Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 31
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

ANTES TARDE DO QUE NUNCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Deem parabéns à CK pois ela vai fazer ensino médio de 0800 em uma escola boa! Vou deixar o print aqui, pq estou feliz e quero compartilhar com vocês



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É engraçado como as coisas acontecem a pessoas que sempre lutam para agradar.

Logo depois de deixar Tália com Chie e Grimmjow, Orihime adentrou o quarto de Ulquiorra em Las Noches. O homem já estava lá, sentado na cama, os cotovelos apoiados nos joelhos e os dedos entrelaçados encostados na boca.

Orihime engoliu a seco e permaneceu com os olhos nele, encostando-se na porta. Sabia o que viria a seguir.

–Eu não vou me desculpar por...

–O que você tem na cabeça, Orihime?

A ruiva sentiu um arrepio percorrer sua espinha. A voz do arrankar foi fria e baixa, não moveu-se um milímetro. A humana respirou fundo, estava cansada demais para ter essa discussão. Mas sabia que ele não iria deixar passar.

–Você poderia ter morrido.

Não importava se tudo ocorreu razoavelmente bem.

Ele só enxergava a desobediência.

Orihime continuou fuzilando o homem com seus olhos, friamente. Queria deixar claro que estava inflexível quanto a pedir desculpas ou lamentar-se.

–Eu não vou discutir. – disse e desviou o olhar, virando-se em direção da porta. Não iria ficar no meio daquele clima tenso que Ulquiorra estava fazendo questão de exalar. No entanto, não percebeu quando o mesmo já estava estendido à sua frente, com um dos braços por sobre seu ombro esquerdo, fazendo a humana encostar na parede.

–Eu mandei você ir para casa.

–Eu não iria deixa-los assumir o risco causado por mim.

–Sim, causado por você, e por sua causa eu quase perdi uma fracción. Deveria ter obedecido e voltado para o Mundo Real quando eu mandei e ter evitado mais bagunça.

Orihime franziu a testa.

Por quê? Por que ele estava falando essas coisas malvadas para ela? Estava tudo bem, Tália estava bem, tudo estava bem. Não tinha motivo nenhum para ele começar essa discussão!

A ruiva engoliu a seco.

Ele estava fazendo de novo.

Magoando Orihime.

Eu não sou sua fracción, Ulquiorra. – Orihime praticamente cuspia as palavras na face tão perto do Rei do Hueco Mundo. Estava irada pelas acusações grotescas e desnecessárias que ele havia feito, mas não iria deixar-se abalar. Se ele queria discussão, teria uma. – Não é meu dever obedece-lo.

Ulquiorra continuava com os olhos insondáveis nos dela. Estava furioso por Tália, e não estava medindo suas palavras nem avaliando-as. Queria fazer Orihime entender que ela causou problemas, mas não estava notando a gravidade de suas palavras. Estava cego de raiva por mais uma desobediência.

–Se eu não estivesse lá, não teria curado Tália.

–Se você não estivesse lá, ela não teria se ferido.

–Qual o seu problema?! – Orihime franziu a testa e achatou as mãos no peito do arrankar, empurrando-o na tentativa de sair do quarto. – Eu não iria deixa-lo lutar uma luta que me envolvia!

–Eu nunca pedi sua ajuda! A mandei para casa pois você só iria atrapalhar, e eu estava certo! – Ulquiorra alterou o tom de voz, falando um pouco mais alto, suficiente para assustar a humana.

Orihime parou de tentar empurrá-lo.

Olhou fixamente em seus olhos para ter certeza de que era ele mesmo. De que não estava vendo coisas, sonhando ou delirando. Se era o mesmo Ulquiorra dizendo as mesmas coisas rudes de antes. As mesmas que já foram motivo de tantas discórdias entre os dois.

Ela não disse nada durante um bom tempo. Olhava para Ulquiorra com aquelas órbitas enormes, esperando de todo o coração que ele se arrependesse e pedisse desculpas por ter sido um babaca.

Mas ele não o fez.

–Eu quero ir embora. Se não se importa... – Orihime gesticulou para ele dar um passo para trás. Ele continuou olhando para ele por alguns segundos, mas então abaixou a mão e tomou três passos de distância. A ruiva olhava para o chão.

A Garganta abriu-se logo, e Orihime adentrou-a sem dizer nada.

Tomou um longo banho ao chegar em casa.

Com a toalha enrolada nos cabelos molhados, ela estava sentada no sofá observando o noticiário das dez. Tomava um copo de água e sentia o corpo todo dolorido, alguns hematomas já começavam a aparecer em suas pernas, além dos arranhões. Estava fisicamente bem, na verdade. Mas não parara de pensar nem um segundo na completa falta de senso de Ulquiorra. Ela esteve lá para ajudar, e foi o que fez. Foi ela que expulsou Ichigo de lá. Lamentava por Tália ter sido atingida, mas agora ela estava bem.

Sentiu uma brisa vir da janela e no segundo seguinte que abriu os olhos, viu por sua visão periférica Ulquiorra sentado na outra ponta do sofá. Já estava no Gigai. Parecia até ter tomado banho – Orihime perguntou-se como não escutou nada.

Ela não foi a primeira a falar.

–Você poderia ter se machucado lá.

–Não me arrependo de nada.

Sussurrou, os olhos opacos na TV.

–Eu só...

Orihime se interrompeu, piscando rapidamente, soltando o ar preso nos pulmões.

–Não vejo vontade em você... Vontade de, você sabe... – Orihime suspirou. – Fazer isso dar certo.

