The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Notas iniciais do capítulo
Neste capitulo Nathan também tem direito a POV, espero que gostem :D
Enquanto Nathan não chegava fui para o meu quarto. Liguei o computador e olhei no twitter de Thomas, ao menos ele poderia ser descuidado o suficiente para dizer onde estava, mas nada, aquele anormal estava a esconder muito bem o lugar onde estava. Mas não desanimei,sim fiquei desiludida comigo mesma porque eu deveria ter tido mais cuidado com ele.
Quando Nathan chegou Nicole foi chamar-me ao quarto.
– Não sei o que estavas a pensar quando disseste a Nathan para cá vir!- falou ela meio zangada
– Porquê? Ele não é amigo de Thomas?- perguntei confusa
– Sim é, mas rapariga e rapaz nunca fica bem falado...- falou alterada
Entendi que ela estava naquele estado devido á parvoice de Thomas, então não a alterei mais e fui simplesmente amigável.
– Nicole, Thomas vai voltar...eu e Nathan vamos traze-lo de volta. Ele está apenas na idade da parvalheira, mas isso vai passar..
– às vezes pergunto-me porque é que ele não é como tu..- suspirou descendo novamente
Fiquei a pensar naquilo. Não percebi bem a conversa que se tinha acabado de passar, mas neste momento a minha cabeça não estava disposta a pensar em nada mais do que onde estaria aquele idiota.
– Oi Nathan, desculpa a demora...- falei dando-lhe dois beijos no rosto
– Não há problema. Vamos?
– Katherine, eu vou sair de casa. E tenta levar uma roupa mais confortável...- ouvi Nicole da cozinha
– Vês Nathan? Parece que afinal não estou pronta...- falei com um sorriso engraçado
– Vai lá, eu espero, não há problema!- respondeu sentando-se no sofá
– Mesmo?
– Mesmo.
Subi para o quarto e vesti a roupa mais confortável que encontrei á minha frente. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=62805067) quando terminei desci.
– Não sabia que usavas óculos...- Nathan olhandava-me sério
– E não uso para ver melhor, apenas tenho a vista cansada e de vez em quando lá tem de ser. Agora, vamos?- perguntei depressa, não gosto muito de falar acerca de mim.
– Vamos.
Nathan tinha vindo a conduzir, com um automóvel seria bem mais fácil a deslocação.
– Começamos por onde?- perguntou dando marcha a trás.
– Não sei. Não faço a menor ideia de onde ele possa estar. E além do mais não conheço a cidade- falei com certo desapontamento.
– Vamos começar pelo bar, ok? Pode ser que ele ainda lá esteja...
– Parece-me bem.
POV Nathan
Tinha conhecido Kath na noite anterior, ela era uma rapariga maravilhosa e Tom falava-me muito dela. Só nessa noite pude observar que ela gosta de se divertir e sabe ver/sentir os diferentes sentimentos que os outros estão a sentir.
Quando ela me disse que precisava da minha ajuda eu não esitei, corri a avisar a minha mãe que tinha uma urgência e tinha de sair á pressa.
Tê-la agora no carro comigo, só nós os dois, e ver a preocupação que ela tinha para com Thomas fez-me lembrar a minha ex-namorada. Assim como Kath ela preocupava-se com os amigos, era carinhosa, divertida, simpática e interessante. Que seria feito dela? Desde que o nosso relacionamento tinha terminado nunca mais a tinha visto.
– Está tudo bem?- Kath tirou-me dos pensamentos e olhava fixa para mim. Aquela carinha doce fez-me quase dizer aquilo que pensava, mas pensei antes de agir.
– Sim, porque é que não haveria de estar?- respondi tentando acreditar naquilo que eu próprio dissera
– Nathan, se precisares de falar, eu estarei cá. Para falar sobre tudo...
– Sobre tudo?- perguntei interessado
– Sobre tudo.
– Pode ser que fale o que me vai na cabeça quando encontrar-mos o idiota do Thomas!- respondi.
Dos lábios dela saiu um meio sorriso, e eu não percebi bem o porquê mas naquele momento o motivo para que tal tivesse acontecido também não me interessava.
