The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 20
capítulo dezenove


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente *---*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273493/chapter/20

— Narrador —

Elas seguiram para a entrada do Salão Principal, cujo o interior já estava cheio e tocava uma música agitada. Por o castelo ter sido magicamente aquecido, nenhuma delas sentiram frio, embora se visse da janela que nevava do lado de fora.

Tiago, Alvo, Teddy e Escórpio (de cara emburrada, pois não arranjara um par para o baile, parte do plano de Rosa) estavam perto da entrada do salão. Conversavam sobre a demora das garotas, quando ouviram exclamações e viraram para ver o que causara tanto rebuliço.

A boca de Tiago e dos outros se abriram. Lílian abria a fila com aquele vestido vermelho, fazendo Tiago e Alvo perguntarem ao mesmo tempo:

— Aonde ela arrumou aquele vestido?!

Ela rumou diretamente para os braços de Teddy, cujo o sorriso não deixava a face, fazendo Tiago e Alvo trocarem olhares surpresos. Logo depois, Rachel, com seu vestido branco, entrou deixando Alvo totalmente boquiaberto. Rosa sorria, e seguiu até o Escórpio estava. Este a olhou de cima a baixo, parando no decote da garota. Depois a olhou com desdém.

— Onde está seu par idiota? — perguntou ele. Rosa sorriu maliciosamente.

— Ah, ele realmente é um idiota — concordou ela.

— Sério? Pois parece que você não tem um. Nem idiota nem inteligente — desdenhou Escórpio, fazendo Rosa se irritar.

— O idiota é você, Escórpio! Eu já estou olhando para o meu par. Ou você acha que está sem um par por acaso? — disse Rosa revirando os olhos.

— Quê? — Ele pareceu surpreso. — Eu? Francamente, Rosa.

— Não quer acreditar? Está bem — Rosa foi até ele e o beijou. Assim que eles se separaram, Escórpio a olhou.

— É, você é o meu par.

Tiago teria tido uma síncope se tivesse visto o que acabara de acontecer; mas não pôde, pois olhava para aquela que fechava a fila e que todos — agora — estavam olhando.

Lentamente, Angelina tirou a capa, mostrando seu vestido meio azul meio branco. Todos ali presentes pararam para apreciar a beleza da garota que seguia até o seu par. Por mais que Alvo, Teddy e Escórpio tivessem par, não puderam deixar de olhar a beldade que parara em frente a Tiago, que estava impressionado e hipnotizado.

Angelina corou levemente ao ver o olhar de Tiago parar em sua coxa à mostra e depois seu rosto inteiro.

— A demora valeu a pena, afinal — comentou Tiago após o choque.

— Não acha que ficou exagerado? — perguntou Angelina, ajeitando o vestido.

— Está... perfeita — disse ele.

— Foi a Rachel que fez a obra-prima — comentou Angelina com um sorriso.

—Obrigada , Rachel — Tiago se virou para Rachel, que trocava um olhar apaixonado com Alvo.

— De nada — sorriu Rachel.

Tiago olhou para Angelina, sua mente voando longe. Angelina arregalou os olhos.

— Tiago! — censurou-o Angelina, mas rindo. Tiago fingiu não ouvi-la.

— O quê? Vamos dançar — ignorou Tiago a puxando pela mão. Angelina foi na frente e Tiago viu o decote nas costas da garota. Ele mordeu o lábio inferior com força.

Angelina virou-se para encará-lo. Ele estendeu a mão e ela aceitou. Eles começaram a dançar; Angelina pousou a cabeça no ombro de Tiago enquanto a mão dele ia para a base das costas de Angelina, sentindo os dedos formigarem ao tocar a pele exposta da garota. Conforme se moviam, Angelina conseguia ver a mesa dos professores e constatar que Dare a olhava furiosa.

O Salão Principal fora adaptado para o evento: as doze árvores decorava o local, as quatro mesas compridas foram substituídas por várias mesas redondas e o teto ainda refletia o céu nevando lá fora. Até aquele momento, tudo estava ótimo.

A música parou e logo outra mais rápida começou a tocar. Angelina morria de vergonha enquanto dançava a música; para ela, estava se saindo muito mal. Já para Tiago, ela simplesmente o seduzia. Ele se aproximou dela e a puxou pela cintura, os dois dançando de um jeito que provocava tanto as outras garotas quanto os outros garotos. Conforme a música ia tocando, Tiago a guiava com as mãos nos quadris da garota.

