The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world


Capítulo 12
"Strange Attack"




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Acordei com o meu pai aos berros. Porém desta vez não me enervei porque no final das contas eu devia estar mais uma vez demasiado em cima da hora. Acontece sempre que tenho um vôo marcado, deixo-me sempre dormir..

- Que horas são?- perguntei levantando-me com algum custo.

- Faltam 2h para as 7:00am.- respondeu dando-me um beijo na testa

- E acordaste-me tão cedo porquê?- perguntei olhando-o confusa

- Primeiro porque precisas de um bom banho, depois porque te vestes e comes o pequeno almoço e segundo porque podes ir a conduzir sem pressas, porque de certeza chegas á hora...- esclareceu-me

- Obrigado. Já desço...- falei com pouca vontade.

Depois de o meu pai sair dirigi-me ao armário e remexi na imensa roupa que me sobrava, uma vez que levava uma grande minoria dela. Depois de ter decidido aquilo que iria vestir, fui tomar um bom banho e preparar-me para completar a minha ultima rotina neste país português.

Quando terminei, desci para tomar o pequeno almoço.

- Então Kath, sentes-te bem? Quer dizer...estás pronta para a viagem? Não te falta nada?- perguntou o meu pai sentando-se ao meu lado na mesa.

- Não, eu acho que está tudo em ordem...

- Se tu o dizes.

Durante o resto do pequeno almoço fiquei a saber que Anne voltaria hoje para casa, que se a minha mãe continuasse oresa poderia passar o Natal em casa por bom comportamento. Toda esta conversa me estava a deixar saudades embora eu ainda nem tivesse tirado os pés de Portugal.

Quando terminei o pequeno almoço saí rumo ao automóvel. Seria a ulima vez que eu conduziria o meu menino....mas quando abri a porta, Jonny o cão do vizinho( um rapaz com 24 anos, chamado Leonardo) pulou e caiu em cima do meu pai, claro porque eu me desviei, se não quem sofria era mesmo eu!

- Então rapaz? Estás triste pela ida dela?- perguntou o meu pai fazendo-lhe festas e colocando-se novamente de pé.

- Desculpem, ele fugiu de casa...- ouvi a voz de Daniela, uma rapariga com 16 anos, que era a irmã mais nova do nosso vizinho.

- Não tem mal...acontece!- respondi sorrindo.

- Desculpem mesmo...a prepósito Kath, estás muito bonita, (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=62144124), como sempre...- falou a rapariga.

- Obrigado Daniela, tu também estás muito gira...e desculpa eu gostava de continuar a falar mas tenho de ir apanhar um vôo para os Estados Unidos. Desculpa, a sério...- desculpei-me.

- Não tem mal...boa viagem e boa sorte por lá!- respondeu Daniela.

Fechei a porta e dirigi-me para o carro, quando abri a porta observei a rapariga a afastar-se de uma maneira triste, tive pena e por isso decidi ver-lhe um ultimo sorriso.

- CUIDA BEM DO JONNY, DIZ-LHE TODOS OS DIAS QUE O ADORO!- gritei-lhe.

 A rapariga olhou para trás com um sorriso nos lábios e afirmou que não se esqueceria. Sorri de volta e entrei no carro.

Durante o caminho conduzi com cuidado e eu e o meu pai não falamos muito. Ele parecia sério, mas quem o conhecia notava que ele estava triste pela minha partida, acho que isso é normal com todos os pais...

Quando chegámos ao aeroporto estacionei o carro e fiquei alguns minutos a olhar em frente, exactamente para o nada. Mas os meus olhos não verem nada não quer dizer que os meus pensamentos não andassem a mil á hora. Em questão de minutos pensei no sorriso da minha mãe em todos os meus aniversários, nos abraços que dava a Cloe e teria de deixar de dar, da voz do meu pai quando se zangava por eu dormir de mais e até mesmo das parvalheiras que só eu e Anne sabiamos ter. Por momentos tive vontade de desistir de tudo e voltar para casa, mas eu tinha de fazer isto! Eu tinha de saber controlar o meu futuro e a minha vida...eu tinha de arranjar uma forma de provar a inocência da minha mãe. Quando todos os pensamentos me atormentavam a forma de pensar e de agir Thomas tirou-me dessa espécie de transe.

- Kath? Kath? Estás bem?- ouvi-o berrar bem do meu lado.

- Han? Sim... o quê?

- Estás bem Kath, ele esta a chamar-te á muito tempo e tu nada!- falou o meu pai.

- Sim, desculpem...estava a pensar em muita coisa.!- respondi sorrindo perdidamente.

