma garotinha miúda nos braços.

Mary é uma total puxa-saco de Jacob, e ele adora, quando o pai está em casa ela está sempre na volta, mostrando algo ou sentada no colo dele.

Dos irmãos, John é o que mais aceita a presença dela por perto, Gabriel diz que ela mexe nas suas coisas e quase sempre temos uma discussão ou outra.

 John está ingressando no ensino médio e foi convidado a jogar em um time de futebol, recebeu uma bolsa numa escola para isso, alem de bom jogador tem excelentes notas o que facilitou, nós ficamos em duvida sobre o que devíamos fazer, debatemos muito o assunto, pq a escola fica fora de La Push, mas acabamos aceitando, ele gosta muito de jogar, e é bom nisso, e também é um ótimo filho, merece toda a confiança que possamos depositar nele.

Já Gabriel definitivamente herdou o interesse de Jacob por montar e desmontar carros, adora ir para a garagem, algumas vezes também vou lá, matar as saudades e ver meu filho trabalhar como o pai dele, sei que Jake fica muito feliz com isso.

Física e emocionalmente, John é mais parecido com Jake, ele é extrovertido, determinado, espirituoso, algumas vezes é como se eu visse o garoto que me ajudou a arrumar as motos na minha frente, até o olhar é parecido, e a medida que ele fica mais velho essa semelhança se acentua, já Gabriel é mais calado, a pele não é tão bronzeada, mas o sorriso e a facilidade em nos dar respostas diretas, nisso é igualzinho, quando os três estão juntos eu fico boba olhando para eles para meus sorrisos de sol e imaginando que garota resistirá aos meus filhos.

Já Mary é miúda e muito esperta, ela se parece comigo em alguns aspectos, no tom da pele, na cor dos olhos, mas lembra Jacob quando fala, é decidida e autoritária, mas também muito afetuosa e carinhosa. Ela estará completando seis anos em um mês.

Me movi sonolenta e devagar na cama com calma tirando o braço de Jacob de cima da minha cintura e lentamente ia saindo quando ouvi uma voz rouca e sonolenta argumentar:

- É cedo ainda Bells.

Sussurrei uma resposta:

- Eu sei, mas John tem treino muito cedo hoje, e não ouvi barulho dele, vai acabar perdendo a hora, vou chama-lo. – contrariado Jacob me soltou pedindo:

- Não demora.

Atravessei o corredor e abri a porta do quarto deles, entrei com calma e observei a primeira cama, Gabriel dormia de lado, os cabelos longos esparramados sobre o travesseiro, a perna comprida para fora do cobertor, não pude evitar, me aproximei e ajeitei a perna gelada sob as cobertas e ele se mexeu gemendo e se esticando, mas continuou dormindo.

Minha atenção então caiu sobre a outra cama, John dormia de bruços, braços e pernas abertos a cabeça fora do travesseiro no canto da cama e com os cabelos negros espalhados pelas costas nuas.

Isso estava me incomodando, o fato dele agora só dormir sem roupas, e com poucas cobertas. Cheguei perto e chamei baixinho:

- John! – nenhum movimento, a boca aberta indicava sono profundo, chamei outra vez: -John, está na hora.

Um leve mover dos olhos negros sonolentos, e uma voz rouca me perguntou:

- Que horas são mãe?

- Está na hora. Se você não quer chegar atrasado ao treino, melhor sair da cama agora.- foi falar e ele saltou ficando sentado e me encarando como se não me visse, ainda estava dormindo, sorri e ele me olhou mais profundamente desta vez e disse:

- Obrigado. – e ficou em pé, usava apenas uma bermuda, em seus dezesseis anos ele estava mais alto do que eu, os cabelos se esparramaram sobre o peito que começava a mostrar sinais de músculos causados pelos exercícios, e minha mente correu, se ele vier a ser um lobo ficará ainda maior.

 Cambaleante e sonolento ele saiu do quarto em direção ao banheiro.

Observei meu outro filho, com onze anos Gabriel também era alto, mas ainda era muito franzino perto do mais velho, mas John também já fora assim.

