The Love That Is Born Of A Friendship escrita por my world
Notas iniciais do capítulo
"Thomas fica estranho"
Depois de Thomas estar calmo, percebeu que tinha de me explicar muitas coisas. Mas que raio tinha sido aquele ataque? Fiquei a olhar para ele, na esperança de que ele começasse a falar alguma coisa, mas nem um som libertou.
– Estás melhor Thomas?- perguntei amigávelmente
– Sim, obrigado por teres ajudado- respondeu com voz fraca
– É para isso que servem os amigos.- respondi um pouco confusa
E agora? Perguntava o que se tinha passado ou esperava que ele mo dissesse por vontade própia? Porra! Estava complicado...Decidi não lhe perguntar nada. Eu sabia que ele me contaria quando achasse certo. E uma confusão dentro de um avião em "alto céu" era aquilo que eu menos queria.
Encostei a cabeça á janela para dormir, mas era muito dura então perguntei a Thomas se podia dormir no colo dele, ele disse que sim e eu deitei-me com cuidado.
Não dormi muito, devo ter dormido cerca de 1h. Quando cordei, Thomas dormia com os fones que tinham a música no máximo. Levantei-me e olhei ao redor, já não estavamos em céu português e isso de certo modo tocou o meu estomâgo, mas eu tinha de seguir em frente. Já não dava para desistir e além do mais eu já era crescida o suficiente para cuidar de mim.
– A menina deseja alguma coisa?- perguntou a hospedeira
– Tem coca-cola?
– Sim.Trago já. - respondeu simpatica.
– Obrigado.
Passado alguns minutos a hospedeira trouxe-me a bebida e ofereceu-se para me ajudar caso precisasse.
Tinha passado cerca de meia hora quando Thomas acordou. Tirou os fones e ambos começamos a ler, pois tinhamos tido a ideia de levar um livro para passar o tempo.
– Sobre o que é?- perguntei curiosa.
– O livro?
– Sim.
– É sobre um jovem casal que se encontra numa floresta. Começam por ser amigos, depois apaixonam-se e começam a namorar- parou com um ar confuso.
– O que foi?- perguntei a rir com a cara fofa ,que ele sem se dar conta fez.
–Não sei o resto da história...ainda não li tudo...
– Parvinho! E isso interessa?
– Interessa! Assim não te sei dizer o resto...
Thomas olhou-me confuso e voltou o olhar para o livro, comçando a ler silenciosamente. Desde o ataque de nervos que não estava nada falador. O que quer que fosse a origem daquele ataque tinha-o alterado.
Voltei também a ler mas a paisagem distraía-me muitas vezes, então coloquei de lado a leitura e fui buscar os fones. Comecei a ouvir a minha banda preferida e passei assim o resto da viagem.
(...)
– Acorda Thomas! Acorda idiota!- gritei de modo a acorda-lo uma vez que o piloto avisou para pôr os cintos que íamos aterrar.
– Tem calma, já estou acordado. Aliás, acho que com os teus gritos todo o avião está!- reclamou
– Cala-te e mete o cinto Thomas!- resmunguei
–okay, okay, desculpa não te queria ofender.
– Pedido assente. Confirmação de perdão pendente.- falei com um sorriso maliciosa
– Ás vezes metes-me medo--
– Como queiras Tom...como queiras...- suspirei
– Quando o perdão for aceite, gostava de ser informado...- brincou
– Serás, não te preocupes.- sorri
Quando o avião aterrou, Thomas manteve-se imóvel, pelo que sabia já lhe era habitual e além do mais ele não queria passar pelo idiota que tinha armado confusão. Por fim, levantou-se e num acto de cavalheirismo esticou-me a mão e ajudou-me a sair da minha poltrona. Agradeci e dirigimo-nos para fora do aeroporto,eu fazia um grande esforço para me lembrar do nome dele mas não me vinha á cabeça, e a preguiça fazia com que não me apetecesse ler.
A mãe de Thomas estava á nossa espera, era uma senhora com cerca de 40 anos, não muito alta. Tinha olhos verdes e era morena.
– Boa tarde meninos, a viagem correu bem?- perguntou
– Boa tarde mãe, sim, não aconteceu nada de mais...esta é a Katherine- falou Tom
–Boa tarde, pode tratar-me por Kath, eu gosto mais e para mim é um pouco mais familiar, também-respondi docemente.
