No Meu Lugar escrita por Mariana Senne


Capítulo 3
Capítulo 3




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Lindsay


Bom, eu não devia está sonhando, até porque aquilo não era o que realmente sonhava. Mas Christopher Havers estava tentando dar em cima de mim. Era isso o que ele pelo menos demonstrava, ele tinha um sorriso diferente, de um homem conquistador que fazia isso toda noite para ganhar uma menina, que em dois segundos se rendiam ao seu sorriso e em poucas horas, talvez até menos também estariam na cama fazendo coisas que era melhor nem se imaginar. Mas eu não poderia negar, seu sorriso me causava algo, e claro, fiquei tímida, mas não iria me render a um conquistador assim, eu não era como qualquer menina, e com certeza nem me parecia visualmente com elas.

_Acho que não precisa se apresentar... Você já é bastante conhecido. Ri em uma reação instantânea ao que disse e me senti incrivelmente idiota por ter feito isso. Ele vai achar que estou facilitando as coisas para ele e que sou qualquer menina que se entrega a aquele sorriso. E claro, aquele corpo, vê-lo daquele jeito despojado e relaxado era bastante sedutor. Lindsay se controle, você não pode está interessada por alguém que vivia rodeado por mulheres. Mas eu não o conhecia, sabia nada dele além do que tinha em revistas e jornais, e lhe ouvir seria no mínimo interessante.

_Bom... Você conhece o Christopher Havers. E não o Chris, Vossa Majestade. Ele fez uma referencia como se eu fosse uma rainha e logo em seguida riu quando voltou a sua postura relaxada e disse, passando a mão no cabelo ainda rindo disse olhando diretamente nos meus olhos. _Prazer, sou o Chris, o sobrenome não importa tanto.

_Por um acaso tenho cara de princesa ou rainha? Acho que estou mais para uma bruxa, Chris. Aquele galã era também um ótimo humorista. Quem sabe atrás daquele garoto que a mídia chamava de inconseqüente tenha um homem com coração. No meio das risadas a luz do elevador começou piscar e o elevado balançou e parou, me dando um susto, só tinha eu e Chris dentro do elevador, e assim que a luz reserva de emergência ligou, comecei a rir desesperadamente, e ele riu comigo. Eu tinha uma mania estranha der rir quando estava nervosa, e com certeza naquele momento eu estava nervosa, ao lado de um dos solteiros mais cobiçados dos Reinos Unidos, talvez só atrás do príncipe Harry. E eu não me achava uma menina do estilo linda, não me vestia para valorizar meu corpo, eu vestia o que eu gostava e me sentia bem. Nunca tive um namorado, e nem era de ficar com meninos, esperava o menino certo. Sim, o homem certo e não estou falando em príncipes encantados, estou falando realmente de um homem certo.

_Bruxas parecem legais. Gosto mais delas do que das princesas, acredito que elas são mais verdadeiras. Paramos com nossa crise de riso aos poucos e ele se sentou no chão despreocupado enquanto eu olhava para tudo que é canto, procurando uma saída como se fosse possível. Chris parecia bem relaxado, sentado no chão como se aquilo fosse à situação mais normal do mundo. _As maiorias das meninas na nossa situação teriam gritado e fariam drama, mas você é diferente, simplesmente riu. Ele olhou o relógio no seu pulso, que parecia de uma marca muito cara, mas não iria ligar para marcas, a única marca que eu ligava e usava era o All Star. Ele olhou para mim e disse. _Sente-se aqui, eles devem demorar um pouco para nos salvar. Deu leve riso, eu me sentei do seu lado olhando para todas as partes do elevador menos para ele, me sentia tímida, e insegura, ele poderia está apenas jogando, ou fazendo uma amizade. Como se eu pensasse que poderia ter algo, na verdade eu não penso que possa ter algo a mais, só sei que eu sentia que teria.

Ficamos um tempo em silêncio, não por falta de assunto, mas por timidez, eu não sabia o que falar. Era estranho ficar presa dentro de um elevador era como se fossemos obrigados a conversar.

_Então, você é aqui de Londres? Ele disse isso olhando para frente, ele também estava evitando contato direto com meus olhos, assim como eu estava fazendo. Essas horas eu queria saber o que se passa na cabeça dele. Estávamos presos no elevador, eu não estava desesperada, sim preocupada e ele parecia tão calmo como seu nada tivesse acontecendo.

_Não, sou de Burnley, Lancashire. Olho para o painel dos andares procurando o botão de Emergência. _Não deveríamos ter apertado o botão de emergência?

_Fique tranqüila, esse elevador é bem moderno, tem um sistema que anuncia quando o elevador para, então um técnico vem e concerta, e tudo fica bem e escondido. Dependendo do problema, também podem chamar o bombeiros, o prédio ficará rodeado de repórter, e amanhã vamos estar em vários noticiários revistas. Com mais uma reportagem sobre Christopher Havers e uma mulher. Bom, nesse caso creio que seja uma menina. Ele ri olhando para os cantos do elevador, menos para mim.

