A Filha De Poseidon escrita por Abbs


Capítulo 42
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Queria agradecer pelos comentários do ultimo capitulo e também mandar um beijo para a fofa da Anìínha que mandou uma recomendação e milhões de comentários, um mais lindo que o outro.
Boas vindas aos novos leitores e espero que estejam gostando dos capítulos.



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N/A - Todos sabem que a vida de um semideus nunca é fácil. Para Alicia muito menos, mas nenhum monstro chegou nela até esses meses porque sempre os amigos, Nico e Percy se livraram deles, mas chegou a hora de Alicia voltar para ação e eu sei que é isso que a maioria quer, mas entendam a história está praticamente pronta na minha cabeça, eu posso mudar uma coisa aqui e ali porem uma mudança muito grande faria muita diferença para as minhas ideias, mas por pedido de vocês Alicia volta a luta. Espero que gostem e não queiram me matar no final.

- Vamos aonde agora? – perguntou Drake percebendo o clima estranho.

- BK, quero ficar gorda – falei fazendo os dois sorrirem.

(...)

Pov Nico.

         Fomos ao Fast Food que Alicia queria ir. Fizemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa, algo no caixa me chamou atenção. Eram três mulheres com véus, cada uma com uma cor diferente, que cobria totalmente seus cabelos e óculos muito escuros. As górgonas.

         Elas podiam ficar um tempo a mais no tártaro, não? Disfarçadamente chutei a canela de Drake que conversava com Alicia. Ele olhou para mim um pouco confuso e com a cabeça eu apontei para onde elas estavam. No mesmo momento ele percebeu o que eram e me lançou um olhar assustado e preocupado.

- Preciso ir ao banheiro – disse Alicia.

- Vou junto – falei.

- Isso fica estranho sabia?

- Tudo bem, mas toma cuidado – disse e ela me olhou estranho.

         Ela foi andando até o banheiro e quando ela estava longe o bastante falei para Drake.

- Porra, o que vamos fazer agora?

- Se fossem duas ou uma...

- Mesmo assim. Eu e a Alicia quase perdemos quando enfrentamos as irmãs da Medusa, agora com as três e sem Alicia poder saber disso...

- Melhor levarmos Alicia para casa e qualquer coisa nós chamamos alguém sei lá – sugeriu Drake.

- É o melhor, vamos.

         Esperamos Alie voltar do banheiro e fomos embora, Drake segurou sua mão a impedindo de sair de perto dele. Estávamos na parte de trás da “lanchonete” quando ouvi uma voz que me fez parar.

- Aonde pensam que vão?

         Continuei andando e torci para que Alicia fizesse o mesmo, mas ela sempre foi curiosa demais e ignorando o aperto que Drake deu em sua mão se virou. Rezei mentalmente para que elas ainda estivessem com os óculos.

         Virei-me lentamente e agradeci quando vi os óculos escuros em seus olhos.

- É ótimo que ela não nos reconheça, assim podemos matar vocês mais rápidos – falou Esteno.

- Apesar do garoto loiro não ter culpa pelo que fizeram conosco seria uma pena deixa-lo vivo. Daria uma ótima estatua e poderíamos vendê-lo para o pai, o que acham? – perguntou Medusa.

- Perfeito – respondeu suas irmãs.

         Alicia estava com os olhos arregalados e a boca aberta. Uma expressão de surpresa e reconhecimento.

- Elas são... As górgonas? – perguntou como se não acreditasse.

         Alicia não parecia assustada, parecia lembrar-se de alguma coisa, olhou para mim assustada e de repente sua expressão clareou.

- Meu anel – pediu.

         A olhei sem entender, ela me olhava impaciente.

- Caralho Nico, você pode me passar minha espada antes que a gente morra?

         Quando avisaram que Alicia tinha perdido a memoria eu peguei seu anel que se transformava em espada e o guardei. Afrodite disse que o anel só voltaria a funcionar da mesma maneira quando Alicia recuperasse a memoria. Desde então, levo o anel, o bracelete e a aliança dela em meu bolso onde quer que eu vá.

