Noah P.o.v.:

- Bom, a minha historia, ah sim! Disse.

Eu tinha uma irmãzinha de 7 anos, tinha cabelos longos e castanhos, ela era linda... Mas sofria de um problema no coração, onde precisava ficar ligada á aparelhos para ser vigiada caso algo ocorra, ela ficava no hospital da Rua 5, sempre lá, deitada, olhando o movimento do mundo pela janela, e, o que mais me apertava o coração era o fato dela não poder sair de lá, e ter uma vida... Meus pais morreram poucos meses atrás, e eu já não ia mais á escola, pois trabalhava meio período o á tarde ficava com minha irmãzinha.  O Grande desejo dela era ver as árvores do centro enfeitadas com luzes no natal, que faltava poucos dias, mas cada vez sua situação piorava. Na noite de natal, temendo que este seja seu último, fugimos do hospital para levá-la ao centro, ela estava montada em minhas costas, pois estava muito fraca, e eu tentava conversar com ela enquanto caminhávamos para ela não perder a consciência. Quando finalmenete chegamos ao centro, estava tudo iluminado, e tinha um pinheiro bem grande no centro de uma praça, cheio de enfeites e com uma estrela que brilhava bem no topo, ela estava amando ver aquilo... Até uma hora que perguntei... :

- Mana...?

E Ela não me respondeu... Coloquei-a em meus braços e ela não estava respirando, e também não tinha pulso, corri até o hospital mais próximo, vi os médicos a levaram na maca até a emergência enquanto a enfermeira me mandava esperar na sala, alguns minutos depois o médico e uma assistente social chegaram e mim e falaram que ela não sobreviveu que já era tarde demais quando cheguei, minha irmãzinha tinha morrido em meus braços, por minha culpa... Eu sabia que era aqueles aparelhos que a mantiham viva e mesmo assim eu quis levá-la ao centro...  Então fui pra casa, deitei em minha cama e começeu a chorar, e reclamar com Deus, só conseguia fazer isso, e mais nada. Dias depois superei a morte dela, e resolvi ser médico, para ajudar as pessoas para que não aconteca coisas como essa... Resolvi estudar de manhã e á trabalhar á tarde, Me foquei nos estudos como ninguém. Certo dia resolvi fazer um teste para uma faculdade de medicina, então estudei mais ainda, até que chegou o dia 13/08, o dia do teste. Tinha que pegar 2 metrôs, mas nada podia me parar. Estava sentado na cadeira me apoiando na barra ao meu lado. Quando ouvi um barulho e o trem foi forçado a parar pelas pedras que estavam bloqueando o caminho, olhei para janela traseira e o caminho também estava bloqueado, havia alguns sobreviventes, e eu sabia que nós estávamos presos lá, sem comida, ou água. Alguns dias depois, se me lembro bem , dia 19/08 , o tumulto continuava, e eu continuava preso lá, os telefones não tinham sinal e muitos já estavam sem esperança, tirei uma caneta e um cartão de meu bolso, e circulei os orgãos que queria doar, nem li, apenas circulei todos, já que morreria lá mesmo... Os sobreviventes que lá estavam, fizeram a mesma coisa. Minutos depois, quando tudo estava perdido, vi uma luz brilhante em cima de mim, e ela se expandia, eram os bombeiros cavando o concreto, até que nos acharam, todos estavam bem, mas só me lembro de um bombeiro me pegar no colo e por dentro da ambulância, desmaiei, e acordei aqui.

Noah P.o.v.:

- Nossa, desculpa, eu n-não... Disse ela com um tom leve e suave em sua voz, quando foi interrompida por mim.

- Eu sei, às vezes é preciso se abrir um pouco, para tirar o peso de nossas costas. Respondi interrompendo-a.

- Vamos lá fora tomar um ar. Disse ela pegando em minha mão e me arrasando para fora do quarto.

