A Filha De Poseidon escrita por Abbs
- Eu... Eu... Sonhei que tinham levado você de mim. Você tinha sido sequestrado e ninguém sabia de você – ela tinha se lembrado de quando Nix me sequestrou?
Segurei seu rosto com as duas mãos e limpei as lágrimas que insistiam em cair. A fiz olhar em meus olhos e disse:
- Ninguém nunca vai conseguir me tirar do seu lado. Nunca, entendeu? Vou estar sempre aqui.
Demorou algum tempo até que ela se acalmasse e sorrisse para mim com seu jeito tímido.
- Desculpe pela cena.
- Relaxa, fiquei preocupado extremamente preocupado com você – falei em um sussurro.
- Por quê?
- Você passou vinte e duas horas dormindo – afirmei e ela me olhou assustada.
- Como? São oito da manhã de uma segunda feira, deveríamos estar todos na escola indo para a escola.
- Becca, Jully, Nikki e Drake passaram aqui para ver se você está melhor, mas já estão indo. Percy só tem que dar aula no segundo horário.
- E você? – perguntou.
- Eu vou ficar aqui cuidando de você – falei o obvio.
- Não, Nico, você precisa ir, além disso, eu estou bem o suficiente para ir para escola.
- Tem certeza?
- Absoluta, só vou chegar um pouco atrasada – sorriu.
- Eu te espero então, tudo bem?
- Claro – sorriu, ela parecia aliviada com alguma coisa.
Pov Alicia.
Assim que Nico saiu do quarto, me levantei e fui ao banheiro tomar banho e fazer minha higiene matinal. Depois decidi o que iria vestir e peguei meu celular vendo que tinha duas mensagens de Dexter, respondi rapidamente peguei minha mochila e fui para a sala onde encontrei Nico conversando com Percy.
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- É bom te ver acordada – disse Percy me abraçando.
- Você me viu ontem – disse rindo.
- Eu te vi ontem, mas você só tinha olhos para Nico então... – deu de ombros.
Sorri e me despedi do meu irmão, fui com Nico até o seu carro e ele nos levou para o colégio, se despediu de mim e foi para a sua sala de aula. Fui correndo até a sala de biologia.
- Com licença, senhor Parker – pedi entrando na sala.
- Srta Blofis, está atrasada. Tem sorte que seu pai nos avisou que tinha passado mal, se não, não teria nem entrado em minha sala de aula – disse sério.
Corri para o meu lugar que era ao lado de Nikki, como era de se esperar não demorou muito até aparecer um bilhete na minha mesa.
Estava preocupada. Como está? - N
Bem, só acho que nunca mais vou conseguir dormir. Vinte e duas horas parecem bastante tempo. – A
É normal, porque você acordou gritando? – N
Sonhei que Nico havia sido sequestrado e ninguém fazia ideia de onde ele estava. Como soubesse disso? – A
Eu estava na sua casa, rs – N
Verdade, rs – A
- As duas poderiam, por favor, prestar atenção na aula? – pediu o professor.
Nós duas rimos baixinho e voltamos a prestar atenção na aula. Biologia era legal, nada comparado á Biologia marinha, é a única coisa legal que aprendemos nessa matéria.
As primeiras aulas passaram rapidamente e logo era a hora do intervalo. No caminho fui conversando com Becca já que tínhamos a aula antes do intervalo juntas. Fomos pegar nosso almoço e sentar-se à mesa de sempre. Sentei-me ao lado de Jully e de frente para Nico, ficamos durante um tempo conversando até que uma garota veio conversar com Nico.
- Oi – disse ela sorrindo para ele.
- Oi.
- Então, sabe o trabalho de literatura? – ele assentiu – que tal você ir lá para casa para fazermos juntos? Depois se quiser podemos fazer outras coisas – sorriu maliciosa para ele.
Não sei o que tinha dado em mim na hora, fiquei com tanta raiva que estava ao ponto de quebrar a cara daquela garota, mas apenas me levantei empurrando a bandeja com meu almoço para longe e saí do refeitório andando rápido.
Andava pelo corredor sem rumo, sem saber para onde ir, até que meu celular tocou. Vi quem era e atendi.
- Dex?
- Você está no intervalo, não? – perguntou.
- Sim, aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu, no final da sua aula eu passo ai para conversarmos tudo bem?
- Claro.
Despedimo-nos e desliguei o celular e senti alguém segurando minha mão. Drake.
- Ei, pequena, o que houve? – perguntou me abraçando.
- Não sei – fui sincera.
- Você saiu da mesa com uma cara de que iria matar alguém.
