Christopher

Já estava uma hora atrasado já dava para adivinhar todo o sermão que levaria. Mas entrando pelo prédio da empresa não podia deixar de notar a menina com roupas nada formais, típicas das pessoas que trabalham ali. Eu passando por ali ouvir um pedaço da conversa, seu jeito estava apreensivo, ansioso e preocupado. Talvez eu devesse falar com ela, quem sabe poder ajudá-la. Não era de meu feitio ajudar moças vestidas de adolescente universitárias no meio de uma empresa séria, toda em prata e preto, recepcionista vestidas com blazers pretos idênticos, a coisa de mais informal que havia ali era uma planta, que todos tinham duvidas se eram de plástico ou de verdade, que estava no canto entre dois sofás de couro pretos, e uma mesa de centro de vidro o resto além do Slogan da empresa que era em preto, era tudo prata, incluindo a porta dos oito elevadores.

Sinto que a menina levava um susto quando falo com ela, quase derrubando seu celular no chão, tive vontade de rir, e fiz um esforço bem grande para isso, a sua cara quando virava e olhava para mim foi muito engraçada e curiosa, ela tinha pele morena bem clara, quase branca, e seus olhos eram de um tom castanho escuro, mas chamavam atenção do mesmo Jeito. _Sinto muito, mas acho que não. Oh não, ela olhou para minha cara como se tivesse me reconhecendo, ela iria me ver como um irresponsável filho de um milionário. E não queria que ela me visse assim. Christopher Haver, você está se preocupando com a sua imagem para uma menina que acabou de conhecer, na verdade, nem se conheciam. _Você é Christopher Haver, o futuro dono dessa empresa? Ela deu uma risada abafada, eu não conseguia ver a graça disso. Quem sabe ela tenha problemas mentais.

_Sim, sou eu mesmo. Disse analisando seu rosto, que estava pensativo me olhando. _Você não disse se posso te ajudar.

_Então, Eu preciso falar com minha amiga, e pegar a chave do nosso apartamento com ela, se não, irei dormi na rua hoje. Ela deu uma pausa animada, como se eu fosse a maior esperança dela. _Você poderia me levar até minha amiga? Eu estaria eternamente grata. E claro, meu nome é Lindsay Carter, prazer. O jeito daquela menina era muito único, e doce, não o tipo que eu via nas baladas, diferente daquelas garotas, aquela não parecia se preocupar com o que eu iria pensar dela nem me olhou como um milionário inconseqüente, só como alguém que poderia lhe salvar a vida, ou quase.

_Claro, espere um pouco. Dei um meio sorriso para a menina, como um gesto de gentileza. Aquela menina estava me chamando atenção do jeito que nenhuma menina chamou antes. Ela era única. _Voltei, aqui seu crachá de visitante, Lindsay Carter. Olho novamente para ela e sinto que a dei outro susto, ela parecia meio desligada do mundo real, sussurrando uma musica que talvez seja Beatles. Mas quando ela percebeu do que se tratava, abriu um sorriso grande, seus olhos brilhavam.

_Muito obrigada. De verdade. Ela relaxou seu corpo e voltou a dizer. _Bom, vou à minha amiga. Muito obrigada. Ela riu e dessa vez eu ri junto, ela agradecia bastante. Então ela seguiu para o elevador, senti um aperto no meu coração, como se tivesse perdendo algo a vendo parti assim, Precisava ir atrás dela, não sabia o porquê, mas precisava. Fui andando em passos largos e rápidos antes que a porta do elevador onde ela tinha acabando de entrar fechasse e disse em tom Irônico. _Eu nem me apresentei. A porta do elevador fechou e ela me deu um sorriso, seu rosto ficou levemente corado, de vergonha esperava, eu estava aparentemente fazendo uma cantada para aquela menina, porque obviamente eu não precisava me apresentar, e com essa menina eu sentia medo, medo de qualquer coisa que eu pudesse fazer com ela ou falar. Então sorri de volta, esperando nervoso sua resposta, mas claro sem demonstrar meu nervosismo, me encostei ao lado do elevado com um jeito descontraído, como se isso fosse a fazer segura de conversar comigo.