Subimos até o telhado e ela ainda não tinha soltado minha mão... Eu estava gostando tanto de segurar sua delicada e fina mão. Paramos em frente á grade admirando o nascer do sol ao longe. Será que vai ser hoje que eu direi a ela que eu estou perdidamente apaixonado pela pessoa no qual eu havia esperado duas vidas...

- Noah... Disse ela. O que você acha de... Disse ela sendo interrompida.

- Eae galera, estou atrapalhando alguma coisa? Perguntou Gabi sorrindo e coçando a parte de trás da cabeça.

- Não vê que eles estavam quase... Questionou ele sorrindo sem jeito.

- É, Você não vê que quando vocês ficam de namorico eu não atrapalho. Eu disse dando um riso sarcástico.

Hanna riu.

- Dá pra você me ajudar em uma coisa? Perguntou Gabi.

- Claro, em que? Perguntei curioso.

- Venha. Disse ela descendo as escadas e me fazendo-a seguir.

ESCUTE A MÚSICA – I’LL AWAYS REMEMBER YOU ~ MILEY CYRUS

Descemos o campus e fomos até a quadra de baseball, ela me disse que queria que eu a ajudasse em baseball, pois esse era o sonho dela, fazer um Home Run e ser aplaudida por todos, ela tinha vontade de ser reconhecida, e mostrar que poderia fazer algo grande sozinha. Depois de horas treinando, eu já havia perdido a esperança. Quando ela rebate uma bola perfeita.

- Agora vai! Gritei entusiasmado.

- Tomara que sim. Gritou ela mais alto.

A Bola tinha saído do campo, era um Home Run muito bem feito. Estávamos comemorando, quando ela disse meu nome baixinho..

- Noah... Disse ela com um tom cansativo e baixo.

- Sim? Perguntei curioso.

- Na minha vida na terra, eu era tetraplégica, não podia andar, ou me mexer, só ficava deitada na cama enquanto minha mãe cuidava de mim, eu tinha muita pena dela. Contou ela.

- Porque você está me falando isso? Perguntei.

- Você se casaria comigo? Perguntou ela olhando aos meus olhos, o pôr do sol refletia em nossos rostos. – Mesmo eu sendo daquele jeito, a pessoa que você conheceu nesse mundo, era uma falsa Gabi? Perguntou ela enquanto uma lágrima descia de seu olho.

Fiquei surpreso ao ouvir aquilo, mas uma voz respondeu por mim.

- Eu me casaria com você. Gritou Harry ao longe do campo. – Mesmo sendo tetraplégica, eu te amaria do mesmo jeito que te amo agora, a Gabi que conheci aqui, não foi uma falsa Gabriela. Não importa em quantas vidas nós passemos, irei sempre me apaixonar por você.

Gabi P.o.v.:

- Harry... Disse ecom o tom de voz rouco enquanto várias lágrimas desciam de meus olhos.

- Não precisa dizer nada. Disse ele beijando a testa de Gabi.

- Isso é tão idiota. Respondi.

- Ei, Eu te amo. Disse Harry. – E é somente isso que importa.

Ele se aproximou de meu rosto, ao ponto que pudessemos sentir a respiração um do outro. Meus olhos se fecharam sozinhos, e ele me beijou. Seus labios doces e suaves percorriam em minha boca. E lá estavmos nós, como se fosse a primeira vez que tivessemos se visto, seus olhos verdes estavam como os de um bebe, tão sinceros e profundo.

Noah P.o.v.:

 Finalmente eles tinham conseguido ficar juntos. Olhei para o céu e os dois já não estavam mais comigo... Eles haviam realizado o seu maior desejo aqui e então voltaram á sua vida na terra. As chances de se encontrarem denovo é de 1 em 7 bilhões, mas como falavam, o amor não tem barreiras.. O Sol já havia se podo e eu precisava dizer o que sentia para Hanna, eu a amava e era isso que eu queria mostrar ao mundo.