Novo Amanhecer escrita por Raquelzinha


Capítulo 14
Bella IX


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e a surpresa chegou!!! Adorei escrever esta parte, assim como muitas outras!!!



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Acordei muito cedo aquela manhã, estava ansiosa pelo encontro com Jacob e com a chegada de Renee, esta última foi bem mais cedo do que eu esperava, mal tive tempo para me preparar e lá estava ela, me apertando entre seus braços e falando de toda a saudade que sentira de mim. Phil não pode vir, estava ocupado no trabalho, mas me mandou um presente lindo, tinha que anotar e não esquecer de mandar um recado carinhoso em agradecimento.

Minha mãe estava cansada e foi direto para o banho enquanto eu preparava o almoço.

Estava na cozinha, perdida em meus pensamentos e quase terminando tudo, quando Jacob ligou:

- Alô! – falei afobada de olho na panela.

- Oi Bells! – sorri feliz, a voz dele era alegre, tranqüila, suave,  como eu gostava disso!

- Oi! – falei rápido tentando controlar as batidas do meu coração, e vi Sunshine surgir na cozinha e me olhar balançando o rabo.

 – Será que ele sabe com quem estou falando? – me perguntei e eu mesma respondi: – Não, isso é loucura! Entretanto minha vida nesses últimos tempos era uma total loucura, nada mais poderia ser considerado impossível.

- Tudo certo para hoje? – a pergunta de Jacob me tirou de meus pensamentos.

- Sim, tudo. Onde vamos? –  a curiosidade estava me corroendo a dias, desde que ele mencionara essa bendita comemoração.

- Fique tranqüila. – sua voz tinha um tom de brincadeira – Não vou seqüestrar você.

- Bem que eu gostaria. - pensei, ir para um lugar onde ninguém pudesse nos encontrar, onde não houvesse vampiros, nem imprinting, mas falei apenas:

- Confio em você.

Ouvi ele sorrir e falar:

- Passo aí antes das duas da tarde, me espere pronta.

- Estarei esperando. – falei num sussurro, mal conseguira falar tamanha a felicidade que me invadia. – Amo você. – completei.

- Amo você mais. – ele sussurrou e ouvi o som do seu sorriso do outro lado da linha. – Até já. – e desligou, fiquei rindo sozinha com o fone nas mãos, o clima leve e descontraído reinava entre nós, e isso era maravilhoso, e eu não permitiria que qualquer coisa atrapalhasse esse dia.

Foi então  que ouvi um som leve, me virei e vi Renee parada me olhando.

- Mãe! – falei surpresa, não ouvira sua aproximação, muito provavelmente pq nos últimos minutos eu só conseguia ouvir o som do meu coração batendo como um tambor, e com certeza, pela expressão dela, ouvira toda a conversa.

- Falando com Edward?

Coloquei o fone no gancho antes de responder:

- Não, era Jacob. – tentando parecer normal fui até o fogão e apaguei a última boca que ainda estava acesa.

- Ah! O motoqueiro. – sua voz estava diferente e quando me virei me deparei com um olhar curioso, tentei sorrir, mas tenho certeza que ela percebeu que eu não estava a vontade e logo continuou:

 - Vocês são bastante íntimos não é?

- É, passávamos bastante tempo juntos, mas você já sabe disso. – me dirigi para a sala e sentei no sofá e ela fez o mesmo.

- E Edward não tem ciúmes desse rapaz?

- Claro que não, somos apenas amigos. – tentei  parecer firme.

- Amigos...- ela repetiu como se falasse consigo e de supetão perguntou: - O que você sente por Edward?

- Eu o amo.

- E por Jacob?

Respirei fundo antes de responder:

- Amo ele também. – não havia como mentir ela ouvira a conversa e pior, vira minha expressão abobalhada e com certeza já formara uma teoria sobre meus sentimentos.

- Como amigo? – ela não me dava descanso

- Sim. – tentei colocar o máximo de segurança em minha voz mas percebi o olhar desconfiado dela.

Renee ficou calada por alguns instantes e logo continuou:

- Edward é encantador!

- Oh, sim, ele é! – afirmei e tentei sair dali, mas ela não permitiu:

- Como você se sente com relação a ele?