- Eu ia mesmo. Não sei o que deu em mim, só fiquei com uma puta de uma vontade de matar aquela vadia.
- Alie – disse ele rindo – você está com ciúme.
- Ciúme. De quem?
- Baixinha, você não é burra. Do Nico, de quem seria?
- Eu não posso ter ciúmes dele, ele é só meu amigo.
Drake riu de alguma piada da qual eu não fazia ideia.
- Sabe do que você precisa? – perguntou sorrindo.
- Do que eu preciso? – perguntei rindo de sua reação.
- Ir ao cinema comigo.
- Você teve azar. Eu me lembro da ultima vez que fomos ao cinema e não quero repetir.
- Ah, qual é. A culpa não foi minha que fomos expulsos da sala.
- Não fomos expulsos da sala e sim do cinema, o segurança disse para nunca mais voltarmos para lá – o lembrei.
- Foda-se o segurança, ele já deve ter sido demitido, isso foi há dois anos.
- Adianta eu tentar dizer que não?
- Não mesmo – sorriu.
Logo o sinal bateu e voltamos para aula. Como semana que vem seria a semana de provas eu tentei prestar o máximo de atenção possível, assim que o sinal bateu todos os alunos saíram da sala e eu fiquei por ultimo arrumando minha mochila.
Saí da sala e fui para a entrada do colégio, onde vi Dexter, ele deu um sorriso e veio caminhando até mim.
- Oi.
- Oi.
- Parece preocupado com alguma coisa – comentei.
- Precisamos conversar – disse sério.
- Sobre...?
- Vou ter que voltar a Vancouver.
- Por quê?
- Meu avô está doente e foi ele que praticamente me criou e eu não posso deixa-lo sozinho agora.
- Tudo bem – eu disse o abraçando.
- Vou sentir sua falta – disse ele dando um beijo na minha testa – mas acho melhor terminarmos.
(...)
- Drake, onde você está?
- Estou quase na sua casa, relaxa – disse ele.
- Ok, estou te esperando – falei e desliguei o celular.
- Você está linda – disse alguém atrás de mim.
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Olhei para trás assustada e me deparei com Nico me fitando, sorri aliviada ao perceber que era ele.
- Obrigada.
- Vai sair com Dexter? – falou rude.
- Não, com Drake, Dexter e eu terminamos.
- Namoro rápido esse.
Eu apenas ri, ficamos conversando sobre qualquer coisa e logo a campainha tocou e eu levantei correndo para atender.
- Hey Alie – disse ele – Oi Nico, quer ir com a gente?
- Não quero atrapalhar o momento “melhores amigos” – riu.
- Não vai atrapalhar – falei sorrindo.
- Além disso, duvido que o segurança nos deixe entrar, mas o que custa tentar, não?
- Então vamos – disse Nico sorrindo para mim.
- Quero muitos doces – falei olhando para eles.
- Quantos anos você tem? – brincou Drake.
Mostrei a língua para ele e fomos até o cinema lembrando todas as merdas que fizemos juntos e acredite, foram muitas.
- Eu lembro de uma vez que tivemos que escolar uma parede que cuspia lava, eu acho – não lembrava muito bem desse momento.
- Você lembra? – perguntou Nico surpreso.
- Sim, você estava junto?
- Não, mas foi quando eu conheci o Drake.
Continuamos a conversar e no meio do caminho passei um braço pelo pescoço de Drake e o outro pelo de Nico, me apoiando neles.
- Vocês são dois fofos – falei sem pensar.
- Isso é meio gay – disse Drake franzindo a testa.
- Eu sei, meus fofos – ri e eles me acompanharam.
Chegamos ao cinema e eles escolheram um filme de terror, eu não queria, mas eles me chantagearam com chocolate.
- Isso é baixaria – falei abrindo meu chocolate.
- Não, nós apenas nos aproveitamos de você. Ou você queria ver aquele romance? – perguntou Drake.
- Eca, romance não. Ainda não acredito que meu namoro durou um dia – falei fazendo uma careta.
Nico e Drake trocaram um olhar divertido, como se soubessem de algo que eu não sabia, ignorou e logo entramos na primeira sala que passaria o filme. Sentei-me entre os dois, com todos os doces, salgadinhos e pipocas no meu colo.
- Uma gorda feliz – comentou Drake.
- Cala a boca. Você e Nico me fizeram assistir o filme, eu pelo menos mereço doce.
O filme começou e os dois começaram a roubar meus doces. Assim que o filme deu o “primeiro susto” eu já coloquei meus pés para cima do assento, uma atitude idiota, mas me deixou mais segura.
