The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 23
A first day


Notas iniciais do capítulo

"Um primeiro dia"



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Como poderia ser? Será que Steve me perseguiria naquela escola?

- O que foi?- ouvi Filipa perguntar.

- Nada…acho eu….

- Não estás a prestar atenção nenhuma na aula! Vais ter de estudar depois das aulas para não perderes a matéria se continuares assim.- falou sem tirar os olhos do quadro negro

- Meninas! Atenção na aula por favor!

- Desculpe.- falamos em coro.

O resto da aula foi passado de uma forma mais atenta, talvez eu tivesse necessidade de me comportar assim. Como primeiro dia eu não queria cometer asneiras.  E finalmente deu o toque de saída.

- Menina Katherine, será que podia ficar? Eu gostava de falar consigo um segundo.- falou Steve

Esperei que toda a turma saísse e encaminhei-me para junto da sua secretária.

- Reparei que ficaste um pouco desatenta na aula. Passa-se alguma coisa?- perguntou quando estava á distância normal para uma conversa.

 -Não…acho que não. Só tenho de me habituar a encontrar-me contigo mais vezes. Aliás muitas mais vezes!- falei séria.

- No principio é estranho. Estás habituada a ter  vários professores para várias disciplinas mas aqui é apenas um para várias. Tu vais acabar por te habituar.

- Espero que sim!

- Bem, era só isso…e por favor, não te metas em mais confusões como aquela do átrio.

- Vou tentar. Não prometo, mas vou fazer o meu melhor.

- Assim espero Katherine.

Em seguida cada um foi para o seu lado. Saí e Filipa estava na porta á minha espera. Reparei num olhar um pouco estranho que um aluno me lançou quando me encostei nos cacifos ao lado esquerdo.

- O que se passou alí dentro?- perguntou Filipa curiosa

- Ora, se fosse para saber ele tinha falado em frente a todos, não achas?- brinquei

- Deixa de ser assim e conta!

- Está bem, está bem…

Contei-lhe tudo o que se tinha passado e ela ouviu sem dizer uma única palavra.

Como seria possível eu sentir uma estranha ligação com Steve? Ele era mais velho do que eu e era um idiota chapado! Para não dizer convencido, egoísta e lindo de morrer.

- O que te vai nessa cabeça?- Filipa quebrou o silêncio

- Nada de mais. Preocupações do dia a dia. Não te preocupes.

- Será só isso?

- Claro! Sabes bem que o resto é um pouco complicado. Tenho saudades de toda a gente…

- Acho que todos temos…- disse pensativa.

- Mas tu não és daqui?

- Não. Eu sou portuguesa. Bem na verdade, sou mesmo é cabo -verdiana.

- Sério?- perguntei surpreendida.

- Sim, vim para aqui ainda nova. Por isso não me lembro muito de Cabo Verde, talvez seja por isso que não entendo bem  quando todos têm saudades do país de onde vêm.

- Mas isso é algo normal. Mas e a tua família? Fala muito de lá?- perguntei agora curiosa

- Falam muito. Quer dizer a minha mãe fala, o meu pai prefere esquecer. Não sei o que se passou. Só sei que ele não quer reviver a vida que tinha antes de vir aqui para os Estados Unidos.

-Bem…eu não sou muito boa em conversas. Nunca sei o que responder!- comentei

 - Eu arranjo já respostas. E Portugal como é que era?

- Bem era um ambiente fantástico….as pessoas tratam-se com simpatia, na maioria dos casos, temos coisas bastante tradicionais, como o vinho do porto que é exportado para vários países.

- Mas como era especificamente onde vivias?- perguntou desta vez também curiosa com o ambiente que me rodeava.

- Bem, lá as pessoas, bem…eu não sei como as caracterizar. Mas tenho lá amigos que são pessoas fantásticas. Temos imenso carinho uns pelos outros. Somos como irmão que nasceram em datas aproximadas.- respondi pensativa.

- Por isso é que tu gostas tanto do teu país?

- Talvez…Portugal é sempre Portugal…

-Disso não duvido!

Depois fomos para a nossa ultima aula. O mais curioso é que eu ainda não tinha dado conta de que Filipa era o nome da ex namorada de Nathan. Quando reparei, não liguei muito ao assunto, havia mais Filipas em todo o mundo.

A aula passou devagar, como todas.  Quando finalmente terminaram, Thomas estava ao portão á minha espera. Passei mas nem o vi.

- Katherine?- ouvi-o chamar

Virei-me para trás e dei-me com a sua figura a correr até mim.

- Olá Thomas. Que fazes aqui?

- Estava em casa sozinho, por isso decidi vir ver se precisavas de companhia para regressar a casa.

- Não era necessário. Mas já que aqui estás, eu agradeço a tua companhia..- respondi

- E como correu o teu primeiro dia?- perguntou

- O normal…aulas de experiencia para ataque e defesa, segurança nacional….o normal..

- Isso é o normal? Eu achava que o normal era Matemática, História e isso assim…- respondeu gozando-me.

- Olha Thomas….não queres ir a um sitio que eu cá sei?- respondi amuada.

- Onde ficou essa educação?

- Em Portugal, o que te parece?

- A mim? A mim parece-me que a tua educação ficou no avião, porque nem aqui nem lá.!- reclamou

- Não me fodas Thomas!

- Eu não te estou a foder, estou meramente a conversar…

- Como queiras!- respondi 

Aumentei a velocidade do passo e deixei-o para trás. Ele era um anormal que tinha a mania que era bom em tudo o que fazia. Sabia como me deixar realmente enervada.

Quando cheguei a casa, ocorreu-me uma coisa, eu não tinha a chave. Tinha de esperar por aquele idiota!

- Ola lindona, já estás mais calminha?- perguntou quando chegou ao meu lado e colocou a chave na fechadura.

- Thomas, abre imediatamente a porta ou eu juro que te parto a focinheira toda!- reclamei

- Oh pah, já não está cá quem falou!

- Abres a porta? Ou é preciso eu atirar-te das escadas abaixo e abrir eu essa coisa?

- Já percebi que estás mesmo enervada….

- A sério? Como se isso não fosse já obvio.

Finalmente entrei e como estava enervada nem vi Nicole, que estava sentada na sala. Subi para o meu quarto e deitei-me na cama. Como é que eu tinha mudado de humor tão rapidamente? Só mesmo eu! Ora num momento estava bem, ora no outro já estava bastante zangada. O que se estava a passar na minha cabeça? Tinha de me decidir… Tinha de orientar a minha vida.

Por fim, decidi levantar-me. Tinha trabalhos de casa. Sim, porque não é apenas nas escolas normais que temos trabalhos de casa. Eu tinha de estudar o código binário. O que era difícil mas eu tinha de o saber.


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