Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 32
Capítulo 29




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–O que eu sinto por você...

Orihime abriu os olhos ao escutar sua voz em seu ouvido, escutando atentamente, as órbitas castanhas semicerradas.

–É o mais próximo de amor que eu posso sentir. É suficiente? – o arrankar ergueu o rosto para olhar Orihime nos olhos.

Orihime fechou os olhos novamente, sorrindo consigo mesma, abraçando o arrankar.

–É sim.

Orihime sentia as mãos do arrankar apertarem suas coxas com uma força um tanto exagerada, mas ela não se importava. Estava precisando de uma válvula de escape depois de tanta coisa acontecendo e até mesmo para acontecer, uma vez que não acredita que Ichigo tenha desistido tão rápido assim de fazê-la enxergar que está errada quanto a Ulquiorra. E além do mais, estava com ele, o que mais poderia querer?

Tinha tanto tempo que não se sentia tão calma e segura. Eram tempos difíceis, aqueles. Afetaram até sua relação com o próprio Ulquiorra.

Sua atenção foi sugada para aquelas orbitas verdes que mais pareciam feixes de luz. Orihime abaixou os olhos para olhá-lo antes do arrankar afundar o rosto em seu pescoço, soltando o ar quente que estava preso em si bem perto do ouvido de Orihime, mordendo sua orelha em seguida. As unhas da humana fincaram instantaneamente nas costas nuas dele, não conseguindo reprimir uma nota baixa sair de sua garganta.

Sentia o vapor do desejo de ambos aquecer seu corpo. Sentia o suor apresentar-se em sua testa e a cada segundo que se passava, Orihime queria eternizar. Não queria larga-lo com medo de toda a realidade acertá-la como uma bigorna acerta desenhos animados.

Ulquiorra levantou-se da cama da mulher depois de ter certeza de que ela estava dormindo. Deu uma longa olhada para a cena a sua frente: ali estava seu anjo dormindo, seu corpo indo e vindo conforme sua respiração calma, os cabelos ruivos desarrumados e espalhados pelos travesseiros brancos, pele de suas costas nuas, o jeito com o qual ela abraçava um travesseiro que substituiu o corpo do próprio.

Vestiu suas calças e uma blusa cinza que usava quando estava no Mundo dela, deixando no chão sua roupa arrankar.

Ulquiorra estava, particularmente, atordoado. Ainda sentia seu corpo no dela, ainda sentia o cheiro de morango de sua pele e de menta de sues cabelos. Ela ainda estava nele, e isso dificultava sua atenção. Precisava pensar em algo, porque como as cosias estão, não podem ficar.

Tinha uma fracción esfaqueada em seu Mundo e estava correndo um perigo constante. Ichigo saiu de Las Noches, mas Ulquiorra viu. Viu em seu olhar o ódio iminente por ter cativado uma como ele, viu a desolação por Orihime não ter ido com ele de volta para seu mundo. Precisava pensar em uma solução.

Ficou sentado no sofá da sala. Milhares de coisas lhe passaram pela cabeça, mas nenhuma delas conseguia harmonizar seu mundo com o dela. Ele com ela, sem perigo nenhum.

Não conseguia, não conseguia...

Jogou o corpo para frente e enfiou os dedos entre os cabelos, agarrando-os, obrigando sua mente a não ser tão pessimista. Deveria ter um jeito de continuar com ela sem nenhum contra.

Percebeu então, o quão viciado em Orihime estava. Sentia seu cheiro em seu próprio corpo e quando não, sentia-se incompleto. Queria estar com ela o tempo todo, por mais destrutivo que isso possa ser. Estava até quebrando barreiras que antes punia quem fizesse. Estava queimando sua cabeça para encontrar uma maneira de ficar com ela.

Mas não conseguia.

Viu de relance um segundo corpo perto do corredor. Orihime vestia um short de algum pijama e sutiã. Os cabelos longos ainda estavam meio desarrumados, escorriam por seus ombros e tampavam uma parte de sua pele até a cintura. Olhava para ele com uma expressão meio sonolenta, meio preocupada.

