Os Arquivos Perdidos - Humanien escrita por Noni


Capítulo 6
Missão.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente a ação vai começar, já estava na hora né? Eni vai ficar fodástica, usando todo seu conhecimento e treinamento nessas batalhas, eeeeee.... esse capítulo eu dedico totalmente ao meu amg linds Luciano Castro (Pode comemorar Lu u_u), ele é o personagem novo que irá aparecer *------* sim, mts personagens vão começar a aparecer agora, nada confuso, apenas um time fodástico irá surgir, muhahahahah, agora chega de blábláblá e vamos ao que interessa ;--;
Boa Leitura ♥



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Não sei quantas horas passei deitada na cama, minhas lágrimas haviam sido completamente secadas. Um cheiro apetitoso percorria meu quarto, ouvi meu estômago roncar. Decidi que era hora de levantar, tomei um banho e logo em seguida vesti um vestido curto, ele era acima do joelho, sua cor azul marinho, muito simples, não gostava de estar na moda e nem de ser extravagante; roupas simples e confortáveis eram o que eu mais gostava.

Saí do meu quarto e fui direto para cozinha, lá estava Spanner na beira do fogão cozinhando nosso prato favorito, Mussacá (Carne de carneiro com berinjelas, tomates, ervas, cebola, azeite entre outros temperos).

– Acho que consegui fazer com que alguém saísse do quarto. – Disse ele sorrindo para mim.

– Não fique todo alegre, você jogou sujo, fazer logo nosso prato favorito. – Eu estava completamente séria.

– Acho que faria muito mais só para você sair de lá e passar algumas horas comigo.

– Está flertando comigo Spanner? Tentando me conquistar pelo estômago? Desista. – Sorri maliciosamente.

Seu sorriso se tornou mais largo, mostrando seus dentes alinhados e suas covinhas, me fazendo corar.

– Olha que não desisto fácil, como eu disse, faria de tudo.

Por um momento desviei o olhar, não podia levar isso adiante, não era o momento certo de viver paixonites, ainda mais com o Spanner.

Spanner não disse nada, apenas nos serviu. Sentei-me frente a ele na mesa, provando o seu Mussacá, que realmente estava apetitoso, como sempre.

– Hm... Tá maravilhoso, pena que não tenho esse dom pra cozinhar! – Sorri.

– Se quiser eu te ensino, antes de ir...

– Porque você não vai voltar. – Completei a frase. Era incrível minha mudança de humor, uma simples lembrança ou palavra fazia com que eu o mudasse rapidamente. Fitei a comida por alguns instantes.

– Não confia em mim?

– Confiar... Confio sim, mas tenho medo, ainda o tenho. Afinal nunca se sabe quando um Mog vai tirar você de mim, e eu não sei se estou pronta para outra perda.

– Fico feliz que ainda se importe comigo, mas não vai acontecer nada, afinal sou um gênio. – Ele bateu no peito todo orgulhoso de si mesmo, esbanjando seu sorriso cativante. – Mas antes de ir, preciso que você saiba de algumas coisas... Aqui vai sua primeira missão.

– Primeira missão? – Disse aflita. – Quer dizer que finalmente vou entrar em ação?

Ele riu.

– Sim, e vai poder matar quantos quiser. Por favor, Eni, não leve muito a sério uma luta contra eles, pense que tudo é um jogo, faça com que ele jogue de acordo com suas regras, alguns vão tentar te manipular, vão tentar te capturar viva, mas faça como seu pai, escolha a morte do que ser capturada...

Meu coração acelerou, me matar seria a melhor saída? Olhei preocupada.

– Não me olhe assim, estou te ensinando algumas coisas antes de ir. Queria saber se realmente você quer fazer parte dessa Guerra? Saiba que você ainda tem uma chance de viver, eu posso cuidar de tudo por você, mas a escolha é sua, pelo o que e por quem vai lutar?

– Essa resposta é fácil, com certeza vou fazer parte dessa Guerra e vou acabar com todos eles. Minha luta é para salvar minha própria alma da escuridão, não perdoarei pelos atos ruins que fizeram e... Lutarei por mim, por você, pela Garde e pelo amanhã. Não vou morrer nem tão cedo, não tenho planos para isso. Além do mais se eu for capturada, prefiro que arranquem cada pedaço do meu corpo do que falar alguma coisa, sempre existe saída, e a morte nem sempre é uma delas. – Sorri orgulhosamente, porque estava feliz com minha resposta e ela não mudaria tão fácil assim.

– Estou contente que pense assim. – Seu sorriso se alargou. – Abri uma conta bancária para você, imaginei que não iria desistir do seu destino, e como você irá precisar de dinheiro... Há uma vez lhe mostrei a foto de um garoto, é provável que ele esteja no México, na cidade de Valle del Chalco, sua missão é ir até lá e cuidar dele, acredito que os Mogadorianos o estão caçando. O avião sai as Seis da manhã, não precisa levar nada de arma, tem uma base na Cidade de León, o que não falta é armamento lá. E preparei vários documentos falsos para você e Zeus.

– Zeus? – Engasguei. – Não acredito que ele irá comigo, assim que eu morro mesmo, morro de medo, de susto, de desespero...

Ele riu alto.

– Eni... Lydron também irá, como um bichinho de estimação. Todos vocês precisam estar juntos, ainda mais agora.