Impaciente, me movi, e vi Sunshine parado ao lado da porta, bati com a mão no encosto do sofá chamando-o e ele se aproximou lentamente, sua patinha ainda não estava totalmente curada.

- Já lhe falei que o amo. Ele é o garoto mais lindo que conheço, é charmoso, educado, protetor, gentil. O homem com que toda mulher sonha para marido...- e encarando-a continuei – para genro.

Ela sorriu, mas não pareceu satisfeita, tive certeza de que o interrogatório continuaria, dito e feito, ela pegou o cão e o colocou no colo antes de continuar:

- E Jacob? Como você se sente com relação a ele?

- Acabei de lhe falar mãe! - minha voz estava impaciente e ela insistiu sem clemência.

- É tão difícil assim falar sobre esse garoto?

– Não, não é difícil falar sobre ele. - pensei irritada, é fácil demais, ela insistiu não me deixando concluir o pensamento.

 - Só quero saber o que ele significa para você.

Voltei a suspirar, pensei em Jacob, vi seu sorriso, suas mãos, seu jeito, ouvi sua voz e senti seu aroma como se ele estivesse ali, na minha frente e sem perceber comecei a falar:

- Jake é meu amigo, meu companheiro de todas as horas...é o sol que ilumina meus dias e me aquece, é o sorriso que me contagia, é o abraço que me conforta, estar com ele é estar completa, realizada, feliz, não há dor nem tristeza junto dele...- fiquei pensativa por alguns instantes e quando encarei Renee ela me olhava admirada e com uma expressão encantada no rosto, tive a certeza de que falara demais.

- São amores bem diferentes. – ela começou confirmando minha idéia  de que falara demais – O primeiro pertence a alguém que quer segurança, solidez, que se importa com a parte pratica...e o outro...- ela fez um som leve com a boca antes de continuar. – Esse é o mais difícil de encontrar, mas é também o que nos faz realmente felizes. – eu não queria ouvir isso, mas sabia que ela não se importava com minha opinião. – É isso o que você sente por esse mecânico motoqueiro.

- Você virou filosofa agora? – perguntei irritada.

Ela ignorou minha pergunta e continuou:

- Sabe, acho que você tem consciência disso, e por algum motivo obscuro para mim continua insistindo no primeiro quando seus desejos reais são ficar com o segundo.

Respondi-lhe com um olhar atravessado e saí dali, precisava de paz, eu tinha  consciência disso tudo, ela tinha razão, mas a parte mais difícil ela não tinha conhecimento, a parte em que eu seria abandonada por esse amor e acabaria morrendo de tanta saudade e dor, isso ela não sabia, e eu não podia contar, pq estava optando pela pessoa errada.

Ao me ver sair Sunshine  veio atrás de mim, a companhia dele eu nunca recusava, me tranqüilizava tê-lo ao meu lado, e isso era tudo o que eu queria, ficar tranqüila até a hora em que Jacob viesse me buscar. Sei que o olhar dela me seguiu, mas continuei firme sem olhar para trás.

Apesar de meus medos, o almoço foi tranqüilo, ela não voltou a tocar no assunto, Charlie estava bem e tudo parecia em paz, exceto por alguns olhares que eu recebia dela vez por outra, mas nada indicava que ela voltaria a tocar nessa história.

No  tempo que faltava para Jacob chegar,  organizei a cozinha, coloquei Sunshine em seu cercado e arrumei tudo para que ele ficasse confortável e por último fui para meu quarto, tomei um banho demorado na tentativa de relaxar, escolhi uma calça Jens, camiseta de mangas longas e peguei um casaco de malha e uma jaqueta caso fosse necessário, afinal não tinha idéia do que Jake pretendia.

Sentei na sala a espera dele, de tão nervosa mal conseguia me conter ali, e quando a buzina tocou lá fora corri  em direção a porta pedindo a Renee que cuidasse de Sunshine e avisando que não se preocupasse caso eu demorasse, não esperei resposta, sabia que não ia gostar do que ouviria.

Caminhei até o carro com cuidado, não queria levar um tombo e ter que voltar para casa por um descuido meu.  Jacob sorriu ao me ver entrar, tinha um que de mistério em seu jeito, ou talvez fosse impressão minha, mas quando falou sua voz expressava a felicidade que ele sentia naquele momento, felicidade que eu compartilhava.

