The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 5
shock, impact, shock




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"Enquanto olhava para eles, uma mão me agarrou..."

- A senhorita é a Kath?

Quando ouvi o meu nome virei-me para trás e dei de caras com um tipo bastante medonho, devia ter cerca de 1,90m e parecia um armário...

- Sim, sou eu mesma...o que deseja?- perguntei assustada.

- Importa-se de me acompanhar até lá fora?- perguntou-me ele.

Fiquei com receio mas acabei por aceitar. Avisei Cloe de que ia sair e que se demorasse para ir ver se estava tudo bem. Notei que ela ficou preocupada mas eu não lhe expliquei nada.

Quando saí o homem estava ao lado de minha mãe que estava algemada.

- Filha, nada do que te digam é verdade!....- disse ela chorando.

- O que se passa? Porque me trouxe cá fora? E porque está ela algemada?- perguntei aquele brutamontes.

- Em primeiro lugar sou o tenente Martinho da Silva. E em segundo lugar, a sua mãe está a ser acusada por homicidio.

- O QUÊ?- gritei em choque...- Mãe, diz-me que é mentira!

- É mentira!..- disse ela chorando.

- Posso ter um tempinho com ela?- perguntei ao tenente que simpáticamente me cedeu 10 minutos. - Mãe.... porque estás a ser acusada?

- É complicado...- disse a chorar, quase não a percebi- eu estava no sitio errado, á hora errada....eles juntaram 2+2 e puseram logo a solução de que eu era a culpada...mas não fiz nada! Não fiz! Tu sabes bem que não, tu conheces-me...!

- Tem calma mãe...eu vou fazer tudo para provar que estás inocente...mas  e quem foi a vitima?

Quando perguntei quem foi a vitima a minha mãe simplesmente me olhou, não conseguiu falar e começou a chorar ainda mais.

Aquilo não estava a acontecer...tinha de ser um pesadelo..

O tempo tinha acabado e então o tenente levou a minha mãe para o carro policial.

- Desculpe, mas quem foi a vitima?- perguntei assuatada e em choque com aquilo tudo

- João Soares. Conhece?- perguntou-me ele

- Claro que sim...- respondi ainda mais em choque.

João Soares era o meu padrinho....aquele padrinho que eu nunca tinha conhecido mas gostava de conhecer.

O que se estava a passar? Porquê no dia do meu aniversário? Nada fazia sentido...

Fiquei sem forças e deixei os joelhos irem ao chão, levei as mãos ao rosto e comecei a chorar.

- Kath?- ouvi a voz de Thomas do outro lado da rua.- Que se passa?

- Thomas...- apenas consegui dizer enquanto ele me abraçava.

- Aquela não era a tua mãe?- perguntou-me ele vendo o carro policial a virar a esquina...

Chorei apenas. Como haveria de dizer a alguém que a minha mãe estava a ser acusada por homicidio? Aliás por homicidio do irmão dela? Não acreditava que ela o tinha feito, eu conhecia-a bem e depois havia a escola naval...faltava tão pouco tempo para a minha partida que eu teria de adiar a viagem por um tempo inderteminado, pois precisava de tempo para provar a inocência da minha mãe.

Thomas levou-me até um banco e sentámo-nos lá. Deitou a minha cabeça no seu ombro e deixou-me chorar á vontade. Ligou ao meu pai, que lhe disse o que se tinha passado e vi na cara dele que ele ficou surpreso, chocado, sem saber o que fazer e receoso ao mesmo tempo.

- Não precisas de ficar assim...tenho a certeza que a minha mãe é inocente!- disse fria

- Não estou a pôr isso em causa...

- Leva-me para casa...- pedi ainda fria

Ele assim o fez, julgo que tenha avisado a Cloe do que se tinha passado pois a festa acabou imediatamente  e ela não fez pergunta nenhuma quando ele lhe disse que eu já não dormiria lá em casa.

Quando cheguei o meu pai estava no sofá, abraçado á minha irmã Anne que estava a chorar no ombro dele.

- Estás bem?- perguntou-me ele

- Como é que eu haveria de estar?- perguntei

Não esperei pela resposta dele. Subi para o meu quarto, tomei um banho de água fria, e vesti o pijama. Deitei-me na cama com esperança de que o sono me adormecesse. Ou então que este pesadelo acabasse e quando acordasse no dia seguinte nada teria passado disso mesmo: um sonho mau.

(...)

A noite estava a ser insuportável, as horas passavam de vagar, o sono não vinha e pior do que tudo: a minha mãe estava presa!´

"Como estás? Julgo que ainda não estejas a dormir."-era Thomas

"Desculpa ter sido tão fria ao bocado. Estou...ora não sei como estou! Jugas-te bem...não consigo dormir..."

"Amanhã queres que eu vá contigo até á esquadra?"

"Não te vou incomodar Thomas?"

"Trata-me por Tom, não não incomodas..."

"Obrigado sendo assim. Agora dorme, para zombi bastarei eu... xx"

"ès linda de qualquer modo sua tolinha. xx"

Thomas estava a ser um grande amigo. Teria de lhe agradecer mais tarde. Neste momento apenas queria descubrir uma boa forma de salvar a minha mãe. 

Como não conseguia dormir decidi ligar o computador. Numa revista cor-de-rosa, já tinha sido noticiado a prisão de minha mãe. "Pe quena empresária é principal suspeita de homicido" era o titulo e tinha uma foto da minha mãe por baixo. Fiquei completamente enervada com isso, era só o que faltava! Antes era uma mera empresária e agora só porque foi presa virou noticia...