Ulquiorra nada disse, apenas sustentou seu olhar. Sentia-se como se tivesse traído Orihime de alguma forma depois de tantos pensamentos que só diziam uma coisa: ou ela, ou a segurança dela.

Orihime descruzou os braços e andou até ele, sentando-se do seu lado, virada para TV, tal como ele estava.

–Em que você está pensando?

Ulquiorra suspirou, seus olhos caindo para seu colo.

–Problemas.

–Compartilhe comigo.

Ulquiorra viu a mão dela envolver a sua, entrelaçando seus dedos. Sorriu pequeno, levando seus olhos para Orihime. Negou com a cabeça brevemente.

–Não.

Ele se sentia incomodado com alguma coisa, como uma pedra no sapato. Angustiado também. A necessidade de encontrar uma solução para o convívio de todos, inclusive suas fraccións, o cutucava constantemente. Tinha que resolver logo isso, e sabia.

–Como ela está?

Grimmjow perguntou para Chie, ambos observando Tália desacordada. Grimmjow tinha os olhos cansados sobre o corpo da fracción, ainda atordoado com tudo o que aconteceu. Chie mantinha-se ereta na cadeira ao lado de Grimmjow. Também olhava para sua irmã.

–Vai se recuperar.

O silêncio era absoluto naquele quarto do palácio. A tensão aos poucos ia se esvaindo, e isso era um ótimo ponto. Contudo, Grimmjow ainda sentia-se meio balançado por ver Tália esfaqueada ali na sua frente. Não gostava de admitir, mas não conseguia não parecer fraco perante àquela visão. Tália parecia tão abatida e fraca.

E era tão torturante vê-la daquele jeito.

Só conseguia pensar em como queria enfiar um poste através do peito de Ichigo e esmagar seus membros. Ele não deveria ter feito aquilo com ela. Nem com Chie. Ou com qualquer um deles. Até mesmo com Orihime; não tinha se afeiçoado a humana, de jeito nenhum, mas agora ela era mais parte deles do que dos humanos. Sem contar que as fraccións a adoravam. Ichigo não tinha ideia do que estava fazendo e não poderia ter feito coisa pior.

Ergueu a mão e tocou os cabelos alvos da arrankar. Acariciou seus fios com uma delicadeza que desconhecia. Queria que ela acordasse agora, boa, sem ferimento algum e sem memoria alguma da dor que sentiu. Queria Tália exatamente como 72 horas atrás.

–Se você quiser livrar Tália de alguma espécie de dor, deveria fazer quando ela acordar.

–Não posso manipular isso.

Grimmjow respondeu sem nem ao menos olhar para Chie. Estava ocupado demais observando cada traço perfeito daquela arrankar.

–Não a dor física.

–Que dor você espera que eu cesse se não for a física, sua estúpida?

Chie piscou algumas vezes, sua expressão naturalmente mórbida.

–Psicológica. Emocional.

–Tsc, Tália não tem essas coisas. Ela não é humana.

–Tália-chan conviveu o suficiente para se assemelhar a eles. E ela sofre sempre que você a ignora. Você deveria pensar nisso.

Chie ergueu-se da cadeira, pegando uma vassoura que estava encostada na parede e rumando o local da briga.

Grimmjow continuou com os olhos na porta por onde a outra fracción passou.

Nyah tá distorcendo minhas notas, que loucura
Que saudades de vocês omg me abraceeeeeeeeeeeeem
Como estão? Espero que muito bem ♥ ♥ ♥ ♥
Passando ultra rápido para postar esse capítulo pequenininho, não me apedrejem
Esse capítulo foi apenas um gancho pro próximo, amigsssssssss
E também pra mostrar que não morri nem nada do tipo
Continuo aqui amando vocês e lembrem-se que estamos na reta finaaaaaaal!


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