- Oi Bells...Tudo pronto?

- Não, ainda falta uma coisa. – falei séria e ele me olhou surpreso.

- O que? O que está faltando?

- Isto. – disse e aproximei enroscando meus braços no dele.

Jake pareceu gostar da minha iniciativa, mas tenho certeza que não mais do que eu gostei de estar assim agarrada a ele, e observando seu rosto maroto, perguntei:

- Você vai me contar aonde vamos ou ainda é surpresa?

Ele sorriu e ligou o carro.

- Ainda é surpresa. – sua voz era suave.

Jacob pôs o carro em movimento, enquanto ele corria pela estrada, meu sol cantarolava uma música que eu não conhecia, me deixei ficar ali, encostada naquele braço forte e quente,  estava tão feliz, era uma sensação tão forte que mal cabia em mim, não queria pensar em nada que pudesse me trazer qualquer tipo de tristeza, hoje eu realmente iria comemorar minha formatura.

O trajeto não era muito longo, depois de alguns minutos pela estrada principal, Jake passou para uma estrada secundária, de chão, com vegetação fechada, mais cinco minutos e ele parou o carro, desceu, e enquanto eu olhava em volta admirada com a beleza daquele lugar que ainda não conhecia, ele pegou um cesto que trouxera e me chamando pediu que carregasse uma manta. Acatei seu pedido sem pestanejar.

- Venha! – falou sorrindo e estendendo a mão para que eu pegasse.

Caminhamos de mãos dadas por mais um tempinho, o terreno não era regular, mas com aquela mão me sustentando, tudo ficava mais fácil, logo vi um lugar muito estranho,  havia árvores enormes ali, não que eu não estivesse habituada as árvores de La Push, mas elas eram muito diferentes das que estava acostumada a ver naquela região, frondosas e de troncos grossos, mas de aparência muito mais fortes e robustas, Jacob parou entre elas, olhou em volta escolhendo o melhor lugar para ficarmos, depois serenamente disse:

- É aqui, vamos ficar aqui.

- Onde estamos? – eu definitivamente, não conhecia aquele lugar.

- Estamos na reserva...esta parte da reserva só poucas pessoas conhecem e você agora, é uma delas. – ele me olhava sério enquanto falava, não consegui desviar meus olhos dos dele e suspirei sentindo meu peito inflar diante de algo que ainda não entendia, mas que me parecia muito, muito importante.

Aquele lugar tinha um clima muito especial, um ar de felicidade, me sentido mais leve respirei o aroma que as árvores exalavam, era suavemente adocicado, observei-as melhor, algumas eram  tão altas que mal se conseguia ver a copa, e então, surpresa, vi inscrições em seus troncos, do lugar onde eu estava não conseguia identificar o que estava escrito, então me dirigindo a Jacob  perguntei:

- Quem escreveu nessas árvores?

Jake que já terminara de estender  a manta, virou-se para mim, observou-as, com ar solene veio para perto de mim, pegou minha mão e foi me conduzindo para  mais perto delas.

- São nomes. – sua expressão ficara muito séria. – Cada uma dessas árvores pertence a um casal. Seus nomes estão entalhados nos troncos delas.

Me virei e percebi seu olhar profundo, solenemente ele continuou:

- Uma delas, será a nossa...- e sorrindo disse: - Cabe a você escolher.

Encarei aquele rosto lindo e percebi que ele estava falando muito sério, que aquilo não era uma brincadeira.

- Eu? – fiquei nervosa com a responsabilidade. – Não é melhor que seja você?

Ele continuava solene.

- Não, deve ser você.

Olhei em volta, cada árvore a minha volta, minuciosamente, percebi que aquilo era muito importante e não queria decepcionar Jacob, a maioria delas já tinha nomes inscritos o que dificultava minha missão, então, um pouco mais afastada, uma atraiu minha atenção, não era muito grande, era uma árvore jovem, mas de aparência forte e robusta, ela se erguia imponente entre outras, que apesar de serem maiores não me pareciam tão belas, de alguma forma me lembrava Jake.

- Aquela. – mostrei a ele indicando com o dedo minha escolha e percebi um leve sorriso de aprovação em seus lábios.

