The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
POV Nathan
Como era possível? Tantos anos fora da minha vida e tinha de aparecer assim, de repente? Não conseguia. Não tinha coragem para descer com a maior cara de pau e falar-lhe no meio de sorrisos. Mas, havia no meu coração uma parte que queria saber o porquê de ela ter voltado.
Decidi mandar sms a Kath a pedir que Filipa subisse. Não iria adiantar de nada, mas pelo menos não poderia reclamar por não ter tentado.
Pouco tempo depois ouvi bater á porta.
– Entra.- gritei
Vi aquela rapariga que anos atrás tanto tinha amado a entrar.
– Podemos falar?- ela perguntou meio nervosa
– Claro, agora depende daquilo que me vais dizer.- respondi frio
– Não precisas de ser assim Nathan! Eu não fiz nada de mal.
– Podias ser mais específica? Porque não me procuras-te quando voltas-te? Terías me encontrado.- soltei novamente frio
– Eu procurei Nathan! Só deus sabe como procurei! Mas ninguém sabia de ti...acabei por desistir.
– Bem, parece que o destino teima em nos juntar...- suspirei enquanto me sentava á secretária de Kath.
– Isso quer dizer....?- ela disse confusa e em lágrimas
– Quer dizer que muita coisa mudou. Conheci Kath, fiquei mais próximo de Thomas e fiz novas amizades.
– Isso quer dizer que gostas dela? Da Kath?
–Não estou propriamente apaixonado por ela, mas ela é uma grande amiga. Soube como me apoiar quando eu lhe contei a história que tivemos.- respondi mais calmo e mais carinhosamente
– Entendi....- ela respondeu triste e já pronta a sair
– Eu não disse que podias sair...- respondi com um sorriso
Afinal de contas do que valia ficarmos chateados?
– O que mais me queres dizer?
– Tenho a certeza que conheces-te novas pessoas, novos rapazes. Sei que és uma rapariga espetacular, não fiques triste por entre nós não acontecer nada. Dá-me tempo. Deixa-me digerir todas estas novidades...deixa-me tentar seguir a minha vida....e...acho que tu deverias fazer o mesmo. Namorados não nos estou a ver, mas amigos era bom.- respondi o mais sincero e calmo possivel.
– Obrigado. Sério.- ela respondeu correndo até mim e dando-me um abraço.
Depois ela desabraçou-se de mim e saiu. Quem é que eu queria enganar? Tudo bem, eu e Kath estavamos a dar-nos bem mas ela mesma me tinha dito que entre nós havia amizade somente. E eu ainda sentia qualquer coisa por Filipa. E esse sentimento tinha crescido depois do abraço dela.
Estava nos meus pensamentos quando Kath entrou.
– Como te sentes?- disse enquanto me dava um abraço
– Confuso....
– Eu imagino...
– Sabes, foi estranho. Ela abraçou-me.- confessei
– E o que sentis-te?- ela disse com desilusão no olhar
– Nada. Aí está o problema, durante todos estes anos sonhei com este abraço e agora quando o tive não me fez nada psicologicamente.- disse calmamente, olhando a janela e sentando-me novamente, mas na cama.
– Oh Nathan...tens de...desculpa, eu não sei o que te dizer.- ela disse enquanto se sentava ao meu lado.
– Não digas nada.... Posso só abraçar-te?
Ela não respondeu mas imediatamente me abraçou. A sensação de estar nos braços dela era maravilhosa. Ela era uma amiga fantástica. Daquelas que todos gostávamos de ter.
– Tenho de ir. Vou...fazer uma coisa.- ela disse triste.
Vi-a pegar no computador e depois descer.
POV Sarah
Sentei-me no sofá e olhei para o computador.
– Está tudo bem?- Tom perguntou enquanto se sentava na mesa de sentro, de frente para mim.
– Sim...espero eu.- respondi triste
– Tem a ver com o Nathan?
– Não. Espero eu...- respondi igualmente triste.
– Rapariga, rapariga... o que se passa aí?- perguntou apontando-me para o peito.
– Um coração estranhamente confuso.- respondi
– Tens de falar com o Nathan.
– Olha Thomas, eu vou viajar com Steve. Vamos fazer um treino exterior. Lá eu vou pensar.- disse.
–Tu é que sabes. Treino exterior, pois...
– Idiota!- respondi mais animada.
– Mas já te fiz sorrir, diz lá quem é o melhor.- ele disse convencido
– Pois...pois...
– Kath, podemos falar?- ele disse sério como nunca o tinha visto
– Claro, sobre o quê?- respondi fechando o ecrã
– Sobre eu ter sido drogado...
– Como sabes disso?- perguntei meio em choque
– O Carl disse-me. Eu não estou zangado por não me teres dito, eu compreendo. Mas, já sabes alguma coisa?- ele disse sem tirar os olhos dos meus.