A cada cena de terror o cinema inteiro gritava e se não fosse meus chocolates eu já teria saído dali. O mais engraçado era que Drake e Nico não se assustavam e pior até riam de tudo.
- Seus sem coração – sussurrei para eles.
- Você está mesmo com medo disso? – perguntou Nico – isso é tudo besteira.
Dei de ombros e bebi um pouco do refrigerante que tínhamos comprado, senti Nico segurando minha mão e fazendo eu me aproximar dele. Abraçou minha cintura e eu coloquei minha cabeça em seus ombros, pude sentir ele dando um beijo em minha testa.
- Porra Percy, tira esse filme! – gritei escondendo meu rosto no peito de Nico.
- Ah, qual é Alicia, é só um filme de terror, você já viveu coisa pior que isso – reclamou meu irmão.
Estavam todos em nossa casa assistindo o filme de terror que Percy tinha escolhido. Acredite, era muito assustador, os únicos que estavam vendo mesmo eram os garotos, que muitas vezes davam até risadas enquanto nós gritávamos.
- Percy, por favor, tira esse filme – pediu Becca que também estava com o rosto escondido no peito de Jason.
- Pronto – disse ele contra gosto tirando o filme do dvd.
- Lindo – mandei um beijo para ele que apenas riu.
- O que nós vamos fazer hoje? – perguntou Jully.
- Eu tenho ótimos planos – sorri maliciosa para Nico e o beijei.
- Alicia – Percy bufou e eu ri.
- Sério Alie, quem vê até parece que você sabe que dia é hoje – falou Becca.
- Como assim? – perguntei confusa.
- Não me diga que você esqueceu – exclamou Nikki indignada.
- Pelo visto alguém vai ficar decepcionado hoje – manifestou-se Drake.
- Não é um dia tão importante assim para vocês ficarem incomodando ela desse jeito – disse Nico.
- Não é importante? – Becca riu.
- Pode até ser importante, mas ela tem muita coisa na cabeça para se preocupar com algo tão banal e mortal – defendeu-me Nico.
Ignorei a discussão deles e disfarçadamente peguei meu celular no bolso e fui ver que dia era hoje. Droga! Como você pode ser tão estupida Alicia!
- Nico, vem comigo, por favor – segurei sua mão e o levei para meu quarto.
- Se vocês fecharem a porta eu juro vou castrar o garoto – gritou Percy fazendo todos na sala rirem.
Nico me olhava confuso e eu com medo da ameaça do meu irmão deixei a porta aberta.
- Amor, me desculpa, eu esqueci mesmo – para minha surpresa Nico apenas riu.
- Calma, meu anjo. Eu não me importo.
- Claro que é importante Nico, além de ser dia dos namorados é o nosso aniversário de namoro.
- Nada me deixa mais feliz do que olhar para você. Ver seu sorriso. Ganhar seus beijos. Eu realmente não me importo com isso.
- Vamos fazer assim – comecei – você vai para a sua casa. Toma um banho, fica bem gostoso enquanto eu vou ao shopping e a noite a gente saí para comemorar, tudo bem?
- Tudo bem, meu amor – ele disse e me beijou.
Ficamos mais um tempo namorando e Nico disse que já era hora dele ir para casa. Fui com ele até o Central Park, onde ele seguiu até o apartamento que dividia com Jully e eu fui para o shopping comprar algumas roupas e o presente de Nico.
Senti meu celular vibrando e rapidamente o peguei.
Fazendo compras? Cadê a Alie que eu conheço?
- Drake.
Revirei os olhos para a idiotice do meu melhor amigo e o respondi.
Haha, vai te fuder.
- Alicia.
Continuei andando pelas lojas ignorando completamente meu celular até achar o presente que eu sabia que Nico queria, ou pelo menos, precisava. Assim que terminei de comprar tudo o que eu queria peguei meu celular. Cinco mensagens recebidas e três ligações perdidas.
Aparentemente, Becca tinha me ligado duas vezes e a Jully uma. Fui ver as mensagens.
Como sempre meiga demais.
- Drake.
~
Sua vaca, como tu vai para o shopping sem me chamar? Isso que é amiga.
- Jully.
~
Alie, fica longe da Jully, ela está querendo te matar por ter ido para o shopping sem convidar. Além disso, eu também estou, mas ignora. Se resolveu com Nico? Vão sair hoje? Vais me contar como foi? Me responde, entendeu? Beijos
- Becca.
Rebecca sempre será Rebecca.
Alicia, amor do mano, vai sair hoje? Não chega tarde e nem faça besteiras. Minha ameaça ainda está valendo. Vou sair com a Annie, qualquer coisa liga para ela. Beijos, Percy.
- Annabeth.
