The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que estou a fazer os capítulos pequenos, mas eu vou tentar aumentar os próximos ^^
POV Kath
Acordei bem disposta e mais cedo do que o esperado. Se fosse outro dia qualquer ficaria deitadinha na minha cama fofinha, mas agora estava demasiado nervosa, não dava para simplesmente deitar novamente e fechar os olhos.
Levantei-me e fui direita ao chuveiro, abri a torneira e um barulho ensurdecedor ecoou pela divisão toda. O que seria aquilo? Provavelmente a diferença de temperatura fez os tubos mexerem-se um pouco.
Deixei a água escorrer enquanto me despia e depois entrei lá para dentro.
Tomei um banho demorado mas acolhedor, quente e relaxante. Tinha a certeza que o meu primeiro dia iria ser bastante cansativo. Quando acabei, enrrolei a toalha no meu corpo e dirigi-me ao quarto.
Mas quando abri a porta da casa-de-banho vi a figura conhecida de um rapaz sentado na minha cama.
- Nathan?- falei um pouco chocada e envergonhada por estar de toalha, quando a figura se virou
- Desculpa, eu vinha aqui e....
- Espera, não precisas de te explicar. Podemos só fazer uma coisa?- perguntei interrompedo-o
- Diz
- Deixa-me vestir e já falamos ok?
Nathan saiu e eu vesti a farda militar. A farda escolar seria usada apenas nas visitas de estudo. Amarrei o cabelo num rabo de cavalo e calcei as longas botas. No final, olhei-me ao espelho. Estava tal e qual ás mulheres dos filmes que antes tanto me divirtira a ver. Possivelmente se a minha mãe estivesse ali, diria que estava orgulhosa de mim.
- Pois é mãe. A tua menina ficou uma mulher...- disse com um sorriso de orelha a orelha enquanto via a minha imagem no espelho.
Finalmente desci. Havia aquela pergunta inquietante: O que Nathan fazia no meu quarto ás seis da manhã? Tencionava descubrir.
Nathan estava meio a dormir, meio acordado no sofá da sala e pelos meus cálculos Thomas e Nicole ainda deviam estar a fazer meia noite.
- Bem, aquela cena ali em cima foi bastante constragedora.- comentei sentando-me ao lado dele
- Desculpa, devia ter avisado de que te vinha desejar boa sorte.- respondeu esfregando os olhos e ajeitando-se.
- Não achas que é muito cedo? A vossa escola começa daqui a três horas...
- E depois? Não é todos os dias que uma amiga vai para um escola militar....
- Sério que sou assim tão importante?
- Isso não sei, que te parece?- após um silêncio- Claro que és! Agora anda cá, quero ser o primeiro a dar-te um abraço de boa sorte.- falou abrançando-me já.
Confesso que ter Nath ali ao meu lado me acalmou. Pelo menos tinha alguém com quem matar tempo. Eram cerca de seis e meia da manhã e eu ainda tinha meia hora para gastar. Tendo Nathan ali seria mais fácil de o fazer.
****
- Bem, tenho de ir. - falei quando o motorista do autocarro buzinou
- Boa sorte Kath. Eu ficarei atento, alguma coisa grita que eu vou lá buscar-te!- falou bricando
- Obrigado Nathan, não em vou esquecer disso!
Deixei Nathan á porta, pois agora que estava acordado o mais certo era ficar á espera que o preguiçoso do Tom acordasse e "corri" até ao autocarro.
- Bom dia.- falei sorrindo para o motorista
- Bom dia. Meu nome é Steve, Steve Jameson e serei o teu motorista diário para a escola e também o teu padrinho.- falou ele, devia ter cerca de 24 ou 25 anos, pois não aparentava ser mais velho.
Sentei-me atrás dele.
- Padrinho?- perguntei confusa
- Sim. Todos os "novatos" têm um padrinho, ou seja alguém que cuide deles e os ajude caso seja necessário. O teu serei eu. - exclareceu-me.
- Então eu serei considerada uma novata? Não gosto desse termo..- pensei alto
- Chamas-te Katherine não é mesmo?
- Sim.
- Posso chamar-te Katherine em vez de novata se quiseres...- falou divertido
- Prefiro Kath, obrigado.- respondi
- Então será Kath...- respondeu Steve- a mim podes chamar de Steve ou de Jameson
- Steve é mais bonito!
- Eu gosto.