         Não fazia ideia de como ela sabia que estava comigo ou se ela havia se lembrado de tudo, mas naquele momento isso não importava. Se eu não entregasse o anel a ela, todos nos morreríamos. Procurei meu bolso e assim que senti a textura do laço o puxei.

         Alicia sorriu quando pegou o anel e eu logo entreguei o escudo para que ela não se machucasse. Saquei minha espada de ferro estígio e Drake sua faca. Ele não era um lutador excelente com ela, mas sabia se defender o que no caso, já salvaria nossas vidas.

         Olhei para a filha de Poseidon ao meu lado e me surpreendi ao ver um sorriso em sua face. Conhecia Alicia bem, talvez não melhor que Drake, mas eu sabia que ela amava lutar. 

- A garotinha se lembra de como se luta? – perguntou Esteno.

- Experimente – sorriu Alie.

- Ela é minha – disse Medusa.

- Melhor ainda, amaria te decapitar pela segunda vez.

         Alicia não era uma pessoa confiante, mas quando se tratava de lutar ela se transformava em outra pessoa e assim foi quando ela lutou contra Reia. Nunca vou esquecer o sorriso cínico que ela lançou para a titânide.

- Venceu algumas batalhas e já se sente confiante? – Euríale.

- Algumas? A única pessoa para quem eu tenho orgulho de perder à para o meu irmão. Afinal, quantas outras vezes ele já não derrotou vocês e outros milhares de monstros?

- Queria tanto que você pudesse ir para o tártaro – sorriu Esteno.

- Sinto muito por não poder ir, mas você pode ir por mim, com prazer – de novo o sorriso cínico.

         As górgonas rugiram e começaram a desenrolar o véu que cobria as serpentes em suas cabeças. Segurei mais forte a minha espada e no mesmo momento o escudo de Alicia abriu, mostrando o ataque delas.

- Acho que você não deveria ter provocado tanto – murmurou Drake.

- Assim que eu acabar com elas eu me esqueço disso novamente – disse Alie com olhar desfocado.

- Como? – perguntei sem entender o que ela havia falado.

- Atena disponibilizou ok, isso ficou estranho. Eu sei que eu recuperei minha memoria por tempo suficiente para acabar com elas, pois se não morreríamos, depois disso eu vou esquecer – ela olhou para mim, um olhar de tristeza e saudades – não me abandone depois disso, por favor.

- Eu já disse que nunca vou te abandonar.

- E... Desculpe pela coisa do Dexter. Feliz um ano de namoro atrasado – sorriu e se virou.

         Eu estava parcialmente em choque. Queria tanto que as górgonas explodissem para que eu pudesse aproveitar Alicia, mas se isso acontecesse ela não teria se lembrado de nada e isso já era um avanço.

         Alicia começou a andar na direção delas e eu e Drake fizemos o mesmo. As górgonas ainda não haviam tirado os óculos que cobriam seus olhos e eu agradecia por isso. Como se lessem meus pensamentos elas ameaçaram tira-los. Sem saída eu fechei os olhos.

- Fechem os olhos – falei para eles.

- Tenho uma ideia melhor – disse Alicia em algum lugar perto de mim.

- Não se arisque – falei.

- Confia em mim.

- Posso abrir os olhos? – perguntou Drake.

- Pode, mas olhem para sempre para mim. Amor, você pode convocar alguns soldados?

- Claro – sorri por ouvi-la me chamar desse jeito.

         Abri os olhos olhando para ela e me surpreendi com o modo como ela estava. Alicia estava com o escudo na frente do rosto e eu entendi seu plano. O escudo mostrava a imagem de qualquer ataque e assim que elas tentassem investir contra nós a imagem delas apareceria e assim elas mesmas se transformariam em pedra.

         Convoquei os soldados como ela pediu e eles atacaram as górgonas.

- Parem – disse Alicia.

         Por um momento eu tive uma imensa vontade de parar e isso realmente aconteceu, mas assim que Alicia chamou a nossa atenção eu percebi o que tinha acontecido. Ela havia induzido as irmãs para que elas parassem, por isso, agora tínhamos que ser rápidos.