Jacob  então me puxou em direção a manta estendida no chão, me ajudou a sentar e depois sentou-se também, de frente para mim. Cada vez mais sério ele abriu o cesto que trouxera e retirou de dentro dele uma tesoura e um saquinho de couro. Observei seus gestos, apreensiva, sem saber o que tudo aquilo significava.

Depois me encarando, olhando no fundo dos meus olhos começou a falar, sua voz estava mais rouca e seus olhos tinham um brilho muito especial que me hipnotizava.

- Estas árvores –  fez um gesto amplo com as mãos olhando em volta e continuou - simbolizam a ligação entre duas almas. – sua voz estava profundamente emocionada e fui invadida pela mesma emoção, ouvi cada uma de suas palavras com veneração. – Enquanto elas continuarem crescendo, se desenvolvendo, nada poderá separar as almas das pessoas que estiverem junto delas.

Depois me olhando novamente da mesma forma que antes, sussurrou algo que eu não gostava de ouvir:

 - Por isso só fazemos este ritual depois que o imprinting já aconteceu.

 Eu não estava entendendo, nós não tínhamos sofrido o imprinting, como Jacob queria fazer esse ritual comigo? O que tudo isso significava?

- Mas nós...- eu comecei e ele me interrompeu:

- Eu sei...- ele estava muito sério. – Mas ouça apenas.

Segurando minhas mãos entre as suas, ele voltou a falar:

- Todos os nomes escritos nelas são de casais já imprintados, mas eu obtive autorização para fazer isso com você, quando explicamos a todos nossa ligação, nenhum deles se opôs. – e me olhando profundamente continuou – Sei que você sabe que há muito mais entre nós do que simples amor, apesar do amor não ser um sentimento simples...

- Você é minha alma gêmea. – falei num impulso, consciente de que aquilo era real, de que aquelas palavras, representavam a verdade e mantendo a seriedade que aquele momento representava.

Ele confirmou com um leve sorriso.

- É...eu sabia que você tinha conhecimento disso. – de repente uma sombra  cobriu seus olhos antes de continuar – Mesmo que as coisas não aconteçam como eu desejo, que escapem das minhas mãos... – sua voz ficou mais rouca enquanto falava e seu olhar mais profundo - Estaremos unidos para sempre, pois nossas almas são imortais...mesmo que estas árvores morram no futuro, mesmo assim, haverá a continuação delas numa outra e nós estaremos lá.

Senti meus olhos úmidos e logo lágrimas escorreram pelo meu rosto.

- Você quer fazer isso? – sua voz  ficou firme ao continuar: - Você quer que sua alma fique ligada a minha? – a pergunta foi direta, seus olhos estavam ligados nos meus a espera da resposta, mas nem precisava perguntar, minha alma sempre foi dele, Jake é minha metade, minha alma gêmea num mundo real, mesmo assim fui firme, para que ele não tivesse duvidas do que eu queria:

- Sim. – falei decida, mantendo seu olhar.

Jake voltou a sorrir e então estendeu a tesoura para mim pedindo:

- Corte um pedaço do meu cabelo.

Observei seu rosto tão amado e sorri em meio as lágrimas que ainda caiam, escolhendo de onde tirar, neste momento era  mais fácil fazer isso, já que seus cabelos estavam mais longos.

- Coloque aqui. – pediu abrindo o saquinho, assim que terminei, eu pus o chumaço de cabelo lá dentro e passei a tesoura a ele, carinhosamente Jacob segurou uma mecha do meu cabelo e a cortou sem tirar os olhos dos meus, sempre sorrindo, depois colocou junto com o dele, fechamos o saquinho juntos e nos encaminhamos para a árvore que eu escolhi, de mãos dadas em silêncio, fui lendo os nomes pelo caminho, numa delas havia Sam e Emily, senti um arrepio percorrer o meu corpo ao lembrar de Leah, e também que Jacob usara a palavra explicamos, e não expliquei, eu precisava perguntar sobre isso depois.

- Sam e Emily... - falei enquanto pensava.

Jacob me olhou sério, uma ruga se formou entre seus olhos fundos.

- Sim, ele pensou em fazer isso com Leah, mas não teve tempo. – ele parecia distante quando falou isso, como se estivesse lembrando de algo.