~
Amor, eu não sei que horas você quer sair e nem quanto tempo demoras no shopping, assim que sair dai me liga. Beijos, te amo.
- Nico.
Respondi todos e voltei para casa. Eram cinco horas da tarde, eu tinha que ligar para Nico.
- Amor? – ele atendeu no quinto toque.
- Cheguei agora do shopping, que horas nós vamos sair? – perguntei.
- Você consegue ficar pronta até às 18h30min?
- Sim e você pode pedir para a Jully passar aqui?
- Ela quer te matar, tem certeza que queres mesmo que ela vá? – ele riu e eu o acompanhei.
- Você vai deixar ela me matar Nico di Ângelo?
- Sabe que eu não vou deixar ninguém encostar em ti, minha pequena.
- Quando eu crescer, você vai ter que achar outro apelido para mim, sabia? – brinquei.
- Isso se um dia você crescer.
- Amor, se eu ficar conversando com você, não vou poder sair porque não vou estar pronta ainda.
- Tudo bem pequena, até daqui a pouco. Beijos
Desliguei o celular e fui tomar banho. Assim que terminei fiquei um tempo escolhendo minha roupa até que a alguém bateu na porta.
- Alicia? – era a voz de Jully, graças aos deuses!
- Ju, minha salvação – brinquei.
- Cala a boca, ainda estou brava com você. O que queres de mim? – perguntou ela sentando na minha cama.
- Preciso de uma ajuda com minhas roupas. Quero ficar bem bonita para o seu irmão, mas não tenho ideia do que vestir.
- Sabe que, infelizmente, você tem uma coisa chamada “benção” que se colocar um pijama vai fazer qualquer um babar.
- Jully, desculpa por não ter te chamado, ok? Eu precisava ficar um pouco sozinha. Agora, por favor, esquece a minha idiotice e me ajuda?
- Claro o que seria de você sim mim? Além disso, adorei o presente que você vai dar pro meu irmão.
- Às vezes a sua benção é bem útil.
- Só às vezes? Assim você me ofende – ela brincou.
Depois disso minha cunhada pegou pesado no quesito “ajudar a me arrumar”. Fez minha unha, arrumou meu cabelo, escolheu minha roupa e até fez minha maquiagem.
- Está perfeita – disse ela escolhendo uma bolsa para eu levar.
Meu celular tocou. Era Nico.
- Anjo, você já está pronta? – ele perguntou assim que eu atendi.
- Sim, você já está ai?
- Estou aqui na frente te esperando, beijo.
Dei mais uma olhada no espelho e Jully sorriu orgulhosa do seu trabalho.
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- Boa sorte, Alie. Se divirta com meu irmão.
Eu sorri e peguei a sacola com o presente do Nico. Jully desceu comigo até a porta de entrada. Lá em baixo estava ele. Com uma calça jeans escura, uma camisa preta e uma jaqueta de couro. Lindo como sempre.
Desviei minha atenção ele antes que eu começasse a babar, literalmente. Só olhei para cima quando estava em sua frente. Ele sorriu e passou seus dedos pelo meu rosto com muito carinho.
- Você está linda – ele disse.
- Obrigada. Você também está.
- Ok, eu sei que ela está linda e ele também, afinal, é meu irmão. Agora se não se importam em ir embora eu quero uma carona, combinei de sair com Travis.
Nós rimos e seguimos para o carro de Nico, durante todo o caminho ficamos conversando e rindo das merdas que Jully falava. Não demorou muito e ela desceu do carro dizendo para termos juízo.
- Então, aonde vamos? – perguntei quando ele acelerou o carro.
- Eu sei que você não gosta de falar nisso, mas vamos para o café onde demos o nosso primeiro beijo. Depois vamos dar uma volta por NY, tudo bem?
- Por mim está perfeito – sorri e beijei sua bochecha.
Não demorou muito e estávamos na frente de uma Starbucks muito bem frequentada. Nico pediu dois cappuccinos e dois cupcakes para nós.
- Amor, sei que não faz muito tempo que compramos nossas alianças, mas acho que está na hora de trocar por umas mais bonitas. Fica tranquila, não mudei o que estava escrito.
Ele colocou uma caixa de veludo em cima da mesa e eu rapidamente a peguei a abri. As novas alianças eram simplesmente lindas.
- São perfeitas, Nico – falei emocionada.
- Alie, eu quero te agradecer pelos cinco meses maravilhosos que passamos juntos. Peço desculpas se alguma vez fiz algo errado. Eu sei que quero passar o resto da minha vida com você. Sei disso desde a primeira vez que te vi. Seu sorriso é como meu sol. Seus olhos iluminam totalmente meu dia. Eu te amo e sempre vou te amar, minha pequena.
