Youll Be In My Heart escrita por Akimi chan


Capítulo 6
Capítulo 6




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      Alfred adorava todos os sabores e todas as cores de sorvetes, mas no momento ele não sentia o gosto do delicioso (e caro!) sorvete de morango com alguns doces e calda de mesmo sabor. Na verdade, Alfred tinha a impressão de que estava mastigando terra.

      Era tudo por causa de Arthur, que tomava pacificamente seu chá à sua frente como se à meia hora atrás não tivesse dado um ultimato em Alfred. No começo do almoço, antes de Arthur chegar, Alfred tinha realmente acreditado no plano de Francis. “Quem era melhor para dar conselhos amorosos do que o país do amor?” ele pensara.

      Mas pelo andar das coisas, qualquer um teria sido melhor.

      Nada tinha saído como o planejado. Ele não tinha Arthur corado, não tinha Arthur lhe perdoando e jurando amor eternamente a ele. Saiu tudo errado, pois quem tinha chegado para almoçar com Alfred não era quem Francis tinha dito. Mais tarde iria reclamar com ele, por que alem de estar agora numa sai justa com Inglaterra, ainda tinha gastado dinheiro à toa.

      A voz de Arthur lhe tirou de seus pensamentos.

- Eu tenho que voltar para casa agora, vou arrumar minhas malas. Ah, e eu estou terminando com você. - O pequeno inglês falou tudo isso como se estivesse comentado o tempo e Alfred ficou encarando o ser a sua frente.

      Como se termina algo que nem tinha começado?

- Iggy... Você não pode me deixar só por uma bobagem dessas. – disse em um tom quase suplicante.

      Por que mesmo que aquilo tudo que América tinha vivido nos últimos dias fosse mentira, ele não queria “terminar” com Inglaterra.

- Você já sabe minha condição, não vou repetir pela terceira vez. Nossa reconciliação está em suas mãos. E só um beijo, seu idiota! Se formos namorados realmente, como me consta que somos, não vai te custar nada! – O inglês disse irritado.

      América sentia o suor escorrer pela nuca. Arthur o estava pressionando, e ele estava prestes a entrar em pânico. Se ele beijasse Arthur, o loirinho ficaria com ele, mas quando recobrasse a memória o mataria e amaldiçoaria sua alma. Mas se não beijasse, iria deixá-lo ir e suas chances de realmente namorar aquele loiro teimoso, de quase nulas, se tornariam inexistentes.

      Arthur se inclinou sobre a mesa. Aquela hesitação por parte do namorado estava deixando-o com mais dúvidas do que antes. Baixou os olhos e viu que as mãos do americano tremiam. Suspirou, e colocou a suas mãos por cima das de Alfred.

- Gosto de você América, mais se continuar assim... Você não me dá opção, agindo dessa maneira como se não me amasse mais. - O que diabos era aquilo? Chantagem emocional?

      Inglaterra suspirou novamente, “isso não está dando certo” pensou com pesar, pois o garoto ao invés de se aproximar dele estava se afastando cada vez mais...

- Eu amo você Arthur, me desculpe se eu não ando demonstrando isso, mas... Hey!! Aonde você vai?!

      No meio de seu heróico discurso de desculpas, Inglaterra havia simplesmente se levantado e agora caminhava com total calma para a saída. Alfred demorou alguns segundos para perceber. Arthur o estava deixando!

      Isso não podia estar acontecendo, o inglês tinha deixado ele ali, se explicando como um idiota. Ele se levantou rapidamente e tentou gritar

- Arthur, me espera! Volta aqui!! – Mas quando já estava quase na saída, foi parado pelo mestre daquele lugar!

- O senhor não pagou a conta. – Aaaah isso lá era hora de falar em dinheiro!? Ele tinha que impedir que seu falso namorado fosse embora!

      Pensando assim, tirou a carteira do bolso e sacou um cartão de crédito.

- Vai rápido que eu tenho que ir atrás de alguém.

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Alfred parou na calçada em frente ao restaurante. Olhou de um lado para o outro e nem sinal do inglês. E ele nem tinha demorado tanto...

As ruas estavam cheias de pessoas há essa hora, saindo de restaurantes e cafés, toda aquela movimentação só estava dificultando Alfred à encontrar Arthur. Se ele não achasse Arthur, ele iria para casa e esperaria o britânico lá. Porque o inglês uma hora teria que voltar, todos os seus documentos estavam na casa de Alfred.