– Prazer, o meu nome é Nicole, sou a mãe desse aí.- falou animada
– O prazer é meu...lamento vir incomodar na sua casa...- respondi
– Ora, trata-me por tu Kath e não vens incomodar nada! Durante todo o ano tudo está tão calmo que chega a ser aborrecido. É bom teres vindo..
– Apresentações feitas. Vamos para casa?- reclamou Thomas que não estava a gostar da conversa.
Fomos então para a carrinha. Durante o caminho, Nicole e eu fomos nos conhecendo melhor. Fiquei a saber que ela era jornalista numa rádio local nos tempos livres, sendo que a sua profissão actual era empresária no ramo da moda.
Thomas mantinha-se calado e quieto no seu lugar. Não fosse eu estar com a mãe dele e saber que ele estava lá, diria que estavámos sozinhas.
– Já tens algo em mente para fazer amanhã?- perguntou ele de repente
– Sim, se tu puderes me ajudar, eu gostava de ir conhecer as instalações da escola naval.
– Parece boa ideia...ajudar como?
– Ora Tom, eu preciso de alguém que conheça a cidade- respondi sorrindo
– Tu e esse teu sorriso...
– Vens ou não?- perguntei mais séria
– Vou Kath, claro que vou.
Estivemos cerca de 30 min na autoestrada, e cerca de 15 em IP, por fim paramos num bairro de casas maravilhosas. A casa de Thomas era a 3º (http://edmundoimoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/05/2-500x355.jpg). Quando o carro estacinou Nicole pediu a um homem gigante que levasse as minhas malas para o meu quarto. Enquanto o homem o fazia ela levou-me a conhecer o exterior da casa.
Depois de algumas voltas, deixou-me sozinha no jardim (http://www.blogdoluxo.com/wp-content/uploads/2012/05/22Casa-755-Pergolado.jpg).
Fiquei lá até há hora do jantar, 8:30pm, e durante o jantar tudo estava silencioso. Ninguém falou e ninguém brincou. Foi o jantar mais sério que tive em toda a minha vida.
– Dá-me licença para levantar?- perguntei a Nicole quando terminei.
– Claro querida. E trata-me por tu, pode ser?
– Vou tentar...- respondi sorrindo.
Levantei-me e dirigi-me para o meu quarto. Lá fui tomar um banho á casa-de-banho principal, sendo que a privada estava em obras e fui dormir.
(...)
Acordei pelas 3:00am com um som estranho, Thomas estava no quarto dele, então o que seria aquilo?
Fiz um esforço para me controlar para não ir ver o que tinha sido aquilo, mas curiosa como fui não aguentei. Levantei-me e abri a porta do quarto com cuidado, a porta do quarto de Tom estava aberta e tinha a luz acesa, isso queria dizer que ele ainda não dormia....
Fui até lá e Tom estava mais uma vez a ter um ataque. Fiquei super preocupada e corri até ele. Com muito esforço disse-me que os medicamentos ainda estavam na pasta e que esta estava sobre o guarda-roupa. Fui até lá e mais uma vez lhos dei.
Quando ele se acalmou eu fiquei em silêncio. Desta vez eu não podia deixar passar em branco, ele iria dizer-me o que se estava a passar, nem que eu tivesse de ficar com ele a noite toda.
– Thomas, que ataques são estes?- perguntei determinada a saber uma resposta
–Queres mesmo saber?
– Quero! Claro que quero! Não me vou deixar na ignorancia quando o assunto é assim tão sério, não achas? Tu precisas de ajuda...
– Mas eu já tenho ajuda, para isso é que servem os medicamentos. E o assunto não é assim tão sério...- falou com vestigios de lágrimas que ainda não tinham sido deitadas para fora.
– Então o que é?- perguntei compreensiva.
Quarto de Kath- http://imagesus.aluguetemporada.com.br/mda01/16cd1562-d247-444d-9af6-a755c3f3ac35.1.12
Quarto de Thomas- http://www.blogdoluxo.com/wp-content/uploads/2012/05/29Casa-755-Su%C3%ADte-Master.jpg
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