POV Nathan

O que eu estava a fazer naquela escola? Naquele momento o motivo da minha existência estava dentro de uma carrinha com um homem totalmente estranho para mim. Quais seriam as intenções dele perante ela? Eu tinha de a proteger. Não sabia como mas tinha de lhe mandar sms, ligar, sei lá....fazer qualquer coisa.

- Passas lá por casa mais tarde?- Tom perguntou quando o toque avisou o fim da última aula.

- Sim, penso que sim.- respondi vazio

- Está tudo bem?

- Eu...é claro que está Thomas! Porque... não haveria de estar?- respondi enquanto, distraído, procurava o contacto de Kath.

- Okay...estás muito estranho. Mas falamos logo. Adeus Nathan.- disse Tom já a entrar no carro de Nicole.

- Boa tarde Nathan.- comprimentou-me ela

- Boa tarde Nicole.- respondi e segui o meu caminho.

POV Kath

Andamos cerca de seis horas até chegar ao aeroporto.

- Não sabia que estavamos assim tão longe.- comentei enquanto ele me devolvia a mala.

- È normal...com certeza quando foste para casa ías a dormir.- respondeu-me com um sorriso idiota no rosto

- Sim...

- Anda, partimos daqui a bastante pouco tempo. NO avião não temos rede, se quiseres ligar a alguém fá-lo agora.

- Eh páh, comandante em tudo!- reclamei e afastei-me para ligar a Thomas e a Nathan.

Ligação On

- Olá rapariga, como é que estás?- ouvi Nathan, o primeiro a quem ligou.

- Com seis horas de estrada? cansada...

- Então isso quer dizer que ainda não entraste no avião?

- Isso. Olha, estou a ligar só para dizer que está tudo bem. Não te preocupes comigo...

- Assim que aterrares ligas-me por favor?- ele interrompeu-me.

- Sim, não te preocupes.Agora...se não te importas vou ligar a Tom.

- Ligaste-me primeiro?- notei surpresa

- Claro! Falamos depois?

- Com certeza.

- Beijos. Adoro-te moço.

- Também te adoro Kathan.

-Awn...adeus.

- Adeus

Ligação OFF

Em seguida liguei a Tom, como era de calcular a conversa com ele foi mais rápida e menos "carinhosa". 

Deu-me mil e uma recomendações, estava pior do que o meu própio pai.!

- Vamos?- Steve chamou assim que voltei a arrumar o telemóvel.

- Vamos.

Rapidamente aquela voz que eu tanto odeio avisou a partida do vôo.

- Agora começa o treino a sério mocinha.- Steve disse quando nos sentámos nas poltronas.

- Classe VIP?

- Claro. Temos tudo aquilo a que temos direito. Até internet...- ele disse aquilo com uma cara que me fez rir

- Sabes o que merecias depois de me teres feito ligar á pressa para quem eu adoro?

- O quê? Diz lá o que eu merecia

- Dois socos bem dados!- falei enquanto tentava, sim...tentava parecer séria.

- Pois...eu vou fazer de conta que foi uma mosca que passou aqui a voar. Agora arranja-te por aí porque eu vou dormir.

Que cara de pau! Primeiro mete-se comigo, a fazer brincadeiras e tal e depois deixa-me assim. Pronto, estava por minha conta enquanto o senhor comandante preguiçoso dormia.

- Deseja alguma coisa?- a hospedeira de bordo perguntou-me.

- Por enquanto não, obrigado.

A hospedeira afastou-se rapidamente e em poucos minutos estávamos a sobrevoar aquele país maravilhoso. Enquanto isso, calculei que Thomas estivesse na net e decidi aproveitar os prazeres que aquela viagem me oferecia.

Liguei o skype e lá estava ele.

- Olá.- chamei-o para uma conversa

- Não devias estar no avião?

- E estou...ah deixa para lá, é uma longa história.

- O que dizes?

- A culpa é de um certo comande que agora me deixou ás mãos do destino porque é um preguiçoso e só quer dormir!- gritei para que Steve acordasse.

- Tu não existes!- Tom disse.

- Ai existe sim, senão eu não estaria agora acordado.- Steve reclamou da poltrona de trás.

- Olá Steve! Tudo bom?

- Tudo bem, sim... e contigo?

- Tudo perfeito.

- Mas vocês querem parar de agir assim?

- Agir como?- disseram em coro

- Assim! Esqueçam! Depois falamos Tom, xau.

Entreguei o pc para o colo de Steve e deixei-os a falar, afinal de contas agora era a minha hora de dormir!

(...)

Passaram-se algumas horas até que Steve me acordasse para irmos a caminho da minha casa (durante 2 semanas).

-ACORDA SUA DOIDA!- ele gritou

- Não precisas de gritar, não sou surda.- reclamei

- Tenho a certeza que não..

- Então...

- Tinhas de acordar.- ele interrompeu-me mais uma vez com aquele sorriso vencedor entre os lábios.

- Idiota

Recebi um sorriso.