Começou a procurar com os olhos por aquele cabelo loiro que Alfred conhecia tão bem. Até que ele avistou eles, e o dono. Cabelos encantadores e  selvagens, que eram acariciados de leve pelo vento, e que as vezes cobriam os bonitos olhos verdes de Inglaterra.

América correu em direção do inglês, dessa vez ele não iria escapar.

-ARTHUR! AAAARTHUUUUUUR.

A voz escandalosa de Alfred gritando seu nome fez Arthur se virar para trás, para ser surpreendido por um americano o envolvendo num abraço de urso.

- O que você esta fazendo seu idiota? Largue-me! Nos não temos mais nada!

Se Arthur não estivesse preso naqueles braços de ferro, ele já teria socado Alfred.

- Não quero que você fique longe de mim. Você é meu namorado!

Alfred olhou para o inglês em seus braços. Devagar encostou a sua testa na do inglês, que por sua vez ficou mais vermelho que um tomate. Inglaterra sentia como todo o seu sangue estivesse acumulado nas bochechas

- O que você esta fazendo, América?! - Alfred roçou os seus lábios nos do inglês. Não era óbvio? Estava fazendo o que Inglaterra tinha pedido a ele na hora do almoço. Estava beijando–o.

Inglaterra sentia as bochechas quentes e uma sensação incomoda no peito. Quando América colou os lábios nos seus, sua primeira reação foi tentar se afastar, era estranho e aquilo não parecia estar certo. Mas não pôde evitar o arrepio que tomou conta de seu corpo quando sentiu o namorado o abraçou com mais força e assim aprofundar o beijo.

Alfred estava fazendo o que Arthur queria, e no meio da rua. Se sentia como num dos seus filmes de romance adolescente, quando o mocinho vê que estava sendo um idiota e corre atrás do amor da sua vida e os dois se beijam apaixonadamente na chuva.

Mas Alfred não era um adolescente que estava indeciso sobre o garoto, no seu caso, amado. Ele já havia se declarado, com direito à flores, pedidos de namoro feitos com ajuda de aviões e tudo mais. E agora ele estava ali, beijando Inglaterra de um jeito tão apaixonado, que por incrível que pareça estava correspondendo. Podia sentir os dedos de Arthur se enroscando no seu cabelo, o puxando mais para perto dele. A língua dele se enroscando na sua... Tudo isso era tão delicioso, eram tantos sentimentos num beijo só! Afeto, carinho, amor, tudo contido por tanto tempo que Alfred não sentia vontade de quebrar o contato que ele tinha esperado por anos.

Mesmo que sentindo que já era hora de se afastar do pequeno inglês para respirar, América não conseguia. Se sentia que se separasse do pequeno inglês, o encanto daquele momento mágico acabaria.

Alfred estava tão ocupado em aproveitar o momento que não notou quando o inglês, que ele tão carinhosamente beijava, abaixou o braço fechou o punho e bateu com ele em América.

Alfred se afastou de Arthur, estava até sem ar. Ele não estava fazendo nada de mais para ser golpeado assim, mas... E se a memória dele já havia retornado?!

Dobrou seu corpo, talvez assim a dor passasse mais rápido.

- Arthur, por que você fez isso? Achei que você quisesse que eu te beijasse.

O inglês apenas mirou o americano antes de responder com raiva.

- Eu queria, mas não frente de tanta gente! Nem na rua seu estúpido americano!!

Então só agora América se deu conta que eles ainda estavam parados no meio da calçada e que as pessoas paravam e olhavam para eles. Ele teve até a impressão de que duas estudantes tinham tirado foto dele e de Inglaterra.

- haaa Iggy eu tive que agir de improviso, você me deixou sozinho lá no restaurante. O herói não podia deixar as coisas desse o jeito... Hey para onde você está indo?

E mais uma vez o herói foi deixado para trás falando sozinho, enquanto o inglês ia andando na frente. Aquilo já estava virando costume por parte de Arthur, o deixar falando sozinho.

- Voltar para o restaurante, seu carro está estacionando perto dali.

Então América se lembrou que na pressa de correr atrás de Inglaterra ele havia esquecido o seu carro. Andou até onde Inglaterra o esperava com as bochechas rosadas e os olhos verdes ardendo de raiva e vergonha.