- Na boa, pronta? Daqui a nada aquela mulher irritante chama!!- falou Thomas

- Han?- falou o meu pai

-Esquece....esquece...- respondi

Depois foi um momento complicado, pois era hora da despedida do meu pai. Era tão dificil despedir-me daquele homem! Com os outros não me importei, mas com ele não consegui evitar que as lágrimas me correcem pela cara, era tão estranho afastar-me daquele homem...

Mas feita a despedida era hora de eu dizer-lhe adeus e virar as costas. 

- Estás bem?- perguntou Thomas quando entramos

- Vou ficar, não te preocupes...- respondi secando as lágrimas.

- Eu acredito nisso...

- Podes acreditar, porque eu vou ficar mesmo. Vais ver que vou...

- Eu sei que vais, nem que eu te obrigue rapariga!- falou me abraçando.

Apenas sorri, nada mais.

Depois de fazermos o check-in sentamo-nos nos bancos que estavam á porta de desembarque.. Eu estava um pouco nervosa, era a primeira vez que ía sair do país, então eu estava cheia de incertezas, mas Tom me acalmou.

Quando finalmente aquela voz tão estranha e ao mesmo tempo tão familiar avisou que estava na hora eu e Tom dirigimo-nos para a porta de desembarque, ainda olhei para trás, talvez na infeliz certeza de encontrar alguém, mas tudo o que vi foi unicamente gente desconhecida, e bancos que outrora eram ocupados por mim, por Tom e pela nossa bagagem toda. E mais uma vez as lágrimas rolaram, mas de uma forma mais calma e pacifica.

- Está tudo bem?- perguntou Tom com uma cara estranha.

- Mas agora só me vais fazer essa pergunta?- falei rindo, ainda que chorando também...

- Oh moça, se tu quiseres eu não te pergunto mais... basta dizeres, ó feia!- falou deitando-me a lingua de fora no final

- Feio és tu e a tua mãe ainda não sabe!- respondi secando por completo as lágrimas.

- Anda, assim estás pronta para esta nova Era.  a Era em que Thomas e Kaherine vão brilhar nos Estados Unidos.-falou olhando para o teto como um idiota e colocando-me um braço sobre o pescoço.

- Pois, só se aparecer no jornal: Zombies são encontrados em Estados Unidos. Um, ao que parece de origem portuguesa e outro deste mesmo país... Bom não? Para alguém que não quer seguir jornalismo, até era uma boa noticia...- falei fazendo Tom rir.

- Só mesmo tu!- falou tentando se controlar.

- Viste? Agora eu também sei fazer piadas!!- respondi sentando-me no meu lugar.

- Pois, já podes fazer piadas lá para os teus colegas da escola Naval, de certeza que ganhas algumas nódoas negras!

- Nódoa negra, já és tu!- respondi fingindo raiva.

- Já alguém te disse que és uma péssima mentirosa?

- A mim? Não...eu não minto rapazinho!- respondi olhando-o  séria

- Não, deves mentir pouco, deves...- falou uma voz masculina lá de trás

- Quem falou?- perguntou Thomas colocando-se de pé e olhando para a direcção da voz intrometida.

- Fui eu porquê? Vais-me bater é? Vais dar numa de namorado machão, é isso?- falou um rapaz  todo tatuado e com ar de quem adora armar confusão.

Sinceramente, o meu coração começou a palpitar muito depressa, eu já tinha assistido a muitas lutas e em todas elas eu em tinha metido ao meio mas Thomas era um rapaz grande, grande mesmo, tinha um bom corpo  mas em relação ao outro idiota, se houvesse uma luta e eu me metesse no meio, o mais certo era eu e Thomas irmos parar ao hospital...

- Chega, não vale a pena! Deixa esse idiota falar o que quiser, a mim não me importa!- falei segurando o braço de Thomas e puxando-o de novo para a minha beira.

- Posso só dizer uma coisinha?- perguntou.

- Desde que não seja ofensiva, nem provoque nenhum tipo de luta...

- Só para que saibas, eu não sou o namorado dela!!!- falou rindo para o outro palhaço que apenas se limitou a dizer qualquer coisa que eu nem quis entender.

- Estás bem?- perguntei quando vi Tom descontrolado, tentando controlar os nervos.

- Preciso dos medicamentos... Estão algures por aqui, mas agora não sei bem onde!- respondeu abrindo a pasta e começando a vasculhar muito mas muito nervoso.

- Posso ajudar?

Tirei-lhe a pasta com cuidado e  comecei a procurar os medicamentos de que ele precisava, embora eu nem sequer soubesse quais eram. Por fim, encontrei uma caixa verde e pela  reação dele percebi que eram esses. Dei-lhe água e um comprimido e esperei que ele acalmasse.

Afinal de contas, ele tinha de me explicar que ataque tinha sido aquele. Num momento esta optimo e no outro parecia que ía morrer bem ali ao meu lado. Mas que susto!


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