Voltei para o quarto e deitei ao lado de Jacob, sem perder tempo ele me abraçou com força me colando nele, me beijando e perguntando:

- Você trancou a porta?

Sorri e fiz um gesto negativo com a cabeça, foi questão de segundos e ele pulou da cama e chaveou a porta, depois se virando me olhou maroto, sorrindo e se aproximando lentamente, eu costumava gritar quando ele fazia isso, mas agora tenho que me controlar, fico só esperando, ansiosa, o momento em que aquelas mãos caem sobre mim me apertando com paixão, fazendo meu coração saltar no peito.

Assim que Jacob e os pequenos saíram eu fiquei só em casa, arrumei meu quarto, estiquei os lençóis sentindo o aroma de Jacob neles, cobri a cama com uma colcha constatando que havia poucas diferenças ali, poucas coisas que tinham sido acrescentadas, como por exemplo fotos dos nossos filhos sobre os criados mudos, uma poltrona nova, cortinas de cor diferente, mas basicamente aquela peça estava como quando nos casamos, suspirei feliz, aquele lugar ainda era meu refugio para estar com Jake e ser imensamente feliz.

Entrei no quarto dos garotos, as camas estavam estendidas, apenas recolhi do cesto as roupas sujas para serem lavadas, os brinquedos que antes faziam parte das prateleiras já não estavam lá. Na parede de John, se via material esportivo, fotos de jogadores. No lado de Gabriel, sobre a mesinha ao lado da cama carros e objetos que ele pegara para montar e desmontar, estavam ali a espera de que ele voltasse da escola.

No quarto de Mary as bonecas, mas principalmente, seus livros sobre o criado mudo, aqueles que Jacob lera e relera para ela a noite antes de dormir.

Larguei as roupas sujas na lavanderia e me dirigi a sala, um moletom de John estava jogado sobre a cadeira, uma boneca de Mary no sofá, um livro de mecânica de Jacob fora da estante.  Me virei com o livro na mão, e assim que o coloquei  no lugar, encarei os porta retratos na prateleira de baixo, fotos e mais fotos, de vários momentos de nossas vidas.

De Jacob e de mim quando ainda éramos apenas amigos, de quando namorávamos, do nossos casamento, de Jake com os garotos ainda pequenos, Gabriel sentado nos seus ombros e o mais velho entre as pernas, um sorriso largo nos lábios deles, um brilho nos olhos do meu sol, senti um nó na minha garganta e passei para a foto seguinte, nós, os cinco juntos na praia, eu e Jake no meio, Gabriel ao meu lado, John perto de Jake e Mary  entre nós, acho que essa é a visão mais feliz que já tive, a completa e total certeza da escolha certa.

A manhã passou rapidamente e logo eu ouvia o som dos carros que chegavam, John chegou um pouco antes, largou como sempre a sacola do treino e a mochila com os livros sobre o sofá da sala e veio em direção as panelas, falando:

- Oi mãe! Estou com fome, tudo pronto? – antes mesmo que eu falasse algo ele já tinha vistoriado algumas das panelas.

Me movi rapidamente e o tirei dali.

- Seu pai e seus irmãos estão chegando, vá se lavar.

Contrariado ele sorriu e me beijou, sumindo no corredor. Em seguida o som de vozes me avisou que o restante da turma havia chegado, o primeiro a aparecer foi Gabriel, fez o mesmo que John, largou a mochila sobre o sofá e veio em direção as panelas, Mary passou direto em direção ao quarto depois de me dar um beijo e um abraço, mas ainda faltava um, esperei na expectativa, mas Jake demorou um pouquinho a aparecer.

- Oi amor! – ouvi uma voz rouca vir detrás de mim, Jake não entrara pela porta da frente como os outros, viera de outro lado me surpreendendo sempre.

Me virei e vi, meu sorriso aberto nos lábios dele e suspirei feliz, nada estava completo se ele não estivesse comigo.

Passei meus braços pelo seu pescoço e o puxei para perto para beijá-lo e braços fortes apertaram minha cintura colando nossos corpos, acabei por rir alto antes de aceitar os lábios macios que vinham sobre os meus.

