Faltava uma semana para o casamento, os ensaios já tinham atingido o grau de perfeição exigido por Jess e Mel estava estranhamente colaborando com a irmã, não houve nem um único e simples beijo depois daqueles trocados naquela noite. Eu tentava me esquivar todas as vezes que ela vinha falar comigo. Isso me quebrava por dentro, mas precisa ser feito eu não era gay ou era?

           Josh nos deixou no aeroporto quando já eram umas quatro horas da tarde. Com certeza meu carma era muito bom, o voo não atrasou um segundo sequer. Sentamos todas na primeira classe e fomos fofocando sobre coisas vulgares e sem noção.

           Jess, Becca, Lucy e Karen estavam totalmente animadas elas conversavam sobre ir a algum clube de strip masculino eu topei de cara. Mel não gostou muito da ideia, porém concordou em nos acompanhar.

           Mel veio sentada do meu lado, no meio da viagem subiu o encosto de braço e se deitou no meu colo enquanto ela lia 50 tons de cinza. Eu alisava seu cabelo sistematicamente. Eu tinha quase certeza de que gostava dela, mas como ficaria meu trabalho, as pessoas que eu conheço, meus pais que eram totalmente preconceituosos?

           O piloto anunciou a aterrissagem e ela se levantou do meu colo e colocou o cinto. Senti falta da cabeça dela e de algo para passar os dedos. Fui retirada de meus devaneios pela voz suave de Mel perto do meu ouvido falando para eu levantar que já podíamos sair. Peguei minha bolsa fui andando. As meninas vinham logo atrás de mim.

           Chegando ao Hotel-Cassino onde ficaríamos hospedadas, tivemos o prazer de sermos informadas de que algumas das reservas não foram efetuadas e por isso teríamos apenas três quartos de suítes, mas que poderiam ser trocadas por camas de solteiras. Jess ficou irada, mas logo Rebecca contornou a situação e acalmou Jess enquanto Lucy via o que poderia ser feito.

           Contudo apesar dos esforços dela teríamos que dividir os quartos, ficamos assim Lucy e Rebecca, Karen que era a melhor amiga de Jess com ela e eu e Mel...

           Subimos para deixar as bagagens. E desde a entrada até o elevador Mel não pronuncio uma única palavra. Comecei, com os meus dedos a tamborilar na parte superior da bagagem. Olhei para Mel e ela sorriu para mim, sorri de volta e baixei a cabeça olhando para o chão eu parecia uma criança. Assim que abrimos a porta do quarto nos deparamos com uma imensa cama de casal, não haveria nenhum problema em dormir lá.

           Descemos e ficamos um bom tempo no cassino eu já tinha tomado duas taças de champagne, alguns martinis e algumas outras tequilas e eu mesmo sendo forte para a bebida já me encontrava um pouco zonza.

           Eu já pensava que a ida ao bar de strip ia miar quando Lucy chamou – nos e falou que o taxi já estava nos esperando para irmos. A contragosto, larguei minha tequila e fui andando acompanhada por Mel que me ajudou a entrar no carro.

           Eu estava meio zonza e minha visão um pouco embaraçada. Em menos de vinte minutos já estávamos no bar de strip masculino mais famoso de Las Vegas.

           Entramos e o lugar estava totalmente cheio nunca vi uma concentração maior de mulheres num mesmo lugar do que neste, nem a loja da Gucci de New York era tão movimentada assim. Sentamos numa das mesas mais perto do palco onde os rapazes retiravam a roupa e dançavam animadamente. Ora ou outra eles escolhiam alguém da plateia para subir lá e eles dançavam em volta dela.

           Davam pequenas mordidas na orelha e passavam as mãos ágeis pelo corpo da mulher. E Jess foi chamada, Lucy gritou que ela estava na despedida de solteira e por isso os homens deram lugar a um cara fortão e bem gostoso. Ele era moreno com um tanquinho super definido que era possível ser notado abaixo do paletó.

           Jess foi sentada numa cadeira e o cara começou a dançar em volta dela eu ria muito das caras que ela fazia. Eram hilárias. Não sei porque, mas senti uma vontade enorme de olhar para Mel.

           Ao perceber que ela não estava mais sentada ao meu lado. Pedi licença a Lucy, Karen e Rebecca. Nem sei se elas me ouviram pareciam animadas demais com o fato de Jess estar em cima do palco com um cara se esfregando nela.

