A Filha De Poseidon escrita por Abbs


Capítulo 31
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Mais um leitor! Coisa linda. Seja bem vindo(a).
Lembrando que esse capítulo é em especial para Nikki, filha de Atena, que está sempre salvando minha vida. Um beijo gatah.
Espero que aproveitem.
Até lá em baixo.
Um beijo para a Ally, minha leitora linda, que se diz sem coração, mas que é uma fofa.
Tive uma inspiração imensa escrevendo o capitulo enquanto assistia O Ladrão de Raios, hehe



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- Silêncio. Sabe o que eu senti quando saí do orfanato? Senti que tinha uma família. Você, Percy, você é minha família e me deu mais do que possa imaginar. Não só você, nosso pai, Sally, Paul, meus amigos e ele. Você acha que eu não imagino como ele vai ficar quando sentir minha morte, se eu morrer? Eu me sinto culpada por abandonar vocês. Eu ganhei tudo o que eu podia querer, ganhei um irmão que é a coisa mais linda do mundo, ganhei uma família, amigos e amor. O que mais eu poderia pedir? Agora, eu peço algo a você. Se alguma coisa acontecer comigo, me deixe ir, certo? Se eu pedir, quero que você me deixe fazer o que eu acho certo e não fique triste. Siga com tudo como VOCÊ acha que deve ser. Saiba que acima de tudo eu te amo.

         Percy me abraçou e ambos choramos. Eu não queria que aquilo fosse uma despedida, mas ninguém poderia me dizer o que ia acontecer.

- Ei, não se preocupe. Eu sei cuidar de mim, mal, mas sei – garanti.

- Te amo muito – disse ele.

- Vem, temos uma guerra para ganhar.

(...)

         O ataque já tinha começado e estávamos na pior. Não importava quantos monstros derrotássemos sempre apareceriam outros. Estávamos esgotados, quase ninguém tinha força, mas todos continuaram lutando como heróis.

         Havíamos recuado de tal modo que eu me encontrava lado a lado com Jully, que duelava contra vários telkines, mas de repente ela congelou. Seu olhar perdeu o foco e seu arco caiu de suas mãos.

         Não podia deixa-la indefesa do jeito que estava, fiquei ao seu lado e derrotei qualquer monstro que ousasse se aproximar de nós. Assim que seu olhar focou em mim ela disse:

- Nikki.

- O que aconteceu? – perguntei preocupada.

- Derrotou Témis, titã das horas junto com Cronos, mas ela está congelada.

- Como assim congelada?

- Antes de ter derrotado Témis, a titã desacelerou o tempo apenas para ela.

- Ela vai ficar bem?

- Sim, já estão cuidando dela, só fiquei preocupada.

- Olha, a caçulinha derrotou um titã! – exclamei orgulhosa.

         Nikki não era a mais nova, mas a mais tímida e quieta entre todas, às vezes a chamavam de caçulinha por aparentar ser bem mais nova.

         Jully voltou sua atenção para os monstros com força total. E eu a acompanhei.

- Ora ora, que rosto bonito que temos aqui – exclamou uma voz.

         Olhei na direção de onde vinha a voz e gelei. Lá se encontrava uma mulher que um véu preto cobria toda a sua cabeça, porém era possível ver suas mãos de bronze e suas asas douradas. Aposto quantos dracmas eu tiver que em baixo do véu eu encontraria em vez de cabelos, serpentes e dentes como presas de javali.

         Era uma das irmãs da Medusa.

- Górgona – exclamei.

- Isso mesmo meu anjo, me chame de Esteno, por favor.

- Seu nome é tão feio quanto você?

- Ah, eu sei que está louca para olhar em meus olhos para que essa vida insignificante que você tem acabe mais rápido do que planejado.

- E você? Sente tanta saudade da irmã que deseja visitar ela tão rápido assim? – ela rosnou – não falta outra não? Ela ficou com medo?

- Isso é o que você pensa – disse outra voz atrás de mim.

         Virei-me e vi outra górgona, ela estava com um véu quase tão escuro quando o da irmã. Essa só poderia ser Euríale. Ops... Acho que eu não devia ter provocado tanto assim.

- Será uma pena transformar você em uma estatua. Um rosto tão bonito – senti alguém se aproximando e me preparei para atacar, mas era só Nico.

- Oh, que lindo. O namorado veio proteger. Sabe que se vocês ficaram abraçadinhos, será uma estatua tão romântica – suspirou ela.

- O garoto é meu – disse Euríale – tenho certo, hum... Rancor com Hades. Nada melhor que ficar com o seu filhinho.

         Meu escudo abriu mostrando a imagem de Euríale me atacando, Nico e eu giramos no momento que em ela se aproximava, bati com meu escudo em sua cabeça e ela cambaleou.

- Isso não vai ficar assim – falou ela com raiva.

- Corre – sussurrei para Nico.

         Ele pegou minha mão e saiu correndo, pulando em cima de carros e desviando de pessoas e semideuses. As górgonas estavam nos perseguindo e a minha intenção afasta-las o máximo possível para não ter ninguém transformado em pedra.

- Elas estão sem o véu – avisou Nico.

- Pior para nós – murmurei segurando minha espada com mais força.

         Elas se aproximaram e nós fechamos os olhos com força. Agora seria somente o nosso instinto.

- Olha que fofinhos. Seria melhor abrirem os olhos, eu garanto – disse uma delas.

         Uma delas chegou perto de mim o suficiente para que eu ouvisse as serpentes em seus cabelos. Larguei a mão de Nico e fiquei de costas para ele, teríamos que nos virar assim.

- Cuidado, não importa o que aconteça comigo, não abra os olhos – sussurrei para ele.

