Renesmee E Jacob - Uma Vida Perfeita escrita por buydordie, Mary


Capítulo 2
Capítulo 2 - Escola


Notas iniciais do capítulo

Esse cap ficou grande e sim, vocês vão querer me matar no final.
Ou não.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273478/chapter/2

CAPITULO 2 – ESCOLA.

20.10

- Anjinho? – mamãe chamou.

- Hmm? – falei virando na cama.

- Acorde, está na hora de ir para a escola.  – ela disse.

- Ah, mãe me deixe dormir só mais um pouquinho. – choraminguei.

- Não, meu bem. Está mesmo na hora, você irá se atrasar se não levantar. Prometo que você pode dormir quando voltar da escola. – ela disse puxando minha coberta.

- Tudo bem.

Levantei, tomei banho, me vesti e fui para o carro. Derek dirigiu em silencio até a escola, Alyssa estava empolgada e eu com tanto sono que realmente não prestei atenção nela. Paramos na primeira vaga que achamos todo mundo ficou nos olhando, principalmente porque uma Ferrari chama bastante atenção.

- Estão nos olhando. – reclamei.

- Porque eles não são cegos. – Derek disse.

- Falei com Alyssa. – falei engatando meu braço no dela enquanto seguíamos para a secretaria.

Pegamos nossos horários e seguimos para nossas aulas. Apenas os primeiros períodos depois do almoço eram com Derek e Alyssa, entrei na sala, o professor me olhou e pediu para que eu me apresentasse.

- Sou o senhor Brown. – ele se apresentou.

- Renesmee Cullen. – falei envergonhada.

- Sente-se ali com Kim. – ele disse indicando um lugar vago ao lado de uma garota de cabelos lisos e escuros.

(n/a : A Kim, não é a garota imprinted do Jared.)

- Oi, sou Kim. Prazer. Como está? Estou bem. – ela disse.

- Oi Kim, sou Renesmee. Eu estou bem, obrigada por perguntar. – falei, tentando parecer simpática.

Depois de dois períodos ao lado da garota, a Kim, eu já não aguentava mais, queria ir para o hospício. A garota não parava de falar. Na próxima aula que era de trigonometria, sentei ao lado de um garoto. Parecia bem simpático, era bonito, tinha os cabelos pretos, o rosto mais quadrado...

- Oi. – ele disse quando sentei ao seu lado.

- Oi. – falei dando um sorriso tímido.

- Prazer Conner.

- Prazer Renesmee, mas pode me chamar de Nessie. – falei.

- Hmm, e aí como está sendo ser o centro das atenções? – ele disse rindo.

- Ridículo. – murmurei. – Muito chato. Odeio ser o centro das atenções, por motivos idiotas.

- Somos dois.

- Prestem atenção. – a professora Jackson disse.  – Senhorita Cullen, pode me dizer qual é o resultado desta questão? – ela falou, apontando para o quadro.

- 5,480. – falei olhando a conta.

- Muito bem, parabéns. Senhor Thompson pode me dizer o resultado desta? – ela disse a Conner apontando a questão ao lado da que dei o resultado.

- Sete meios. – Conner disse.

- Muito bem. – a professora disse voltando ao quadro para explicar a matéria.

Conner me passou uma folha de caderno.

“Essa foi por pouco.”

“Verdade.”

“Como você soube o resultado tão rápido?”

“Sei lá. Eu só sabia. Como você sabia o resultado da sua?”

“Eu geralmente estudo a matéria que a professora vai dar no dia anterior. Para ter uma noção de como é. Por coincidência eu havia feito essa conta ontem à noite.”

“E se não soubesse o resultado. O que ia fazer?”

“Carinha de anjinho. Brincadeira. Eu ia pedir para ir ao quadro, assim eu fazia a conta e descobria o resultado.”

“Hmm. Que esperteza, tentando ‘passar a perna na professora’.”

“Quem pode, pode. Quem não pode se sacode.”

Dei uma risada e revirei os olhos.

“Então, hmm, qual a sua próxima aula?”escrevi.

“Inglês.”

“A minha também, que alivio.”

“Quer sentar comigo no almoço?”

“Gostaria, mas vou sentar com meus irmãos. Pode sentar conosco se quiser.”

“Obrigado, mas acho que meus amigos vão ficar criando fofoquinhas, e acho que não vai ser legal nem para você nem para mim.”

“Eu adoraria socar a cara de um deles...”

