Ulquiorra Feels escrita por cereal killer


Capítulo 26
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

que saudades, awwwwn
todas de férias, amém? KKKKKK passei por sofridas recuperações de química e física, aiai, exatas não é a minha área ;-;
vocês são demais heim, a fic é 16 anos, ecchi e ainda queriam hentai 666 explícito from hell S&M u3u
enfim, djwedihe
espero que gostem ♥
sério, que saudades -q



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Orihime deu um risinho descontraído, escondendo seu sutiã da fracción. Ulquiorra apertou as têmporas, respirando fundo. Como elas poderiam ser tão inconvenientes? Contou até dez, apenas para não arrancar a cabeça de Tália. Afinal, tinha certeza de que fora era quem convencera Chie a vir. Ela é sempre a sementinha do mal.

-Tália, se não tem nada de relevante, por favor, volte.

-Mas eu quero saber...

-Tália.

 Orihime interrompeu a garota. Lhe entregou um sorriso pequeno que dizia gentilmente para ela dar o fora daqui.

 A fracción revirou os olhos e bufou. Caminhou até Chie e a pegou pela mão. Tsc, todos me enxotam.

 Antes de ir, olhou para Ulquiorra. Dessa vez parecia séria demais.

-Não demore. Precisamos conversar.

  A ruiva lançou um olhar preocupado para a reação de Ulquiorra. Ele passou um tempo com os olhos deitados sobre Tália. Esta era uma das poucas vezes que a humana presenciara uma feição tão séria da fracción.

  Ulquiorra apenas assentiu com a cabeça e num piscar de olhos, as duas não estavam mais lá.

  Era evidente que o clima já não era mais o mesmo. Ulquiorra ficou em completo silêncio, averiguando as possibilidades mentalmente. Algo relacionado a Grimmjow? Talvez. Ou Ichigo? Teria ele ido a Las Noches? Não, se fosse isso, teria como adiar.

-Você está bem?

  Os olhos redondos e castanhos chamaram sua atenção. Com uma mão no seu ombro e a outra em sua bochecha, a humana se perguntava se ele já tinha uma ideia do que poderia ser.

-Estou. Por ora.

  Orihime uniu as sobrancelhas. Como se contassem um segredo, os dois sussurravam.

-O que você acha que é?

-Não contaria para você, mulher.

  Ela recuou, desencostando a palma da face do Espada e dando um passo para trás. Como se as palavras tivessem empurrado para longe. Assentiu com a cabeça e a abaixou; claro, pra que ele contaria a ela seus problemas? Ela não poderia fazer nada mesmo.

-Você não precisa se preocupar com isso.

  Sentiu as mãos do Espada tomarem as suas. Como se tivesse tombado para a situação real, Ulquiorra inflou o peito nu e deu um beijo demorado no couro cabeludo da humana.

  Varreu a última cena da cabeça e fechou os olhos, erguendo a cabeça e suspirando. Ulquiorra tomou seus lábios, terno e doce; e ela novamente sentiu aquele frio na barriga, aquela inquietação e alegria eufórica de beijá-lo. O Espada se agachou e a laçou com os braços, erguendo-a do chão, fazendo Orihime entrelaçar as pernas ao redor da cintura do Espada. Sustentando seu corpo com apenas um braço, Ulquiorra alisou as pontas onduladas do longo cabelo da jovem.

  Assim, voltaram para o quarto. De certa forma não havia mais aquela urgência de ter um ao outro para si, somente para si mesmo. Claro que ainda existia todo o desejo de um pelo outro, mas não a rapidez. Ainda existia vontade de rir de Orihime sempre que Ulquiorra tocava sua barriga ou mordia sua orelha, tal como o Espada ainda esquecia-se de adestrar seu próprio desejo e força, caindo na realidade sempre que Orihime lhe sussurrava seu nome num tom mais sério, porém com a mesma leveza.

  Estava tudo lindo.

  Lindo por ora.

                                                           ...

  Os passos do homem faziam a madeira do chão ranger. De punhos cerrados, tentava controlar-se e não despejar seu ódio em qualquer um gratuitamente. Já fazia algum tempo que estava assim, desde que voltara.

  Abriu a porta e encarou a mulher sentada no sofá, igualmente tensa, com uma xicara em uma mão e um pires noutra. Ao vê-lo na porta, lhe estendeu um sorriso doce.

-Estou me controlando para não ir lá novamente.

  O sorriso da mulher decaiu, seus cantos da boca formando uma linha reta. Nem ao menos lhe disse oi.

-Sabe que não pode, Ichigo.

-Por que não posso? Não sou EU o responsável por Karakkura? Aquele bastardo está sob meus comandos, enquanto estiver aqui.

-Sabe que não é bem assim.

  Ela pousou o pires e a xicara respectivamente na mesa de centro e se levantou, andando até o shinigami e parando a sua frente.

-Não sabemos como ele voltou. Nem se voltou mais forte, ou menos forte. Bem, você sabe que da ultima vez...

  Ela deixou as reticencias no ar, porem se sentiu obrigada a deixar claro. Depois de uma pausa de dois segundos, prosseguiu.

-Ichigo, você sabe que poderia ter morrido naquele dia em Las Noches. Ele é o Quarto.

  Ichigo se sentiu levemente incomodado com a acusação. Rukia estava lhe chamando de fracote?

-Eu evolui muito desde daquele dia. Eu não sou mais só um shinigami substituto, Rukia.

-Eu sei, eu sei, mas ele pode ter evoluído também.

  Ele estava cego demais para perceber que tudo que se aplicou a ele durante esse tempo, pode ter sido aplicado ao Espada da mesma forma. Ela queria saber se esse ódio todo era por Ulquiorra estar em Karakkura ou por ele estar com Orihime.