Dizendo isso ele colocou outra caixa de veludo em cima de mesa. Essa era maior. Sequei as lágrimas que insistiam em cair por causa de seu discurso apaixonado e abri a caixa. Dentro estava o colar mais lindo que eu já tinha visto.
Acordei assustada com a metade do cinema gritando, olhei para Nico e o vi me observando assim que nossos olhos se encontraram ele sorriu e eu retribui.
- Dormiu bem? – brincou
- Uhum – respondi de uma maneira manhosa que o fez rir.
Voltei minha atenção para o filme e agora já não sentia tanto medo assim, o que era irônico. O filme acabou e eu não queria levantar, estava tão bom ali, mas assim que as luzes ligaram nos levantamos e saímos de lá.
- O que vamos fazer agora? – perguntou Drake.
Olhei para rua e tive uma ideia, sorri internamente e puxei os dois para dentro de um salão de beleza.
- O que você vai fazer? – perguntou Nico assustado.
- Relaxa, vocês só estão acompanhando – pisquei para eles.
Eles se sentaram em um daqueles sofás que tinha na entrada enquanto eu fui até a recepcionista, muito bonita por sinal, e perguntei:
- Vocês tem algum horário para tipo, agora? – perguntei mordendo os lábios.
- Garota você está com sorte – sorriu – a menina que vinha agora acabou de ligar cancelando. Venha, vou te levar até “ele”.
Fiz sinal para que eles esperassem ali e segui a moça, ela me levou até uma cadeira vazia que ficava de frente para aquelas penteadeiras entupida de coisas que cabelereiros usavam. Não demorou muito até que um homem apareceu sorrindo.
- Ai meus deus – disse ele com uma voz estranhamente fina – você é linda e esse seu cabelo? Há quanto tempo eu não vejo um cabelo tão lindo assim?
- Hum... Obrigada – murmurei envergonha.
- Quem tem que agradecer é eu por ter a honra de cuidar de um cabelo tão lindo – disse com os olhos brilhando – o que você quer que eu faça?
- Queria fazer umas mechas e deixar ele liso.
- Liso? Você quer estragar seu cabelo? Garota seus cachos são perfeitos. Metade dessas mulheres daria tudo para ter um cabelo como seu.
- Eu enjoei dele cacheado – admiti.
- Seria um erro deixar ele permanentemente liso, mas já que você quer mudar um pouco, posso cortar uma franja e você faz chapinha em casa sempre que quiser, o que acha?
- Maravilhoso – sorri e ele começou a trabalhar com meu cabelo.
Demorou quase três horas até que meu cabelo ficasse pronto, mas ele, que se chama Josh, tinha feito um ótimo trabalho, até eu tinha gostado. Voltei para recepção e quase cometi um assassinato.
A recepcionista estava com a mão afagando o ombro de Nico e sorria para ele de uma forma maliciosa, fiquei alguns segundos os encarando até que ele se virou e seu queixo caiu.
Sorri internamente pela sua reação e caminhei até Drake piscando para ele e fui até o caixa pagar, assim que fiz isso sai puxando meu melhor amigo pela mão e deixando Nico lá com a nova amiguinha.
- Ei – chamou Nico – me espera Alie.
- Ah, desculpa, achei que você estava ocupado demais com a sua “nova amiguinha” para se preocupar com qualquer coisa.
Ele segurou minha mão e me puxou colando nossos corpos.
- Você está com ciúme Alicia? – disse ele com a boca próxima a minha.
- Não – era uma mentira.
- Então se não está com ciúmes porque não me beija e prova que eu to errado? – disse ele.
- Você é meu amigo, porque eu iria te beijar? – falei contra a minha vontade.
- Isso nunca te impediu de me beijar antes – disse sorrindo malicioso.
- Quer saber? Pede um beijo para sua amiguinha lá de dentro, ela quer.
Ele sorriu e foi se aproximando mais de mim, antes que fizéssemos alguma basteira eu disse:
- Nico, não...
- Por quê? – perguntou decepcionado.
- Eu acabei de terminar, não acho uma boa ideia.
- Tudo bem – ele disse me soltando.
- Vamos aonde agora? – perguntei Drake percebendo o clima estranho.
- BK, quero ficar gorda – falei fazendo os dois sorrirem.
SÓ POSTO O PROXIMO CAPITULO SE EU GANHAR 25 COMENTARIOS NESSE.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Desculpa pela apelação, mas é necessário.
Enfim, até mais. Espero que tenham gostado e quero saber a opinião de vocês sobre esse capitulo.