“Você teria coragem? Metade das garotas quase desmaia ao ver eles.”

“Isso é ridículo, vai me dizer o que? Que são do time de futebol da escola?”

“Pior que são.”

“Acho que cheguei na hora certa.”

Quando a aula acabou, Conner me acompanhou até o refeitório.

- Hmm. Maninha, mal estamos no primeiro dia de aula e você já está “pegando” um garoto? – Derek disse.

- Cale a boca. E deixe-o em paz! É meu amigo. – falei.

As ultimas aulas foram mais chatas, e acabei prestando mais atenção nelas porque Derek e Alyssa estavam na mesma sala que eu, então fiquei com vergonha de conversar com Conner.

(mais tarde)

- Mamãe! Jacob não apareceu de tarde? – perguntei.

- Não querida. Pode dormir, quando ele chegar eu te acordo. – ela disse.

- Vou esperá-lo. – murmurei.

Dez minutos depois ele chegou.

- Garoto onde você estava? – falei subindo as escadas e Jacob me acompanhou.

- Fazendo umas tarefas. – ele disse se sentando ao meu lado.

- Podia ter avisado. Eu fiquei te esperando e agora estou com sono. – choraminguei.

- Hmm. Desculpe, realmente não consigo discar algum numero com as patas. – ele disse.

- Tudo bem. –falei bocejando.

- Durma. Estarei aqui. – ele disse afagando minhas costas.

- Promete que vai ficar aqui? Eu tive pesadelos noite passada e com você tudo passa.

- O que você sonhou?

- Sonhei com o dia em que os Volturi vieram aqui. Eu queria uma lembrança feliz de nós dois. Naquele dia fiquei muito feliz por poder ficar com você e minha família. – falei.

- Não se preocupe teremos muitas lembranças boas, juntos. – ele disse me abraçando.

- Vou dormir. Dorme aqui, por favor? – pedi baixinho.

- AH. Não posso.

- Por favor, Jake... – choraminguei. – Eu não quero acordar assustada novamente.

- Por tudo o que é mais sagrado! Eu fico. – ele disse rindo. Me arrumei e deitei em minha cama, Jacob ficou ao lado da minha cama no colchão inflável que eu tinha.

“Eles estavam ali, a poucos passos, seus olhos me fitavam, pareciam famintos, então a dor me consumiu, gritei tentando afastá-la.”

- Nessie! Calma, olhe para mim. – Jacob disse.

- O que foi isso? – Derek disse entrando no meu quarto. – Ela está bem?

- Ja... ke. Eu quero m... meu pai. – falei soluçando.

- Ele já vem. Derek ligue para Edward. –Jake disse me abraçando. Eu tremia muito e minha respiração estava entrecortada.

- Me abraça bem forte. – falei tentando respirar mais devagar.

- Anjinho! – papai disse. – Saia cachorro!

- Pai eu...

- Shh. Venha aqui. – ele disse me colocando em seu colo.

- E... Eu... Eles me pegaram.  – solucei.

- Nunca. Pode ter certeza. – papai disse afagando meu cabelo.

- Onde está mamãe?

- Na casa do vovô Charlie. – ele respondeu.

- Porque sonhou novamente com os Volturi? – Jacob me perguntou.

- Eu não sei. Não posso controlá-los, aparecem do nada, no meio dos outros sonhos. – falei.

- Já passou. Shh. Volte a dormir. – papai disse.

- Só se Jake puder dormir aqui. – sussurrei.

- Mas eu estou aqui com você. Nessie, você disse que não ia sonhar e sonhou. – Jake disse.

- Você dorme aqui e acabou! – falei empurrando ele para o colchão.

- Nessie... – papai disse.

- Papai fique aqui comigo. Pelo menos até eu dormir. – choraminguei.

Ele me aninhou em seus braços, fiquei tentando dormir. Acordei no outro dia com os roncos de Jacob, me espreguicei e olhei para ele. Seu rosto angelical tinha uma expressão preocupada, eu queria saber por que, mas não ia acorda-lo, eram seis horas de um sábado. Fui ao banheiro, estava frio e nevando na rua. Voltei para meu quarto, Jacob estava destapado, peguei um lençol e coloquei nele.

- Ei! – ele protestou baixinho acordando.

- Desculpe, achei que você estivesse com frio. – falei me sentando ao seu lado.

- Eu não sinto frio. Você está com frio? – ele disse sentando.