Quando chegamos ao bar, a porta estava fechada. Mas eu sabia de uma outra entrada pelo telhado.Só tinha de confirmar se estava aberta
– Espera aqui, eu já venho- falei para que kath não pensasse que eu a deixaria.
POV Kath
Quando Nathan começou a "escalar" a parede para fazer algo que não me tinha dito eu não evitei e reparei na forma fisica dele, não era nada de especial mas dava para o gasto.
Esperei alguns minutos até ele me puxar uma escada.
– Consegues subir ou queres ajuda?- falou num tom amigável.
– Espera por mim aí em cima, sair dessa escada não devo ser capaz de fazer...- falei com um pouco de ironia.
– Espera, eu desço e depois subo atrás de ti.- falou enquando descia até alcançar o chão- Sobe, eu não deixo de caias.
–Vê lá, eu confio em ti...- falei com um sorriso
– Podes confiar
Subi ainda que com alguma dificuldade por não ver onde colocava os pés.
– Porque subimos para aqui?- perguntei quando ele voltava a arrumar a escada
– Porque há ali uma entrada, eu sei que não é nos melhores locais mas deve dar para irmos confirmar se Thomas esta ali dentro ou não... - respondeu apontando para um canto e encaminhando-se para lá.
Segui-o sem dizer uma palavra, ele era uma espécie de guia naquele bar.
– Assim não conseguimos ver nada!- falei quando atingi o interior escuro do bar.
– Tem calma, fica aqui.
De repente as luzes acenderam-se e eu vi um Nathan um pouco sujo á minha frente. A camisola estava um pouco rasgada no peito e nos ombros e tinha um pouco de sangue
– Que se passa?- perguntei indo confirmar se ele estava bem. Coloquei a mão no peito dele e ele gemeu com dor.
–Deixa, eu depois cuido disso!- falou um pouco bruto e afastando-se.
– Desculpa não era minha...
– Desculpa...eu..isto..é que fizeste-me lembrar de uns tempos. Não voltes a fazer isso, pode ser?- interrompeu-me.
– Ok.
– Vamos ver se estão ali?
Dirigimo-nos para a porta onde tinha visto Thomas entrar a ultima vez e estava aberta.
– Isso não devia estar fechado?- perguntei enquanto Nathan rodava a maçaneta
– Dever devia, mas já que não está vamos lá ver o que tanto se passa aqui...
Quando ele abriu por completo a porta eu vi um Thomas ensonado rodeado por quatro raparigas em roupa interior.
– Que raio se passa?- falou ele mal humurado
– Tu sabes que horas são? Sabes o que tu merecias agora? És mesmo canalha, cresces de altura mas a tua mentalidade é a de uma criança!- comecei o meu sermão.
– Como é Thomas? Vais dizer a essas meninas para se vestirem e se porem a caminho de casa ou terão de sair á força?- falou Nathan
– Mas vocês combinaram para me fuder o juizo?
– Thomas, imediatamente! - gritei
As raparigas começaram a vestir-se á pressa e eu pude confirmar que Thomas fedia a alcool.
– Tu não tens mesmo emenda...- comentei quase chorando.
Eu tenho esse problema, eu sinto as coisas de uma forma muito profunda, e então apego-me muito a algumas pessoas. Mas o que se passava com Thomas? Se eu chegasse lá e ainda o visse sozinho acho que retiraria todas as coisas que tinha dito em relação a ele, mas depois daquela triste cena, acho que tudo o que eu disse não foi suficiente
– Podemos não falar em nada á minha mãe?- perguntou ele desorientado.
– Que te parece?- sussurrou-me Nathan ao ouvido
– Que Nicole merecia saber, mas vamos deixar esta vez passar...- sussurrei ao ouvido dele em troca, depois elevei mais a voz- Desta vez a tua mãe não vai ficar a saber, mas começa a pensar numa boa desculpa para esse cheiro a alcool, para não teres dormido em casa, para á hora do almoço ainda não teres chegado a casa e para ser preciso eu e Nathan virmos á tua procura...
– Obrigado,a sério...
