Tonight, We Are Young. escrita por Giovanna


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

(Essa história tem 13 leitores e APENAS 6 comentaram. Eu não vou xingar ninguém).
ENFIM, OEEEEEEEEEEEEEEEEE. Nem demorei tanto. Tava digitando.
Bem, veremos aqui o começo dos problemas ♥ ou vocês se informarão deles, né?
Bem, esse e os próximos dois capítulos serão um "resumo" da vida dos casais Percabeth, Thalico e Tratie. Não necessariamente nessa ordem. Preciso localizá-los antes de começar a contar tudo, certo?
Bem, boa leitura ♥



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Annabeth ouviu a porta da sala bater e deu de ombros. Deveria ser a mãe ou o pai chegando. Deu de ombros e continuou lendo. Estava tudo bem. Não havia motivo para sua mãe reclamar de algo, ou para o pai achar ruim algum ato seu, ou de sua mãe.

A porta do seu foi aberta com um empurrão desesperado, e ali estava parada uma menina com a estatura média, cabelos negros e com os olhos muito arregalados, e pálida. Katie. Annabeth pensou que ela houvesse visto um fantasma, mas decidiu deixar isso para depois.  Deu espaço na cama para a menina sentar.

- Kay? O que houve? Respira, menina. Não morre agora!

- Ann, Ann, Ann! Você não acredita quem eu vi.

- Quem você viu? O Travis?

- Não, retardada. Eu tô falando que eu vi o Percy.

- Ah viu? – Annabeth sentiu-se desconfortável. Sem querer, sentiu um desânimo e uma vontade excessiva de sumir. De ir para longe. De mudar-se. – Não me importo.

- Tem certeza?

- Claro que sim.

- Bem, Annie. Eu preciso ir. Minha mãe me pediu para levar algumas coisas em algum lugar por aí que eu não me lembro qual era e eu preciso tratar de me lembrar antes de... Enfim. Eu tô indo. Talvez, eu volte mais tarde. Posso?

- Claro que sim, Kay.

Após Katie ter saído, Annabeth continuou a ler. De fato, não conseguia prestar atenção. Tentava juntar as coisas e entender os motivos de tudo aquilo. Será que ela era a única que sentia falta de alguma coisa? Que sentia que algo lhe faltava, algo precisava lhe completar?

Cansou. Cansou de ler, cansou de continuar naquela mesma rotina. Precisava mudar. Precisava buscar o prejuízo. Precisava andar, caminhar, viver. Precisava sentir no rosto a brisa, precisava querer. E, naquele momento, tomou a decisão que iria andar por aí. Talvez, não chegasse em algum lugar, mas encontraria seu ponto inicial, para, assim, recomeçar tudo de novo.

Pegou o par de sapatilhas que estava amontoado no canto, calçou-o e desceu as escadas, aproveitando que os pais não haviam chegado. Abriu cuidadosamente a porta de casa, olhou para os dois lados e a fechou da mesma forma que abriu. Parou no meio da calçada e olhou novamente para os dois lados. Não sabia qual caminho seguir. Decidiu ir para a esquerda, em direção à praça pública.

Flashbacks vinham em sua memória a todo o momento, e aquilo a enfraquecia aos poucos. Perguntas rondavam sua cabeça: “que eu tô fazendo aqui?” “por que eu tô aqui?”.

E parecia até engraçado, porque, todos os dias, ela procurava alguma coisa pra sorrir, algum motivo aparente para mostrar a todas as pessoas (inclusive à Katie) que era feliz, e que nada tiraria essa felicidade, esse sorriso.

Annabeth sentiu um leve pingo na ponta de seu nariz e olhou para o céu. Estava chovendo. E ela saíra de casa e nem prestara atenção que isso aconteceria. E estava sem nenhum tipo de proteção, o que lhe deixaria toda molhada. Respirou fundo, com os olhos fechados, e virou-se, mas começou a chover e não teve tempo nem de sair do lugar.

Não estava muito longe de casa. Sabia que se corresse um pouquinho, em cinco minutos chegaria em casa em segurança. Era só questão de estratégia. Mas havia um problema grave. Ela era exageradamente desastrada.

Não foi muito longe. Devia ter dado uns trinta passos e acabara escorregando na calçada completamente molhada. Caíra com toda a sua força em cima da perna esquerda e, mesmo com a ajuda da perna direita, não conseguia levantar. Estava molhada, com dor e não conseguia levantar.

- Ai, Annabeth. Você é muito desastrada. – Falou consigo mesma, se repreendendo. Tentou enxergar, mas nada estava nítido. Não conseguia ver nem a própria mão. – SOCORRO! SOCORRO! – Tentava gritar, com uma leve esperança de que conseguisse ajuda de alguém no meio de toda aquela chuva. Claro. Se é que alguém sairia no meio da tempestade para comprar pão na esquina.