(...)

Tinha-se passado uma semana desde a prisão de minha mãe. O meu pai já tinha arranjado advogado e esse mesmo me tinha aconcelhado a ir para a escola naval. Segundo ele seria mais fácil eu saber os direitos da minha mãe e seria mais fácil arranjar provas pois teria mais contactos.

Decidi então ir falar com a minha mãe antes de decidir alguma coisa.

Peguei no telémovel e liguei a Thomas.

- Alô?- ouvi a voz dele do outro lado da linha

- Olá, sou eu...a Kath...será que podes vir comigo á esquadra?- perguntei cabixbaixa

- Claro! Isso nem se pergunta!Daqui a 10 min chego a tua casa.

- Obrigado.

Desliguei

Quando cheguei á esquadra a minha mãe estava com uma má cara.

- Não dorme desde que veio para aqui...isso não está bem mãe. Tem de dormir para ganhar forças...nem Napoleão ganharia alguma coisa sem dormir...- falei

- È dificil, sabes que estou a ser acusada de algo que não fiz...

- Mãe? Pode me contar tudo, mas tudo mesmo?  Não quero que me esconda nada...nada mesmo...

- De que falas?

- Do que lhe parece? Do meu padrinho, claro. O que se passou? Porque recebi o fio dele e pouco depois sei que ele morreu?- perguntei meio fria

- Não tenho a certeza de nada...- vi na cara dela que estava a mentir, isso só serviu para me enervar

- Mãe chega! Chega de mentiras! Não está em causa se pode ou não contar, está em causa que vai contar!

- É complicado filha, não quero que sofras, o teu padrinho foi demasiado bom...nada do que ele fez....- olhei-a bastante fria e isso serviu para ela mudar de conversa- ok....eu conto, mas é algo muito, muito, muito sério.

- Estou á espera....

- O teu padrinho matou um homem..- ouvir aquilo deixou-me ainda mais em choque...- quando  fui até a casa dele para falar com ele,  bati ninguém abriu. Decidi entrar então e como a casa parecia vazia eu fui ao quarto ver se ele estava a dormir, quando lá cheguei ele estava a tirar uma roupa ensaguentada. Perguntei o que se passou e ele tentou esconder mas eu percebi logo que ele tinha feito algo de errado...

- Não acredito! Mas vocês sois todos loucos?-interrompi com a alma gelada e com a cabeça a doer.

- Pois, vês porque não te queria dizer nada?- disse minha mãe e começou a chorar ainda com mais intensidade.

- Desculpa mãe...desculpa...continua.

- Bem, de certeza?- afirmei com a cabeça- ok, mas depois não em culpes a mim... Quando insisti com ele, ele disse-me que tinha morto um homem. Disse que mereceu, que tinha violado a tua prima Teresa. Sabes quem é não sabes?

- Sei sim, a filha mais nova dele..- respondi

- Exactamente e que por isso não estava arrependido de ter feito o que fez. Bem o que se passa é que nós os dois discutimos e eu saí porta fora mais zangada do que um touro enfurecido. No dia seguinte recebi a noticia de que ele tinha sido assassinado, porém de forma a que parecesse um suicidio, quando ouvi não acreditei!- começou a chorar mais, e mais e mais..- Como ele era bastante inseguro tinha instalado cameras de vigilância por toda a casa, mas para meu azar não tinha instalado nem no seu quarto nem no corredor das traseiras e então as cameras só me apanharam a mim, pois saí pela porta da frente...

- Acalma-te...tem calma mãe...eu acredito em ti!- interrompi - vou arranjar maneira de provar que aquilo que dizes é verdade.

Despedi-me da minha mãe e dirigi-me ao hospital, pois estava a precisar de medicamentos para dormir. A médica recusou ao inicio mas quando lhe contei o motivo das minhas insónias ela não resistiu em mos passar. 

Depois de passar pela farmácia liguei á Cloe e pedi que viesse até minha casa. Iria lhe perguntar a opinião dela.

Quando cheguei a casa o meu pai e Anne estavam de saída, pois íam ver a minha mãe.

- Não vens?- perguntou o meu pai

- Não...já lá estive hoje, e acho que o que soube é suficiente para não dormir um mês...- respondi meio ausente

- Mas está tudo bem?- perguntou Anne

- Está...só que não vai ser fácil provar a inocência da mãe...-respondi entrando

Enquanto esperava pela Cloe os medicamentos estavam  a ser uma espécie de tentação pois precisava mesmo de descansar. Não consegui evitar e tomei 2 seguidos.

POV Cloe

Quando cheguei a casa de Kath toquei á campainha mas ninguém atendeu por isso decidi entrar. Quando cheguei á sala encontrei-me com um cenária traumático: Kath estava toda torta no sofá e com uma caixa de medicamentos na mão. Tirei-lha e li o rótulo: "contém 10 comprimidos, no máximo tomar 2 seguidos, mais pode ser perigoso", então contei os medicamentos, ela só tinha tomado 2..

Que haveria eu de fazer agora? Não havia muito a fazer. Tentei levá-la para o quarto mas ela era "um peso morto" ou seja tive de ligar para Thomas.

- Está pronta...- disse ele ao descer do quarto.

- Como ficou?- perguntei preocupada

- Não precisas de ficar assim...ela é forte, vai ficar bem, eu no lugar dela faria o mesmo. Sabes que da maneira que ela anda simplesmente 1 comprimido não lhe iria fazer nada. Agora vai descansar eu fico aqui até o pai dela chegar.- disse-me ele.

Fiz o que ele me disse e fui para minha casa


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