- oh Iggy você só me disse que queria que eu te beijasse, não exigiu hora nem lugar. Além do mais você estava terminando comigo, como queria que eu me lembrasse que você é um velho cheio de pudores?

Alfred apertou a mão de Arthur entre as suas, eram menores que as suas e mais suaves.

- Eu não sou velho. E não pense que só com um beijo você vai me fazer esquecer da sua conduta não só de hoje de manhã, mas do outros dias também.

Porque na verdade ele não sabia o que estava acontecendo, e como ninguém falava nada ao pequeno inglês tinha que descobrir por si próprio e com isso acabando por tirar conclusões precipitadas.

No começo ele havia creditado na historia do namorado sobre estar cheio de trabalho, são tempos difíceis e as coisas não andavam lá muito boas. Mas depois aquela desculpa não o convencia mais. Hoje pela manhã ele chegou a pensar que o americano o estava traindo. Era a única resposta para o comportamento estranho dele.

Mas agora olhando para o namorado que o puxava para cada vez mais perto, e que sorria como um idiota para si... Alfred podia ter lhe traído com França para ser independe dele, mas traí-lo como namorado... Ele não seria tão idiota.

- Eu comecei a desconfiar eu você estava me traindo, Al. - América parou de falar no mesmo instante, eles estavam parados em frente a seu carro novamente na entrada do caro restaurante.

- Eu nunca faria isso, Iggy.

Mesmo que ele já estivesse feito uma vez. Mas aquela situação de anos trás era diferente daquela.

- Você não seria tão idiota Alfred de me trair, e se fizesse... Bem, eu mesmo me certificaria que você não fizesse mais.

Arthur dirigiu os olhos verdes para as calças do americano, como um olhar sugestivo de que parte do corpo do americano sofreria sua horrível vingança caso Alfred resolvesse pular a cerca. E em um ato involuntário  América se afastou de Inglaterra, que sorria docemente como se não tivesse acabado de ameaçar a sua heróica pessoa.

Às vezes Alfred se esquecia por conta da aparência quase delicada que Arthur tinha, que ele era muito perigoso. Caminhou até o lado do motorista e entrou olhando bem para Arthur, sentado no seu lado. Talvez Francis tivesse razão. Ele tinha que aproveitar aquela chance para fazer Arthur se apaixonar por si.

O carro deslizou e se juntou aos outros na rua, naquele frenético movimento de cidade grande.

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Enquanto isso, lá na outra calçada, alguém tentava se esconder atrás de um arbusto, que era pequeno para o seu tamanho. Francis espionava América e Inglaterra.

É claro que ele não iria ficar na sua casa com toda aquela diversão na casa de América. Na verdade, ele tinha pegado um vôo para a casa de América umas poucas horas depois do inglês e o americano terem feito o mesmo.

Tinha tirado tantas fotos de Alfred e Arthur nesses últimos dias... Alfred corando, Arthur roubando um pequeno beijo dele, Arthur trocando de roupa, Arthur trabalhando no jardim, Arthur tentado cozinhar!

Inglaterra nunca tinha lhe parecido tão fofo, somente quando era criança e se irritava por qualquer coisa que Francis dizia.

Olhou para mala cheia de aparatos tecnológica para espiões. Um pouco ele havia pegado “emprestado” de Inglaterra, outro era dele. Porque Francis precisava do melhor para sua mais incrível missão de espionagem. Porque França tinha como obrigação mostrar para o mundo que Inglaterra tinha um lado doce.

Sorrindo de um jeito bem... Bem francês, Francis se pôs a olhar a tela do seu celular, onde ele havia colocado um rastreador no carro do bobo do América. Agora era correr até onde eles estavam e aproveitar a festa.

Era hora do pais do amor entrar em ação!

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- Hey Iggy, tem um cara vestido de preto nos seguindo faz quase meia hora.

 Eles estavam no shopping à tempos e aquele homem ainda os seguia, achando que não tinha sido visto. América tomava alegremente o seu quinto milk-shake, cortesia do seu namorado, enquanto ele e Inglaterra se encaminhavam pra o cinema.

Depois de ver que o plano bolado de Francis não tinha dado certo, o americano teve que improvisar.

Então o plano de improviso era: ir ao cinema com Arthur, onde veriam um filme, depois lanchariam na praça de alimentação. E mais tarde iriam para casas felizes e contentes.