Gritou frustrada. Não havia ninguém ali.

A menina abaixou a cabeça, depois de gritar repetidas vezes à procura de alguém. Respirou fundo e, com toda a dor que estava sentindo, levantou-se cambaleante. Abraçou a si mesma e tentou desviar os pensamentos para evitar pensar na dor que estava sentindo.

Em alguns minutos conseguiu chegar em casa e constatou que os pais já haviam chegado. Ótimo. Levaria alguma bronca mínima, se trancaria no banheiro, esperaria os pais decidirem ir para a cozinha ou dormir e sairia de casa para visitar Katie ou iria vagar por aí. Claro. Era isso que ela fazia diariamente.

.

Percy abriu a porta de casa e olhou no relógio no meio da sala. Eram oito horas da manhã. Embaixo do relógio, havia a geladeira, a qual tinha uma folha pregada com uma letra redonda.

Mamãe, pensou.

Caminhou até a geladeira, respirando fundo para tentar se livrar da dor de cabeça que incomodava sua cabeça. Leu o bilhete e suspirou. Tentou ignorar as palavras da mãe, mas “Percy, por onde você anda? O que aconteceu com você?” não lhe fazia muito bem. Sua mãe sentia sua falta. Sua mãe sentia que estava distante. Sua mãe percebia diariamente que ele não era mais o Percy Jackson que ela havia criado com tanto amor e afeto. Percy estava destruindo Sally.

Respirou fundo. Deu de ombros e abriu a porta de casa de novo e saiu. Estava com sono, mas estava sem vontade alguma de ficar dentro de casa. Iria achar conforto em algum lugar por aí, ou nada casa de alguém por aí.

Vagava sem rumo pelas ruas. Já havia se acostumado com aquela rotina medíocre que havia se envolvido. Havia deixado tanta coisa pra trás e não entendia o porquê de não ter feito tudo o que era capaz pra manter as pessoas que ele ama por perto. Ele se arrependia.

Já havia se tornado uma rotina tão grande que não o satisfazia mais. Se mantinha naquilo porque não tinha mais para o que correr. Tentava manter a pose de “eu sou forte. Tudo está aos meus pés, eu sempre tenho tudo o que eu quero e quando eu quero. Não preciso de mais nada. Tenho todos os amigos do mundo, todas as meninas do mundo. Pra que outra coisa?”. Ah, mas ele não tinha mais tanta certeza se realmente gostava de tudo aquilo. Não mesmo.

Andava sem prestar atenção na rua, e só recordou que estava na rua quando trombou com uma menina e quase a derrubou no chão. Segurou a garota com toda a força do mundo, e ela se assustou.

- Desculpe. Não estav... Katie?

- Meu nom... Wow! – A menina disse, ao olhar para o rosto do garoto. Arregalou os olhos ao ver os olhos verdes do menino. Estava ligeiramente surpresa.

- O que foi?

- Percy?

- Certo. Isso está totalmente estranho. De onde você surgiu, menina?

- Querido, eu sempre morei aqui. Se você escolheu seguir um caminho errado ou sei lá e sumir da vida de todos os seus amigos, não é minha culpa. Mas sempre estive aqui. Eu e você sabemos quem.

- Adoro a sua sinceridade, Katie Gardner. – Percy sussurrou.

- Eu só digo a verdade. Agora dá licença. Eu preciso ir e não vou ficar aqui perdendo meu tempo. Se realmente seus amigos fossem importantes para você, você teria procurado bem antes.

Katie deu as costas para Percy e deixou o menino plantado no meio da calçada, com uma tonelada de verdades pairando sobre sua cabeça. Era difícil engolir tudo aquilo, mas sabia que ela tinha razão. Era um babaca. Perdera os melhor amigos que já tivera, e o pior: ele era o errado. Não havia os procurado enquanto havia dado tempo, não fizera nada quando ouvira as pessoas que mais amava dizerem que estavam indo embora para longe. Magoara a mãe. Destruíra tudo o que mais lhe importava.

No meio da reflexão, o celular tocou, avisando que uma nova mensagem havia chegado.

“Temos festa na casa da Calí hoje. Você virá? Dereck”.

Olhou para os dois lados, e deu de ombros. Iria, é claro. Se afogaria mais uma vez em festas, álcool e garotas para esquecer todos os problemas, indecisão e sentimentos que o rondavam. Que mal lhe faria tudo aquilo? Ele que havia escolhido a metade daquelas coisas. Sorriu. Aquela festa seria alucinante. 


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Notas finais do capítulo

E aí? rere



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