– Mas...- interrompeu-o Nathan- tens de nos prometer que não vais voltar a fazer isto ou algo assim parecido.
– Prometo. Prometo que não vos vou desiludir.
Depois de Thomas se ter vestido em termos e de ter arrumado aquela sala voltamos para casa.
Nathan mais uma vez conduziu, eu fui ao lado, no lugar do pendura e Thomas deitou-se por todo o banco de trás.
Quando chegamos, Nathan saiu para me ajudar a levar Thomas para cima pois Nicole já tinha saido.
Deitamo-lo na cama e depois desci com Nathan para me despedir.
– Obrigado Nathan...obrigado mesmo.- falei encostando-me no carro dele.
– De nada. Eu disse que estava sempre disponivel, lembras-te?- respondeu colocando-se á minha frente.
– Como te posso agradecer?
– Que tal por enquanto um abraço e...uma saída logo, há noite?
– Quanto ao abraço a mim parece-me bem, mas quanto á saída vais ter de cobrar noutro dia porque amanhã pego cedo e por isso não vou sair.- falei séria
– Ok, eu consigo viver com isso.
Dirigi-me a ele devagar e abracei-o de uma forma lenta mas carinhosa. Ele gemeu mais uma vez quando encostei a minha cabeça no peito dele.
– É melhor irmos ver isso...e não aceito ou não.- disse afastando-me
– E um: eu vejo isto em casa?- falou olhando para o peito
– Também não. Entra lá, eu não vou fazer nada de mais!
Por fim ele ficou convencido e entrou. Pedi que se sentasse na bancada da cozinha, enquanto eu fui buscar a caixa de primeiros socorros. Assim poderia ficar a uma boa altura para eu cuidar dele.
– Consegues tirar a camisola?- perguntei perdendo-me nos seus olhos verdes
–Sim, eu acho que sim.
Ele tirou a camisola e eu fui ver se era grave ou se poderia ser eu mesma a fazer os curativos. No peito era um pouco profundo mas eu podia cuidar daquilo.
Coloquei água oxigenada no algodão e dirigi-me a ele com jeitinho. Fui o mais leve possivel e finalmente eu já conseguia ver de onde vinha aquele sangue. Ele tinha vários arranhões na testa e nos ombros e dois cortes no peito.
Quando lhe olhei para a testa vi que os olhos dele tinham vestigios de lágrimas.
– Doeu?- perguntei
– Não, porque perguntas?- respondeu fugindo com o olhar.
– Nathan, vá, vais-me dizer então porque ficas-te assim?
– Não posso, isto é, é algo delicado para mim, entendes?
– Entendo...mas fala.
– Podes cuidar só primeiro disto? Eu não quero falar da minha vida privada numa cozinha...- falou olhando em volta.
Cuidei dele, tendo cuidado para não o magoar de nenhuma das formas. Quando terminei entreguei-lhe uma t-shirt de Thomas.
– Veste isto. A tua camisola já não dá para vestir, e além do mais iria infecionar as feridas.- falei docemente
– Obrigado. Mas o Tom não se vai importar?
– Eu depois falo com ele, e é o minimo que ele pode fazer depois do que me ajudaste...
– Não foi nada, Nicole precisava dele em casa. Por falar nisso, já a avisaste de que ele está cá novamente?
Pois é! Eu ainda não lhe tinha dito nada.! Pedi licença a Nathan e liguei-lhe, quando lhe dei as novidades notei alivio na voz dela, mas ao contrário daquilo que eu pensava, ela não fez pergunta nenhuma e apenas pediu que eu cuidasse de Thomas até ela chegar. Que outra coisa tinha eu de fazer? Talvez se ele não fosse tão imbecil eu estivesse a disfrutar da minha ultima tarde de paz. Mas não se pode ter tudo no mundo...
– Bem, tens dores?- perguntei a Nathan, depois de desligar o telefonema
– Não...
– Vamos lá para cima então? No meu quarto teremos a privacidade necessária para me dizeres o que vai nessa cabecinha...
– Só na cabeça?
– Nesse coraçãozinho também...- falei enquanto colava melhor o penso da testa.
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