— Você já sabia do Teddy e da Lily, não é? Rosa e Escórpio também — disse Tiago no ouvido de Angelina, que assentiu timidamente. Tiago a virou para pode olhá-la. — Se você não estivesse tão linda eu, provavelmente, estaria surtando com isso.

— Eu não deixaria você surtar — falou Angelina. Tiago ergueu uma das sobrancelhas.

— Sério? Como? — indagou Tiago, fazendo Angelina sorrir.

— Assim — respondeu Angelina colocando a mão na nuca dele e puxando-o para um beijo apaixonado. As mãos de Tiago ainda estavam nos quadris de Angelina e fez com que seus corpos ficassem colados. As vestes a rigor e o fato de ter centenas de alunos os olhando, impediu Angelina de colocar as mãos na barriga definida de Tiago.

— Quer ir para outro lugar? — perguntou Tiago quando, ofegantes, se separaram.

— Quero — disse Angelina. Tiago sorriu e pegou a mão da garota; passaram pelo irmão e a ex-namorada, que dançavam felizes; passaram por Hugo e uma garota de cabelos cabelos castanhos com mechas rosas, passaram por Lílian que dava uma bronca em Teddy por ter colocado as mãos nas nádegas dela. Angelina riu, mas não parou; passaram por Rosa e Escórpio, cujos discutiam sobre o trabalho de Poções enquanto dançavam. Até quando dançavam davam um jeito de discutirem.

Tiago a guiou para dentro do castelo, presumindo que os jardins já estariam ocupados. Correram mais por alguns minutos, até Tiago encontrar um tipo de vão suficientemente grande para os dois debaixo de uma escada. Poderiam passar que nunca os achariam ali.

Ele a olhou e, carinhosamente, a puxou para dentro do vão. Tiago a observou no escuro, sabendo que era ela que ele queria. Não havia outra garota no mundo que ele amasse mais do que Angelina, exceto sua mãe.

Com Tiago tão perto dela e vendo os pensamentos carinhosos e amorosos dele, Angelina perdera seu medo do que poderia acontecer de ruim naquela noite. A visão que tivera poderia estar errada; afinal, a noite não poderia ser mais perfeita e nada de tuim poderia acontecer com ele ali.

Tiago a encostou na parede do “inverso” da escada e a beijou. Angelina achou que, dessa vez, o coração dela saltaria para fora do peito; ele a beijava com tanto amor e paixão, que Angelina estava começando a render-se para Tiago. Sem desgrudar os lábios dos de Angelina, a mão de Tiago desceu até a coxa que estava à mostra e a pegou, encaixando-a no próprio quadril e com a mão ali.

Angelina puxava levemente os cabelos dele, fazendo-o soltar um gemido estrangulado. Tiago abriu os olhos para vê-la e mordeu o lábio inferior da garota; ao fazer isso, Angelina chegou mais perto de Tiago, tentando se fundir com o corpo dele. Era uma sensação maravilhosa, sentir o corpo de Tiago corresponder com o dela: as mãos de Angelina já haviam ultrapassado a blusa de Tiago e arranhando as costas dele conforme o beijo ia se intensificando, deixando-a louca.

Já Tiago subiu um pouco mais a mão, parando apenas a pouco centímetros da roupa íntima de Angelina, apertando a coxa dela com força. Seus dedos já roçavam no pano da calcinha dela, quando os dois escutam vozes familiares.

— Vem por aqui — disse a voz de Alvo.

— Não, Al — falou Rachel. — É melhor voltarmos. Eles devem estar por aí... daqui a pouco eles aparecem.

— Eu tenho que falar com Angelina... tem alguma coisa errada. — Depois ele suspirou. — Tem razão, Tiago acabaria comigo se eu interrompesse algo que não agradaria os meus olhos...

— Já interrompeu, seu mané — sussurrou Tiago.

— ... afinal, eles podem ter voltado para a festa — continuou Alvo. — Vamos. — Quando as vozes e os passos de ambos desapareceram, Angelina descolou os corpos e arrumou o vestido.

— É melhor nós voltarmos, Sirius — disse ela sensatamente. Tiago suspirou.

— Ok... até porque eu disse que seria num quarto — brincou Tiago. — Deixa eu só arrumar o meu... a minha roupa...

Angelina riu do pensamento não verbalizado DE Tiago. O que Alvo dissera havia a deixado em alerta.