         Alicia correu na nossa frente e eu e Drake fizemos o mesmo. Eu e Alicia derrotamos Esteno enquanto o filho de Apolo investia contra Medusa, que pelo visto não tinha sigo pega completamente pelo indução.

- Euríale, acorde – rosnou Medusa.

         Como se saísse de um transe ela voltou. Olhou para nós com um olhar de raiva e ameaçou tirar os óculos. Alicia estava na minha frente e eu vi quando ela abaixou a cabeça e colocou o escudo como proteção. Fechei os olhos o mais rápido que consegui, felizmente a tempo.

- Afastem-se – gritou Alicia.

         Acredite, recuar de olhos fechados sem ter noção de onde você está é a pior coisa do mundo. Fui recuando lentamente com medo de que eu caísse e botasse tudo a perder, mas de qualquer jeito isso aconteceu.

         Eu tinha conseguido tropeçar em meus próprios pés. Continuei recuando sem me levantar com medo de que pudesse perder mais tempo. Senti mãos segurando meu braço e me puxando para cima.

- Levanta, Nico – era Alicia.

         Fiz o que ela pediu e com sua ajuda levantei. Seu corpo estava próximo do meu, o que me tranquilizou.

- Abra os olhos – ela disse.

         De novo a obedeci e vi que ela tampava nossa visão com seu escudo. Olhei para trás procurando Drake e o vi correndo.

- O que aconteceu com Euríale? – perguntei.

- Drake conseguiu derrota-la. Agora só falta a Medusa. Ele perdeu sua arma, então somos só nos dois.

         Assenti e segurei sua mão. Ela tremia e sorriu culpada. Balançando a cabeça em negação, mas com um sorriso no rosto a puxei a começamos a atacar Medusa para que Drake pudesse correr. Ela desviou do golpe de Alicia indo direto para a lâmina de minha espada que sugava sua essência e a mandava para o tártaro.

         Alicia fechou os olhos com força e entendendo o que estava acontecendo tirou sua espada da mão e transformei de volta em anel para coloca-la em meu bolso. Rapidamente tirei também seu bracelete. Nesse meio tempo Drake tinha voltado e sustentava o corpo de Alicia.

- Ela desmaiou? – perguntei preocupado.

- Não. Já vai abrir os olhos. Olhe.

         Dito isso, ela abriu os olhos e sorriu de um jeito que só ela sabia fazer.

- O que vocês estão enrolando? – ralhou conosco – quero ir logo para casa.

         Eu e Drake trocamos um olhar cumplice e demos uma risada que Alicia provavelmente ignorou como sempre fazia. Continuamos caminhando até a casa de Sally, mas no meio do caminho deixamos Drake em casa e depois continuamos nosso caminho.

- Eu não me lembro de como você é meu irmão se conheceram – ela falou de repente.

- Eu conheci seu irmão no colégio quando eu tinha dez anos – não era uma mentira.

- Você estudou na mesma escola que ela? – perguntou franzindo o cenho.

- Não, estudei com Grover, melhor amigo de seu irmão. Percy, Annabeth e Thalia foram ultimo dia do ano para um baile que teria no colégio. Desde então eu e Percy somos amigos – tirando a parte de eu querer mata-lo.

- É estranho você ser um dos melhores amigos do meu irmão.

- Por quê? – perguntei rindo da sua cara.

         Ela corou com minha pergunta e eu imaginei o que ela estaria pensando. Rindo internamente continuei andando e não demorou muito até chegarmos na casa dela. Alicia entrou e se jogou no sofá.

- Estou cansada – afirmou.

         Já era de se imaginar...

- Cansada por quê? Não fez nada o dia inteiro. Preguiçosa – a provoquei.

- Eu que sou preguiçosa? Você que não sai da minha casa – ela riu – mas falando nisso, sem querer ser rude, porque você não sai da minha casa mesmo?

         Ri da sua frase e respondi.

- Travis e Connor estão na cidade e se hospedaram na minha casa.

- Eu te entendo – disse rindo – agora faço questão de que você fique aqui em casa.

- Só agora? – murmurei me aproximando dela.

- Só – sorriu travessa.