- Sim. Eu acabei de voltar do corredor, e bom, eu ia dormir mais um pouco debaixo de minhas cobertas.  – falei e ele me abraçou.

- Assim está melhor?- ele riu.

- Muito. Vamos, chega para lá, quero dormir novamente. – falei empurrando ele.

Quando acordei mais tarde, eu estava na minha cama com varias cobertas.

- Jake? – chamei baixinho.

- O que? – ele respondeu.

- Que horas são? – falei sentando na cama.

- Umas onze horas. – ele disse despreocupadamente.

- Onde meus pais estão? – falei levantando e indo pegar uma roupa.

- Na sala. Fiquei aqui, porque você pediu. – ele respondeu.

- Obrigada.

Depois de trocar de roupa, fui tomar café, papai e mamãe estavam contentes.

- O que houve com vocês? – perguntei.

- Nada. Não se pode mais ficar feliz? – mamãe disse.

- Pode. Só achei estranho, vocês não param de se olhar e rir. – falei.

- Problemas mentais. – Jacob sussurrou para mim.

À tarde eu fui para a praia com Jake. Domingo fui almoçar com Charlie.

No outro dia levantei menos cansada do que de costume. Mamãe me fez tomar café antes de sair. Hoje eu dirigi para a escola e fomos no Volvo do papai que era mais discreto.

- Como é o nome daquele seu amiguinho? – Derek disse.

- Conner Thompson. Por favor, Derek não fique implicando com o garoto. Porque não vai fazer amizade com os retardados do time de futebol? – falei enquanto pegava meu material para sair do carro.

- Vou tentar. – ele sorriu.

Alyssa e eu seguimos para um banco no corredor que dava de frente para minha sala. Nós costumávamos ir ao shopping só para ver as pessoas, então ficamos ali observando o corredor.

- Conseguiu fazer o dever de trigonometria? – Alyssa disse.

- Consegui. Quer ver o meu? – perguntei tirando o caderno da mochila.

- Acho que copiei a questão errada. – ela disse comparando a dela com a minha.

Estávamos sentadas de frente para os armários, quando Conner chegou, ele foi direto para a sala.

- Hmm. Lyss eu vou indo. Tenho que terminar o dever de Inglês, sabe como é Jake estava lá em casa ontem. – falei.

- Tudo bem até o almoço. – ela disse. Me despedi dela e entrei na sala, sentei no meu lugar agradecendo que ao meu lado ainda estivesse vazio, realmente Kim era muito chata.

- Oi Nessie. Posso sentar aqui? – Conner disse.

- Ah! Oi, pode, me livraria de um grande tormento. – sorri.

- Então, o que fez no fim de semana? – Conner disse.

- Sábado eu passei o dia com meu amigo Jacob, como sempre. E ontem fui visitar meu tio. – falei, claro que eu não havia ido ver meu tio, mas essa mentirinha não mataria ninguém.

- Você gosta muito desse seu amigo, não é?!  - ele sorriu.

- Aham. Somos amigos a muito tempo. Acho que morreríamos um sem o outro. – falei. – E você o que fez no fim de semana?

- Fiquei jogando vídeo game com meu irmão. O garoto é bom. – ele riu. 

- Como sabia que eu gosto muito de Jacob? – falei.

- Dá para ver em seus olhos, cria um brilho diferente toda vez que você diz o nome dele. – ele disse dando um sorriso torto, minhas bochechas coraram.  – A propósito seus olhos são lindos.

- Obrigada. Sério que dá para ver? – falei corando ainda mais.

- Sim.

- Hmm.

(um mês depois)

Chegamos na escola e fui direto para minha sala. Embora fosse cedo Conner me esperava lá todos os dias.

- Já Nessie? – Derek  disse quando entrei na escola me dirigindo à sala.

- Já. – falei.

- Nessie! – Alyssa chamou.

- Fale.

- Você gosta dele né?! – Alyssa disse baixinho.

- É acho sim. Não tenho certeza. – falei.

Sai em direção à sala, entrei e fui ao meu lugar colocar meu material. Conner estava sentado no lugar dele.

- Oi Conner.

- Ah! Oi Nessie... – ele disse tirando os fones.

- Você está bem? – perguntei. Ele parecia estranho. – Parece nervoso.

- Estou bem. Na verdade preciso te dizer uma coisa. – ele disse se levantando e parando na minha frente.