         Senti mais uma proximidade e ataquei, minha espada atacando o vento fez um barulho e a górgona riu.

- Ajudaria se abrisse os olhos – zombou ela.

- Vai se... – eu não terminei, cai com tudo no chão e não pude evitar gritar pela surpresa.

- Alicia? – perguntou Nico preocupado.

- Eu caí – respondi tentando me levantar.

- Seu equilíbrio deveria nos ajudar essa hora não acha?

- Agora não foi meu equilíbrio – afirmei.

         Com a cabeça para o chão, me atrevi a abrir os olhos e pude ver uma das irmãs da Medusa próxima a mim. Fui em sua direção e ataquei, ela desviou do meu golpe e tentou fazer com que eu olhasse para ela e me joguei para trás, tropeçando em algo que fez minha espada cair e ficar fora do meu campo de visão.

         Droga, eu não poderia usar o arco sem não olhar para ela. Eu não sabia quanto tempo demoraria para minha espada voltar, a única coisa que eu poderia fazer era “rastejar” para longe daquela coisa até que minha espada voltasse. Era muita humilhação, pqp.

- Olha que cena bonita – dizia ela – a princesinha de Poseidon rastejando aos meus pés.

- Nico – gritei.

- Eu estou bem – garantiu ele.

- Preocupada com o namoradinho? – riu a monstra – Euríale vai dar uma lição no seu heroizinho.

         Joguei meu escudo para o alto na esperança de acertar sua cabeça, com sucesso. Bem na hora meu anel/espada voltou o girei e aproveitando a distração me levantei e a derrotei, mas eu não fui a única a tentar isso. Atrás dela estava Nico, com sua faca de ferro estígio.

         Ele me abraçou forte e ficamos um tempo assim. Tive que lembra-lo que nossos amigos estavam correndo perigo para que ele me soltasse para voltarmos correndo para a batalha.

         Se antes estava apertado, agora definitivamente estávamos com sérios problemas, era difícil ver algum semideus sem cortes ou nenhuma bandagem. Podíamos ver que Hades tentava controlar a situação convocando hordas de soldados mortos uma atrás da outra.

          Estávamos todos recuados, podia ver Drake e as Caçadoras, meu irmão e Annabeth, até Leo e Piper. Era difícil ver todos esgotados torcendo para que aquilo acabasse logo.

         Voltamos para a batalha sem se importar se estávamos cansados ou não, deveríamos proteger o Olimpo, mas eu vi uma coisa que me fez congelar. Drake estava a uns 20 metros de nós, enfrentando Ortros, até que o monstro usou sua cauda de serpente o jogando no mar.

         Corri para onde ele tinha ido, sem me importar se ia me machucar, eu precisava salvar meu melhor amigo. Pulei na água e vi que Ocenus ainda atacava só que estava em desvantagem. Fui o mais rápido que pude até Drake que estava inconsciente, dei a mão para ele e o trouxe até a superfície.

         Assim que a alcançamos eu deitei ele no chão e coloquei sua cabeça em meu colo.

- Drake, acorda, por favor – pedia chorando – não me deixe Drake. Você prometeu lembra? Prometeu que nunca ia me deixar, que ia cuidar de mim, me proteger, por favor, acorda.

         Eu estava em choque, não sabia o que fazer. Ele tinha prometido! Ele prometeu que nunca me deixaria que cuidaria de mim para sempre.

- Drake – choraminguei – por favor...

- Alicia – alguém me chamou, era Apolo – eu cuido dele – disse o deus.

- Eu não vou deixa-lo – afirmei.

- Não pedi isso, depois que eu cuidar dele eu quero que você o leve para o Olimpo, ele já estava machucado antes.

- Mas...

- Eles vão ficar bem sem você por um tempo. Sabem que ele é mais importante.

         Enquanto Apolo cuidava de seu filho, eu fiquei segurando sua mão, me lembrando de suas palavras.

“- Ei, baixinha, eu vou cuidar de você, relaxa – dizia ele enquanto tentava me acalmar.

- Drake, eu não tenho ninguém.

- Tem sim, eu, sempre vou cuidar de você, te proteger e ficar ao seu lado, nunca vou te deixar, agora vamos”

- Alicia, ele está bem, precisa apenas de descanso – disse Apolo se levantando – leve ele para o Empire State e volte, ainda precisamos de você.

         Chamei Blackjack e fomos até o prédio deixei Drake e peguei carona de novo com o pégaso, que me deixou na batalha ao lado de Jully. Eu corri para lá e comecei a atacar.

(...)

         Eu estava lutando contra alguns telkines quando vi algo errado. Jully estava lutando contra outros telkines, muito mais do que tinham contra mim. Ela estava de costas e Atlas estava indo em sua direção com uma espada e pelos meus cálculos ele estava mirando em seu coração. Ela não ia ver isso.

         Sem pensar nem mesmo hesitar, corri para lá e fiquei na sua frente, a espada de Atlas bateu contra meu escudo e ela a passou até o meu braço, fazendo  um corte profundo. Atlas sorriu quando eu gritei, como se minha dor o satisfizesse, o que no caso, acontecia. Jully virou assim que ouviu meu grito e seu olhar mudou completamente.

         Eu nunca tinha ódio em um olhar, ela atacou o titã sem hesitar ou procurar se defender e em poucos minutos ela o derrotou. Ela virou e me viu caída, minha dor era tanta que eu não conseguia nem me mexer. Via formas de rostos me cercando e o único que pude identificar era o de Hades, que me carregava.

         Em poucos minutos, fui colocada em uma cama e me entreguei totalmente a dor. 


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Muito drama para um capitulo?
Beijos,
Carol.