***

Ao amanhecer, me despedi de Spanner, não conseguia me conformar com o fato dele partir, mas como não tínhamos escolhas, tive que aceitar.

A viagem foi longa até o México, já estávamos na Base, ela era pequena, parecia mais um galpão, toda bagunçada e cheia de computadores e armamentos, Lydron correu para dormir no pequeno sofá que havia lá, enquanto Zeus estava analisando os dados nos computadores.

Não havia falado nada com ele durante a viagem e nem sei se falaria agora, não tinha o que contar e a voz dele era assustadora, mesmo ele tendo sua aparência “bonitinha”, como Spanner podia jogar tão sujo comigo? Zeus tinha cabelos negros, pele branca, ele tinha o corpo bem definido e seus olhos, tão azuis e fundos, para um Humanoide ele era muito arrumadinho e “atraente”.

– O que foi Eni? Tem algo de errado comigo?

Gelei, ele estava de costas para mim, como saberia que eu estava olhando-o?

– N-não, na-nada. – Gaguejei. – Só estava admirando o belo trabalho de Spanner. – Corei. O que eu acabei de falar mesmo? Admirando? E se ele entendesse errado? Ele apenas sorrio, e era algo assustador.

– Aqui está o endereço, você precisa ir para lá.

– Ir aonde?

– Encontrar o menino, já esqueceu?

Sorri.

– Podemos descansar só um pouco? E eu acho melhor ir lá à noite.

– Desculpa, às vezes esqueço que uma parte sua é Humana.

Encarei alguns segundos, por acaso ele estava debochando do meu cansaço?

– Isso é algo ruim para você? Tem algo contra Humanos? – Disse séria.

Ele me encarou também.

– Não tenho nada, mas você é diferente...

Interrompi.

– Diferente como? Isso é preconceito sabia! – Ri de mim mesma, um Humanoide tendo preconceito, este mundo estava fora de controle, aliás, o meu mundo estava.

– Humanos se cansam rápido, diferente de Lorienos. E você é bonita demais, vi vários filmes e nenhuma garota era igual a você, porém, suas pernas são muito parecidas com as de uma Humana.

Senti a pele do meu rosto queimar, que tarado, um humanoide me tarando, Spanner realmente estava nele. E como ele notara minhas pernas? Olhei com raiva para ele.

– Que tipo de filme é esse que você anda vendo? E nunca mais olhe para minhas pernas e outra parte sequer do meu corpo, TARADO!

– O que eu disse de errado?

– Você ainda pergunta?!?

Sai dali no mesmo instante, era muito pra mim. Ele realmente era assustador.


Ao anoitecer, peguei todo tipo de equipamento necessário e uma moto Kawasaki 2750 preta, Lydron foi comigo, enquanto Zeus ficara na Base me dando apoio pelo rádio. Deixei minha moto a poucos quilômetros da casa do “menino”; a casa dele era bem simples e de dois andares, sua tinta estava descascando e não tinha vidro em algumas janelas. Uma luz se ascendeu no andar de cima, e logo em seguida se apagou, estava certa de que ele estava ali, mandei Lydron vigiar aos arredores do bairro. Notei que não havia ninguém no andar de baixo, usei uma presilha de cabelo para abrir a porta, mas ela não abriu “Droga nos filmes isso sempre funciona!”, então usei uma arma silenciosa para abri-la, fez um pequeno estralo, entrei e notei que ele não ouvira o som senão já estivera descido. Subi as escadas e a cada passo leve que eu dava elas rangiam baixo, finalmente cheguei ao quarto, sua porta estava aberta, entrei, e lá estava ele dormindo, tentei me aproximar sem fazer muito barulho, mas o chão da casa estava podre, um som rangeu tão alto que fez com que ele acordasse e sacasse sua arma para mim, fui rápida, chutei o braço que ele segurava a arma, fazendo com que ela voasse longe, porém, ele me segurou pelo braço, me dando um soco forte no estômago fazendo com que eu caísse de dor. Notei que ele vinha para cima de mim com o punho esquerdo cerrado, reagi rapidamente, segurei-o com minha mão direita com tanta força o trazendo para mais perto de mim, dei um chute com o joelho em sua barriga, ele urrou de dor, porém não desistiu, usou sua mão direita para me dar um soco no queixo, cambaleei para trás um pouco tonta, tentei recuperar o foco, ele vinha em minha direção, reagi rápido, dando um chute certeiro nos seus testículos, golpe baixo, mas fez com que ele se encolhesse no chão urrando de dor.

– Quem é você?!?

– Sou Eni Michaelo e estou aqui para ajudar você, sou sua aliada e lutarei ao seu lado contra os Mogadorianos, claro se você desejar isto.

Ele apenas sorriu de alivio, ainda debruçado no chão podre.

– Prazer, eu sou Luke Assue, e acho que aceito sua oferta.

Estendi minha mão para ele, sorrindo. Porém quando ele tocou, um estrondo soou alto lá embaixo e ouvi urros de bestas se aproximando.


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Notas finais do capítulo

OMG! O que irá acontecer agora? No próximo com certeza terá mt mais ação, já que é apenas o começo... ( eu tentando ser misteriosa D: ) trágico muhahahahaha, enfim... até o próximo, beeeijos Leila Lopes ;*



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