- Pode dizer. – falei baixinho.

- Eu... Eu não sei como dizer isso. Nessie eu amo você. – ele disse baixando o rosto, suas bochechas assumiram um tom avermelhado.

- Vo... Você me ama?! – falei assustada.

- Sim. – ele disse baixinho.

- Eu também gosto de você... – falei corando.

Conner pegou minha mão e me puxou para um abraço, olhei seu rosto, ele sorriu e retribui o sorriso. Cheguei mais perto dele e ele de mim. Nossos lábios se tocaram, foi meio cauteloso no inicio, mas depois se aprofundou e então foi perfeito. Ele nos separou.

- Desculpe por isso. – falei.

- Desculpe. – ele disse.

Dez minutos depois a aula começou, eu não prestei muita atenção no que o professor dizia. Na hora do almoço levantei, sai rapidamente com meu material e me sentei no banco do corredor. Eu fiquei muito perturbada depois que beijei Conner.

Ligação: on

-Alô.

- Mãe?

- Oi Nessie! Porque está ligando?

- Pode me buscar? Não estou me sentindo bem

- Tudo bem, me espere onde está. Vou falar com seu pai.

- Chegue logo. Por favor.

- Prometo. Vinte minutos.

- Tudo bem.

- Procure ficar bem.

- Tá. Beijo.

- Beijo.

Ligação: off

Eu teria que contar a eles. Mas precisava conversar com alguém que me entendesse. Jacob. Sim eu iria falar com ele mais tarde.

- Nessie. – alguém me chamou.

- Hã? – falei.

- Você está bem? – a voz disse, virei para o lado.

- Ah. Oi Conner. Não. Meus pais vêm me buscar. – falei.

- Foi por causa do que houve? – ele disse me fazendo virar para ele.

- Não sei, estou confusa.  Por favor, diga aos meus irmãos que eu fui para casa porque não estava me sentindo bem. – falei.

- Tudo bem. Eu te ligo mais tarde. – ele disse.

Ele ia me dar um beijo na bochecha, mas me virei coloquei a mão em seu pescoço e beijei sua boca.

- Me desculpe. – falei me afastando dele.

Meus pais chegaram e voltei para casa. Fui em silencio dentro do carro, mamãe me abraçou e escondi meu rosto em seu cabelo.

- Você quer conversar? – mamãe perguntou.

- Eu quero, mas não estou pronta para isso. Posso ir para meu quarto? – falei.

- Pode. – ela disse.

- Mocinha! – papai disse.

- Hmm? – falei parando.

Ele me pegou no colo e sentou no sofá comigo, mamãe foi fazer almoço.

“Me desculpe.” – pensei

- Não se desculpe. Isso acontece, iremos conversar mais tarde. – ele disse.

“Tudo bem.” – pensei.

Depois do almoço subi para um quarto. Eu precisava falar com Jacob.

“Pode vir aqui?” – escrevi e enviei a mensagem para ele.

Trinta minutos depois ele chegou.

- Jake podíamos dar uma volta? – falei.

- Claro benzinho. – ele disse.

Caminhamos até La Push.

- Eu preciso conversar com alguém. – falei baixinho, meio perturbada.

- Qual o problema, você está meio estranha Nessie? – ele disse.

- É que... hmm... Promete que isso fica só entre nós? – falei.

- Claro.

Mostrei a ele o beijo que Conner me deu, no inicio da aula. E ele se afastou antes que eu tentasse mostrar o resto.

- O QUE VOCÊ FEZ? COMO VOCÊ O BEIJOU RENESMEE?! – ele gritou.

- Jake?! – falei assustada. – Como assim o que eu fiz? Ué beijei ele com a boca.

- Você não podia ter feito isso, não com ele. – ele disse segurando meus ombros e me sacudindo.

- Hã? Como assim não com ele?

- Não importa você não podia! – ele disse bravo.

- Por quê? – sussurrei.

- PORQUE NÃO! ELE NÃO É QUE VOCÊ PRECISA, O QUE VAI ACONTECER DAQUI A UM ANO, VOCÊ VAI ATACAR ELE? OU SUA TIA VAI JANTÁ-LO?! – ele gritou me apertando.

- Jake?! Vo... você... ah! Me solte está me machucando! Eu não devia ter contado para ninguém! – falei começando a chorar, ele me olhou um pouco e percebeu o que fez.

- Nessie, benzinho me desculpe. – ele disse me abraçando.

