The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Notas iniciais do capítulo
"Um rapto estranho"
E aí? Estão a gostar? Agora não demorei....
Bjs
POV Nathan
Tom ligou-me super preocupado. Ao que parece Kath tinha levado uma amiga ao quartel á uma eternidade e ainda não tinha regressado.
– Tem calma, devem estar a fazer algo juntas.- respondi no momento, mas agora essa demora dela preocupava-me. Será que se tinha passado alguma coisa?
Decidi ir ter com Tom e ficar a esperar mais algum tempo por Kath, se ela se demorasse muito com certeza eu iria á procura dela.
– Ainda nada?- perguntei quando ele abriu a porta
– Nada...Será que se passou alguma coisa?- perguntou preocupado.
– Não sei. A tua mãe?
– Foi á procura dela, também já saiu a algum tempo..
– Merda Thomas. Kath não é de demorar sem dizer nada durante tanto tempo. Com certeza passou-se alguma coisa! Liga á tua mãe, ela que volte, eu vou até ao quartel á procura dela.- respondi enquanto saía pela porta, sem dar oportunidade de resposta.
POV Kath
Depois de me meterem vá-se lá saber onde, não aguentei e desmaiei. Acordei um tempo mais tarde dentro de uma sala escura e húmida. Estava amarrada a uma cadeira, e á minha frente estava uma mesa, sobre a qual pendia um candieiro velho e sem lâmpada.
Observei atentamente aquilo que estava á minha volta. A única luz presente vinha de duas janelas estreitas, quase inexistentes.´
Estava desorientada, com medo e ao mesmo tempo com espirito de sobrevivencia.
Por trás de mim existia uma porta, tinhas as iniciais de uma associação de traidores ao exército. O que eu fazia ali? Ouvi essa porta a abrir e um homem com cerca de 30 anos, magro, colocou-se á minha frente.
– Posso saber qual é o teu nome?- perguntou calmo
– Posso saber porque é que estou aqui?
– Não.
– Aí está a minha resposta á sua pergunta.
Mas quem é que ele pensava que era? Raptava-me, atava-me toda e ainda queria que eu lhe dissesse coisas sobre mim? Que procurasse!
– Não sejas assim. Eu só te quero ajudar. Não posso tratar alguém por Joaquina, por exemplo, se ela não se chamar assim.
– Olhe lá, eu tenho cara de Joaquina, Rafaela, Manuelina das couves ou Jesulina? Não, pois não? Então fodasse.- respondi fria e escondendo-do aquilo que realmente sentia.
– Já te disseram que no exército tens de ser mais simpática?Eu sou um dos melhores, se apanhares o meu colega lá dentro vai ser pior....- respondeu enquanto se sentava numa cadeira, que só aí reparei a sua existência, á minha frente.
– Eu já conheço essa treta. Usam sempre o mesmo argumento para a pessoa falar.
– Andas a fazer os trabalhos de casa...- respondeu com um sorriso idiota.
– Fazemos assim. Dizes-me porque estou aqui e eu digo o meu nome. Que te parece? Caso contrário, pesquisa!
– O que fazias naquele quartel áquela hora da noite?- perguntou
– Porque me raptas-te?
– Não respondes-te á minha pergunta.
– Nem tu á minha.!- não estava disposta a responder ao que quer que fosse.
– Queres trabalhar assim? Talvez a fome te faça mudar de ideias...- respondeu enquanto se levantava e saía.
– Graças a deus!- exclamei já sozinha.
Mas no que é que me meteram? Não entendia nada. Onde estava Steve? Ele não tinha dito que me ía proteger? Quando uma pessoa mais quer é que ele não aparece.
De repente oiço a voz dele.
– Deixa-a em paz. Ela não tem culpa dos actos dos idiotas que a cercam!- ouvi-o gritar do outro lado da porta.
De repente a porta abriu-se e vi Steve dirigir-se a mim.
– Eu vou-te levar de volta, pode ser?- perguntou calmo enquanto me desatava as cordas.
– Obrigado por teres vindo.- respondi nervosa enquanto o olhava.
– Eu nunca te deixarei.- o olhar dele encontrou o meu e ficamos assim uns segundos até eu me sentir solta e lhe dar o abraço mais forte de toda a minha vida.
– Já passou...Já passou...portas-te-te muito bem...
Depois desses curtos minutos Steve guiou-me para a carrinha. Mantive-me calada e não fiz pergunta nenhuma até ter a certeza que estava a uma longa distância daquele lugar horrivel.
–Porque me trouxeram eles?- perguntei a medo
– Lamento, não te posso dizer. Para dizer a verdade, nem mesmo eu o sei.- respondeu sem tirar os olhos da estrada, notou-se falhas na voz dele e daí eu reparei que ele estava a fazer um esforço para não chorar. - Vamos levar-te ao hospital, pode ser? Temos de ver isso.
– Steve? O que se passa?- perguntei.- Acabas-te de salvar a minha vida, porque estás nesse estado?
Ele não respondeu mas eu sabia que ele tinha algo a passar-se com ele, o quê era o que eu tinha de descubrir.
Quando chegamos ao hospital ele deixou-me com a enfermeira e foi avisar Tom de que eu estava bem, mas que talvez não fosse para casa antes do amanhecer.