_Está certo, sou uma menina, uma menina de 20 anos. Comecei a rir novamente, sabia que meu visual de garotinha alternativa me deixava mais jovem do que eu realmente era.

_Então você é virgem? Dessa vez eu tive que olhar para ele, esse não é o tipo de pergunta que se fazem para uma moça, quando acaba de conhecer. Bom, talvez ele seja o que os tablóides dizem ao seu respeito, um mulherengo, e só querem nos levar para a cama, isso se esperam chegar a cama.

_Isso não é o tipo de pergunta que se faz quando acaba de se conhecer uma moça.

_Desculpa. Ele abaixa a cabeça, sinto que ficou com vergonha, Christopher Havers com vergonha, isso merecia ser noticia de revistas.

_Depende do que considerar virgem, se olhar por um jeito convencional, sou virgem sim.

_E qual seria o jeito convencional. Dessa vez ele me olha e passa a mão no cabelo, que estava com seus cachos perfeitamente moldados, não importava quantas vezes ele botasse essa sua mania de passar a mão no cabelo.

_Sabe, não ouve penetração. Na hora que falo isso coro totalmente, ainda mais que agora estávamos tendo contato visual. _Não vou falar da minha vida intima com um estranho.

_Desculpa. Disse enquanto levantava suas mãos em um reflexo bem rápido, mas em seguida ele aproximou seu rosto ao meu, e manteve seus olhos propositalmente fixados aos meus, seus olhos eram de um castanho muito escuro, quase preto, chegava quase a ver meu reflexo através deles. _Mas se quiser posso deixar de ser um estranho. Nossos rostos foram chegando cada vez mais pertos, eu não iria resistir, iríamos nos beijar.

O Elevador deu outro baque, interrompendo totalmente o clima que havia criado entre nós dois. Eu não sabia o que ele queria ao tentar me beijar, e eu iria me render aos seus encantos. Em um reflexo rápido me levanto desequilibrada e confusa. Não sei se ficava feliz ou triste pelo elevador ter voltado a funcionar, ele se levanta em seguida, parecia tão atordoado quanto eu e um pouco decepcionado. O Elevador chega ao andar que eu queria. O breakout do elevador durou no máximo cinco minutos não tinha chamado tanta atenção, quando sair pelo elevador Chris me acompanhou e parou a minha frente, com a cara de quem quisesse mais, como se quisesse muito aquele beijo, e confesso que eu também queria.

_Meu numero, me ligue. Ele deu uma pausa, me deu seu cartão e passou novamente a mão pelo seu cabelo, ele precisava controlar aquela mania, que me deixava tão sem reação. Poderíamos jantar hoje á noite, talvez. Poderíamos ver um ótimo restaurante talvez...

_Na minha casa. O interrompi dizendo isso, estava o chamando para ir à minha casa, afinal, comida caseira às vezes era tudo que uma pessoa precisava.

_Tudo bem, podemos jantar na sua casa. Ele disse tentando segurar um sorriso, e eu um riso, talvez ele esteja achando que eu não havia notado isso. Ele era realmente encantador, e claro, gostoso. Estava de novo acontecendo à mesma tensão do clima de dentro do elevador até uma voz quase gritar atrás de mim.

_Lind! Você aqui? Como conseguiu? A chave. Desculpa Lind, eu esqueci.

Me virei para minha amiga que estava eufórica falando, Clair era muito doida, vestido naquele vestido até um pouco acima do joelho, com golas alta e mangas compridas, meia calça preta, e um scarpan preto. Seu cabelo estava preso em um coque com mechas da sua franja ruiva e lisa sobre o rosto, e o óculo de armação preto não destacava tanto seus olhos azuis, mas mesmo assim lhe deixava sexy.

_Oi Clair, e antes que pergunte estou Bem.

_Você era uma das pessoas presas no elevador? Ela rio e fez uma casa de surpresa, parecia notar quem estava conversando comigo. _Estava presa no elevador com ele?

Rapidamente corei e fui andando até Clair, não olhando para trás, estava com medo de olhar a reação dele.

_Vamos Clair, preciso das chaves e falar contigo.

_Tudo bem, vamos. Ela olhou novamente para Chris que estava ali e rio novamente com vergonha da situação e ela ri junto. _E com certeza você deve ter o que conversar.

_Até mais Chris. Ele me acenou rindo. Droga, ele percebeu a reação da minha amiga.

_Chris? Conte-me tudo, enquanto meu chefe não percebe. Ela disse quase sussurrando, mas só eu ouvi, Chris já tinha ido, provavelmente pegou novamente o elevador. E eu esperava que ele ficasse preso com ninguém dessa vez.

Sim, eu parecia ter ciúmes. Não sabia o porquê, ele era apenas um estranho, que eu poderia conhecer melhor essa noite.



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