         Estávamos cada vez mais próximos e eu podia sentir sua respiração ofegante. Ela olhava para mim como se estivesse em duvida. Fazer ou não fazer. Sabia qual era a duvida dela e por isso não me aproximei. Se ela se sentisse preparada ela se aproximaria de vez.

         E foi isso que ela fez. Roçou nossos lábios e quando fui aprofundar o beijo a porta foi escancarada e Percy entrou agitado. Ela se jogou o mais longe possível de mim para que ele não nos visse e sorriu envergonhada.

- O que aconteceu? – perguntou percebendo a agitação do irmão.

- Eu... não sei – disse ele.

- Percy Jackson, me conte agora – ela já estava de pé.

- Eu acho que estou sendo precipitado, mas eu a amo tanto – falou como se entendêssemos o que diria.

- Não! – Alie saltitou feliz e pulou no colo do irmão, entendendo o que eu não tinha conseguido fazer.

- Você acha que ela vai dizer não? – perguntou Percy triste.

- Claro que não! Annabeth não é louca para fazer isso. Ela te ama.

- Sério?

- Confia em mim. Vocês namoram a quatro anos Percy!

- Então eu vou ligar para ela e convida-la para jantar – ele sorriu e Alie assentiu retribuindo o sorriso.

         Percy foi para o seu quarto e Alicia pulou no sofá colocando a cabeça no meu colo. Inconscientemente comecei a fazer cafuné nela e ela sorriu e começou a brincar com as minhas mãos.

- Do que Percy estava falando? – perguntei.

- Todos os garotos são tapados assim ou é só você?

- Não sei. Acho que todos. Ou só eu. Não faço ideia.

- Ele vai pedir Annabeth em casamento – respondeu rindo.

- Sério?

- Sim...

         Ela ia falar alguma coisa, mas levantou quando o celular começou a tocar.

Pov Alicia.

- Oi Jully – falei quando atendi.

- Olá – riu – você está em casa, não é?

- Estou.

- Ah, ok. Hoje é aniversario de Travis e vamos sair todos para jantar, menos Percy que cancelou – até podia imaginar o biquinho que ela estava fazendo – você vem?

- Vou sim e Percy teve bons motivos.

- Posso falar com o desnaturado do meu irmão?

- Claro.

         Joguei o celular para Nico, murmurei um “sua irmã” e fui para meu quarto, precisava arrumar aquela bagunça que havia feito de manhã. Esqueci-me de perguntar para Jully que horas que seria o jantar coisa que provavelmente Nico faria. Estava guardado meu suéter quando sinto braços rodeando minha cintura.

- Você tem uma hora para se arrumar – disse Nico em meu ouvido.

- Uma hora? – perguntei incrédula.

         Ele assentiu rindo e saiu do quarto, com certeza indo para o de Percy se arrumar, peguei minha toalha e fui para o banheiro. As mechas rosa que eu tinha feito estavam lindas e a franja para o lado tinha ficado legal. Quando eu fizesse a chapinha a colocaria para frente.

         Consegui me arrumar rapidamente e assim que Nico bateu na minha porta eu tinha acabado de colocar o cachecol.

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- Linda – ele falou com os olhos brilhando.

- Obrigada – sorri – vamos?

- Tudo bem se formos a pé?

- Sem problemas.

         A noite estava fria, chegava até ser congelante o casaco que eu usava não dava conta e eu estava praticamente abraçada a Nico enquanto caminhávamos até o restaurante que Jully havia dito, Nico falou que não faltava muito quando ouvimos alguém nos chamar:

- Ei.

         Ele olhou para onde vinha a voz e franziu o cenho, não tinha reconhecido quem nos chamava muito menos eu. Continuamos andando e o homem estava cada vez mais próximo até que o homem falou atrás de nós.

- Parem antes que algo pior aconteça.



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram do reencontro com as górgonas? O que acharam do capitulo? Alguma sugestão?
Minha nova fic para quem ainda não pegou o link:
http://fanfiction.com.br/historia/308631/Apaixonada_Pelo_Filho_De_Apolo.
E para quem já esta acompanhando eu posto hoje mesmo, só preciso terminar de escrever.
Beijos