Ulquiorra não disse nada.

Orihime sabia deixa-lo sem palavras.

–Só não quero ficar batendo na mesma tecla em vão.

Orihime sentiu a mão do arrankar encostar em sua coxa e levantar sua mão, deixando ali uma carícia sem jeito. Ah, ela queria tanto ficar zangada com ele para mostrar que não era tão flexível assim... Sua reação foi fechar os olhos. Ele conseguia tocar seu coração mesmo sendo tão desajeitado, mesmo sendo insensível.

Orihime retirou sua mão e ergueu-se do sofá, deixando-o sozinho. Não gostou do tom que ele usou com ela mais cedo; Orihime só tentou ajudar e ele não foi nem um pouco grato. Foi exatamente o contrário: lhe disse ofensas desnecessárias.

Retirou a toalha do cabelo e sentou-se na frente da penteadeira, escovando os fios longos e ruivos. Viu pelo reflexo do espelho Ulquiorra encostar-se na porta e não olhar para ela; o maxilar travado e os braços cruzados ainda evidenciavam sua raiva interna. Era ridículo.

Orihime passou tempo até demais escovando os cabelos por não saber o que fazer depois eu acabar. Iria deitar-se para dormir? Deixá-lo ali, em pé, com essa cara irritante?

Pousou a escova na mesinha e virou-se para ele.

–Fale o que quiser falar.

–Eu fiquei preocupa...

–Por favor, Ulquiorra, você tem que parar de me tratar feito criancinha!

Orihime levantou da penteadeira e fechou as mãos em punho, irada. Ele estava se comportando feito Ichigo, que nunca a levou a sério. Já era uma mulher forte, sabia se defender, não precisava de guarda-costas e proteção. Era até desrespeitoso quando Ulquiorra fazia isso.

–Eu não sou fraca.

Sussurrou, fuzilando os olhos do arrankar.

Ulquiorra observou toda aquela determinação no olhar da mulher e foi como uma lâmpada sendo acendida. Ela estava certa, Orihime não era mais aquela jovem fraca que ele mesmo fez de sequestrada há tanto anos atrás. Ela tinha mudado. Não era dependente como antes, ele enxergava sua essência nova... Era como assistir um velho filme antigo, onde as memórias da Orihime fraca contrastavam com a mulher a sua frente. Estava sendo injusto, e deixando de dar mérito a ela.

–Desculpe.

Orihime desviou o olhar do chão porém o impediu de chegar até ele. Era a primeira vez que Ulquiorra pedia desculpas e ela queria ver aonde isso poderia chegar.

–Eu... exagerei.

Orihime olhou para Ulquiorra e era quase engraçado ver o desconforto do mesmo em se desculpar. Todavia, manteve a expressão séria. Seu coração já estava amolecido mas queria escutar o que ele tinha para falar.

Piscou e não o viu mais em sua visão periférica. Em seguida, sentiu seu toque formigar em seu ombro.

–Não quero que pense que eu não desejo que dê certo... – Ulquiorra sussurrou, afastando o cabelo da ruiva e encostando os lábios ali, no pescoço. – Eu quero que dure... – Orihime fechou os olhos para reprimir as borboletas em seu estomago que a voz dele libertava. Orihime sentiu suas mãos em sua cintura, virando-a para ele.

Orihime ergueu os olhos e viu aquelas órbitas verdes observando-a. Não pode deixar de corar, ele era lindo.

Piscou e estava contra a parede, os lábios do arrankar contra os seus, sentindo o corpo de Ulquiorra prensando o seu contra a parede. Ulquiorra a beijava lentamente, doce e terno, mas Orihime sentia suas mãos apertando seus quadris e, bem, certas coisas se manifestando mais embaixo.

As mãos do Rei do Hueco Mundo deslizaram até suas coxas, subindo seu corpo. Entendendo o recado, Orihime entrelaçou as pernas na cintura do arrankar. A ruiva sentiu os lábios do arrankar em seu pescoço, traçando um caminho de beijos que provocavam arrepios consecutivos em cada centímetro da mulher. Ulquiorra disparava algum gatilho dentro dela só com um simples toque.

Orihime só percebeu que Ulquiorra havia usado o Sonido para chegar à cama quando sentiu-o apoia-la na cama, ajoelhando no colchão. Orihime encostou lentamente as costas no frio da cama, fechando os olhos enquanto o arrankar deitava-se sobre ela e voltava a beijar seu pescoço. Reprimiu um sorriso ao sentir sua mão adentrando sua blusa, acariciando sua fina pele. Suas mãos quase que involuntariamente até a barra da blusa dele, suas unhas arranhando descuidadamente sua pele, puxando-a para cima.

–O que eu sinto por você...

Orihime abriu os olhos ao escutar sua voz em seu ouvido, escutando atentamente, as órbitas castanhas semicerradas.

–É o mais próximo de amor que eu posso sentir. É suficiente? – o arrankar ergueu o rosto para olhar Orihime nos olhos.

Orihime fechou os olhos novamente, sorrindo consigo mesma, abraçando o arrankar.

–É sim.


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Notas finais do capítulo

Então, minha gente. O capítulo 28 era pra ser o penúltimo, mas essa realidade por mudar!!!111!! *todos gritam*
Preciso saber se vocês estão dispostas a aturar mais alguns capítulos (no máximo 4), contando com alguns da Tália e o Grimm e até um da Chie que eu A M E I escrever. A história já está no final, mas posso fazer alguns extras e pá. Só me deixem sabendo se cês querem ou não