The World Comes Down escrita por koyuke


Capítulo 6
Capítulo 6




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Conforme se aproximavam do prédio em que Alice morava os grunhidos dos zumbis se tornavam cada vez mais alto, o som era tão intenso que perturbava os quatro, principalmente as duas garotas, que ainda não conseguiam acreditar que esse caos todo ocorreu em apenas algumas horas.

. . .

Cerca de 10 metros do apartamento notaram, para seu alivio, que os sons vinham de outra direção, e que o prédio estava aparentemente vazio, então resolveram entrar, e com toda a cautela possível abriram a porta de vidro da entrada, olharam atentos na recepção e começaram a subir silenciosamente as escadas até o décimo andar. Quando chegaram no apartamento, que ficava no fim do corredor, notaram que a porta estava meia aberta, Alice não se conteve e entrou correndo e para sua surpresa, ou talvez decepção, o apartamento estava vazio, ninguém em nenhum dos cômodos. Alice se desesperou e entrou em choque, “onde estariam seus pais? Ainda estariam vivos?”, começou a chorar e se atirou com força nos braços de Tiago, fazendo com que ele tropeçasse no tapete felpudo no centro da sala e caísse sentado sobre o mesmo com a garota em seus braços, nesse instante subitamente a televisão ligou.

“-... esse caos está se espalhando no mundo inteiro, ainda não se sabe ao certo o que seja e quem é o responsável por isso, mas acreditamos que seja algum tipo de vírus extremamente contagioso, pedimos à todos que não saiam de casa, protejam as portas e janelas e aguardem por mais informações, até que isso se resol... – um zumbi apareceu no estúdio de onde a reportagem era transmitida ao vivo e mordeu a jornalista – AHHH!!! SOCORRO, ME SALVEM!!!” – e após isso o canal saiu do ar, e os quatro ficaram pasmos em saber que aquilo não se tratava de uma brincadeira de mal gosto, e o pior de tudo, a catástrofe era em âmbito mundial e não existia mais lugares seguros.

 - Ficar em casa? Essas coisas arrombam portões e ainda acham que uma barricada ira proteger as pessoas? – vociferou Richard indignado.

 - Mas talvez seja mais seguro fazer isso – disse Yui.

 - Ele tem razão, não existe mais um lugar seguro, e mesmo que ficarmos numa casa, a segurança será momentânea – disse Tiago abraçando um pouco mais forte Alice, que ainda estava em estado de choque – talvez devêssemos ir à delegacia pegar armas de verdade, combate corpo-a-corpo pode ser perigoso quando muitos deles se aglomerarem, armas pelo menos nos permite mata-los de uma distancia segura.

 - E se alguém já pensou nisso? E se tiver infestado de zumbis lá? Mesmo que seja uma boa idéia é arriscado – disse Richard.

 - Vou pensar um pouco – falou Tiago soltando Alice devagar, se levantando e indo pra porta – caso vocês se decidam no que fazer eu estarei lá em cima no telhado.

 - Mas – antes de Richard poder continuar Tiago saiu e deixou os três lá, Richard em pé falando sozinho, Yui se esforçando pra ficar calma e Alice ainda chorando no tapete.

Depois de subir três lances de escadas Tiago já estava no terraço do prédio, se dirigindo devagar a beirada do prédio, o vento era forte, e com ele vinham os sons gerados pelo caos. Dava para ver algumas colunas de fumaças se erguendo do centro da cidade, talvez fossem prédios em chamas, pessoas correndo e gritando enquanto eram atacadas, pareciam pequenas formigas naquela distancia, mas algo chamou sua atenção, cerca de umas 6 quadras dali estava o que gerou o barulho que eles ouviram lá embaixo, dezenas de zumbis cercavam o hospital da cidade, uma visão perturbadora para mentes fracas e desesperadas, mas como sobreviver era mais importante do que salvar pessoas que provavelmente estariam mortas em alguns minutos. Tiago se dirigiu à beirada oposta do prédio, onde tinha uma visão boa do caminho até a delegacia, e para sua sorte o caos as suas costas havia atraído todos eles, de forma que o caminho estava deserto. Após pesar um pouco e observar atentamente resolver descer novamente e comunicar a situação aos outros. Desceu correndo as escadas e chegou ao apartamento ofegante, e se escorou na porta e disse:

 - Tenho duas noticias, uma boa e uma ruim, qual vocês querem primeiro?

 - A boa – disse Richard.

 - Ah não, se eu falar a boa a ruim não tem graça, é o seguinte: ta um ínfero no centro da cidade e os zumbis estão se juntando lá porque provavelmente há sobreviventes, a boa é que graças à isso o caminho até a delegacia está deserto, pode parecer maldade minha não querer salva-los, mas é porque vai ser impossível, temos que ir até a delegacia e voltar em 4 horas no maximo, ai fazemos uma barricada nas escadas e passamos a noite aqui, e pela manhã a gente pensa em algo, alguma duvida ou oposição?

 - Por que dormir aqui e não na delegacia? – disse Richard

 - Simples, porque não conhecemos o local bem, alem de que outras pessoas podem acabar pensando nisso, próxima pergunta.

 - O que garante que ainda não fizeram isso? – disse Alice ainda abalada.

 - Nada garante, só que pensaram no hospital primeiro, o que me leva a concluir que esqueceram as armas por julgarem isso uma doença tratável ou algo assim, mais algo?

 - E se formos pegos desprevenidos aqui durante a noite? – disse Yui.

 - Esse prédio só tem um único acesso aos andares, que é a escada, diga-se de passagem que isso é contra as normas de segurança, mas deixando isso de lado, se criarmos uma barricada eles não sobem, e se ficarmos aqui no alto eles não nos ouvem e muito menos nos vêem, se é que eles enxergam. Mais alguma coisa?

 - Sim – disse Richard.

 - O que agora?

 - Desde quando você começou a pensar e ser maduro?

 - Desde que parei de me importar com o mundo, ou algo assim.

 - HAHAHA. Vamos lá então, é bom não sermos surpreendidos por ninguém viu? HAHAHA.

 - Duvido que isso ocorra – fez uma pausa e olhou para Alice – você consegue vim com a gente?

 - Não sei, ainda estou meio mole por causa da situação.

 - Você quer vir?

 - Sim, mas não sei se eu consigo.

Tiago pegou o braço direito dela e o colocou em volta do próprio pescoço e a segurou pela cintura, fazendo-a ficar encabulada.

 - Assim esta bom ou você prefere que eu te carregue.

 - Assim esta bom, obrigada.

 - É minha obrigação, não prometi que iria cuidar de você? – falou chegando mais perto e olhando em seus olhos.

 - Obrigada – desviando o olhar – Vamos logo, só temos algumas horas até que a noite chegue.

 - Essa fala é minha, vou cobrar mais tarde HAHAHA.

 - Seu bobo HAHA.

Então saíram todos e começaram a seguir para a delegacia, cerca de 8 quadras do prédio.


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