- Eu achei podia confiar em você. Meu pai não teve uma reação assim. – falei.

Ele se afastou tentando controlar os tremores.

- Quer dizer que a família Cullen já está sabendo e aplaudindo?! – ele disse.

- Não. Só papai. – murmurei. Um uivo soou no ar e ele saiu correndo.

- Jake! Jake! – gritei.

- Fique aqui até alguém conhecido vir te buscar. – ele disse.

Meia hora depois Seth chegou e se deitou ao meu lado. Eu ainda chorava, ele me cutucou com o focinho.

- Porque ele gritou Seth? – perguntei. Ele sacudiu a cabeça negativamente.

- Você sabe. Tem acesso às lembranças e aos pensamentos dele. – acusei.

Ele levantou, bateu a pata no chão como se dissesse “aqui” e entrou na floresta.

- Ei boneca! – ele gritou segundo depois.

- Oi. Por favor, me diga por que ele gritou.  – pedi enquanto ele sentava na areia, ao meu lado.

- Ah! Sabe como ele é. Jacob queria te proteger, ele te ama e só te quer bem. –Seth disse me abraçando.

- Ama? Você tem certeza? Parecia que tinha algo mais. Algo que ele não pudesse contar...

- Acho que está tarde. Que tal voltar? – ele me interrompeu.

Voltamos para minha casa. Entrei, papai e mamãe estavam na cozinha, eu passei pela porta da cozinha e Conner estava ali, sentado.

- Co...Conner, o que faz aqui? – perguntei engasgada. Seth segurava meu braço, Conner olhou para mim e para ele por alguns segundos.

- Oi Nessie. Vim trazer seus livros, que você esqueceu no ba...colégio.  Suponho que esse seja Jacob. – ele disse erguendo uma sobrancelha.

- Não. Esse é Seth. Jacob...

- Eu sou Jacob! Muito prazer. – Jacob disse entrando pela porta dos fundos.

- Hmm. Prazer, Conner Thompson. – Conner disse com a mesma acidez.

- Ed eu posso ir ao meu quarto com Conner? – perguntei.

- Claro. – papai respondeu.

- Seus tios guardaram seus livros por aqui... – ele disse.

- Conner. Desculpe por hoje cedo. – falei baixo.

- Você sabe que não precisa se desculpar. Sabe que se eu pudesse te beijava. E que você também gostou. – ele disse baixinho.

- Você pode me beijar novamente, se quiser. – sussurrei. Eu sei que era errado, mas eu não conseguia evitar, eu gosto de Conner.

Conner se aproximou devagar, colocou seus lábios delicadamente nos meus, meus dedos se entrelaçaram em seu pescoço e suas mãos passaram para minha cintura. Foi um beijo calmo e então empurrei Conner na cama, e me coloquei sobre ele ainda beijando ele.

- Nessie. – Conner disse me afastando dele.

- O que?

- Com calma, ok? Eu não quero forçar nada entre nós. – ele disse.

- Me desculpe, mesmo. – sussurrei.

- Claro, meu bem. – ele disse se levantando. – Eu vou indo.

- Tchau. – falei. Antes de ele me beijar novamente. Ele pegou o carro e saiu. Jacob entrou no meu quarto.

- O que houve naquela hora? – perguntei.

- Não te devo satisfação da minha vida. Só vim me despedir. – ele disse.

- Isso também diz respeito a mim. – falei.

- Já estou indo.

- Já vai tarde.  – rebati.

- Só não respondo por que seus pais me desmembrariam.

- O que foi linda? Deu pra ter medo de vampiro, é?! Se eles iriam fazer isso, é porque você tem uma razão para ter brigado comigo.

- Não.

- Então me diga qual é o seu problema. – falei.

- Meu? E o seu, vai agarrar todos que aparecem na sua frente? – ele gritou.

- Você está louco para que eu o beije não é?! É o que parece. Que diferença faz quem eu agarrei ou deixei de agarrar? – gritei.

- Como é?! Vai me dizer o que? Que estou com ciúmes e amo você? – ele disse.

- Pode ser. Por que você não diz o porquê gritou comigo?

- Porque isso é errado. Beijar qualquer um é errado e feio! – ele disse.

- Obrigado pela dica, mas eu não beijo qualquer um. Se não você teria ganhado um brinde. – falei brava.

- Não sou qualquer um! – ele disse furioso. Ele ia se transformar ali na minha frente eu estava vendo.

