The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 38
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Ai, gente, eu nem acredito que é o epílogo! Sério, para mim, ainda não caiu a ficha. Mas não se preocupem! Ainda tenho um capítulo bônus. Ou vocês acham mesmo que eu ia deixar o Alvo sem o seu "Felizes Para Sempre"?
PS: Lana vai surtar heueheueheue



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Epílogo

Jason Montez —

— Ei, o que aconteceu?! — exclamou Danica e eu ri. — Não, não pode parar agora, tio Jason!

— É, quero saber o que houve com o tio Al — concordou Jeremy, de braços cruzados.

— O que vocês acham que aconteceu? — perguntei, erguendo uma das sobrancelhas.

— Não sei, por isso pedimos para que contasse a história — respondeu Jeremy e eu ri mais um pouco.

Era noite e aqueles dois não queriam me deixar ir. Não que eu me importasse, é claro. Mas eu sabia que Branca de Neve iria querer me esganar, já que amanhã seria o dia 1° de setembro e eles precisariam acordar cedo.

— Sabem que eu não posso, crianças. Sua tia Clara deve estar me esperando — falei, passando a mão nos cabelos deles.

— Mas o seu quarto fica na ala oeste, não tem desculpa — retrucou Jeremy.

— Você é igualzinho ao seu pai, menino — eu o empurrei de leve e Jeremy sorriu.

— Por favor, Jason! Conte o que aconteceu com o tio Alvo — implorou Danica.

Danica e Jeremy eram gêmeos, filhos de Tiago e Angelina Potter. Os nomes eram homenagens a amigos que morreram e que Angelina insistira em dar. Contudo, havia mais um filho de ambos, mais velho, Jared, que já estava cursando o segundo ano em Hogwarts. Jared sempre se interessava pelas histórias, mas agora tinha um quarto só para si.

Era estranho estar contando algo que acontecera conosco, numa época em que tudo era dor e sofrimento, e ver que crianças se interessavam por estas histórias... talvez Clara tivesse razão; elas precisavam dessas histórias para saber que nunca nada estava perdido. E que o amor vencia tudo. Até mesmo bruxas das trevas já tiveram coração um dia.

— Ele achou Mellody e se casaram. O sapatinho coube perfeitamente nela e agora vocês têm uma prima chamada Lisa — respondi e eles riram.

— E a Marisa? O que houve com o coração dela? — perguntou Danica, com a voz assombrada.

Eu a olhei, lembrando-me muito bem do dia em que eu, Tiago, Harry Potter e Rony Weasley fomos ao Reino abandonado de Vitória, atrás do corpo de Marisa Dare. Foi tão diferente, encontrar o corpo de Marisa quase intacto no mesmo lugar, dois dias depois de tudo acontecer.

Antigamente, eu não entendia o porquê de Tiago insistir tanto em voltar até aquele lugar. Agora, eu sabia que, por mais que Marisa tivesse sido a pior bruxa que já se passou pela Floresta Encantada, Tiago viu algo nela. Algo que somente ele vira no dia em que Marisa arrancara o próprio coração e o dera para ele.

— Tiago voltou lá e observou todo o lugar. Eu o fitava, esperando pelo o que quer que ele fosse fazer — eu dizia, vendo ambos prederem a respiração e sabendo que estavam visualizando, como eu, o ambiente em que, um dia, eu estive. — Então...

A imensa porta de madeira adornada abriu-se de repente e a Rainha entrou. Embora meu coração pertencesse a Clara, eu não podia ficar menos embasbacado ao ver a beleza de Branca de Neve. Ela era imponente e inalcançável para alguns, irradiava poder e beleza ao mesmo tempo. Porém, eu sabia que Branca era a mulher mais doce, justa e bondosa que eu já conhecera.

Seus cabelos estavam soltos e longos, como sempre, vestia um robe vermelho e dourado, sem todo aquele brilho e outros acessórios que Branca odiava usar. Clara estava sempre rindo dela por causa disso, já que era ela que a ajudava a se vestir.

— Então Tiago pediu para que o pai pegasse uma espécie de caixão, não igual ao meu, mas igualmente bonito, que os anões fizeram e colocassem Marisa ali dentro, — Branca me impediu de continuar, mas sorrindo para mim — com um feitiço de preservação. Eles limparam a antiga sala do trono de Vitória e colocaram-na bem no centro. E o coração dela permaneceu no mesmo lugar, com um feitiço muito poderoso de proteção — acrescentou ela.