           Andei cambaleando até a saída do local um homem bem vestido e enorme tão grande quanto um armário abriu a porta para mim. Dei uns quatro passos e vomitei no chão. Indo mais para frente me deparei com Mel, apoiada num poste na esquina esperando algum taxi. “Oi.” Disse. “Oi quer ir para o hotel?” perguntou. “Pode ser vamos andando, acho que vai demorar pra algum taxi chegar aqui.” Ela riu sem motivo aparente deveria estar tão bêbada quanto eu.

           Íamos andando uma do lado da outra ora íamos muito para a esquerda ora íamos muito para a direita. Vimos uma loja aberta, um cartório. Mel me puxou para dentro do lugar e eu fui sem resistir. Um homem tatuado estava do outro lado do balcão ele era careca, forte e tatuado. Reprimi a vontade de sair correndo de lá quando vi Mel indo até o balcão “Olá o que vocês fazem aqui?” indagou o homem com uma voz feminina. “A gente quer se casar.” Eu ri aquela historia devia ser brincadeira e se não fosse qual seria o problema estávamos em Vegas de qualquer jeito. “Hum tá bom gente eu dou um pulinho lá dentro para pegar a papelada e vocês esperam aqui tá bom?” concordamos o cara parecia ser super simpático.

           Apoiei-me no balcão e Mel prensou-me e me beijou vorazmente parecia tão certo e tão bom que acabei deixando para pensar nas consequências em outra hora. Eu tinha que viver de vez em quando curtir mais. E que se danasse se eu me casasse em Vegas a maioria dos jovens que vem para cá acabam se casando mesmo. E eu gostava da Mel, infelizmente eu não só gostava dela, mas eu acho que eu a amava.

            O homem chegou dando pulinhos e acabou nos vendendo duas alianças da tiffany na qual ele fez questão de gravar nossos nome com um caligrafia impecável, paguei tudo com o meu American Express Diamond.

           Assinamos a papelada e eu olhei para ela sorrindo e falei “Nos casamos.” Ela me abraçou e voltou a me beijar. Aquele devia ser um dos melhores momentos da minha vida.

           Saímos do cartório e fomos para o hotel depois de muito andar chegamos. Entramos pelo hall e fomos para o nosso quarto. Assim que passei o cartão pela porta para que esta se abrisse. Mel me olhou maliciosamente e perguntou com uma voz rouca bem sexy “Sabe o que as pessoas fazem depois de casar?” Eu não disse nada. Só a prensei contra a parede e comecei a beijá-la nossas línguas travaram um confronto para ver quem tinha o controle da situação minhas mãos subiam e desciam acariciando a perna dela.

           Ao mesmo tempo em que nos beijávamos ela foi me empurrando em direção a cama. Ela me deitou ali e eu rasguei o vestido dela ela usava um conjunto preto. O sutiã dela era todo bordado e a calcinha era fio dental. O corpo dela como eu imaginava parecia ter sido esculpido pelos deuses. Ela também me despiu e eu inverti as posições eu não parava de olhar para os olhos azuis dela. Sua pupilas pareciam estar dilatadas tamanha era o desejo dela.

           Dei beijos por toda a extensão do corpo dela e algumas mordidinhas na orelha que pareciam deixá-la mais excitada. Comecei a brincar com a calcinha dela e a tirei vagarosamente. Depois comecei a brincar com a intimidade dela. Passava o dedão no clitóris dela e ameaçava a penetrar. Mas não o fazia eu estava com vergonha eu nunca tinha feito isto antes. “Vai logo Annie.” “Só se você for uma  garota boazinha e pedir por favor.” Eu disse ela grunhiu e fechou a cara “Por favor?” ela pediu e eu penetrei um dedo ela gemeu e eu comecei a fazer movimentos um pouco mais rápidos coloquei outro e ela pareceu aprovar. Quando vi que ela já estava cansada parei e beijei os lábios dela.

           Me deitei ao lado dela e segurei a sua mão enquanto minha respiração se estabilizava. “Tá preparada para o round dois?” Eu ri e continuamos agora ela tinha o controle da situação e ela parecia querer toda a extensão do meu corpo. Ela penetrou dois dedos ao mesmo tempo me beijava apaixonadamente. Cheguei ao ápice em pouco tempo, um tempo recorde eu pensava pelo menos para mim. Nunca com nenhum outro cara havia sido tão rápido. Ela se jogou na cama ao meu lado e murmurou “Eu te amo.” Eu sorri. Ela me amava isso era bom não é?

           Me deitei ao lado dela e a cobri a noite estava meio fria. Assim que fechei os olhos adormeci.