Passei o resto do caminho em silêncio. Ainda não tinha totalmente desenvolvida a parte de me interligar com os outros por isso não era muito sociável.
Quando chegamos, o pátio estava deserto.
- Oi.- falou uma rapariga mais ou menos da minha idade.
- Olá, Kath, prazer.- respondi esticando a mão.
- Sou a Filipa, o prazer é todo meu.- falou apertando-me a mão.
- È o teu primeiro ano, como eu?
- Não, eu já "faço parte da mobilia".
- Enão, porque é que ao contrário das escolas normais o patio esta vazio?- perguntei olhando em volta
- Aqui só ficam mesmo os populares. Ou seja eu e tu ainda não fazemos parte dos que se podem manter aqui.- falou ela desapontada.
- Desculpa?- fiquei do tipo: "Oi?"
- Sim, esta escola é muito dificil de viver...
No momento em que eu responder deu o toque, por isso não deu para eu falar aquilo que queria.
- Queres saber? Eu vou já dizer quem fica aqui ou quem não fica. Mas agora: aulas!- falei animada enquanto apontava com a cabeça para a porta.
- Vê lá o que vais fazer!
(...)
As aulas nunca mais passavam, até que o toque para o ultimo intervalo voltou a dar. Estava na hora de a Katherine bombar.
- Filipa, posso colocar a música no máximo, aqui no recinto escolar?- perguntei com um sorriso maroto
- Podes. Somos conhecidos como os marginais, por isso o comandante superior nem o tenente, nem ninguém se importam. O que tens em mente?
- Já vais ver.
Coloquei o meu mp4 em ligação com as colunas e coloquei a lista das músicas mais mexidas a dar. Claro que os meus gostos são totalmente diferentes dos gostos de todos aqueles piegas que estavam lá, e como esperado começaram a gritar coisas como: "de quem é a puta da música que está a tocar? " "quem é que ouve esta besteira?". Mas eu não liguei, estava na hora de mostrar o que é ser bem popular sem ter de humilhar os outros.
- Sabes, que não podes estar aqui?- falou de uma forma bruta, um dos populares que se colocou bem á minha frente
- Posso saber porquê?- respondi coma voz no mesmo tom.
- Porque aqui só ficam os populares, como nós, e não os fracos como vocês as duas.- respondeu apontando para mim e Filipa.
- Achas mesmo que metes medo?- perguntei
- Não sabes com quem estás a meter-te!Eu sou capaz de...
- Capaz de bater numa rapariga, menino Jonathan?- perguntou Steve que apareceu naquele momento.- Bem me pareceu que só estava aqui para tentar ser superior a raparigas como a menina Katherine.
- Desculpe, meu superior..- falou o popular, que pelos vistos tinha um nome mais piroso do que tudo.
- Que não se volte a repetir.
- Sim, senhor.
Jonathan virou costas e Steve colocou-se á minha frente, fez um sinal qualquer e Filipa afastou-se.
- Eu tinha tudo sobre controle.- falei furiosa
- Tinhas tudo controlado. menos a furia. Tens de aprender a controlar melhor os sentimentos que te podem colocar no meio de uma guerra.
- Como o faço?- perguntei mais calma
- Porque é que depois das aulas não vens até ao meu gabinete? Pode ser que eu te ajude...- respondeu enquanto se afastava, até se virar de costas. Mas depois voltou-se a virar- ah e a prepósito, foste corajosa miúda.
Aquele miúda saiu com um ar que não me agradou. Mas quem é que ele pensava que era? Aquele senhor todo convencido! Mas que raiva!
- Vamos para as aulas?- Filipa, esava mesmo a tentar mudar a minha cabeça de rumo
- Sim. Em que sala tens agora?
- sala 34, vou ter TPA.- respondeu
- Boa! Eu também.- sorri.- a prepósito TPA é técnicas para ataque certo?
- Sim. Vais aprender as melhores formas de andares "á pancada" mas também de te defenderes. E além do mais vai-te ajudar a descubrir certas técnicas com as quais puderás igualmente te defender.
- Isso agrada-me.
Fomos animadas para a sala e quando entrámos o comandante- professor, ainda não tinha chegado. Logo um vasto numero de olhares me percorreu de alto a baixo. Decididamente não estava habituada a ser a NOVATA.
- Podem sentar-se.- ouvi a voz do professor.
Mas que raio. Ele outra vez?
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