Recuei vários passos, ele continuou parado, dava para dizer que ele estava tendo convulsões.

- Jake. – murmurei.

- Jacob saia, agora. – papai disse entrando no quarto e ficando entre mim e Jacob. Caminhei até Jacob e toquei o rosto dele.

- Posso machucar você, saia de perto. – ele pediu.

- Não. Desculpe, por favor, eu fiquei alterada. Desculpe, desculpe. – murmurei abraçando ele, as mãos dele foram para minha cintura afastando-me dele e impedindo que eu o abraçasse por mais de um segundo. – Jake...

- Estou indo, era isso que eu estava fazendo, espero que o humano te faça feliz. – ele disse entre dentes me interrompendo.

- Não, Jacob. – falei, mas meu pai me puxou para longe.

- Deixe-o. – ele murmurou no meu ouvido.

Vi Jacob no pátio, ele se metamorfoseou e saiu correndo. Papai me soltou e sentou em minha cama, eu fitei o ponto onde Jacob desapareceu.

- Vou deixar você a sós. – ele disse.

Assim que saiu, fechei a porta e me escorei nela, sentando no chão e comecei a chorar. Seth entrou pela minha janela, sentou ao meu lado e me abraçou.

- Não foi porque é feio. Só diga se é algo que ele não pode contar. – pedi soluçando.

- É. Ele não pode contar. Mas na hora certa você vai saber.

- Ugh! Eu quero ele de volta. Para mim, meu Jacob de volta, aquele que me apoia e me quer feliz. – sussurrei.

- Ele estava ali. Mas sabe como ele é, cabeça dura. –ele disse, afagando meu braço.

- Aquele não era o meu Jacob. Não era. – murmurei.

- Nessie dê uns dias a ele. Talvez ele precise pensar um pouco. Só isso. – Seth disse.

- Eu não dou nenhum dia a ele! Quero vê-lo sorrindo de volta. Preciso ouvir sua voz rouca, calma novamente. Eu quero Jacob! – falei empurrando Seth corri até meu guarda roupa, revirei até achar, meu lobo de pelúcia que Jacob havia me dado há alguns anos. Deitei-me na cama abraçada nele. Seth levantou me deu um beijo na cabeça e se dirigiu a janela.

- Vou tentar convencê-lo a falar com você. Mas acho que agora Jakezinho (lobo de pelúcia) vai lhe fazer uma ótima companhia. – ele disse.

- Obrigado. Mas Jakezinho agora se chama totó e ele vai dormir na rua. – falei jogando o lobo para um canto do quarto.

- Tchau. – ele disse pulando a janela.

Continuei deitada, me lembrando de nós dois na praia. Talvez eu não precisasse mostrar o beijo.

Jacob me viu crescer, nos separamos poucas vezes, mas doeu muito me afastar dele. As vezes em que chorei com saudade de Jacob eu abraçava Jakezinho, mas agora parecia inútil.

Talvez fosse a hora de sairmos de Forks, de repente poderíamos ir para Denali, assim, eu sairia da escola e tio Eleazar me daria aula.

- Anjinho? – mamãe disse na porta.

- Entre, está destrancada. – murmurei.

- Fiz brigadeiro para você. Sei que gosta. – papai disse.

- Espero que esteja bom. – mamãe riu.

- Obrigado pai. – falei pegando o pote. Coloquei-o no bidê.

 - Você não quer? – mamãe perguntou.

- Quero. É que primeiro eu queria conversar com vocês. – falei.

- Claro que pode. – papai disse.

- Bom... Nós podemos viajar? Para qualquer lugar. – falei.

- Podemos. Nas próximas férias. – mamãe disse.

- Não. Viajar agora. Hoje. Para bem longe. – falei receosa.

- Mas, Nessie, nós acabamos de chegar de viagem. Eu gosto de Forks, não vou sair daqui.  – mamãe protestou.

- É por causa do que ele te disse. Você não vai sair daqui por causa daquele idiota. – papai disse.

- Nada tem dado certo depois que vim para Forks. Não quero ficar aqui, deixe-me ir para Denali, tio Eleazar ia gostar de me dar aula. – pedi.

- Não. Vai ficar aqui. Ele vai vir aqui. – papai disse.

- Promete?

- Prometo. – ele disse. Os dois saíram do meu quarto. Peguei o brigadeiro de papai, estava bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?