- Ignore. É só um idiota.

Era só o idiota do França achando que ninguém estava o vendo. O que era improvável já que até uma criança de seis anos o tinha visto. Só o idiota que continuava se escondendo e tirando mais fotos.

Inglaterra pegaria aquela câmera e daria um fim nela, daria uns bons cascudos em França por se intrometer em intimidade.

- Iggy, você vai me pagar a entrada do cinema né? - Alfred falou animadamente.

- Não. - Seco sem dar chances a réplicas ao outro.

Que cada um pagasse o seu. América era muito cara de pau por pedir que ele pagasse o seu ingresso, já que fora o mesmo que o convidara para ir no cinema.

- Quê? Por quê não? Achei que você era um cavalheiro, Iggy! - O inglês olhou para o namorado, Alfred só  lembrava daquelas coisas quando era conveniente para si.

- você só lembra que eu sou um cavalheiro quando lhe convém! Além do mais, foi você que me convidou, porque então eu deveria pagar?

América inflou as bochechas, que belo namorado ele foi arrumar...

- Porque eu paguei o almoço. Nada mais justo que você pagar o cinema e depois o lanche.

Inglaterra sabia que América não pagaria droga do cinema.

- Ok eu pago.

Alfred abriu o seu melhor sorriso para o seu inglês, se ele soubesse que namorar, mesmo que esse namoro entre Arthur e ele era falso, Arthur fosse tão bom, ele teria se empenhado ainda mais para fazer Arthur se apaixonar  por ele.

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Arthur nunca tinha se divertindo tanto ao ver um filme de terror. O inglês guardaria para sempre na memória a expressão de desespero que o americano teve ao ver o filme de terror.

É claro que o americano mencionado alegou que não estava com medo, e que ele só estava abraçando o namorado por que estava frio ali dentro, o ar-condicionado era muito potente.

- Era só um filme Alfred, feito num estúdio e devo acrescentar com efeitos especiais meios pobres. - Arthur comentava com o namorado, enquanto o mesmo abria a porta da casa que eles moravam.

- Não sei por que você está falando isso, Iggy. - Arthur olhou para as costas largas do país à sua frente.

Inglaterra sabia que estaria mentido se dissesse que não estava feliz de Alfred estar mais caloroso, não era que ele tivesse esquecido a atitude estranha do americano de antes, era só que, por hora, aquilo não parecia tão importante.

Alfred sentiu Arthur lhe abraçar e colar-se nas suas costas.

- O que foi, Iggy? Fiz algo de errado? - América teve como resposta só alguns resmungos. Virou-se até ficar de frente para Inglaterra e ver suas bochechas rosadas.

-Era aqui que era para voc... - Alfred não entendeu a última parte, já que saiu bem mais baixa que o normal de uma pessoa.

Antes que Alfred pudesse pedir para o inglês entre seus braços repetir a última parte, os lábios de Arthur se colaram aos seus. Aquele arrepio gostoso  percorreu todo o corpo do americano e Alfred não sentia mais nada, só Arthur.

Tudo que importava no momento era Arthur.

Os passos trôpegos em direção ao sofá, os lábios não se desgrudando nem por um segundo. Alfred não soube muito bem como chegou ao sofá, nem como foi parar em cima de Arthur, o beijando com voracidade.

O moletom do americano foi jogado em um canto da espaçosa sala junto com seus óculos. O suéter de Arthur teve o mesmo destino, enquanto camisa social tinha os primeiro botões abertos. Era um desejo contido por tanto tempo, que nublava os olhos de Alfred. Ele queria tanto aquele inglês cabeça dura que chegava a doer.

Não conseguia refrear seus desejos, desejos que o faziam beijar e morder aquele pescoço pálido. De ouvir o seu nome ser chamado de um modo sôfrego e sexy. América voltou a beijar os lábios vermelhos do inglês, cada vez mais apaixonado.

Até que Arthur se separou do americano para respirar e numa voz rouca perguntou:

- Vamos pra cama?


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Notas finais do capítulo

Gente mais um capitulo para voce minhas adoradas leitoras!!
as coisas estam ficando quentes...literalmenteXD
mais uma vez obrigada pela ajuda da incrivel Jojo,que consegue usara todas aquelas regrinhas de portugues.Ela nao e incrivel?
espero voces no proximo capitulo.
beijos gabi!



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