  Francamente?

  Rukia não acreditava que ele estivesse fazendo mal a ela.

-Você vai ter que esperar a hora certa. Hime está envolvida nisso também.

  O shinigami sentou-se na mesa de centro de madeira, passando as mãos nos cabelos, estressado. Isso tudo era cansativo demais; estava tentando ao máximo não deixar Soul Society ficar sabendo, não que Rukia concordasse. Ele queria resolver isso sozinho, e SS não deixaria.

-Eu tinha levado flores para ela. Eu lamentei tanto estar longe e não poder cuidar da Orihime e ela estava lá, com aquele... Aquele... Aquele monstro debaixo do próprio teto!

  Caiu como uma bigorna na cabeça da shinigami. O que ele estava falando? Nunca comentara nada com ela, nem parecia culpado em um momento sequer enquanto esteve na Soul Society.

-Não seja hipócrita, Ichigo, você nem lembrava direito dela!

-Não é verdade, Rukia!
-Claro que é, você só falava como estava feliz e realizado por estar enfim num batalhão!

-Como pode afirmar algo que você não sabe?!

-EU SEI! EU VI! EU TESTEMUNHEI A TOTAL IRRELEVANCIA QUE ELA FAZIA NA SUA VIDA! EU LAMENTEI POR ISSO, POR QUE ELA SEMPRE AMOU VOCÊ MAIS DO QUE A SI MESMA, E VOCÊ A TRATAVA TÃO MAL, ICHIGO. TÃO MAL.

  O shinigami recuou mentalmente, mas ainda encarava a mulher com uma expressão raivosa.

-Você só faz isso! Afasta quem ama você!

  Berrou, de punhos fechados, com vontade de soca-lo. Ali havia um grito de socorro, e uma coisa pessoal.

-Aposto que só está fazendo tudo isso por inveja do arrankar.

  Rukia respirou fundo, a face vermelha e quente. Fechou os olhos, deu-lhe as costas e apertou as têmporas, ainda com raiva, ficando no total silêncio por algum tempo. Estava cansada de correr atrás dele como Orihime fez. Sinceramente não queria terminar como ela: triste e amargurada.

-Não vou mais fazer parte disso. Não vou destruir a felicidade que ela diz estar tendo. Ela merece.

  Olhou nos olhos do homem.

  Ichigo arregalou os olhos. Ela estava falando sério?

-Você está louca?! Ele vai mata-la!
  Puxou-a pelo antebraço, virando-a para si. Rukia voltou e disparou as palavras como se cuspisse em sua face.

-Você fez isso com ela há muito tempo, por muito tempo. Ulquiorra está construindo-a novamente.

  Ichigo se calou, afrouxando o aperto no braço da mulher.

-Se você fizer alguma coisa, Soul Society ficará sabendo.

  Deixou seus olhos em cima dos dele por mais um tempo e então se virou, caminhando por onde ele entrou, indo embora.

                                                                       ...

  Na TV, os nomes e agradecimentos subiam numa tela preta.

  No sofá, Orihime abraçava as pernas e tinha o rosto coberto em lágrimas. Não podia ter acontecido aquilo. Tinha batalhado tanto para no final, essa tragédia acontecer. Não acreditava, estava de fato pasma e cansada de chorar.

-ELE NÃO PODE TER MORRIDOOOOOOOOO!

  Jogou o corpo no sofá, chorando.

-POBRE MARLEY! UM CACHORRO TÃO LINDO!

-É só um filme, Orihime.

  Ulquiorra nem ao menos se preocupou em olhar para a mulher.

-Mas foi baseado em história real. Oh, pobre Marley, pobre Marley...

-Isso não muda muita coisa.

  A ruiva sentou-se novamente, limpando as lágrimas, fazendo bico. Podia resumir o dia em duas coisas: comer e, bem, você sabe.

  Estabilizada, olhou para Ulquiorra e depositou um beijo em sua bochecha. Sentou-se de frente para o Espada, bocejando e piscando lentamente.

-Você me deixou cansada.

  Sorriu pequeno e tímida, abaixando os olhos. Corou um pouquinho, mas fizera isso tantas vezes que Ulquiorra já estava acostumado. Olhou fundo nos olhos da jovem e suspirou, desviando-os em seguida de volta para a TV no mudo.

-Obrigada, Ulqui-kun.

  O Espada a encarou com uma sobrancelha erguida.

  Orihime arregalou os olhos e agitou as mãos no ar, ficando nervosa.

-AH, NÃO, NÃO, NÃO POR ISSO, QUER DIZER, POR ISSO TAMBÉM, MAS NÃO!

  Ulquiorra deixou um resquício de sorriso escapar-lhe pelos lábios.  Ela era tão natural. Orihime era a batida de coração que ele não tinha.

-Quero dizer, obrigada por ficar aqui. Não tenho ideia de como teria sido se você não tivesse voltado.

  Falava seríssimo. Não gostava nem de pensar nessas coisas.

  Ulquiorra se virou para a jovem, beijando seus lábios novamente, inclinando seu corpo sobre o dela, fazendo-a deitar. Ai meu Deus, Orihime pensou de novo.

  O arrankar sentiu as pernas da moça entrelaçarem sua cintura novamente, sua mão esquerda entrelaçada com os fios negros e a outra achatada contra o abdome do mesmo.

  Permaneceria ali até realmente não poder mais.

  Ainda era o Quarto Espada. Voltaria para Las Noches assim que ela pegasse no sono novamente, e ficaria sabendo do que estaria por vir.


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