— Pronto. Vamos — ele pegou a mão de Angelina e com a outra tentou, em vão, arrumar os cabelos. — Ah, deixa para lá — disse Tiago revoltado com o cabelo.

— Eu gosto dele assim — riu-se Angelina.

Eles voltaram para a festa. Uma música rápida tocava e todos se aglomeravam na pista de dança; viu Alvo e Rachel em um canto, acompanhando por Teddy e Lily. Os dois se dirigiram até os amigos.

Assim que Teddy os viu, um sorriso maroto cresceu em seus lábios.

— Sirius, Sirius — disse quando Tiago e Angelina estavam próximos o suficiente. — Você foi romântico, não foi?

— Calado, Teddy — sorriu Tiago.

— Não vai me dizer onde estavam?

— Claro que não — respondeu Tiago. — Vou pegar uma cerveja amanteigada, Angel. Quer?

— Hã? Quero — disse Angelina distraída. Realmente havia alguma coisa errada. Por instinto, ela se afastou dos amigos e olhou em volta. Não havia nada fora do comum: todos dançavam, os professores observavam os alunos; ela conseguia ver Jared com Roxanne; Lily, Teddy, Rosa, Escórpio, Alvo e Rachel estavam conversando... ela viva Tiago pegando bebidas para os dois e uma angústia tomou conta dela: alguma coisa dizia que ela não os veria mais.

Então, uma dor na parte de trás da cabeça, fez seus olhos lacrimejarem. Alguém estava puxando seus cabelos; ela sentiu a presilha que Lílian havia lhe emprestado arrancar uns fios de cabelos e cair no chão, desfazendo seu penteado. Essa pessoa a arrastava para longe de todos. Angelina viu Tiago voltar até Lily e Teddy: não havia como gritá-lo. O homem tampou-lhe a boca e só agora Angelina percebeu que era um Caçador.

Ela não conseguia ler os pensamentos do homem e isso a frustrava. Ele não parou de arrastá-la até chegar à entrada do Salão Principal e ver sua visão se concretizar: vários homens de capas negras se postaram atrás de cada amigo seu. Seu maior temor havia acontecido; lágrimas escorriam dos olhos da garota.

A dor em sua cabeça não diminuiu; ele balançou a cabeça dela para que visse seus amigos sendo encurralados sem saberem.

— Se você cooperar — ameaçou o homem ao ouvido da garota —, seus amiguinhos e seu namoradinho não sofrerão nenhum dano.

— O que você quer que eu faça? — perguntou ela com lágrimas caindo como torrentes de seus olhos.

O Caçador riu.

— Menina inteligente — aprovou. — É só vir comigo, que nada acontecerá com eles.

— Acontecerá comigo, não é? — adivinhou Angelina. O Caçador riu outra vez.

— Adoro garotas inteligentes. Agora, vem — e arrastou-a para fora do Salão Principal. De relance, Angelina viu Tiago olhar para os lados, procurando-a junto com os outros.

O homem a arrastou, ainda pelos cabelos, para fora do castelo. O ar frio cortou a pele de Angelina como uma faca; lá dentro estava encantado para ficar aquecido e com o vestido que estava, em breve congelaria e ele não iria precisar matá-la. A neve já cobria uma parte de seu cabelo.

Angelina pensou em Tiago, Lily, Rosa, Alvo, Rachel e até mesmo Escórpio, Jared, Marcus e Roxanne — cujo nem pudera conhecer direito. Ela nem se despedira nem falara o quanto amava Tiago e nem o quanto era grata por Lily e Rosa a terem aceitado do jeito que ela era.

O homem a arrastou para longe do castelo, para dentro da Floresta Proibida. As luzes de Hogwarts ficaram mais pequenas enquanto se afastavam, até que o escuro da floresta os engoliu. Angelina ainda derramava lágrimas; de repente, ela soube quem o mandara para matá-la. Só não entendia o que havia feito de errado para que a professora fizesse aquilo.

Ele a levou para longe da trilha, para o meio da floresta escura,

— Foi ela que o mandou me matar, não foi? — perguntou Angelina. O Caçador parou de arrastá-la.

— Como disse? — Ele parecia surpreso.

— Estou falando da Marisa. Foi ela quem o mandou me matar — repetiu a garota; as lágrimas agora caíam mais controladas pelo rosto de Angelina.

— Como sabe disso, garota? — E puxou o cabelo da garota com força.