— Quando saímos de lá, o pai e o tio de Tiago, ajudaram-no a fazer um feitiço que protegesse todo o castelo. — Continuei, olhando para Jeremy e Danica.

— E só eu posso entrar — Tiago completou, aparecendo ao lado da esposa. — Quantas vezes eu tenho que dizer que... — Jeremy e Danica prenderam a respiração, esperando um sermão — eu quero participar quando você conta a história, Jason?

— Você estava muito longe, Tiago. Como eu iria te chamar? — perguntei, sorrindo.

— Oras, eu fiz um sistema muito eficaz de comunicação neste castelo — rebateu ele, fingindo estar ofendido.

Ouvi Branca de Neve suspirar e colocar as mãos na cintura. Ela fazia isso quando passava da hora de dormir — ainda mais quando no dia seguinte ambos iriam para Hogwarts.

— Vamos, Jason, eles têm de dormir. Amanhã eles terão um dia longo. — Disse Branca indo até os filhos e os beijando na testa. Tiago a imitou e desejou boa noite para ambos.

— Boa noite — eles falaram juntos e quando eu, Branca e Tiago estávamos prestes a sair do quarto, Danica me chamou:

— Tio Jason... por que Jack não vai para Hogwarts com a gente?

Eu troquei olhares com Branca de Neve e Tiago. Eu realmente não sabia como responder àquela pergunta. Entretanto, eu tinha Branca ao meu lado e ela respondeu:

— Nem todos têm magia, amor. Mas, no fim, todos somos iguais. Jack estará aqui sempre, se é o que lhe preocupa. Agora durmam.

Ela pagou as luzes e saímos do quarto. Eu os segui até a metade do caminho para o meu quarto.

— Desculpa se eu...

— Ah, relaxa, Jason — disse Tiago, revirando os olhos. — Sei como meus filhos são — eu sorri para eles. — E obrigado por fazê-los acreditar.

— De nada — falei. — Ah, Tiago, por que não abrem um portal direto para Hogwarts? Ainda tem aquela árvore.

— Queremos que eles aproveitem aquele momento em que vimos a Maria Fumaça pela primeira vez e conheçam novos amigos. É assim que tem que ser — respondeu Branca e eu assenti. — Boa noite, Jason. Vejo você de manhã.

Branca beijou minha bochecha e Tiago apertou a minha mão. Fiquei olhando-os partirem para o próprio quarto real e, assim que entraram, eu fui para o meu, onde Clara me esperava.

Abri a porta e a vi sentada, penteando os cabelos, de costas para a porta. Eu a amava tanto! Era estranho que, depois que o feitiço de Marisa foi quebrado com sua morte, eu sentia aquele amor com mais intensidade. E era mil vezes melhor sem o feitiço, devo acrescentar.

Quando percebeu minha presença, Clara virou-se para me olhar. Seu sorriso era deslumbrante e eu me sentia mais feliz apenas ao olhá-la. Tê-la salvado daquele lobisomem fora a melhor coisa que tinha acontecido comigo.

Fui até ela e sentei-me ao seu lado, passando as mãos em suas costas. Clara fechou os olhos, ainda sorrindo.

— Eles pediram que contasse de novo, não é?

— Sim — respondi, rindo.

— Sabe... eu tenho uma ligeira impressão que Jack e Danica se gostam — comentou Clara, virando-se para mim. — Ele está com medo de se despedir dela.

— Ele sabe que ela vai voltar — disse eu.

Clara sorriu, vindo para o meu colo, onde se aconchegou e ficou. Era bom senti-la.

— Ele sabe... mas é assim que começa. Ah, já ouviu que ele quer ser um Caçador de Bruxas? — Ela riu. — Igual ao pai e ao Rei. Acho que a convivência com o Tiago fez a cabeça de Jack.

— Ele só quer salvar o mundo, como a maioria dos jovens de hoje — respondi, passando meus lábios pelo seus ombros.

— O que quer dizer? — Clara me olhou.

— Quero dizer que, quando uma história acaba, outra começa. E é essa história que Jack quer contar quando crescer e eu apoio. Agora é vez dele, como no passado foi a nossa.

Clara me olhou admirada e beijou-me os lábios. Eu a abracei, deitando-a na imensa cama. Eu iria amá-la para sempre.

— Então está tudo bem?

— Está tudo bem — confirmei, voltando a beijá-la.

Aquele não era o fim para gente, mas era o começo para nossos filhos.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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