Mas ultimamente, termos momentos a sós está sendo bastante difícil assim, logo ouvi uma outra voz rouca reclamando:

- Vocês podem namorar depois? Nós estamos com fome! – me virei com cara de culpada e vi o rosto de meus meninos parados na porta, com os braços cruzados sobre o peito, diante de mim e logo a voz de Jacob reclamando:

- Quando vocês arrumarem namoradas me pagam, podem esperar. – seus braços ainda estavam na minha cintura e seu rosto sobre o meu ombro, antes de se afastar ele ainda me deu um beijo no pescoço e vi Gabriel fazer uma careta enquanto John comentava:

- Eu não disse para você? Eles fazem isso para provocar a gente.

Imediatamente Jacob e eu rimos alto e então a expressão irritada no rosto deles ficou ainda pior, nesse momento Mary entrou na cozinha e veio correndo em nossa direção sorrindo e nos abraçou, ela adorava quando Jacob e eu estávamos juntos,  sempre ficava feliz, e pedia para ficarmos abraçados, totalmente ao contrario dos garotos que pareciam incomodados com o fato.

Sentamos juntos, almoçamos em família, sob o som da voz rouca de John contando do treino, da voz ainda indecisa de Gabriel sobre as aulas de mecânica na escola, e das novas amizades feitas por Mary no pré-escolar.

Pode-se dizer que nossas vidas seguem um rumo praticamente normal, de vez em quando um medo nos aflige, a Jacob e a mim, mas para nossos filhos não há diferença,  eles apenas estão levando suas vidas como nós levávamos as nossas, num mundo totalmente normal até que seres diferentes, de um mundo diferente nos fizeram viver uma historia paralela, e quase irreal, isso ainda é um fardo, mas já não é tão complicado quanto foi um dia.

Não há como negar que aquela historia vivida há tantos anos, fez de Jacob e de mim pessoas mais fortes, mais amadurecidas e talvez mais felizes, pq damos valor aquilo que realmente importa, ao amor que nos une e a vida que nos foi oferecida.

 Cada momento, é uma dádiva, cada vitoria, uma alegria, cada dor, uma lição, observei o rosto bronzeado e maravilhosamente sereno de Jacob vendo o brilho da felicidade nele. Essa é a nossa felicidade, pq quando amamos alguém de verdade, assim como eu o amo e sei que ele me ama, sabemos como ela se sente sem que ela precise nos dizer e a alegria e a tristeza dela são também nossas. E é assim que sou feliz, com e através da felicidade dele, do sol que ilumina os meus dias e noites.


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Notas finais do capítulo

Bem amadas, chegamos ao fim da empreitada, ao menos da minha empreitada quando decidi reescrever esta parte de amanhecer, nossa, agora me senti né? kkkkkkkkkkkk, até parece q tenho o poder d mudar algo... mas dentro do possível fiz as mudanças q queria ver... espero ter agradado a todas vcs!!!
Um último capítulo será postado amanhã, mas este trará um novo personagem, um personagem q já apareceu nos últimos capítulos, só q agora diferente, narrando sua própria história!!!
BJS AMADAS E AMADOS, E MEU QUERIDO AMIGO IGOR, ESPERO Q VC ESTEJA SATISFEITO!!!
FIQUEI MUITO FELIZ EM RECEBER OS REVIEWS DE CADA UMA D VCS, ESTA HISTÓRIA FOI ESCRITA EM 2010, FOI DELETADA E AGORA ESTÁ AQUI OUTRA VEZ!!! E FIQUEI MUITO FELIZ EM VER PESSOAS NOVAS LENDO E TAMBÉM PESSOAS Q JÁ TINHAM LIDO!!!
OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA, PELOS COMENTÁRIOS TÃO CARINHOSOS E PELAS RECOMENDAÇÕES!!!
COMO JÁ DISSE ANTES, É UMA ALEGRIA, VCS FIZERAM UMA ESCRITORA D HORAS VAGAS MUITO FELIZ!!!
naõ esqueçam q ainda teremos um capítulo do nosso querido John Black!!!