— Eu sempre soube que ela não gostava de mim — respondeu Angelina tentando ficar calma. — Não é só porque eu os ouvi conversando, vem do dia em que a vi pela primeira vez. A única coisa que eu não sei ´o que eu fiz para ela.

— Muita coisa, Angelina. Muita coisa — disse ele a jogando contra o tronco de uma árvore. — Aqui está bom.

Angelina o viu erguer o braço. Em suas mãos, havia uma adaga de prata ornamentada com pedras de diamantes. Uma lágrima solitária caiu pelo rosto da garota. Estava frio, mas eles estavam tão embrenhados na floresta, que a neve não caía ali. E Angelina viu que seria ali o seu fim.

Ele ergueu o punho, a adaga brilhou no escuro. Angelina só tinha um pedido a fazer antes de partir.

— Antes de me matar, pode dizer a ela que sinto muito? — perguntou Angelina, as lágrimas ainda escorriam silenciosas pelo rosto dela. — Seja o que for que eu tenha feito, diga a Marisa que não era minha intenção e que sinto muito. Sinto mesmo.

Ele havia parado no ato. Angelina não podia vê-lo e nem queria: fechou os olhos e viu a imagem de Tiago, de Lílian, Rosa, Alvo e Escórpio. Sentiu os lábios macios de Tiago nos dela, da primeira vez que vira Danica, da primeira vez que vira Lily e Rosa... o Caçador gritou e avançou para a garota.

Angelina esperou pela dor cruciante. Contudo, essa dor, não veio. Ela abriu os olhos e respirou fundo, a fumaça causada pelo frio saiu de sua boca ao ver que não havia mancha de sangue em seu belo vestido. Olhou para os lados e depois para o chão, e viu o homem de joelhos a terra gelada. Ela caminhou até ele e, tremendo por causa do frio, tirou o capuz. Cabelos castanhos revelaram-se até os ombros do Caçador.

— Você tem que fugir — disse a voz torturada do Caçador. Angelina ofegou e deu um passo para trás. Ela conhecia aquela voz, aqueles cabelos. Não podia ser. A garota não conseguia se mexer, muito menos fugir ou correr de tamanha era a sua surpresa.

Ele olhou para cima.

— Eu disse para você fugir! — rugiu o Caçador, sua voz ecoando pela floresta escura. Ela não conseguia ler seus pensamentos, não sabia se era uma armadilha.

O professor Chase levantou-se e agarrou o braço de Angelina e a sacudiu.

— Vá. Agora! — A voz dele era urgente.

— Por que... por que está me deixando ir? — Angelina conseguira recuperar a voz.

— Está óbvio... eu não consegui matá-la, Branca — disse Chase. — Nunca consigo. Você. Tem. De. Fugir. AGORA! — Ele estava desesperado.

— Mas para onde?... E do que o senhor me chamou? — indagou Angelina confusa. Mas o Caçador a ignorou e ergueu a varinha no ar. Fez um movimento complexo e pegou uma pedra; essa brilhou azulada e logo depois a pedra voltou a cor normal. Angelina o olhou perplexa.

Ele enfiou a pedra nas mãos de Angelina e olhou bem nos olhos da garota.

— Você tem de ir — falou Chase com urgência. — Essa pedra a levará ao lugar certo. É uma chave de portal.

— Ótimo. — Assentiu Angelina. — E como eu volto?

Chase a olhou como se ela tivesse perdido a sanidade.

— Você não pode voltar. Ela a matará!

— Mas e os meus amigos? Ela pode liquidá-los, saberá que eu estou viva! — replicou Angelina exasperada. Chase balançou a cabeça.

— Eu me viro. Ela não saberá que está viva, senhorita White — assegurou ele, quando a pedra começou a brilhar. — Agora vá. Estará a salvo. Adeus, Branca.

— Branca? O que o senhor... Ah! — gritou Angelina ao sentir um puxão em seu umbigo, como se tivessem colocado um anzol ali, seus pulmões pareceram comprimir-se em seu corpo e ela perdeu momentaneamente o ar.

Então, ela caiu, estatelada no chão; com o rosto na terra. Angelina respirou o ar puro e gelado de inverno e abriu os olhos. Imediatamente, soube que não estava na Floresta Proibida: uma casinha se estendia a sua frente.

Angelina tinha deixado Hogwarts para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Altas surpresas e partes quentes hahaha
Espero que gostem e...
Comentem!