– Não...ai desculpa Thomas, eu tenho andado ocupada...- lamentei enquanto colocava o pc ao meu lado e me levantava para o ir abraçar.
– Obrigado na mesma...sério, a tua ajuda é muito importante.- ele disse já abraçado.
– Ora essa Thomas. Eu vou estar sempre aqui para ti, sempre. Nada nos vai separar, serei sempre uma irmã para ti, podes ter a certeza de que nada nos vai separar.
– Obrigado, obrigado, obrigado.- ele respondeu enquanto me abraçava ainda mais forte.
– Thomas, és um querido. Eu vou resolver este assunto. Juro.
– Obrigado.
Thomas separou-nos e dirigiu-se ao jardim.
Aquele momento fora estranho mas surreal, á muito tempo que não tínhamos esta proximidade, e eu amei a sensação de o abraçar. Foi, novamente, como se estivesse a abraçar um irmão. Ele era..bem...ele!
Peguei novamente no computador e olhei o facebook. Cloe estava lá. Nesse momento a minha cabeça começou a rodopiar, parte de mim queria falar com ela e esclarecer tudo mas a outra parte tinha medo da sua explicação.
As minhas respostas chegaram quando ela começou a conversa.
– Olá Kath, podemos falar? Preciso de esclarecer umas coisas...
–Olá. Podemos...acho eu....
– Aquela foto, não sei se a viste...foi um erro...
– Sim, eu vi...O que queres dizer com foi um erro?
– Sim, tu és a minha melhor amiga. Pensei que podia substituir-te e que podia seguir em frente, mas não posso!
– Como te sentes depois de me teres feito sofrer?
– Mal...não imaginas como...
– Okay, vamos deixar isso para trás. O que tens feito?
– Estudado...tou morta pelas férias de Verão!
– Eu imagino.
– Mas e tu? Como está a correr lá na escola ?
– Está a correr bem. Esforço-me o suficiente para ser uma das melhores. Tu não imaginas, aquilo é fantástico! Mais fácil do que aquilo que pintam... é fantástico. Vou sair agora durante duas semanas para fazer um treino exterior com o comandante.
– Fico contente por ti..sério.
– Eu sei...eu adoro-te Cloe.
– Eu também te adoro...
– Pergunta lá o que queres perguntar. Conheço-te o suficiente para saber que o queres fazer.
– Como está Tom?
– Ele está bem.-menti, como eu lhe iria contar que ele estava no meio de problemas?- Está a tentar seguir a vida.
–Fala de mim?
– Não...Para ser sincera eu e ele não temos falado muito. Ambos andamos ocupados.- confessei- Mas ele deve sentir a tua falta.
– Achas?
– Acho...Bem, tenho de ir. Falamos em breve? Manda noticias.
– Claro que mando. Vê lá se fazes o mesmo.
– Farei. Beijos
Saí da rede social e fui ver as fotografias que eu tinha.
– Cloe...- ouvi Tom atrás do sofá.
– Desculpa?- falei distraída
– Cloe..., tens noticias dela?
– Acabei agora mesmo de falar com ela.
– Ela fala-te de mim?- ele perguntou triste
– Sim...ela sente a tua falta e perguntou por ti.
– Às vezes tenho vontade de a ir lá buscar para ficar aqui bem do meu lado...
–Eu sei Tom.
Mais uma vez o abracei. Estava na hora de lanchar.
– Acompanhas-me até á cozinha? Tenho fome....- perguntei animada
– Podes contar com a minha companhia. Vou só ver se Nathan também quer alguma coisa.
POV Tom
Subi para ver como estava o meu parceiro de brincadeiras.
– Como estás?
– Ora Thomas, meio...tu sabes.- ele pareceu confuso.
– A Kath está na cozinha, anda comer. Com o estômago cheio pensas melhor.- respondi enquanto praticamente o empurrava para fora do quarto.
– Okay, vocês têm razão...preciso de deitar isto para trás das costas.
Levei-o comigo até á cozinha. Lá ele sentou-se a um canto da mesa e eu e Kath faziamos de tudo para que ele esquecesse o assunto "Filipa" por algum tempo. E com alguma dificuldade acabamos por conseguir.
Esávamos já na brincadeira quando tocaram á campainha.
– Eu vou.-voluntariei-me logo
Quando abri a porta dei de caras com o Steve Jameson.
– Steve Jameson, boa tarde.- ele disse
– Boa tarde. Thomas. O que deseja?
– Gostaria de falar com Katherine.
– KATH!!!!- gritei
Rapidamente a rapariga apareceu á porta.
– Olá Steve. Tudo bem?- ela disse abraçando-me de lado.
– Tudo óptimo. Podemos falar?- Steve disse com um sorriso.
O que se passava entre aqueles dois?
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