Outono Em Paris escrita por alebazi


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

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Quando acordei, na terça-feira, e olhei no calendário, já era dia 19.

Vesti-me e sai às pressas à floricultura mais próxima.

_bom dia – disse eu ao vendedor.

_bom dia – retribuiu

_O senhor tem lírios?.

_Eles estão naquela prateleira – disse ele, apontando para a prateleira.

_Obrigada – disse eu, indo em direção a prateleira.

Escolhi Lírios brancos, os preferidos dela,e fui para o cemitério.

Ao parar em frente a lapide dela,me veio um turbilhão de emoções,não havia ido até lá desde o seu enterro.

Os meus olhos já estavam escorrendo lagrimas.

Deixei então os lírios em cima do tumulo.

E então comecei a falar bem baixinho, não, não estava louca, estava sim falando sozinha, mas, de alguma forma eu tinha a esperança de que ela pudesse me ouvir.

_oi querida, como você está?Bem, hoje é dia 19 e como você sabe é a data do nosso namoro, e como tradição, sempre lhe dava lírios dia 19,para comemorar este dia.,e não vai ser agora ,que será diferente. – disse eu bem baixinho .

Antes de ir para casa fiquei um pouco sentada na beira do tumulo dela,relembrando do nosso ultimo dia 19 juntas.

‘’_parabéns, por me agüentar todo esse tempo, tome o seu prêmio-eu falei lhe entregando os lírios e sorrindo.

_É muito mais fácil eu te agüentar do que você me agüentar-disse ela antes de me dar um beijo e pegar as flores.

_é verdade eu devo gostar muito de você para te agüentar, sua chata de galocha - falei brincando.

_eu amo Lírios - disse ela.

_Foi por isso que eu os comprei – disse eu.

_Você sabe o significado dos Lírios - me perguntou.

_ Não, você sabe?

_O significado dos Lírios é... Eu te desafio a me amar – disse ela sorrindo.

Sorrimos uma para a outra ao achar muito conveniente aquele significado. ’’

Ao me levantar para ir embora eu disse ‘’eu te desafio a me amar’’, nesse instante as copas das arvores balançaram suavemente e algumas folhas saíram das arvores para se aventurar na leve brisa que roçou a minha face.

Não sei por que isso me deu uma paz tão grande, parecia que era ela beijando de leve meu rosto.

E então voltei para casa, a passos leves e curtos.

Ao chegar em casa a primeira coisa que fiz foi ver o caderno que não havia visto pela manhã.

‘’terça-feira

Não conte o tempo pelo relógio.

Não conte as tristezas pelas lágrimas.

Não conte as derrotas pelo fracasso.

Mas,sim,conte as alegrias pelos sorrisos.

Eu te amo’’

Ela sempre gostou daquela frase, acho que ela sabia que se parecia com ela.

Naquele dia me senti renovada, acho que aquela brisa era verdadeiramente ela.

Estava mais entusiasmada para ir a Paris.

Eram ainda cinco da tarde, então sem nada para fazer, resolvi assistir o filme favorito dela: Ps. Eu te amo. Deitei no sofá enrolada nas cobertas e coloquei o filme para rodar, exatamente como fazíamos nas tardes de sábado.

Ao terminar o filme tinha a certeza de onde ela havia tirado, a idéia do caderno, no filme eram as cartas, mas eu não lia cartas deve ser por isso que ela decidiu o caderno.

Nunca gostei muito daquele filme, mas, ela o amava.

Hoje foi diferente, me emocionei tanto com o filme que chorei incontrolavelmente, acho que agora eu havia visto a essência, que ela via naquele filme.

Já eram 8 horas da noite, e eu já sem nada para fazer, decidi dormir.

Sem ela meus dias ficavam curtos e entediantes, eu só esperav uma hora razoável pra me jogar na cama e ficar por lá mesmo.

Peguei o caderno e comecei a escrever antes de me deitar.

‘’hoje é dia 19 minha querida, parabéns por me amar por tanto tempo.

sei que ainda está por aqui em algum lugar,eu posso te sentir.

Sei que aquela brisa que senti hoje, foi você beijando a minha face.

Sei que ainda cuida de mim mesmo não estando por aqui, é isso que me faz te amar mais e mais.

Também sei que queres que eu encontre outro amor era isso que disse em uma das mensagens, mas, não sei se consigo.

Eu te amo. ’’






‘’deitadas em um campo, verde e florido, estava eu e ela ,em baixo de uma arvore.

_aquela parece um coelho – disse ela

_E aquela um coração – disse eu.

Dizíamos nós ao observar as nuvens.

_não podes viver, lamentando a minha perda – disse ela

_não consigo viver sem sua presença – eu disse

_precisa seguir em frente – falou ela

_não posso, não consigo – disse eu me lamentando

_você pode sim, você vai conseguir minha querida – disse ela me abraçando.

_não quero ir para Paris – disse a ela

_Você tem que ir! –quase ordenou ela.

_Por que preciso ir? – perguntou ela.

_Para me dizer como é – disse ela, parecendo me esconder alguma coisa.

_É verdadeiramente só isso? – perguntei

_eu te amo – disse ela mudando de assunto. ’’

Quando eu ia dizer que a amava, acordei repentinamente do sono, que foi breve.



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Notas finais do capítulo

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