Senti a esperança brotar em mim.

- Isto impede o imprinting?

Ele me olhou triste e falou:

- Não. – sua voz era dolorida – Mas é a garantia de que jamais nos odiaremos.

Isso era importante demais para mim, jamais odiá-lo, apertei a mão quente e grande que segurava a minha e ele voltou a falar, mostrando as árvores durante o caminho:

- Aquela é a do meu pai, e aquela, lá na frente, aquela enorme, é a do meu avô...e esta...-sua voz ficou suave – esta, é a nossa.

Senti uma quentura atravessar o meu corpo e meu coração acelerou diante da árvore que eu escolhera e que para sempre simbolizaria meu amor por Jake e o dele por mim, mesmo que nossas vidas seguissem caminhos diferentes, ao pensar nisso voltei a chorar, me aproximei dele, encostando meu rosto em seu braço forte e ele beijou minha cabeça.  Observei a árvore melhor, ela era muito maior do que eu imaginara de longe, seu tronco não poderia ser circundado com meus braços, seus galhos grossos e as folhas muito verdes, não era época mas havia pequenos botões em toda a copa, olhei as outras e perguntei:

- Pq só esta dará flores?

- Ela dá flores o ano todo. É a única espécie destas que faz isso, você escolheu a mesma árvore – ele apontou para a de Billy e para de seu avô, só então percebi que elas tinham pequenos botões também, meu corpo ficou todo arrepiado, encarei os olhos dele, Jacob sorria:

- Você quer mais alguma prova de que nossa ligação vai além de magia, de amor e desse maldito imprinting?

Fechei meus olhos e senti o aroma adocicado penetrar minhas narinas, ele se misturava ao cheiro de Jacob e eu adorei. Abri meus olhos e percebi que Jake também fechara os dele, naquele momento tudo parecia ter parado, não havia uma brisa no ar, todo o lugar estava em completo silêncio. Uma sensação gostosa percorreu o meu corpo me fazendo tremer e Jacob estremeceu abrindo os olhos também  sorrindo para mim.

- Conectados outra vez – pensei  enquanto ele lentamente se acocava sem desviar os olhos dos meus, fiz o mesmo e o vi tirar algo do bolso, era um canivete, com ele meu sol abriu um buraco na terra fofa até encontrar a raiz, escavou um pouco nela, fazendo um pequeno valo, coloquei o saquinho ali e Jake o cobriu com a terra, depois, ficando em pé incrustou nossos nomes no tronco da árvore, eu sorria ao vê-lo fazer aquilo, estava feliz, imensamente feliz e as palavras de Renee voltaram, ela tinha razão:

- Jacob É a minha felicidade!

Observei seu corpo que estava apoiado a árvore pelo braço esquerdo enquanto com a outra mão ele escrevia, ele estava enorme, cada dia maior, seus músculos salientes ficavam marcados no tecido da camiseta preta, as pernas longas e fortes separadas fixas no chão.

- Quando você vai parar de crescer? – perguntei em meus pensamentos, achando que desse jeito eu acabaria parecendo uma criança ao lado dele.

Alheio aos meus pensamentos ele terminou e aproximou de mim, passou o braço pela minha cintura me colando ao seu corpo e ficamos olhando nossos nomes escritos naquele tronco enorme, como naquela folha de papel velho na minha mochila, o nome dele terminava e o meu começava.

- Pronto! Unidos para sempre, não importa o que aconteça. – ele me olhou profundamente.

- Para sempre! – repeti aconchegando minha cabeça em seu peito e ficamos ali por mais um tempo, depois, lentamente voltamos abraçados para a manta, sentamos, o clima do que acontecera a pouco não nos abandonara, estávamos calados, pensativos, o sentimento ainda era de felicidade e eu ainda revia mentalmente tudo o que fizéramos e silenciosamente desejava que nossa ligação se estendesse cada vez mais, e que qualquer coisa que viesse a acontecer jamais rompesse essa nossa união.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Muito romântico?
Muito meloso quem sabe?kkkk
Quem já tinha lido lembrou?
OBRIGADA A TODAS E TODOS Q COMENTAM, FICO MUITO FELIZ COM CADA COMENTÁRIO!!!
bjssssssssssssss