– Que horas são?- perguntei desorientada á enfermeira
– Quatro da manhã.- respondeu carinhosamente.- E já está.
– Quando é que ela tem de voltar?- perguntou Steve da porta
– Daqui a dois dias deve ser o suficiente.
Steve assinou um termo de responsabilidade e depois levou-me para uma espécie de riacho com mesas de piquenique nas margens. Sentei-me numa mesa enquanto ele olhava a água de costas para mim
– O que se passa contigo?- perguntei juntandos os joelhos ao peito.
– Tenho de me afastar durante uma ou duas semanas e não sei se aguentas estar sozinha.
– Porque tens de te afastar?- perguntei
– O meu pai, bem...ele está internado num hospital em estado grave, eu tenho de estar ao lado dele.- respondeu novamente com os olhos vidrados
– Lamento...- o que eu lhe haveria de dizer agora? Nada seria suficiente para o confortar.- Há alguma coisa que eu possa fazer?
– Não tinha pensado nisso. Mas estás disposta a ir comigo?- perguntou ele com os olhos já meio secos.
– Depende. Vou perder aulas, treinos e isso tudo. Se eu for contigo como resolvemos isso?- perguntei surpresa com a proposta dele.
– Eu digo que vamos fazer um treino exterior, assino termo de responsabilidade e vamos os dois. Passo tempo contigo e com o meu pai.- respondeu sentando-se ao meu lado.
– Não posso negar que isso é tentador.- respondi - mas deixas-me pensar, por favor?
– Consegues pensar até depois de amanhã?
– Sim, acho que sim. Mas, fala-me do teu pai.- pedi
– Bem, acho que não há muito a dizer.
– Porquê?
– Ele nunca foi um pai muito presente. Era militar nos comandos quando conheceu a minha mãe. Naci quando eles ainda eram solteiros e a minha mãe era muito nova. Foi ele quem cuidou de mim e da minha irmã apesar de toda a distância.
– E a tua mãe?
– Deixou-nos muito cedo. Disse que não era o suficiente para ser mãe, que seria incopetente. Então deixou o meu pai para ir viver com um outro qualquer.
– Lamento saber isso, Steve.
–Não lamentes. Não sinto a falta dela. È como...sabes, quando nunca tiveste uma coisa? Não sentes falta dela, eu sinto isso em relação á minha mãe.
– É tão querido...- soltei mais alto do que aquilo que eu queria
– O quê? - perguntou curioso
– A maneira como falas dos teus pais.
sorriu-E se fossemos embora? Já é tarde!..- mudou de assunto
– Já é tarde? Já é mas é cedo...- respondi olhando para o relógio dele
Ás seis da manhã ele levou-me de volta para casa. De uma coisa eu sabia, depois de colocar um pé dentro da porta teria uma Nicole e um Thomas curiosos e preocupados a fazer-me um interrogatório.
– Não te preocupes, amanhã estás despensada das aulas.- disse-me quando chegamos.
– Obrigado. Boa noite.- sorri
– Boa noite, vê lá se descansas.
Observei o carro dele a ir-se embora e sorri olhando o vazio. Depois entrei.
POV Thomas.
– Onde estiveste?- perguntou a minha mãe zangada quando Kath entrou´
– Deixas a rapariga explicar-se, por amor de deus?- pedi
– Explica-te Kath. O que se passou? Estás bem?- perguntou Nathan quando reparou no mesmo do que eu. Kath tinha o cabelo aperdado e um adesivo na nuca.
– Posso falar?- perguntou ela.- Fui raptada, fui resgatada, fui ao hospital, voltei!- respondeu com um sorriso bobo
– Achas piada?- perguntou a minha mãe.
– Nicole? Por favor, deixa-me dormir? Eu juro que amanhã conto tudo. - pediu Kath mesmo cansada
– Amanhã não te safas!- respondeu quando ela já ía a subir as escadas.
– Eu vou falar com ela.- avisou Nathan dirigindo-se atrás dela.
POV Nathan
Quando bati á porta não obtive resposta, decidi entrar.
– Ajudas-me aqui por favor?- pediu kath da casa de banho quando entrei
– O que precisas?- perguntei pelo caminho
– Que me limpes algum sangue.- respondeu quando entrei na divisão.- Não te surpreendas por estar neste estado.
Olhei-a pensativo, ela estava com as calças e botas da farda militar e apenas soutien. Mas este estava cheio de sangue.
– Vais-me dizer o que se passou?- perguntei enquanto lhe limpava as costas com um pano humido.
– Foi o que eu disse. Fui raptada, resgatada...
– Conta direito- interrompi.
– Fui raptada aos portões do quartel, depois de ter deixado a Filipa. Depois de algum tempo "torturada" o Steve apareceu aos berros e trouxe-me daquele lugar imundo, passamos pelo hospital a ver se estava tudo bem. Depois fomos conversar e ele trouxe-me de volta.- respondeu a rapariga séria.
– Agora estás bem?
– Estou, só preciso mesmo de dormir. Estou desgastada.
Entreguei-lhe o pano novamente e decidi deixá-la descansar.
– Boa noite.- disse ao dar-lhe um beijo na testa
– Boa noite Nathan, obrigado.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!